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Bovinos / Grãos / Máquinas

Entenda mais sobre gestão na produção de arroba

Gestão de pessoas e dos números da fazenda ainda é gargalo para muitas propriedades conseguirem bons resultados e não acabarem no vermelho

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Uma palavra que está na moda e que o pecuarista brasileiro vem ouvindo muito nos últimos tempos é gestão. A importância de uma boa administração dentro da fazenda é essencial para garantir bons resultados. Mas como fazer este trabalho dar certo é a dúvida de muitos produtores. O engenheiro agrônomo Lucas Oliveira explicou sobre a “gestão na produção de arroba” durante a primeira etapa da Intercorte, que aconteceu em Cuiabá, MT, em abril. O Presente Rural participou do evento.

De acordo com ele, nos últimos anos a receita nas fazendas tem caído e os custos de produção aumentado. “Os custos aumentam mais do que aquilo que estamos recebendo dentro da fazenda. A única maneira de equilibrar isso é produzirmos mais”, afirma. Segundo Oliveira, a maneira de produzir mais é investindo em nutrição, genética, sanidade e manejo. “Para investir em nutrição, vamos melhorar as condições das pastagens, manejar melhor os pastos, dar grãos para os nossos animais. Vamos trabalhar com o confinamento para conseguir controlar 100% daquilo que ele está comendo, para que ele possa engordar mais”, comenta.

Quando o profissional fala em investir em genética, ele reitera que não adianta dar uma excelente comida para o animal se ele não vai responder à altura daquela nutrição que está recebendo. No terceiro ponto abordado – a sanidade –, Oliveira comenta que é bastante importante porque o animal vai produzir mais com qualidade. “Estes três pontos devem estar bem colocados. E depois de estar com isso tudo muito bem feito, vamos manejar. Então pronto, se eu resolver esses quatro alicerces eu terei uma pecuária rentável e lucrativa”, afirma.

Porém, Oliveira destaca que muitos pecuaristas cuidavam destes quatro pontos, mas somente isso não estava resolvendo o problema. “Apesar de eu cuidar, ter uma boa nutrição e genética, meus animais serem bastante saudáveis e ter o manejo correto, nos últimos levantamentos que fizemos em algumas fazendas espalhadas pelo Brasil, 35% delas continuam fechando no vermelho”, conta. Ele informa que a média de reais por hectare/ano foi entre R$ 70 a R$ 80. “Ou seja, o segredo é somente produzir mais? Aí é que vem a palavra gestão. Gestão é buscar resultados através dos processos corretos. Então, eu vou fazer as coisas de maneira correta e buscar lucro, isso é gerir”, assegura.

Dessa forma, Oliveira garante que somente produzir mais não é a resposta. “Eu preciso produzir mais e com lucro, e é nisso que entra a palavra gestão, que vem para conectar as engrenagens”, diz. Um dos pontos mais importantes, que o profissional diz que é preciso que o pecuarista tenha em mente para ter um bom processo dentro da propriedade, são as pessoas. “Eu vou gerir essas pessoas para que todo o processo gere lucro”, afirma.

Gestão de pessoas

Oliveira destaca que quando se fala em gestão o primeiro ponto a se pensar é nas pessoas. “Quando vamos em algumas fazendas, a reclamação número um dos donos das propriedades é sempre a mão de obra. E se vamos conversar individualmente com o capataz ou ajudante e perguntar como é o patrão, ele já responde que o pecuarista não sabe o que quer. Qual a probabilidade de sucesso de um negócio em que o patrão fala mal do funcionário e o funcionário fala mal do patrão?”, questiona.

A resolução deste problema é a gestão de pessoas, assegura. “Todas as coisas são realizadas por pessoas, e elas precisam ser bem geridas, treinadas, precisam ser motivadas. E motivação é desafio versus recompensa”, conta. Para ele, é importante que a mão de obra tenha desafio e metas, além de recompensa, para que ele esteja engajado no projeto. “Dessa forma não precisa ser o olho do dono para engordar o boi, mas o olho de dono. Isso acontece quando o funcionário puxa para ele a responsabilidade de cuidar da propriedade e fazer as coisas acontecerem”, diz.

Gestão de números e resultados técnicos

Outro tipo de gestão que não pode ser esquecida e que faz toda a diferença para uma fazenda de sucesso é a gestão dos números. “Temos feito apanhados de fazendas reais e buscado dados sobre elas. Vimos que a primeira grande dificuldade é o pecuarista saber o rebanho dele”, diz. “Já chegou ao absurdo de uma fazenda que acompanhamos ter três anotações diferentes de um rebanho. Uma para o registro do Ministério, outro no software da fazenda e uma terceira em outro local. Para que se tenha uma boa gestão é preciso que eu tenha uma boa anotação. Eu preciso ter os números certos”, afirma.

Por último, aposta Oliveira, é importante fazer ainda a gestão dos resultados técnicos. “Nós temos uma máxima de que tudo aquilo que pode ser medido pode ser melhorado. Dessa forma, não há gestão sem meta e sem número. Tudo o que eu posso medir eu coloco em um número e eu posso melhorar, porque baseado nesse indicador, eu vou criar as metas para a minha fazenda. Não há gestão sem meta, eu preciso ter uma meta, alguma base, e isso são os meus números que vão me mostrar”, assegura.

“Síndromes” de Gabriela e Zeca Pagodinho

Para o profissional, somente o fato do pecuarista colocar um número ele já melhora o próprio negócio. “Porque quando a gente não mede, quando não temos os números da nossa fazenda, daquilo que estamos fazendo, a atividade não funciona e podemos cair no erro das duas principais síndromes do Brasil, a da Gabriela e do Zeca Pagodinho”, conta.

A primeira grande síndrome nas fazendas do Brasil, para Oliveira, é a da Gabriela. “Se eu nasci assim, cresci assim, vou morrer assim. Então, o meu pai fazia assim, meu avô fazia assim e o negócio vai andar desse jeito, eu não preciso fazer mais nada porque assim está dando certo. O problema que esse pecuarista não vê é que a métrica da época do pai dele é diferente da de hoje”, explica.

Já a segunda grande síndrome, de acordo com o profissional, e que está diretamente relacionada com o produtor que não tem os números, é a síndrome do Zeca Pagodinho. “É aquela propriedade que segue como a música: deixa a vida me levar… Ou seja, deixa o negócio ir acontecendo. Uma pesquisa que fizemos em três mil fazendas de gado de corte, mais de 60% dos fazendeiros não tinham nenhum tipo de negociação com o boi gordo. Ele vendia conforme o preço do dia, mesmo tendo várias ferramentas de venda como temos hoje”, relata.

Ganhando com os números

Oliveira conta que fazendo um estudo com uma média de 285 fazendas ao redor do país, alguns números interessantes foram encontrados. “A média de ganho das fazendas é de R$ 85 por hectare/ano. Só que houve 10% destas fazendas analisadas que ganharam R$ 773. Ou seja, tem fazendas ganhando 10 vezes mais que a média”, informa. Ele conta que a média produzida pelas fazendas foi de 6 arrobas hectare/ano, enquanto que aquelas 10% produziram 13 arrobas hectare/ano. “Existe esta ligação de que produzindo mais, eu vou estar ganhando mais”, diz.

Porém, o profissional alerta para outro dado curioso constatado no mesmo estudo. Ele explica que quem produziu uma média de 0 a 5 arrobas teve um rendimento de R$ 9 hectare/ano. Aqueles que produziram de 5 a 10 arrobas conseguiram R$ 65 hectare/ano. As fazendas com uma média de 10 a 15 arrobas renderam uma média de R$ 259 hectares/ano. Ainda subindo, aquelas que produziram de 15 a 20 arrobas tiveram um rendimento de R$ 911 ha/ano. Porém, as fazendas que tiveram uma média de produção acima de 20 arrobas tiveram um prejuízo de R$ 135 ha/ano.

Oliveira explica os números. “Dividimos a média de quem ganhou mais dinheiro e a média de quem perdeu mais dinheiro. Quem mais ganhou conseguiu um média R$ 911, ou seja, continuou subindo a proporção. Produzi mais e ganhei mais. Porém, quem perdeu dinheiro, perdeu muito dinheiro. A média de quem perdeu foi de R$ 1,5 mil hectare/ano. Isso nos mostra que eu produzir mais faz com que o meu risco seja maior”, afirma. Ele relata que é preciso ter uma gestão muito mais apurada, porque quanto mais o pecuarista produz, mais ele está investindo e maior é o risco. “Eu posso ganhar mais? Posso! Se eu fizer uma boa gestão do meu negócio”, diz.

Oliveira aconselha ao pecuarista que para fazer um bom negócio deve fazer o melhor para o momento. “Qual o tipo de animal que você tem, por quanto você comprou o animal, quanto custou o milho e a soja, por quanto vai vender o animal. Não existe sistema melhor para ganhar mais, o que existe é o melhor para aquele momento”, afirma.

Ele ainda acrescenta que é preciso que o pecuarista saiba a diferença entre despesa e custo. “Quando eu suplemento o meu animal, ou dou ração, eu estou aumentando o meu custo ou a minha despesa? É a minha despesa, porque o custo é igual a despesa sobre a minha produtividade. Eu tenho uma alta despesa, mas se eu tiver uma alta produtividade, o custo pode ser o mesmo ou menor”, explica. Oliveira acrescenta que o lucro da fazenda vem do desempenho do animal, multiplicado pela taxa de lotação – ou seja, a quantidade de animais que o produtor tem –, vezes aquilo que ele está recebendo por arroba, menos o custo. “Não é porque estou dando ração proteica energética que estou aumentando o meu custo. Eu posso estar aumentando a minha despesa. Eu tenho que ter um desempenho compatível com aquilo que eu estou fazendo”, afirma.

Mais informações você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de junho/julho de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Entidades querem restringir a importação de leite

Em razão dos transtornos que a cadeia produtiva do leite tem enfrentado, com estiagens, enchentes e excesso de importação, as federações estaduais recomendam a formulação de uma nova política pública para o desenvolvimento do setor, priorizando a matéria-prima local e o trabalho dos produtores brasileiros.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Mobilização contra o aumento do volume de importação de leite subsidiado, principalmente da Argentina, está sendo estimulada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc).

Presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo: “Não podemos deixar nenhum produtor desamparado, por isso a mobilização das  federações estaduais de agricultura e união de todo o setor são fundamentais para mudar o cenário de baixos preços pagos pelo litro de leite e altos custos de produção” – Foto: Divulgação/MB Comunicação

O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, diz que os transtornos que a cadeia produtiva do leite tem enfrentado – estiagens, enchentes e excesso de importação – recomendam a formulação de uma nova política pública para o desenvolvimento do setor, priorizando a matéria-prima local e o trabalho dos produtores brasileiros.

Nesse sentido, “é muito importante que cada Estado tome uma iniciativa para reduzir a compra do leite de outros países em uma atuação coordenada do setor em todo País”. Alguns Estados elevaram a alíquota de 0% para 12% aos importadores de leite em pó e de 2% para 18% na venda de produto fracionado. Em  outros, os lácteos importados foram excluídos da cesta básica, com aumento de ICMS sobre o leite importado.

Pedrozo informa que a CNA está elaborando um estudo para a aplicação de direitos antidumping à Argentina, com o objetivo de proteger o setor lácteo nacional. O dirigente lembra  que a excessiva importação de leite iniciada no primeiro semestre do ano passado achatou a remuneração do produtor nacional, impactando negativamente a competividade do pequeno e médio produtor de leite. As importações brasileiras de lácteos da Argentina e do Uruguai, em 2023, praticamente dobraram.

O presidente observa que grande parte dos produtores rurais atua na área de lácteos e que a crise no setor derruba a renda das famílias rurais. A forte presença de leite importado no mercado brasileiro provocou queda geral de preços, anulando a rentabilidade dos criadores de gado leiteiro.

Pedrozo defende um debate do setor produtivo com o Ministério da Agricultura e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar para a definição de medidas de fortalecimento da pecuária leiteira no País com foco no aumento da produção e no fortalecimento do pequeno e do médio produtor de leite. Dessa forma será possível estimular, simultaneamente, a produção e o consumo, abrangendo a redução da tributação, combate às fraudes, criação de mercado futuro para as principais commodities lácteas, manutenção de medidas antidumping e consolidação da tarifa externa comum em 35% para leite em pó e queijo, além da utilização de leite e derivados de origem nacional em programas sociais. “Não podemos deixar nenhum produtor desamparado, por isso a mobilização das  federações estaduais de agricultura e união de todo o setor são fundamentais para mudar o cenário de baixos preços pagos pelo litro de leite e altos custos de produção”, defende.

Pedrozo alerta que a crise na cadeia do leite afeta diretamente a agricultura familiar, levando milhares de produtores a abandonar a atividade, que já registra forte concentração da produção em Santa Catarina. “Talvez uma das soluções seja regular a importação, criando gatilhos e barreiras para que seu exagero não destrua as cadeias produtivas organizadas existentes”, sugere.

Fonte: Assessoria
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Paraná tem 55 premiados no Mundial do Queijo; melhor queijeiro também é do estado

Entre os paranaenses premiados, são 12 medalhas Super Ouro, 14 Ouro, 14 Prata e 15 Bronze. Além do Brasil, participaram do concurso Itália, Espanha, México, Argélia, Polônia, Irlanda, Colômbia, Argentina, Inglaterra, Suíça, França e Uruguai.

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Foto: Guilherme White/Foosstudiobrasil

O Paraná teve 55 queijos e produtos lácteos de 23 municípios premiados na 3ª edição do Mundial do Queijo do Brasil, que aconteceu entre os dias 11 e 14 de abril, no Teatro B32, em São Paulo. No total, 1.900 produtos de 13 países foram avaliados por 300 jurados, e 598 queijos e produtos lácteos receberam medalhas. O júri foi presidido pelo queijista Laurent Dubois, um dos melhores artesãos da França na categoria queijo.

Foto: Divulgação/Mundial do Queijo

Entre os paranaenses premiados, são 12 medalhas Super Ouro, 14 Ouro, 14 Prata e 15 Bronze. A competição, organizada pela associação SerTãoBras, avaliou de forma anônima queijos, iogurtes, doces de leite e coalhadas, pela sua aparência exterior e interior, textura, aromas e sabores. Além do Brasil, participaram do concurso Itália, Espanha, México, Argélia, Polônia, Irlanda, Colômbia, Argentina, Inglaterra, Suíça, França e Uruguai.

Os produtos premiados são de Cantagalo (2), Carambeí (1), Cascavel (2), Chopinzinho (1), Curitiba (3), Diamante D’Oeste (1), Guarapuava (1), Jaguapitã (2), Jandaia do Sul (1), Lapa (1), Londrina (6), Manfrinópolis (1), Marechal Cândido Rondon (4), Maringá (1), Nova Laranjeiras (1), Palmeira (6), Palotina (2), Paranavaí (2), Ponta Grossa (2), Ribeirão Claro (3), Santana do Itararé (3), São Jorge D’Oeste (2) e Toledo (7). Confira a lista completa de premiados neste link .

A Cooperativa Witmarsum, de Palmeira, na região dos Campos Gerais, conquistou quatro medalhas. Ganhador do Ouro, o queijo Witmarsum Colonial Natural possui o selo de Indicação Geográfica (IG) – que indica a procedência do produto, respeitando os saberes e fazeres dos produtores locais.

“Conquistar uma premiação como a do Mundial é bem mais do que um reconhecimento da qualidade dos nossos produtos, é reconhecer a força dos nossos cooperados que se empenham de sol a sol na produção leiteira, fortalecer o cooperativismo e também uma prova de que somos capazes de produzir queijos tão bons quanto os Europeus”, diz o diretor de Operações da empresa, Rafael Wollmann.

O Paraná é o segundo maior produtor de leite do Brasil, com cerca de 3,6 bilhões de litros ao ano. O leite é o quarto produto em importância no Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Paraná, com R$ 11,4 bilhões em 2022, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral). Os queijos paranaenses têm tradição de destaque em concursos nacionais e internacionais

O sistema digital de apuração no 3ª Mundial do Queijo, que soma as notas dos jurados em tempo real, foi desenvolvido pelo Sistema Faep/Senar-PR.

Assistência

Foto: Divulgação/Cooperativa Witmarsum

Entre as queijarias premiadas, algumas recebem assistência técnica do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná). Um exemplo é o Rancho Seleção, de Londrina, no Norte do Paraná, que conquistou uma medalha Super Ouro, três Ouro, uma Prata e uma Bronze.

Outro caso é da Estância Baobá, de Jaguapitã, também no Norte, de Lívia Trevisan e Samuel Cambefort, que recebeu prêmios pelo requeijão de corte (Super Ouro) e pelo baommental (Bronze), um queijo inspirado no emmental, mas com menos maturação e com sabor adocicado.

Na edição passada do Mundial, a queijaria já havia levado sete medalhas. Os prêmios deste ano vieram após um período de muitas dificuldades. Em 2023, a propriedade teve metade de seu rebanho roubado. “Essas medalhas foram uma superação para a gente depois de tanto sufoco”, diz a proprietária. Além do diferencial da produção agroecológica, adotado ainda por poucas propriedades na região, as receitas da Estância Baobá têm valor sentimental. “O requeijão foi o primeiro queijo que fizemos. É uma receita da minha bisavó que foi passada para a minha mãe”.

A Estância Baobá também faz parte da Rota do Queijo Paranaense, iniciativa do IDR-Paraná, e está organizando sua adesão ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf-PR), para ampliar a comercialização. Atualmente a pequena propriedade recebe apoio de extensionistas do IDR-Paraná no sistema reprodutivo. “É um acompanhamento incrível”, diz Trevisan.

Melhor queijeiro

Além dos produtos, o Paraná também se destacou no prêmio de Melhor Queijeiro do Brasil, cujo grande campeão foi o engenheiro de alimentos Henrique Herbert, mestre Queijeiro da Queijaria Flor da Terra, de Toledo, no Oeste do Estado. Natural de Poço das Antas (RS), ele vive no Paraná há 10 anos.

Essa modalidade do concurso avaliou os concorrentes quanto ao saber-fazer profissional, à capacidade de produzir queijos em condições que os tiraram de sua zona de conforto e a habilidade em maturar um queijo em condições especiais. “Com esses resultados, cada vez mais deixamos de ser apenas um importante estado produtor de leite, mas também passamos a ser reconhecidos pelos queijos de excelência que são produzidos aqui”, comemora.

Em sua equipe, Herbert contou o apoio do engenheiro de alimentos Kennidy de Bortoli, natural de Foz do Iguaçu, para desbancar os demais candidatos. Ambos atuam no Parque Científico e Tecnológico de Biociências (Biopark), em Toledo, onde conduzem um projeto de pesquisa em queijos finos. O projeto levou oito medalhas, três de Ouro e cinco de Prata.

“Tanto as medalhas conquistadas pelos nossos queijos quanto a medalha conquistada por nós vêm de encontro com o que o Biopark almeja, que é justamente o desenvolvimento da região Oeste do Paraná, com o fator do ensino e a pesquisa”, diz Herbert.

Fonte: AEN-PR
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Momento favorece compra de boi magro para confinamento

Ao contrário do que acontecia até o início desta década, desde 2022, levantamento do Cepea mostra que os valores do boi magro têm caído de março a maio, justificados pela demanda relativamente baixa de agentes que ainda não concluíram o planejamento das operações do segundo semestre.

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Foto: Everton Queiroz

Pesquisas do Cepea apontam que a atual relação entre os preços do boi magro e os ajustes do contrato julho de 2024 negociado na B3 (distante três meses, período de um ciclo de confinamento) sinaliza um bom momento para as compras de novos lotes dessa categoria de animal.

Ao contrário do que acontecia até o início desta década, desde 2022, levantamento do Cepea mostra que os valores do boi magro têm caído de março a maio, justificados pela demanda relativamente baixa de agentes que ainda não concluíram o planejamento das operações do segundo semestre.

Ressalta-se que o boi magro representa cerca de 60% do custo de produção de confinamento.

Os outros insumos de impacto nos custos são os da alimentação.

O milho e o farelo de soja, tradicionais balizadores da cotação de alternativas para a dieta, estão em patamares inferiores aos registrados em anos recentes.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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