Empresas
Enzimas aceleram o desempenho dos ruminantes e o lucro das empresas produtoras de proteína animal.
Como resultado da adição de enzimas nas dietas, pode-se observar aumento da taxa de degradação das fibras no rúmen, associada ao favorecimento da colonização de microrganismos benéficos
O grande desafio da pecuária dos dias de hoje é maximinizar a eficiência na utilização do alimento pelos ruminantes, em uma época de pressão para diminuição dos custos de produção e intensificação do processo produtivo, sobretudo de bovinos de corte e de leite. Dentro deste cenário, um agravante é adicionado: a proibição da utilização dos antibióticos como promotores de crescimento, o que torna ainda mais importante o setor de pesquisa e inovação para se obter êxito nesta árdua tarefa de produzir cada vez mais proteína animal e ao mesmo tempo com responsabilidade ambiental.
Diante desta situação, há uma crescente necessidade de alternativas para suprir estas necessidades tecnológicas na pecuária brasileira. Muitas possibilidades estão sendo estudadas e as enzimas apresentam-se como uma alternativa promissora e de grande versatilidade.
As enzimas são proteínas que desempenham papel fundamental em todos organismos vivos realizando reações químicas de forma específica e mais rápida do que elas aconteceriam quando estas não estão presentes, além disso, são altamente específicas, agindo somente sobre um substrato específico.
O termo “enzimas fibrolíticas” é usado para descrever um conjunto de enzimas que atuam degradando carboidratos que estão presentes principalmente na parede celular das plantas, como celulose, pectina e hemicelulose, composta por várias moléculas complexas como as xilanas.
A utilização de enzimas como aditivos funcionais para ruminantes está sendo estudadas desde o final da década de 60 e pesquisas têm demonstrado que a utilização de complexos enzimáticos maximiza a digestão dos alimentos resultando em melhor aproveitamento dos nutrientes e assim promovendo ganhos de índices zootécnicos. Um dos motivos para isto é que, no rúmen, as enzimas fibrolíticas encontram condições ótimas de pH e temperatura, estimulando a degradação da parte fibrosa dos alimentos e potencializando a atividade dos microrganismos.
Pesquisadores de renomadas instituições de pesquisa relataram que quando enzimas fibrolíticas são adicionadas na dieta de ruminantes, ocorre um sinergismo entre estas enzimas e as que são produzidas pelos microorganismos presentes no rúmen. Além de atuarem neste local, algumas enzimas são estáveis o suficiente para permanecerem ativas no intestino, auxiliando na digestão dos materiais que não são degradados durante a fermentação ruminal.
As respostas dos animais que consomem dietas com inclusão de enzimas fibrolíticas podem ser variadas, sendo influenciadas por inúmeros fatores como: método de aplicação; complexo enzimático específico; forma de aplicação das enzimas às dietas; estabilidade, atividade e quantidade de enzimas; composição da dieta; teor de água dos alimentos; e estado fisiológico dos animais.
Como resultado da adição de enzimas nas dietas, pode-se observar aumento da taxa de degradação das fibras no rúmen, associada ao favorecimento da colonização de microrganismos benéficos. Assim, os aditivos enzimáticos aumentam a disponibilidade de carboidratos fermentáveis que contribuem para a multiplicação dos microrganismos responsáveis pela degradação dos carboidratos das dietas.
Os mecanismos de interação entre as diferentes espécies de bactérias ruminais ainda não são completamente compreendidos, mas sabe-se que com a proliferação bacteriana favorecida e acelerada, a digestão da dieta total também é beneficiada.
A Safeeds, uma empresa 100% brasileira, tem investido nos últimos anos em uma série de pesquisas in vitro e in vivo com o objetivo de validar um complexo enzimático chamado Potenzya Grano, capaz de degradar os carboidratos presentes principalmente na porção fibrosa das dietas de bovinos, produzido pela fermentação fúngica das espécies Aspergillus niger e Trichoderma reesei.
Uma série de resultados positivos estão sendo observados nos experimentos conduzidos com bovinos de corte confinados com dietas de alta densidade energética, como: aumento no ganho de peso médio diário com melhora na conversão alimentar e maiores pesos de carcaça ao abate. Um exemplo destes resultados está representado no Gráfico 1.
Gráfico 1 – Ganho de peso diário (GPD) e Conversão alimentar (CA) de bovinos alimentados com dietas com alta densidade energética e suplementados com Potenzya Grano.


Como podemos observar no Gráfico 1, os animais que foram suplementados com Potenzya Grano tiveram um incremento de 216g no ganho de peso diário médio e melhora de 13% na conversão alimentar.
Em um compilado de dados de trabalhos conduzidos com o devido rigor científico pela equipe técnica da Safeeds, avaliando o produto Potenzya Grano, foi constatado que na média, o ganho de peso médio dos animais suplementados foi superior em 150g por dia quando comparado aos lotes que não receberam o Potenzya Grano nas suas dietas.
Desta forma, os resultados dos experimentos realizados comprovam que o uso do complexo enzimático Potenzya Grano é efetivo e melhora os índices zootécnicos dos animais, gerando mais lucro para o produtor.
A Safeeds está comprometida com o desenvolvimento e validação de novas tecnologias, buscando sempre as melhores soluções para os desafios do principal setor produtivo brasileiro.
Autor:
Leonardo G. Oliveira
Médico Veterinário doutor em Ciência Animal – UFG
Gerente de Mercado Brasil Central – Ruminantes
Safeeds Nutrição Animal
Fonte: Ass. de Imprensa

Empresas Discussões sanitárias
American Nutrients reforça a cadeia exportadora da carne suína ao aderir ao programa livre de ractopamina
A empresa oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade

A ractopamina, um agonista β-adrenérgico amplamente utilizado para melhorar ganho de peso e eficiência alimentar em suínos, permanece no centro das discussões sanitárias internacionais. Embora seu uso seja regulamentado no Brasil, diversos mercados estratégicos — como União Europeia, China e Rússia — possuem tolerância zero para resíduos desta substância em produtos de origem suína.
O ponto crítico está na cadeia de alimentação: a inclusão de ractopamina na ração de suínos pode resultar na sua detecção na carne, mesmo quando utilizada dentro das doses permitidas. Essa presença residual é suficiente para inviabilizar exportações e comprometer toda a cadeia produtiva voltada a mercados que adotam exigências mais restritivas.
Com o objetivo de assegurar conformidade sanitária, rastreabilidade e segurança na exportação, o Ministério da Agricultura e Pecuária instituiu o Programa de Produção Livre de Ractopamina. A certificação reconhece empresas que mantêm protocolos rigorosos de controle para garantir ausência parcial ou total da molécula em qualquer etapa da produção de rações para suínos.
A American Nutrients oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade e alinhamento às demandas globais. Ao assegurar que suas soluções nutricionais estão completamente isentas de ractopamina, a empresa fortalece a confiança de frigoríficos, integradoras e produtores que dependem de dietas certificadas para acessar mercados premium.
Esta iniciativa reforça o compromisso da American Nutrients com a qualidade, a transparência e a sustentabilidade da cadeia suinícola. Em um cenário de crescente rigor sanitário internacional, a nutrição animal livre de ractopamina é um elemento-chave para manter e expandir a participação brasileira nos mercados mais exigentes do mundo.
Empresas
Inteligência Artificial conta 140 mil ovos por dia com 99,9% de precisão e transforma avicultura
Entre outros indicadores, tecnologia da ALLTIS monitora temperatura, água e volume de grãos nos silos, reduz perdas e aumenta produtividade da Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP)

A Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP), alcança um novo patamar de produtividade após a implementação do sistema de inteligência artificial da empresa de tecnologia ALLTIS. Com produção diária de 140 mil ovos, o equivalente a 4,7 milhões por mês, a granja – dona da marca Naturegg – estima ganhos operacionais de até 90% após a integração de um pacote de sensores controlado por IA, que permite controle sanitário, monitoramento ambiental e gestão de recursos com mais segurança, precisão e eficiência. A ALLTIS resolve problemas crônicos da avicultura, transformando as granjas em propriedades 4.0 e contribuindo para o aumento da produtividade e a redução de custos. Recentemente, a ALLTIS firmou sociedade com a MCassab Nutrição e Saúde Animal, empresa do Grupo MCassab, especialista em nutrição e saúde animal há mais de meio século.
Fundada em 1983 pela família Teixeira, a São Marcos deixou de ser fornecedora de frangos vivos para ser uma produtora de ovos orgânicos e caipiras livres de antibióticos, comercializados sob a marca Naturegg. Hoje, tem 170 mil aves em postura e distribuição para seis estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.
A necessidade de incluir a tecnologia e digitalizar os processos em uma atividade historicamente tradicional, decorre do volume de informações exigidas tanto para gestão do negócio quanto pelos órgãos certificadores. Diariamente, a equipe da São Marcos passou a registrar pela IA, entre outros, dados de temperatura, umidade, consumo de água e ração, taxas de mortalidade e indicadores de bem-estar animal.
“Nosso maior desafio sempre foi transformar informação em decisão. Com a operação que temos hoje, isso já não era possível de forma tradicional. A tecnologia traz agilidade, segurança e capacidade de gerir de maneira eficiente e de antecipar problemas. Agora, conseguimos agir antes que o impacto aconteça”, afirma Matheus Teixeira, diretor comercial da Naturegg.
A parceria com a ALLTIS foi importante para os planos da São Marcos. A granja utiliza quatro frentes tecnológicas da startup: monitoramento ambiental (Sense), controle do consumo de água (Aqua), gestão automática dos silos (Domo) e contagem de ovos por inteligência artificial (EggTag) com precisão de 99,9%. “Cito um exemplo: antes de ter o monitoramento das informações por IA, nossos funcionários precisavam subir em 21 silos para verificar o estoque de ração, enfrentando risco de acidentes e imprecisão nos cálculos. Agora, todo o controle é feito pelo celular, com previsões de consumo e alertas programados”, explica Tailisom Silva, gerente da granja.
“Ter dados confiáveis em tempo real é essencial para obter resultados melhores e maior precisão na gestão. O mercado exige rastreabilidade e sustentabilidade, e a tomada de decisão precisa ser rápida e embasada. Nosso papel é transformar dados em informações úteis para o dia a dia e entregar tecnologias que se adaptam às necessidades e realidade do produtor”, afirma André Aquino, sócio e COO da ALLTIS.
“O exemplo da São Marcos mostra o quanto a tecnologia é importante para potencializar a produtividade das granjas de postura. Mas não apenas isso. É essencial monitorar todas as áreas do negócio e, assim, reduzir os gargalos, que são vários. A tecnologia da ALLTIS está disponível para contribuir para vencer esse desafio”, ressalta Mauricio Graziani, diretor executivo da MCassab Nutrição e Saúde Animal, acionista da ALLTIS.
Outros avanços devem vir nos próximos meses, como a automatização da contagem de ovos com identificação por tamanho e coloração. A expectativa é reduzir ainda mais o índice de erros humanos e dispor de dados detalhados para ajustar o manejo à tecnologia e otimizar o rendimento da produção de ovos.
Para Matheus, a digitalização dos processos é um caminho indiscutível. “O maior erro é achar que a tecnologia é algo distante ou complicado. É o contrário. Ela simplifica, reduz perdas e dá clareza para agir. Quem não se permitir evoluir vai ficar para trás”, ressalta o diretor comercial da Naturegg.
Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
