Suínos / Peixes
Enzimas melhoram conversão alimentar dos peixes
Além de garantir melhor digestibilidade, elas também contribuem para diminuir o efeito poluente que as excretas do animal provoca na água
Uma boa alimentação é essencial para o bom desenvolvimento e produção do animal. A ração utilizada pelo produtor deve ser de qualidade e que ofereça benefícios para o seu desenvolvimento. Isso se aplica a todas as cadeias produtivas, seja na suinocultura, avicultura ou piscicultura. O que tem chamado a atenção de diversos produtores de peixes é o uso de enzimas digestivas na ração. Com diversos benefícios, tanto para o peixe quanto para o meio ambiente, é uma ótima alternativa para o piscicultor que busca por produtividade e praticidade.
Entre os benefícios das enzimas está o auxílio na digestibilidade dos nutrientes por parte do peixe, além da redução de excretas na água e seu efeito poluente. “Enzimas melhoram o aproveitamento dos ingredientes das rações. Devido ao custo cada vez maior das matérias-primas utilizadas nas formulações de rações, o interesse no uso de enzimas exógenas em dietas tem aumentado e sua utilização é, portanto, uma alternativa para aumentar a digestibilidade dos alimentos e o desempenho dos animais”, comenta o zootecnista mestre em Nutrição Animal, Ricardo Araújo Castilho.
O profissional comenta que o maior benefício no uso das enzimas é a melhor digestibilidade e consequentemente maior ganho de peso e menor conversão alimentar. “Isto quer dizer que podemos produzir mais quilos de peixe com quantidades menores de ração, é um benefício enorme”, afirma Castilho. Ele ainda acrescenta que, adicionalmente, rações com enzimas digestivas exógenas propiciam alta eficiência de aproveitamento dos nutrientes, resultando em menor produção de dejetos e diminuindo o potencial poluente da atividade.
O zootecnista explica que a viabilidade no uso de enzimas dependerá do quanto a enzima melhora no ganho de peso e na conversão alimentar. “Nossa experiência e trabalhos de pesquisa mostram benefícios superiores a 5% de melhoria de peso e de conversão alimentar, enquanto que o custo dificilmente ultrapassa 1%. Os atuais custos de matérias primas torna o uso de enzima muito atraente”, conta. Outro benefício citado por Castilho é na formulação das rações, já que as enzimas atuam de forma mais eficiente nos ingredientes de pior digestibilidade. “O uso de enzimas permite explorarmos melhor e usarmos maiores quantidades destes ingredientes, reduzindo o custo de formulação”, comenta.
Castilho ainda explica onde o uso das enzimas pode ser aplicado. Segundo ele, um dos principais parâmetros das rações de peixe é o teor proteico. “Isto é importante, porque o principal componente estrutural do organismo dos peixes é a proteína, sendo requerido um suprimento alimentar contínuo para atender as exigências de manutenção e produção”, explica. O zootecnista afirma que este é o motivo por todas as rações de peixes possuírem alto teor proteico, sendo um dos principais fatores que elevam o custo das rações.
O profissional acrescenta que, no Brasil, vários alimentos de origem animal e vegetal podem ser utilizados com sucesso na alimentação de peixes. “O uso de uma enzima protease possibilita explorar melhor a digestibilidade dos ingredientes proteicos que normalmente são os ingredientes mais caros das dietas. Quanto mais proteína, mais substrato proteico para a atuação de uma enzima protease”, conta.
Outro ponto destacado por Castilho foi o uso destas enzimas. O zootecnista explica que elas podem ser utilizadas para todas as espécies de peixes, porém o uso das rações deve ser customizado de acordo com a composição das dietas e dos objetivos da exploração, já que os objetivos nutricionais variam conforme a ração, a fase dos peixes e a espécie. Além disso, acrescenta que não há fase ideal para implantar as enzimas na ração, mas afirma que quanto mais jovem for o animal, melhor será o efeito.
Castilho ainda esclarece que as enzimas são aditivos que são incorporados à ração durante o processo de produção, sendo uma tecnologia direcionada para esta indústria. “Com ela, o piscicultor será beneficiado amplamente através de um menor uso de rações, melhor performance dos animais e melhor qualidade de água”, diz. “O uso cada vez mais amplo de enzimas é uma tendência sem volta na produção animal”, acrescenta.
Meio Ambiente
Outro ponto positivo da utilização de enzimas na nutrição de peixes citado pelo zootecnista é a redução da contaminação ambiental, auxiliando a digestibilidade dos nutrientes, inclusive de alimentos de difícil digestão, como ocorrem com algumas espécies quando alimentadas com dietas ricas em carboidratos e proteínas de origem vegetal, o que também reduz a eliminação de excretas na água e seu efeito poluente. “As enzimas também são consideradas importantes na redução da contaminação ambiental e influenciam positivamente a qualidade da água, auxiliando na digestibilidade dos nutrientes, o que reduz a eliminação de excretas e o poder poluente delas na água”, conta Castilho. “O funcionamento é simples: se o organismo do peixe digeriu melhor os alimentos, menos fezes e menor carga poluente vão para a água”, finaliza.
Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de maio/junho 2016 ou online.
Fonte: O Presente Rural
Suínos / Peixes
Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta
ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas
A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.
Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.
Posicionamento da ACCS
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.
Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.
Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.
A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.
Suínos / Peixes
Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul
Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.
Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.
As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.
Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.
O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.
O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.
Suínos / Peixes
Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína
Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.
Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior
Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.
Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.
Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.