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Energia sustentável a partir da biomassa

A EnergyDecentral 2022, feira de fornecimento descentralizado de energia vai  explorar o papel da madeira como matéria-prima renovável – 15 a 18 de novembro em Hannover, Alemanha

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Foto: O Presente Rural

Entre 15 e 18 de novembro, em Hanover na Alemnha, as tendências e desenvolvimentos do mundo da energia serão novamente discutidos no EnergyDecentral 2022. A feira de fornecimento descentralizado de energia vai  explora o papel da madeira como matéria-prima renovável na transição energética. O foco não é apenas em sistemas de pellets, toras e cavacos de madeira de alto desempenho e baixa emissão para geração econômica de calor, mas também no estado da arte e nas perspectivas de geração combinada de calor e energia com gás de madeira.

Quanto mais o debate sobre o fornecimento de gás da Rússia ganha força, maior se torna a conscientização sobre a importância das fontes de energia renováveis. Sair da crise com a biomassa? Esta é uma pergunta que Sandra Rostek, chefe de assuntos políticos da Associação Alemã de Energias Renováveis, responde afirmativamente, “muitos desses sistemas são capazes de aumentar sua produção de eletricidade, calor e/ou gás em curto prazo e conservar o armazenamento de gás. Para aumentar esse potencial, as restrições regulatórias ao aumento da produção de energia devem ser suspensas a curto prazo e por um período limitado de tempo”, acrescenta ela.

 

Preenchendo a lacuna de energia com biomassa

“Se a Alemanha quer atingir suas metas climáticas, não há como fugir da energia moderna da madeira”, confirma Marcus Vagt, gerente de projetos da EnergyDecentral. Já hoje, a matéria-prima renovável é o motor mais importante da transição energética para o calor. “Cerca de 65% do calor das energias renováveis ​​na Alemanha atualmente é gerado a partir da madeira”, diz Vagt.

Na Alemanha, os combustíveis de madeira provêm principalmente de florestas geridas de forma sustentável. A sustentabilidade também é assegurada para lotes maiores de cavacos e pellets de madeira importados por meio de sistemas de certificação internacional. Além disso: A maior parte da madeira energética utilizada em instalações de aquecimento e cogeração é madeira residual da indústria de serraria e outros processos industriais, o que pode ser atribuído ao uso em cascata. As lascas de madeira são a forma mais barata de aquecimento em comparação com os combustíveis fósseis. A fonte de energia é extremamente popular, principalmente nas áreas rurais, pois muitos agricultores possuem sua própria floresta ou plantação de curta rotação. Dependendo da estação, a madeira residual da floresta e a madeira de espécies de crescimento rápido podem ser mantidas em estoque, o que fornece segurança de planejamento a longo prazo para a operação de um sistema de aquecimento de cavacos de madeira.
 Flexibilidade total no aquecimento e secagem

Alternativas totalmente automáticas aos sistemas de aquecimento a óleo ou gás que queimam cavacos florestais, pellets e paletes naturais descartáveis ​​de forma eficiente e com baixas emissões estarão em exibição nos pavilhões da feira em Hannover. Eles combinam tecnologias comprovadas em engenharia de combustão e controle com funções de conforto inteligentes para criar sofisticados sistemas de aquecimento a lenha com potências de até 1.500 quilowatts, que também são adequados para configurar redes de aquecimento municipal neutras em CO2. A cinza queimada é descarregada automaticamente através de parafusos de remoção de cinzas ou diretamente em um recipiente de cinzas. Além da alimentação de combustível por meio de transportadores helicoidais, estão disponíveis sistemas com sistema de alimentação hidráulica. Flexibilidade total para fazendas também é prometida por geradores de ar quente acionados por material picado com ventiladores integrados e trocadores de calor de ar. Os sistemas totalmente automatizados são projetados para operar fora do prédio e transportar o ar quente diretamente para o ponto de uso por meio de mangueiras isoladas. Desta forma, feno recém-cortado, grãos ou lúpulo podem ser secos de forma eficiente e com economia de tempo através do fornecimento de ar quente.

No entanto, se analisar algumas soluções EnergyDecentral também mostram que as usinas combinadas de calor e energia movidas a biomassa estão se tornando cada vez mais importantes do ponto de vista da energia e da proteção climática. Junto com o biogás, o gás de madeira é uma das opções importantes hojer e que podem desempenhar um papel central na matriz energética no futuro. Devido aos avanços no desenvolvimento da tecnologia e motores mais eficientes, as “pequenas usinas” representam uma boa alternativa para a produção combinada de eletricidade e calor para aplicações descentralizadas. Eles são a solução ideal para quem quer reduzir seus custos de energia a longo prazo

Gás de madeira ou biogás:

Nos pavilhões da EnergyDecentral terá expositores que apresentarão também plantas de cogeração de baixa emissão com uma potência elétrica de até 2.000 quilowatts ou mais. Por exemplo, a 2G Energy garante a conversão de suas usinas de cogeração de gás natural e biogás para operação de hidrogênio puro com uma solução técnica padrão, por exemplo, como parte da manutenção regular – e com valores de eficiência comparáveis. A possibilidade de misturar hidrogênio em até 40% da mistura de gás já é fornecida por padrão. Estas e outras soluções que estarão em exposição na cidade de Hannover de 15 a 18 de novembro, os visitantes não terão apenas a opção de conhecer uma reviravolta energética, mas sim de conhecer todos os detalhes de seu funcionamento na prática.

Fonte: O presente Rural com informações da Assessoria da EuroTier

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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