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Encontro Alta Cria discute desafios e avanços da criação de bezerras leiteiras no Brasil

Programa inédito no país faz levantamento de dados zootécnicos para traçar perfil de criação de bezerras leiteiras

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Os principais desafios e avanços da criação de bezerras leiteiras no Brasil foram debatidos no primeiro encontro Alta Cria que ocorreu na sexta-??????feira (24/11), em Uberaba (MG). O inédito programa Alta Cria é iniciativa da Alta Genetics visando realizar levantamento de dados zootécnicos em fazendas leiteiras de todo o país, com objetivo de traçar um perfil sobre a criação de bezerras nacional.

Os resultados do programa foram apresentados durante encontro com importantes pesquisadores de setor, técnicos, colaboradores e produtores rurais na sede da Alta em Uberaba (MG). Na primeira edição do projeto foram coletados dados em 36 fazendas em diversas regiões do país, que resultou em um importante panorama da criação de bezerras leiteiras no Brasil.

“Não comercializamos apenas sêmen, nossa missão é ajudar os clientes a obter o melhor resultado em suas produções. E é justamente neste sentido que o programa Alta Cria foi criado, sendo uma importante ferramenta para tomada de decisão de manejo e nos rumos da ciência nacional”, ressaltou Heverardo Carvalho, diretor da Alta Brasil.

O perfil das propriedades avaliadas indicou que elas possuem cerca de 350 vacas em lactação na média, produzindo 28 litros/dia, com 73 bezerros em bezerreiros e produção total de leite de 362.307 litros. Do total de 4,8 mil bezerras analisadas, 2,8 mil são da raça Holandês e 1,9 ml Girolando, sendo que a maioria das propriedades possuem sistema de confinamento.

O programa Alta Cria surgiu com objetivo de conhecer e gerenciar os principais dados zootécnicos na fase de cria. Com o levantamento – fruto de questionários aplicados aos produtores e pelo envio de dados – é possível definir estratégias, comparar resultados, além de ser um banco de dados valioso para o desenvolvimento de pesquisas no setor.

“Com ele podemos constatar quais são os pontos sensíveis da criação de bezerras do Brasil e onde efetivamente precisamos melhorar. O objetivo para o próximo ano é dobrar a participação de fazendas, alcançando 80 propriedades em diversas regiões do País”, conta o gerente de colostro da Alta Brasil, Rafael Azevedo, que está afrente do projeto.

Além disso, os resultados do Alta Cria foram contrastados com o Padrão de Criação Ouro (Gold Standards), desenvolvido pela Associação de Bezerras e Novilhas de Leite dos Estados Unidos (DCHA), com propósito de avaliar o desempenho das fazendas de leite no Brasil.

O Alta Cria avaliou as condições de manejo pré-parto, cuidados com recém-nascidas, manejo de colostragem, aplicação de colostro bovino em pó, manejo nutricional, taxa de crescimento das bezerras, manejo de saúde, desempenho reprodutivo de novilhas, ambientes e instalações.

Dentre as principais características coletadas, os resultados chamaram atenção para o manejo de colostragem nas propriedades. Embora 69% das criações tenham indicado que fazem o fornecimento de colostro na primeira mamada em até 2h para partos diurnos, é sabido que nem sempre a transferência passiva de imunidade ocorre da forma ideal.

O Padrão Ouro de criação de bezerras estipula que as recém-nascidas devem receber colostro limpo, com a quantidade correta de anticorpos e o mais rápido possível após o nascimento. Além disso, é primordial realizar o teste de qualidade de colostro e avaliar periodicamente a contagem de bactérias presentes no material. Caso contrário, as bezerras podem ter consequências sérias como doenças, dificuldade no ganho de peso e até mesmo a mortalidade.

“Uma serie de fatores são importantes na fase de cria, mas a ingestão de colostro de qualidade está entre um dos pilares do bom resultado nesta etapa. Sabemos a dificuldade dos criados em realizar todos os tratos necessários, por isso, na falta de colostro de qualidade, a utilização de substitutos comerciais são a melhor alternativa”, explicou a pesquisadora e professora da UFMG, Sandra Gesteira.

Dentre as fazendas que passaram a adotar o colostro em pó bovino como protocolo, a Fazenda Boa Fé, em Conquista (MG), experimentou ganhos expressivos após a mudança no manejo de colostragem. A zootecnista e especialista em bem-estar animal, Dra. Lívia Magalhães, relatou que a pesquisa realizada na propriedade apontou que bezerras que receberam o colostro em pó ou o colostro fresco de alta qualidade apresentaram o mesmo desempenho na transferência de imunidade passiva.

“Quando iniciamos o projeto na Fazenda Boa Fé, não esperávamos que o colostro em pó superasse o colostro fresco, mas o interessante nessa pesquisa foi comprovar que o substituto trouxe padronização no manejo. Nem sempre temos colostro de qualidade e ter o produto em pó garante que as bezerras recebam o colostro o mais rápido possível sempre com a quantidade ideal de nutrientes”, destacou Magalhães.

O colostro é a primeira secreção láctea produzida pela glândula mamária das vacas após o parto, sendo constituído por gordura, imunoglobulinas (Ig), sólidos totais, vitaminas e outros nutrientes essenciais. Por isso, garantir consumo adequado e rápido de colostro de qualidade é o fator mais importante para determinar a sobrevivência e a saúde dos bezerros.

A Alta trouxe ao Brasil no início neste ano o colostro em pó bovino, um produto 100% natural desenvolvimento pela empresa canadense SCCL, que vem sendo amplamente utilizados em fazendas leiteiras de todo o país. Um pacote de colostro bovino em pó possui 470g de produto. Para fornecer aos recém-nascidos, basta diluir o produto em 1 litro de água filtrada ou mineral morna (entre 43 e 49ºC). Após diluído, o mesmo deve ser fornecido em mamadeira de qualidade, oferecendo ao recém-nascido um produto homogêneo, consistente, com volume uniforme de anticorpos e livre de organismos que causam transmissão de doenças. E o produtor conta ainda com a facilidade de uso, já que o produtor pode ser utilizado em qualquer ambiente e momento.

É comprovado que bezerras bem nutridas, em boas condições de saúde e bem-estar, produzem mais leite em suas lactações, justificando o melhor tratamento recebido nesta etapa de criação. Os benefícios do manejo adequado, porém, vão além da produção de leite na primeira lactação, estendendo-se durante toda a vida produtiva dos animais e, ainda, diminuindo a idade de descarte dos animais.

Fonte: Ass. Imprensa

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Empresas Discussões sanitárias

American Nutrients reforça a cadeia exportadora da carne suína ao aderir ao programa livre de ractopamina

A empresa oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade

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Arquivo OP Rural

A ractopamina, um agonista β-adrenérgico amplamente utilizado para melhorar ganho de peso e eficiência alimentar em suínos, permanece no centro das discussões sanitárias internacionais. Embora seu uso seja regulamentado no Brasil, diversos mercados estratégicos — como União Europeia, China e Rússia — possuem tolerância zero para resíduos desta substância em produtos de origem suína.

O ponto crítico está na cadeia de alimentação: a inclusão de ractopamina na ração de suínos pode resultar na sua detecção na carne, mesmo quando utilizada dentro das doses permitidas. Essa presença residual é suficiente para inviabilizar exportações e comprometer toda a cadeia produtiva voltada a mercados que adotam exigências mais restritivas.

Com o objetivo de assegurar conformidade sanitária, rastreabilidade e segurança na exportação, o Ministério da Agricultura e Pecuária instituiu o Programa de Produção Livre de Ractopamina. A certificação reconhece empresas que mantêm protocolos rigorosos de controle para garantir ausência parcial ou total da molécula em qualquer etapa da produção de rações para suínos.

A American Nutrients oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade e alinhamento às demandas globais. Ao assegurar que suas soluções nutricionais estão completamente isentas de ractopamina, a empresa fortalece a confiança de frigoríficos, integradoras e produtores que dependem de dietas certificadas para acessar mercados premium.

Esta iniciativa reforça o compromisso da American Nutrients com a qualidade, a transparência e a sustentabilidade da cadeia suinícola. Em um cenário de crescente rigor sanitário internacional, a nutrição animal livre de ractopamina é um elemento-chave para manter e expandir a participação brasileira nos mercados mais exigentes do mundo.

Fonte: Daiane Carvalho - Dra. Médica Veterinária - Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento e Responsável Técnica da American Nutrients do Brasil Indústria e Comércio Ltda
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Empresas

Inteligência Artificial conta 140 mil ovos por dia com 99,9% de precisão e transforma avicultura

Entre outros indicadores, tecnologia da ALLTIS monitora temperatura, água e volume de grãos nos silos, reduz perdas e aumenta produtividade da Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP)

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Fotos: Alisson Siqueira

A Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP), alcança um novo patamar de produtividade após a implementação do sistema de inteligência artificial da empresa de tecnologia ALLTIS. Com produção diária de 140 mil ovos, o equivalente a 4,7 milhões por mês, a granja – dona da marca Naturegg – estima ganhos operacionais de até 90% após a integração de um pacote de sensores controlado por IA, que permite controle sanitário, monitoramento ambiental e gestão de recursos com mais segurança, precisão e eficiência. A ALLTIS resolve problemas crônicos da avicultura, transformando as granjas em propriedades 4.0 e contribuindo para o aumento da produtividade e a redução de custos. Recentemente, a ALLTIS firmou sociedade com a MCassab Nutrição e Saúde Animal, empresa do Grupo MCassab, especialista em nutrição e saúde animal há mais de meio século.

Fundada em 1983 pela família Teixeira, a São Marcos deixou de ser fornecedora de frangos vivos para ser uma produtora de ovos orgânicos e caipiras livres de antibióticos, comercializados sob a marca Naturegg. Hoje, tem 170 mil aves em postura e distribuição para seis estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

A necessidade de incluir a tecnologia e digitalizar os processos em uma atividade historicamente tradicional, decorre do volume de informações exigidas tanto para gestão do negócio quanto pelos órgãos certificadores. Diariamente, a equipe da São Marcos passou a registrar pela IA, entre outros, dados de temperatura, umidade, consumo de água e ração, taxas de mortalidade e indicadores de bem-estar animal.

“Nosso maior desafio sempre foi transformar informação em decisão. Com a operação que temos hoje, isso já não era possível de forma tradicional. A tecnologia traz agilidade, segurança e capacidade de gerir de maneira eficiente e de antecipar problemas. Agora, conseguimos agir antes que o impacto aconteça”, afirma Matheus Teixeira, diretor comercial da Naturegg.

A parceria com a ALLTIS foi importante para os planos da São Marcos. A granja utiliza quatro frentes tecnológicas da startup: monitoramento ambiental (Sense), controle do consumo de água (Aqua), gestão automática dos silos (Domo) e contagem de ovos por inteligência artificial (EggTag) com precisão de 99,9%. “Cito um exemplo: antes de ter o monitoramento das informações por IA, nossos funcionários precisavam subir em 21 silos para verificar o estoque de ração, enfrentando risco de acidentes e imprecisão nos cálculos. Agora, todo o controle é feito pelo celular, com previsões de consumo e alertas programados”, explica Tailisom Silva, gerente da granja.

“Ter dados confiáveis em tempo real é essencial para obter resultados melhores e maior precisão na gestão. O mercado exige rastreabilidade e sustentabilidade, e a tomada de decisão precisa ser rápida e embasada. Nosso papel é transformar dados em informações úteis para o dia a dia e entregar tecnologias que se adaptam às necessidades e realidade do produtor”, afirma André Aquino, sócio e COO da ALLTIS.

“O exemplo da São Marcos mostra o quanto a tecnologia é importante para potencializar a produtividade das granjas de postura. Mas não apenas isso. É essencial monitorar todas as áreas do negócio e, assim, reduzir os gargalos, que são vários. A tecnologia da ALLTIS está disponível para contribuir para vencer esse desafio”, ressalta Mauricio Graziani, diretor executivo da MCassab Nutrição e Saúde Animal, acionista da ALLTIS.

Outros avanços devem vir nos próximos meses, como a automatização da contagem de ovos com identificação por tamanho e coloração. A expectativa é reduzir ainda mais o índice de erros humanos e dispor de dados detalhados para ajustar o manejo à tecnologia e otimizar o rendimento da produção de ovos.

Para Matheus, a digitalização dos processos é um caminho indiscutível. “O maior erro é achar que a tecnologia é algo distante ou complicado. É o contrário. Ela simplifica, reduz perdas e dá clareza para agir. Quem não se permitir evoluir vai ficar para trás”, ressalta o diretor comercial da Naturegg.

Fonte: Assessoria MCassab Nutrição e Saúde Animal
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Empresas Ameaça silenciosa

Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves

Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

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Divulgação / Fotos: Zoetis

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.

A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.

Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.

“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.

Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.

“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.

A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.

Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.

Fonte: Assessoria
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