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Emulsificante melhora eficiência energética da dieta

Estudos recentes comprovaram o incremento na energia metabolizável de 80, 74 e 75 kcal/kg (p

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Sabemos que a nutrição inicia com a ingestão do alimento, mas somente será efetiva se a digestão e a absorção dos nutrientes forem eficientes. A energia é um dos mais importantes componentes de custo para a produção de animais de alto desempenho. Devido à sua elevada densidade energética, gorduras e óleos são as fontes de energia mais importantes na formulação de dietas para animais. Melhorar a eficiência energética e digestibilidade dessas matérias primas é de grande interesse do ponto de vista econômico. Emulsificantes nutricionais podem ser utilizados para melhorar a digestibilidade de gordura e óleos e assim melhorar a eficiência energética da dieta. Isto irá resultar em menor custo de alimentação, contribuindo para a produção animal mais econômica e sustentável.

Todos os emulsificantes apresentam como característica em comum o fato de serem moléculas ampifílicas, ou seja, a mesma molécula apresenta uma porção polar, solúvel em água, também chamada de porção hidrofílica, e uma porção apolar, insolúvel em água, também chamada de lipofílica. Segundo a legislação vigente (Portaria nº 540 de 1997), emulsionante/emulsificante é a substância que torna possível a formação ou manutenção de uma mistura uniforme de duas ou mais fases imiscíveis. Os sais biliares são os emulsificantes naturais, os monoglicéridos, formados no intestino após a hidrólise de gorduras e óleos também atuam como emulsificantes. No entanto, a capacidade destes emulsificantes naturais pode ser o fator limitante para a digestibilidade das gorduras. Animais jovens têm produção limitada de sais biliares e, por consequência, a digestibilidade de gordura é limitada nas fases iniciais da vida. Além disso, as características da gordura da dieta e a quantidade de gordura adicionada pode restringir a digestibilidade. Diferentes características de gordura e óleo explicam diferenças na digestibilidade dos ácidos graxos saturados (encontrados principalmente na gordura de origem animal), que são menos digestíveis em comparação com os ácidos graxos insaturados (gordura de origem vegetal). Níveis elevados de ácidos graxos livres também limitam a digestibilidade. A utilização de um emulsificante nutricional é a ferramenta mais eficaz para melhorar a digestibilidade de gordura e óleos. Obviamente, o efeito positivo da adição de tais emulsificantes é mais pronunciada para as gorduras e óleos menos digestíveis, mas também tem efeitos desejáveis em gorduras e óleos de elevada/alta digestibilidade (como o óleo de soja).

Para classificarmos um emulsificante em tecnológico ou nutricional, de acordo com sua especificidade, existe o conceito de Balanço Hidrofílico-Lipofílico (Hydrophilic-lipophylic Balance ou HLB) – Figura 1. Leva em consta a solubilidade do emuslficante em óleo ou em água e é variavel de 0 a 20. O emulsificante sempre deve ser solúvel na fase contínua para melhor eficiência na formação de micelas (misturas: água-óleo ou óleo-água). Devido ao fato de que os animais consomem duas vezes mais água do que ração, o intestino é um ambiente aquoso. O objetivo de um emulsificante nutricional é otimizar a emulsificação formando micelas (óleo em água) no intestino, e por isso um emulsificante com HLB alto é o mais eficiente.

 

A matéria completa você pode conferri na edição de avicutura de setembro do O Presente Rural, nas versões impressa ou ONLINE

 

Por: Luiz Gustavo Rombola - Zootecnista, M.sC - Gerente Técnico Internacional da Orffa do Brasil

 

 

Fonte: Luiz Gustavo Rombola – Zootecnista, M.sC

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Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem

Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

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A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.

Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.

Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.

A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.

A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.

Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.

Fonte: O Presente Rural com Unifrango
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Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer

Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

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O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.

A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.

Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.

Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.

Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.

Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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Avicultura

Avicultura encerra 2025 em alta e mantém perspectiva positiva para 2026

Setor avança com produção e consumo em crescimento, margens favoráveis e preços firmes para proteínas, apesar da atenção voltada aos custos da ração e à segunda safra de milho.

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O setor avícola deve encerrar 2025 com desempenho positivo, sustentado pelo aumento da produção, pelo avanço do consumo interno e pela manutenção de margens favoráveis, mesmo diante de alguns desafios ao longo do ano. A avaliação é de que os resultados permanecem sólidos, apesar de pressões pontuais nos custos e de um ambiente externo mais cauteloso.

Para 2026, a perspectiva segue otimista. A expectativa é de continuidade da expansão do setor, apoiada em um cenário de preços firmes para as proteínas. Um dos principais pontos de atenção, no entanto, está relacionado à segunda safra de milho, cuja incerteza pode pressionar os custos de ração. Ainda assim, a existência de estoques adequados no curto prazo e a possibilidade de uma boa safra reforçam a visão positiva para o próximo ano.

No fechamento de 2025, o aumento da produção, aliado ao fato de que as exportações não devem avançar de forma significativa, tende a direcionar maior volume ao mercado interno. Esse movimento ocorre em um contexto marcado pelos impactos da gripe aviária ao longo do ano e por um desempenho mais fraco das exportações em novembro. Com isso, a projeção é de expansão consistente do consumo aparente.

Para os próximos meses, mesmo com a alta nos preços dos insumos para ração, especialmente do milho, o cenário para o cereal em 2026 é considerado favorável. A avaliação se baseia na disponibilidade atual de estoques e na expectativa de uma nova safra robusta, que continuará sendo acompanhada de perto pelo setor.

Nesse ambiente, a tendência é de que as margens da avicultura se mantenham em patamares positivos, dando suporte ao crescimento da produção e à retomada gradual das exportações no próximo ano.

Já em relação à formação de preços da carne de frango em 2026 e nos anos seguintes, o cenário da pecuária de corte deve atuar como fator de sustentação. A menor disponibilidade de gado e os preços mais firmes da carne bovina tendem a favorecer a proteína avícola. No curto prazo, porém, o setor deve considerar os efeitos da sazonalidade, com maior oferta de fêmeas e melhor disponibilidade de gado a pasto, o que pode influenciar o comportamento dos preços.

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro Itaú BBA
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