Notícias Cadeia produtiva
Ensaio de Cultivares em Rede de soja chega ao Mato Grosso
Projeto desenvolvido pela Fundação Pró-Sementes visa orientar o produtor rural a buscar a cultivar mais adequada para a sua região.
A Fundação Pró-Sementes divulga em maio o resultado dos Ensaios de Cultivares em Rede (ECR®) de soja conduzidos em Mato Grosso em parceria com a Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) e Senar/MT, patrocinadores deste projeto. O principal objetivo deste trabalho de pesquisa é disponibilizar aos agricultores informações para tomada de decisão de quais cultivares e tecnologias adotar em suas propriedades visto que a rede de ensaios abrange as maiores regiões sojícolas do Estado.
O ECR contribui para toda a cadeia produtiva, da empresa obtentora de cultivares e biotecnologias, produtores de sementes, agricultores e cerealistas, sendo conduzido isento de qualquer viés comercial. A confiabilidade no resultado do trabalho é um quesito muito importante e muito valorizado pelas instituições parceiras, conforme informa o diretor da Fundação, Alexandre Levien. Segundo ele, esse trabalho teve início em 2008 no Rio Grande do Sul, em parceria com o Sistema Farsul/Senar-RS, agora também com a Bayer. “O ECR se destaca por levar informações importantes aos produtores, aos formadores de opinião, ao pessoal da assistência técnica e aos consultores, nas indicações para os seus clientes”, explica.
A gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Pró-Sementes, Kassiana Kehl, salienta que o ECR de soja será realizado em cinco municípios mato-grossenses, considerados regiões estratégicas para a cultura. São eles: Rondonópolis, Primavera do Leste, Campo Verde, Sorriso e Sapezal. “O trabalho consiste em orientar os produtores rurais e levar informações sobre o desempenho de cultivares já comerciais, cultivares lançamento e novas biotecnologias indicadas para o estado”, coloca a especialista.
O plantio dos ensaios, de acordo com Kassiana, ocorreu nos meses de outubro e novembro, conduzido em duas épocas, com intervalo de 15 dias entre uma e outra. “Foram testadas 40 cultivares de soja, seguindo a metodologia científica. E, além de produtividade, foram avaliados dias de emergência ao florescimento, dias de emergência à maturação, estande populacional, reação ao acamamento, altura de planta e reação à mancha alvo,” observa.
Neste ano o projeto contou com o apoio da infraestrutura do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMA) e para a próxima safra a gerente da Fundação Pró-Sementes afirma que o objetivo é expandir para outros cinco municípios de Mato Grosso.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020
Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.
Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.
O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.