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Encontro Nacional das Cadecs de Aves e Suínos debate boas práticas
Evento debateu as boas práticas nas comissões de negociação e compartilhou experiências entre produtores integrados.
Uma comitiva de Santa Catarina, organizada pelo Sistema Faesc/Senar, participou nesta semana do 2° Encontro Nacional das Cadecs de Aves e Suínos, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na sede da entidade, em Brasília. O evento debateu as boas práticas nas comissões de negociação e compartilhou experiências entre produtores integrados.
As Cadecs (Comissões de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração) foram criadas pela Lei da Integração (13.288/2016) com o propósito de mediar a relação entre produtores e indústrias no regime de integração vertical, no qual são firmadas parcerias para a produção e comercialização de produtos.
O encontro foi uma iniciativa do Programa Cadec Brasil e reuniu lideranças do setor, avicultores, suinocultores, além de técnicos e representantes de Federações de Agricultura e Pecuária do Distrito Federal, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Representando Santa Catarina, participaram do evento o membro representante da Faesc na Comissão Nacional de aves e suínos da CNA, Gilmar Antônio Zanluchi, e os consultores do Sistema Faesc/Senar, Renato Rodrigues e Vanderlei Zanini, juntamente com os representantes dos produtores integrados (coordenadores das Cadecs).
“Além de oportunizar conhecimentos sobre os resultados da pesquisa com as lideranças dos produtores nas Cadecs, sobre a importância da análise e avalição de parâmetros técnicos e econômicos do Documento de Informação Pré-contratual, entre outros assuntos de extrema relevância, tivemos a oportunidade de trocar ideias sobre as práticas bem-sucedidas e os desafios enfrentados em diferentes situações”, destacou Zanluchi.
O superintendente salientou, ainda, que a participação no encontro foi importante para aprimorar a atuação das comissões e seguir promovendo a transparência nas relações contratuais. “Com isso, fortaleceremos a posição dos produtores integrados no cenário agropecuário”.
De acordo com o presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, as Cadecs têm uma atenção especial em Santa Catarina. “Priorizamos estratégias para manter cada vez mais organizada a representatividade dos produtores rurais integrados. Contamos com equipes preparadas para esclarecer dúvidas sobre a Lei de Integração, assessorar todo o processo de constituição das comissões e sobre o contrato de integração, mediar as negociações com as agroindústrias, entre outros. O atendimento às Cadecs em SC acontece com o apoio dos Sindicatos Rurais – entidades sindicais que representam a categoria. A participação de nossos representantes no 2° Encontro promovido pela CNA é essencial para aprimorarmos ainda mais nossa atuação no estado”.
Saiba como foi o 2° Encontro Nacional das Cadecs
O presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Adroaldo Hoffmann, conduziu a abertura e destacou a importância do diálogo entre produtores e lideranças de várias regiões. O vice-presidente da comissão, Fernando Ribeiro, que também preside a Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape/DF), afirmou que a CNA não mede esforços para apoiar a classe nas relações com a agroindústria.
A programação do encontro contou com palestras sobre ações da Comissão Nacional de Aves e Suínos, o Documento de Informação Pré-Contratual (DIPC), análise de indicadores técnicos, boas práticas e Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), retrato da suinocultura brasileira, programas de incentivo para produtores e mesas redondas.
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Peru abre mercado para exportação de gelatina e colágeno do Brasil
Com essa nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 199ª abertura de mercado neste ano, totalizando 277 aberturas em 61 destinos desde início de 2023.
O Brasil recebeu do governo do Peru a aprovação sanitária para exportar gelatina e colágeno de osso bovino não comestível àquele país.
Trata-se da décima abertura de mercado no Peru para produtos do agronegócio brasileiro em menos de doze meses. Entre janeiro de 2023 e outubro de 2024, as exportações agrícolas do Brasil para o país ultrapassaram US$ 1,27 bilhão, com destaque para produtos florestais, carnes e complexo soja.
Com essa nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 199ª abertura de mercado neste ano, totalizando 277 aberturas em 61 destinos desde início de 2023.
Esses resultados refletem o trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
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Parlamento da União Europeia aprova adiamento da Lei Antidesmatamento
Nova data para o início da aplicação da lei será 30 de dezembro de 2025 para grandes empresas.
O Parlamento da União Europeia (EU) aprovou, na quinta-feira (14), o adiamento da entrada em vigor da Lei Antidesmatamento, uma medida que afetará diretamente os países produtores de commodities, como o Brasil. A decisão, que recebeu 371 votos favoráveis, 240 contrários e 30 abstenções, prorroga a implementação da legislação por pelo menos um ano. A nova data para o início da aplicação da lei será 30 de dezembro de 2025 para grandes empresas e 30 de junho de 2026 para as pequenas e médias empresas.
A lei, que tem como objetivo combater o desmatamento global, exigirá que empresas importadoras para a UE provem que suas cadeias de suprimentos não contribuem para o desmatamento. Produtos como café, cacau, soja, papel e couro serão os principais afetados. Caso não cumpram as normas, as empresas podem ser multadas em até 4% de seu faturamento.
O adiamento da legislação foi proposto pela Comissão Europeia em outubro e justificado por alguns setores da economia que argumentam não estar preparados para implementar a regulamentação dentro do prazo estabelecido. De acordo com os defensores do adiamento, a falta de sistemas adequados para rastreamento e verificação nos países exportadores, como na África e América Latina, dificulta a conformidade com as exigências da nova lei.
Entretanto, a decisão foi criticada por ambientalistas e por representantes da sociedade civil. Para muitos, o adiamento poderá resultar em mais destruição das florestas tropicais, enquanto a Comissão Europeia deveria focar em ajudar os países exportadores com ferramentas de apoio, em vez de postergar a implementação da lei. A legislação, que faz parte do Acordo Verde Europeu, visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a sustentabilidade ambiental.
Países como Costa do Marfim e Gana, grandes produtores de cacau, já implementaram sistemas de rastreamento que atendem aos requisitos da legislação, demonstrando que, para alguns setores, o adiamento não é necessário.
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Brasil amplia negociações para exportação de carne bovina para a Turquia
Missão teve como objetivo posicionar o Brasil como um parceiro estratégico para atender à demanda crescente por alimentos na Turquia, destacando a qualidade e sanidade da produção nacional e o cumprimento dos requisitos do sistema halal.
Em missão oficial em Ancara, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) deu um importante passo para viabilizar a entrada da carne bovina brasileira no mercado turco, um dos poucos grandes destinos globais ainda fechados ao produto brasileiro, ao lado de Japão, Vietnã e Coreia do Sul.
A agenda foi liderada pelo secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Julio Ramos, representando o secretário Luis Rua, acompanhado pelo diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), Marcelo Mota, com o apoio da Embaixada do Brasil no Egito. A missão teve como objetivo posicionar o Brasil como um parceiro estratégico para atender à demanda crescente por alimentos na Turquia, destacando a qualidade e sanidade da produção nacional e o cumprimento dos requisitos do sistema halal.
As reuniões incluíram encontros com o diretor-geral da Diretoria de Alimentos e Controle do Ministério da Agricultura e Florestas, Ersin Dilber, e o chefe do Departamento Controle de Fronteiras de Animais e Produtos de Origem Animal, Mustafa Çatak; com o diretor-geral da Junta de Carne e Leite da Turquia, Mustafa Kayhan; além de discussões com o diretor-geral adjunto para Assuntos e Acordos Internacionais do Ministério do Comércio, Atilla Bastirmaci, responsável pelas Américas, e um encontro na Embaixada do Brasil em Ancara com o Ministro Marcelo Viegas.
Durante as conversas, o secretário-adjunto do Mapa destacou a importância das exportações agrícolas para o crescimento econômico do Brasil, ressaltando que o aumento das trocas comerciais com a Turquia pode impulsionar o PIB, gerar empregos e incrementar a renda. Esse esforço conta com o suporte do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que colaboram na promoção dos exportadores e na consolidação dos fluxos comerciais.
Além da carne bovina, a delegação brasileira tratou de temas relacionados a outros produtos da agropecuária do Brasil, além da retirada das restrições para carne de aves do Rio Grande do Sul, relacionadas à doença de Newcastle.
A abertura do posto de adidância agrícola em Ancara, prevista para o final do ano, deverá intensificar o diálogo entre os países, fortalecendo essa cooperação essencial para o Brasil no comércio internacional. A Turquia é o sétimo maior destino das exportações brasileiras de produtos agrícolas. Somente nos nove primeiros meses de 2024, foram comercializados aproximadamente R$ 2,6 bilhões com o país, com destaque para o complexo da soja, produtos têxteis e café.
No setor agropecuário, neste ano, foram quatro aberturas de mercado para produtos do agro brasileiro na Turquia: exportação de gelatina e colágeno não comestíveis, ovoprodutos e vísceras organolépticas (destinadas à alimentação animal), além da exportação de heparina bovina. As expansões têm contado com os trabalhos e parceria com a Secretaria de Defesa Agropecuária.
“Com esta missão, reafirmamos nosso compromisso de ampliar os fluxos comerciais e de mostrar ao mundo a qualidade da produção brasileira, contribuindo para combater a inflação e oferecendo produtos de excelência. Sob a liderança do ministro Carlos Fávaro e com as diretrizes do secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, e do secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, estamos focados em gerar empregos, impulsionar o PIB e fortalecer a renda no Brasil. A Turquia é um parceiro estratégico, e, com o suporte do MRE e da ApexBrasil, buscamos não apenas abrir mercados, mas consolidá-los por meio de uma busca ativa de exportadores brasileiros para que esses avanços resultem em fluxos comerciais duradouros e benéficos para todos,” destacou o secretário Julio Ramos.