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Avicultura Saúde

Epidemiologista acalma trabalhadores das fazendas: “Se sintam tranquilos, são as pessoas que menos perigo enfrentam”

Masaio pede para a sociedade refletir o motivo pelo qual as doenças estão acometendo sucessivamente as pessoas em todo o planeta

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Arquivo/OP Rural

 O jornal O Presente Rural conversou com exclusividade, por chamada de vídeo, com a consultora do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Masaio Mizuno Ishizuka, uma das mais respeitadas epidemiologistas do Brasil. Graduada em Medicina Veterinária, doutora em Medicina Veterinária pós doutora área de Medicina Veterinária Preventiva, atualmente é ainda professora Adjunta em Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), da Universidade de São Paulo (USP). E ela dá um recado reconfortante para produtores e trabalhadores rurais: “Se sintam tranquilos, são as pessoas que menos perigo enfrentam”.

A professora alerta para que os funcionários das fazendas adotem as medidas de prevenção à Covid-19 preconizadas pelo Ministério da Saúde, como “lavar as mãos, não colocar a mão no rosto e manter a higiene”. Além disso, cita que as medidas de biosseguridade adotadas na fazendas, como na produção de suínos e aves, podem contribuir para o cenário atual. “Trocar a roupa quando entra na granja de aves, tomar banho antes e depois, são medidas que a avicultura e outras atividades adotam e que podem ser benéficas para manter as fazendas livres do Coronavírus.

Para ela, por ser lugar aberto, as propriedades rurais sofrem menos e podem manter suas atividades, como a relação com quem transporta ração e outros insumos até as propriedades e quem faz a recolha de animais ou assistência técnica. “Se as pessoas estão sadias, serviços essenciais devem seguir normalmente. O Coronavírus é de fácil transmissão, mas é um vírus frágil, morre com radiação solar, em condições do meio ambiente. Se ele não tiver protegido por matéria orgânica, que é a secreção (do corpo), ele morre. Não é um problema no campo, pois lá não há aglomeração em recintos fechados e sem ventilação”, pontua a epidemiologista. “Isso vale para avicultura, para suinocultura, para bovinocultura e assim por diante”, amplia.

Mas ela alerta, pois se o produtor ou funcionário viajou para regiões onde o vírus está, há procedimentos que é preciso seguir. “Sempre que se viaja para região onde doença não ocorre no brasil, ao chegar, independentemente de ter contato de pessoas com doença ou não, nós (veterinários, por exemplo) somos chamados comunicantes, pois estivemos expostos. Portanto, a pessoa terá que entrar em quarentena de 15 dias, que é o período de incubação”, orienta. “E se tiver sintomas da Covid-19, não sair de casa”, amplia.

Casos

A doutora Masaio explica ainda que “não se sabe muito sobre a doença”, mas abem sobre o que é preciso fazer caso infectado. “Suponhamos que pessoa tenha se infectado, é preciso tempo para multiplicar o vírus (incubação). A quantidade de vírus vai aumentando. Depois de vencido o período de incubação, que vai de 6 a 15 dias, começa a desenvolver sintomas. Antes do aparecimento dos sintomas, o vírus pode estar presente, mas não pode infectar outras pessoas, embora isso não esteja comprovado”, sugere. De acordo com a especialista, “a rigor o vírus sai pela tosse e entra no outro organismo perlas narinas durante a inspiração”, crava. A partir dos sintomas e do diagnóstico médico, a pessoa doente vai para isolamento”, amplia.

Vivendo sucessivas crises de doenças

Masaio pede para a sociedade refletir o motivo pelo qual as doenças estão acometendo sucessivamente as pessoas em todo o planeta. “Estamos vivendo sucessivas crises de doenças. A Covid-19, A Sars, a Mers, a Influenza Aviária. Se voltarmos um pouco mais, a febre amarela, a dengue. E porque isso está acontecendo? Por que invadimos o espaço dos animais”, credita a especialista.

Ela explica: “No passado, o meio silvestre e o meio urbano eram distantes um do outro. Por alguma razão o homem se aproximou do ecossistema silvestre, seja pela expansão das cidades, caça, mineração ou outra razão. O homem invadiu o território que não era nosso. E lá temos todos tipos de animais, como macacos, morcegos, gambás, e cada um tem os seus vermes, vírus e bactérias. Em via de regra, não fazem mal a eles. E o bírus que nada causava aos macacos, ao homem causou a febre amarela. Isso acontece com várias outras doenças, como Ebola, Mers, etc. Fica meu alerta”.

Outras notícias você encontra na edição de Aves de abril/maio de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Simpósio Frangos de Corte discute atual cenário regulatório brasileiro e as exigências dos principais mercados importadores de produtos avícolas

Salmonella e antimicrobianos serão debatidos por Ricardo Hummes Rauber, nos dias 26 e 27 de março

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Ricardo Hummes Rauber é médico-veterinário, mestre em Medicina Veterinária Preventiva, doutor e pós-doutor em Sanidade Avícola e consultor em Saúde Animal - Foto: Divulgação/Assessoria FACTA

Nos dias 26 e 27 de março, a cidade de Maringá (PR) será palco do Simpósio Frangos de Corte: Sanidade e Manejo, organizado pela FACTA. O evento reunirá especialistas dos setores público e privado com o intuito de encontrar soluções eficazes para os desafios enfrentados pela avicultura nacional.

Ricardo Hummes Rauber, médico-veterinário, mestre em Medicina Veterinária Preventiva, doutor e pós-doutor em Sanidade Avícola e consultor em Saúde Animal, será um dos palestrantes do Simpósio e conduzirá uma discussão aprofundada sobre a Salmonella, no primeiro dia do evento. Rauber abordará o cenário regulatório brasileiro e as exigências dos principais mercados importadores de produtos avícolas, destacando a importância da prevenção e do controle dessa bactéria por meio de práticas consistentes de biosseguridade nas granjas de frangos de corte.

“Levando em conta o cenário regulatório no Brasil e as demandas dos principais mercados importadores de produtos avícolas brasileiros, que estabelecem critérios baseados em análises qualitativas dos lotes, fica evidente para as empresas que a prevenção é a estratégia mais eficaz para o controle da salmonela. Isso significa que todos os esforços devem ser direcionados para impedir a contaminação dos lotes por qualquer sorotipo desse agente. Procedimentos consistentes de biosseguridade nas granjas de frangos de corte, controle rigoroso da qualidade de pintos de 1 dia e de rações são alguns  pontos de atenção importantes para a efetividade dos programas de controle de salmonela no Brasil”, adianta o especialista.

No segundo dia, o foco estará na palestra sobre a retirada de antimicrobianos das dietas, tema em destaque diante das crescentes preocupações com a resistência bacteriana. “Em resposta a essa questão, diversas restrições têm sido aplicadas à produção animal, tanto no Brasil quanto internacionalmente. Isso inclui, por exemplo, a proibição de certas moléculas usadas como promotoras de crescimento”, explica Rauber.

Ainda, segundo o médico veterinário, esse cenário de debates e limitações, juntamente com as restrições já em vigor e outras em análise, obriga o setor de produção animal a revisar seus processos. O objetivo é atender às exigências atuais e se preparar para futuras demandas. A implementação e/ou aprimoramento de protocolos rigorosos de biosseguridade, o estabelecimento de critérios para o uso de antibióticos baseados em evidências científicas e a aplicação desses critérios com rigor técnico são exemplos de medidas que precisam ser adotadas para responder a essas necessidades.

Com a participação de especialistas e profissionais, o Simpósio Frangos de Corte: Sanidade e Manejo será um importante espaço de troca de conhecimento e busca por soluções que impulsionem o desenvolvimento sustentável da avicultura brasileira.

Fonte: Assessoria FACTA
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Avicultura

Mercedes Vázquez-Añón vai discutir integridade estrutural em aves no 24º SBSA

Diretora de Iniciativas Estratégicas e Colaboração de Contas da Novus International, Mercedes Vázquez-Añón, palestrará em Chapecó (SC) no dia 10 de abril

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A Ph.D. Mercedes Vázquez-Añón integra a programação científica do 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA) (Foto: Divulgação).

A PhD.Mercedes Vázquez-Añón, diretora de Iniciativas Estratégicas e Colaboração de Contas da Novus International, integra a programação científica do 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), evento promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) entre 9 e 11 de abril. A especialista ministrará a palestra “Desafios relacionados à integridade estrutural em aves”, no bloco Abatedouro e Nutrição, no dia 10 de abril (quarta-feira), às 11h30, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC). Entre os assuntos abordados estarão os principais impactos dos fatores nutricionais na qualidade óssea de frangos de corte, a interferência do manejo e da sanidade na absorção nutricional, bem como os princípios para dietas balanceadas.

Os investimentos do setor avícola em genética permitiram um aumento significativo no peso de abate em relação às últimas décadas. Por outro lado, houve elevação na incidência de problemas estruturais e locomotores que provocaram consideráveis perdas econômicas para os produtores e as indústrias da cadeia produtiva. Para o presidente da Comissão Científica do SBSA, Guilherme Lando Bernardo, a inclusão do tema na programação contribuirá para enriquecer os debates do Simpósio. “As colocações da dra. Mercedes nortearão os profissionais acerca da compreensão dos recorrentes problemas, de medidas preventivas e possíveis soluções”, destaca.

Para acompanhar as colocações da especialista e demais palestrantes é necessária inscrição no 24º SBSA. As inscrições para o Simpósio e a 15ª Poultry Fair estão no último lote. O investimento é de R$ 850,00 para profissionais e de R$ 480,00 para estudantes. Os ingressos para acessar somente a feira, sem participar da programação científica, podem ser adquiridos por R$ 200,00. Na compra de pacotes a partir de dez inscrições para o SBSA serão concedidas bonificações. Associados do Nucleovet, profissionais de agroindústrias, órgãos públicos e grupos de universidades têm condições diferenciadas.

O 24º SBSA tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

 

SOBRE A PALESTRANTE

Mercedes Vázquez-Añón possui experiência em pesquisa e desenvolvimento nas disciplinas de nutrição, fisiologia e metabolismo de aminoácidos sulfurados, minerais, antioxidantes e dietas enzimáticas. Ela detém nove patentes para diferentes tecnologias, já publicou mais de 30 artigos científicos e mais de 100 resumos, relatórios técnicos, artigos em anais de conferências e artigos de imprensa.

Dra. Vazquez-Añón possui bacharelado em Engenharia Agrícola Zootécnica pela Universidad Politécnica (Espanha), mestrado pela Penn State University (EUA) e doutorado em Laticínios e Ciências Nutricionais pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA).

Seu trabalho na empresa Novus International (desde 1996) tem como objetivo desenvolver parcerias com clientes, universidades e centros de pesquisa a fim de fornecer soluções para a indústria global de proteína animal nas áreas de saúde estrutural e reprodução, integridade intestinal e prevenção de patógenos, e utilização e sustentabilidade de nutrientes.

Fonte: Assessoria
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Avicultura

Como reduzir a incidência de alterações locomotoras na avicultura industrial?

Temática será abordada no 24º SBSA pela doutora em Zootecnia, Jovanir Fernandes

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A doutora em Zootecnia, Jovanir Inês Müeller Fernandes, palestrará no dia 11 de abril, às 9 horas (Foto: divulgação)

Fatores nutricionais, genéticos e de manejo podem contribuir com o aumento da incidência de anomalias locomotoras em lotes da avicultura industrial. Pelo impacto disso na produtividade, o 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA) promoverá a palestra “Artrites e problemas locomotores em frangos de corte: uma abordagem multifatorial”. A temática será apresentada pela doutora em Zootecnia, Jovanir Inês Müeller Fernandes, no dia 11 de abril (quinta-feira), às 9 horas, no Bloco Manejo.

O evento é promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) e ocorrerá no período de 9 a 11 de abril, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó, SC. O SBSA é referência na disseminação do conhecimento, na inovação tecnológica e no intercâmbio de experiências. A programação reunirá profissionais de renome nacional e internacional.

TEMÁTICA

A crescente demanda mundial pela proteína animal incentivou pesquisas e o melhoramento genético das aves de corte para que ocorresse o aumento de produtividade em um curto período de tempo. O rápido crescimento desses animais, contudo, tem sobrecarregado sua estrutura óssea e, consequentemente, elevado o aparecimento de alterações locomotoras.

Esses distúrbios impactam diretamente no bem-estar animal (com restrição de movimento e desconforto) e em suas taxas de crescimento (com perdas econômicas devido ao retardo no desenvolvimento das aves, condenações de carcaças ou aumento da mortalidade).

“Debater as questões que podem influenciar na incidência desses casos é primordial para identificar e realizar os ajustes necessários. Como exemplos estão a qualidade da cama, os padrões de higiene do ambiente, as ações de patógenos (artrites virais ou bacterianas), o manejo nutricional (fornecimento de cálcio e fósforo) ou mal desenvolvimento ósseo”, destaca o presidente da Comissão Científica do SBSA, Guilherme Lando Bernardo.

PALESTRANTE

Jovanir Inês Müeller Fernandes é doutora em Zootecnia, mestre em Nutrição Animal e médica veterinária. Foi pesquisadora científica no Instituto Biológico de São Paulo (1996/1998) e atualmente é professora associada da UFPR no Setor Palotina (desde 1998) e bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq na área de Nutrição e Produção de Frangos de Corte. Também é coordenadora do Laboratório de Experimentação Avícola e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da UFPR Palotina.

APOIO

O 24º SBSA tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

Fonte: Assessoria SBSA
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