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Energia: o novo produto agrícola da propriedade rural

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O trabalho humano, juntamente com os recursos naturais da propriedade rural, é o sustentáculo do crescimento da população mundial. Apesar dos problemas de distribuição, a agricultura tem produzido alimentos suficientes para abastecer a população mundial, mostrando a capacidade dos nossos produtores e a grande disponibilidade de recursos naturais existentes em nosso meio rural.

Especialmente no Brasil, a produção da agricultura tem mostrado que este é um país de vocação agrícola, com uma participação próxima a 23% do seu PIB nos últimos 10 anos (CEPEA/ESALQ). Porém, sabe-se que, enquanto alguns países já esgotaram sua possibilidade de expansão da agricultura, o potencial de nosso país está longe de ser atingido.

Para manter e expandir este patamar produtivo, a pequena propriedade, protagonista importante no negócio agrícola, necessita buscar alternativas para seguir um rumo eficiente, visto que esta é uma parcela importante da produção de alimentos, que, no entanto, vem sofrendo com a tendência de urbanização de sua população, determinando uma redução de 7% entre 1995 e 2006, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sua mão de obra devido ao êxodo rural, além do envelhecimento de sua população.

Inovação

Uma alternativa de produção está sendo criada baseada na Resolução Normativa 482 da ANEEL, a qual permite a todo consumidor de energia elétrica, ligado ao sistema de distribuição, gerar energia até o total da carga instalada.

A norma permite conectar o sistema de geração de energia elétrica à rede de distribuição, não havendo necessidade de armazenamento de energia (em baterias) junto ao produtor, e que todo o excedente produzido seja compensado durante três anos. O sistema de geração chama-se mini ou microgeração distribuída.

Como a propriedade agrícola possui recursos naturais abundantes, como vento, espaço, radiação solar, resíduos e quedas d’água, todos estes podem ser transformados em energia elétrica e comercializados junto às distribuidoras de energia. Este comércio cria um produto comercializável, permitindo que a propriedade rural aumente sua produtividade e fonte de renda sem a necessidade de envolver e consumir a carente mão de obra ainda existente.

Solução
Uma pergunta que surge e foi feita pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) é: “são viáveis economicamente estes sistemas de geração de energia renovável para a pequena propriedade agrícola de base familiar?” Para responder, foi criado um grupo de trabalho com técnicos da Embrapa Clima Temperado, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul Rio-grandense (IFSul), Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Sul (FEPAGRO) financiados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

O trabalho, iniciado no fim de 2013, focou inicialmente a produção eólica e a fotovoltaica, buscando determinar a eficiência e o rendimento dos equipamentos conectados à rede (grid-tie) disponíveis no mercado brasileiro, em propriedades rurais de base familiar.

Para isso, foram instalados conjuntos geradores de energia renovável em seis locais do Rio Grande do Sul: em uma instituição de pesquisa; em uma instituição de ensino e pesquisa; em um produtor de leite assentado da reforma agrária; em uma comunidade rural quilombola; e outros dois em cooperativas de pequenos agricultores.
Os quatro primeiros locais no Sul do Estado são abastecidos pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e os outros, no Centro e no Norte, são abastecidos pela AESSul e pela Rio Grande Energia (RGE), sendo estas três as maiores distribuidoras do Estado.
Após a instalação dos equipamentos nos diversos locais, compostos por um gerador eólico de mil watts de potência, um gerador fotovoltaico composto por quatro placas de 250 W, dois inversores elétricos, um relógio contador da energia gerada pelos dois sistemas e uma estação meteorológica automática, a conexão foi feita em todos juntos à CEEE, e estão em andamento os projetos de conexão a serem feitos nas outras distribuidoras.
Os equipamentos e componentes utilizados, encontrados no mercado brasileiro, são na maioria importados. Os geradores eólicos testados são de fabricação nacional.

Carlos Reisser Júnior – Doutor e pesquisador Embrapa Clima Temperado

Rodrigo Motta Azevedo –  Engenheiro agrônomo e professor do IFSul
Eduardo Teixeira da Silva –  Mestre, pós-graduando UFB
Clênio R. K. Böhmer – Doutor e professor do IFSul

Fonte: Campo e Negócios

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ABPA, SIPS E ASGAV promovem churrasco com aves e suínos na Expochurrasco

Presidentes das entidades assumem a churrasqueira para assar mais de 200 quilos de carne; cardápio será comandado pelo chef Marcelo Bortolon

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Foto: Divulgação Expochurrasco

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Eduardo Santos e o Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), José Roberto Goulart, comandarão a churrasqueira de uma ação que as entidades da avicultura e da suinocultura promoverão durante o Festival Internacional do Churrasco (ExpoChurrasco), no dia 20 de abril, no Parque Harmonia, em Porto Alegre (RS).

Com o objetivo de estimular uma presença cada vez maior das carnes de aves e de suínos no cardápio dos churrascos, a ação promoverá um convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

Ao todo, serão assados mais de 200 quilos de carne nas 6 horas de evento, com cortes de aves, como sobrecoxa desossada, tulipa e coxinha da asa, e de suínos, como costela, panceta, linguiça, sobrepaleta e picanha.

O espaço das associações do setor na Expochurrasco contará com a presença do chef gaúcho Marcelo Bortolon, que preparará receitas especiais, como costela suína ao molho barbecue de goiabada e cachaça, e sobrecoxa de frango ao molho de laranja, mel e alecrim.

“Na capital do estado conhecido pelo churrasco tradicional, vamos assumir pessoalmente a churrasqueira e promover uma grande degustação para incentivar a adoção de mais cortes de carnes de aves e de suínos nas grelhas. A ideia é convidar os visitantes a repetir em suas casas e em suas confraternizações o uso de mais produtos da avicultura e da suinocultura nos cardápios dos churrascos. São uma ótima opção de sabor, com qualidade diferenciada, que agrada a todos os públicos”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Saiba mais sobre a ExpoChurrasco pelo site https://expochurrasco.com.br/

Fonte: Assessoria ABPA
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Notícias Sustentabilidade

Biogás rende prêmio à C.Vale

Cooperativa possui melhor planta industrial para geração de biogás

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Indústria para processamento de raiz de mandioca em Assis Chateaubriand (PR) - Foto: Assessoria

Ações de sustentabilidade da C.Vale renderam prêmio nacional à cooperativa. Em solenidade realizada em Chapecó (SC), dia 17 de abril, a cooperativa recebeu o Prêmio Melhores do Biogás, concedido pelo Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano.

Guilherme Daniel com o troféu ladeado por Aírton Kunz (Embrapa Suínos e Aves), Rafael Gonzalez (CBIogás) e Suelen Paesi (Universidade de Caxias do Sul) – Foto: UQ Eventos

A C.Vale conquistou a primeira colocação na categoria Melhor Planta/Geradora de Biogás – Indústria. O segundo lugar ficou com a multinacional Raizen e a terceira colocação com o grupo Cetric.

A cooperativa foi representada pelo supervisor ambiental Guilherme Daniel. “Para a C.Vale, as questões ambientais não são somente uma obrigação para atender aos requisitos legais. São atividades que podem gerar receitas, com ganhos ambientais e econômicos”, afirma o presidente da cooperativa, Alfredo Lang.

A C.Vale aproveita o gás metano (CH4) gerado pelos efluentes das amidonarias e Unidade Produtora de Leitões para gerar energia limpa e minimizar o efeito estufa. No caso das duas indústrias de beneficiamento de mandioca, em Assis Chateaubriand e Terra Roxa, ambas no Paraná (PR), a medida reduz em aproximadamente 75% os custos das indústrias com lenha, ou seja, evita o consumo de mais de 50 mil árvores/ano.

 

Fonte: Assessoria
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Santa Catarina reforça medidas de biosseguridade em eventos com aglomeração de aves passeriformes

Medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade

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Portaria SAR nº 11/2024 mantém suspenso, em todo o território catarinense, a realização eventos com aglomeração de aves - Fotos: Divulgação/Cobrap

A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) publicou, na última sexta-feira (12), a Portaria SAR nº 11/2024, que mantém a suspensão, em todo o território catarinense, da realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Ficam autorizados apenas os eventos com a participação exclusiva de passeriformes, mediante o cumprimento das condições e exigências da portaria. A medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Está em vigor no país e em Santa Catarina o Decreto de Estado de Emergência Zoossanitária para Gripe Aviária. Com isso, justifica-se a necessidade de regramento específico para a realização de eventos com aglomeração de aves. “Essa portaria é resultado de estudos da equipe técnica da Cidasc e de diálogo com a SAR e representantes do setor. A liberação para eventos com aglomeração de passeriformes irá ocorrer mediante o cumprimento de todas as exigências. Dessa forma, iremos prezar pela sanidade, quando autorizada a realização desses eventos”, explica o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.

A equipe da Cidasc realizou um estudo técnico estabelecendo critérios para a retomada gradativa e segura de eventos com a participação exclusiva de passeriformes, com normas como a avaliação da densidade populacional de aves comerciais no município que ocorrerá o evento e avaliação do status sanitário do município e região. Levando em consideração essas normas, foi apurado que atualmente 74 municípios atendem os critérios para sediar esses eventos.

Além disso, foram elencadas as exigências de medidas de biosseguridade, tanto no local do evento, quanto de criação de passeriformes. Também é levada em consideração a necessidade da obrigatoriedade de emissão de Guia de Trânsito Animal e apresentação de atestado sanitário dos passeriformes. A gestão e os procedimentos de autorização devem ser encaminhados à Cidasc.

Fonte: Ascom Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária
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