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Suínos / Peixes

Enzimas melhoram performance dos leitões

Para garantir a qualidade na cadeia produtiva de animais não-ruminantes, a nutrição é um dos principais fatores levados em consideração, uma vez que a melhora na eficiência da utilização dos nutrientes representa cerca de 70% do custo da produção.

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O Brasil figura entre os maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, responsável pela alimentação de 800 milhões de pessoas, o que representa cerca de 10% da população global, segundo estudo divulgado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Somente a suinocultura deve encerrar 2021 com a produção de 4,7 milhões de toneladas de carne, um crescimento de 6% em relação às 4,436 milhões de toneladas do ano passado.

E para garantir a qualidade na cadeia produtiva de animais não-ruminantes, a nutrição é um dos principais fatores levados em consideração, uma vez que a melhora na eficiência da utilização dos nutrientes representa cerca de 70% do custo da produção.

Uma das maneiras de melhorar a performance do animal é com o uso das enzimas exógenas na promoção da saúde intestinal. Com a dieta baseada essencialmente em grãos, os suínos conseguem usar cerca de 90% de todos os nutrientes consumidos pelas enzimas digestivas endógenas. “Em alguns casos, como em animais com idade muito jovem, sem doença empírica, toxinas ou compostos não amiláceos antinutricionais, essa composição pode ser um pouco menor”, pontua o zootecnista e professor doutor associado à Universidade Estadual da Carolina do Norte, Marcos Elias Duarte, que palestrou durante a 32ª Reunião Anual do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal, em novembro.

Essas enzimas estão sendo usadas há muitos anos para auxiliar as enzimas endógenas e para ajudar na digestão dos polissacarídeos não amiláceos e do fitato. Um bom momento apontado por Duarte para usar essas enzimas é nas creches. “Os leitões têm enzimas pouco ativas e a presença destes componentes antinutricionais pode ser deletéria para a saúde dos leitões e diminuir a digestibilidade nesta fase”, menciona.

As enzimas endógenas podem ser usadas para neutralizar os compostos antinutricionais e o fitato ao longo do trato gastrointestinal, consequentemente aumentando a digestibilidade dos nutrientes e evitando os efeitos deletérios dos componentes antrinutricionais.

As primeiras pesquisas foram realizadas na década de 20, no entanto as enzimas endógenas foram introduzidas na alimentação animal a partir da década de 80. Através destes estudos que as enzimas se tornaram mais populares e passaram a ser usadas para melhorar a absorção dos nutrientes na ração.

Espera-se que o mercado de enzimas endógenas cresça UU$ 2,2 bilhões até 2025. As aves são as que mais usam essas enzimas (44%), seguidas dos suínos (29%), animais ruminantes (20%) e outros (7%).

Uso das enzimas para aumentar a digestibilidade das rações

As enzimas endógenas são usadas inicialmente para aumentar a digestibilidade das rações, mas também têm uma função funcional, porque ao usar a enzima para reduzir os compostos antinutricionais e tóxicos das rações é possível melhorar a saúde intestinal e equilibrar melhor a microbiota intestinal, promovendo o crescimento do suíno “Por exemplo, as proteases são usadas para a digestão de proteínas alergênicas, tais como glicemina, beta-glicemina, alectina e caferina, que causam irritação e inflação intestinais. Essas proteínas também são conhecidas pela relativa baixa digestibilidade, ou seja, ao incluir essas proteases é possível diminuir essas reações inflamatórias e alergênicas”, afirma Duarte.

Outra classe importante de enzimas são as fitases. “São usadas porque o fitato reduz a disponibilidade mineral e afeta a microbiota intestinal, evitando inflamação, mudanças morfológicas, aumentando a digestibilidade e assim por diante”, cita o professor doutor.

Algumas outras enzimas que não são tão comuns, mas que ocasionalmente são usadas, são a oxidase da glicose e a muramidase, que tem como alvo a saúde intestinal e elas são usadas porque diminuem a inflamação e o estresse oxidativo.

No entanto, o uso das enzimas exógenas depende de uma série de fatores. “Essas proteínas são lábeis ao calor, geralmente são guardadas por até um ano antes de serem usadas e esse tempo de armazenamento pode afetar a atividade da enzima, geralmente as rações são processadas usando calor e vaporização para o processo de peletização, por exemplo, por isso a estabilidade ao calor é muitíssimo importante quando pensamos nessas enzimas exógenas”, ressalta Duarte.

 

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Crédito

Shutterstock

 

 

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LEGENDA:

Zootecnista e professor doutor associado à Universidade Estadual da Carolina do Norte, Marcos Elias Duarte

 

CRÉDITO

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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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