Suínos Portos brasileiros
Empresas portuárias criam planos de redução de impactos ambientais
A Santos Brasil, referência em operações portuárias e logísticas e signatária do Pacto Global da ONU desde 2013, definiu as suas metas de redução de impactos ambientais para 2024: redução de 50% na geração de resíduos/TEU, 30% no consumo de água per capta e 15% em toneladas de emissões de CO2/TEU.

Algumas empresas que atuam nos portos brasileiros estão criando planos para reduzir o impacto de suas operações no meio ambiente. A Santos Brasil, referência em operações portuárias e logísticas e signatária do Pacto Global da ONU desde 2013, definiu as suas metas de redução de impactos ambientais para 2024: redução de 50% na geração de resíduos/TEU (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés), 30% no consumo de água per capta e 15% em toneladas de emissões de CO2/TEU.
Com as novas metas, atreladas à remuneração da alta liderança e dos demais funcionários, a companhia reforça seu compromisso com a agenda ESG (Environmental, Social and Governance) e engaja seu time na sua estratégia de crescimento com ações responsáveis que contribuam de maneira positiva com o meio ambiente e a comunidade.
As metas na frente ambiental foram definidas com base nas reduções alcançadas nos últimos três anos e nas iniciativas que têm sido adotadas para mitigar o impacto de suas operações no meio ambiente. Em 2020, a Santos Brasil registrou redução de 12% na emissão de CO2, 8,6% no consumo de água e 19% na geração de resíduos em relação a 2019.
Além de um intenso trabalho interno de conscientização sobre o tema, o monitoramento online dos indicadores de sustentabilidade é uma das principais ferramentas que têm sido adotada pela Santos Brasil para mapear consumo e fortalecer ações de respeito ao meio ambiente.
Para controlar o consumo de água e de combustível, por exemplo, a empresa implementou um aplicativo de telemetria baseado na Internet das coisas (IoT) que permite o gerenciamento de todo o sistema de água do Tecon Santos (o maior terminal de contêineres na América do Sul). O sistema, implantado em fevereiro, trouxe resultados imediatos, alertando para possíveis vazamentos e desvios de consumo, agilizando a tomada de providências. No caso do diesel, além do processo contínuo de renovação de frota por equipamentos mais modernos e que gerem menos gases poluentes, a telemetria é utilizada para controlar com precisão a performance de cada condutor e indicar aqueles que precisem de treinamento para conduzir de modo a reduzir o consumo de combustível, aumentar a vida útil das peças e com maior segurança.
Na frente de geração de resíduos, o conceito de economia circular vem ganhando força na empresa, com o crescimento da reciclagem e estímulo ao rebuilding in house – modelo em que se analisa peças que serão descartadas para avaliar se elas poderão ser reutilizadas por meio de um processo de remanufatura, trazendo economia e menor impacto ao meio ambiente.
Na agenda ESG focada na área ambiental envolvendo a comunidade situada no entorno das instalações da Santos Brasil, existe ainda atuação da Academia de Sustentabilidade, dirigida a funcionários e moradores vizinhos ao Tecon Santos, que estimula a conscientização ambiental e desenvolve atividades. Uma delas é o projeto de coleta e reciclagem de resíduos trazidos pelo movimento das marés para perto das moradias, que teve início em meados deste ano e que já reuniu mais de 1,5 tonelada de resíduos. O material foi separado, higienizado e o dinheiro arrecadado com sua venda será destinado ao Instituto Novos Sonhos que o reverterá em melhorias e apoio à comunidade. Para dar suporte à ação, a equipe de especialistas em Sustentabilidade da companhia promove aulas online quinzenais com os voluntários, em que apresenta a diferença entre os tipos de plásticos, avalia os destinos mais rentáveis para os materiais coletados e dissemina informações sobre os impactos desses resíduos no meio ambiente.
De acordo com Antônio Carlos Sepúlveda, presidente da Santos Brasil e líder do Comitê de Sustentabilidade da companhia, a atenção às dimensões ambientais e sociais do negócio é uma prioridade para que a empresa se mantenha sintonizada aos anseios contemporâneos da sociedade. “Já atuamos com elevados padrões de gestão e governança que incluem políticas de compliance e de sustentabilidade alinhadas com as melhores práticas de mercado, mas sabemos que ainda há muito por fazer e estamos fortemente empenhados em contribuir ativamente para a conservação do meio ambiente e para o desenvolvimento humano”, diz.
Em outubro de 2020, as ações da Santos Brasil ingressaram na carteira de estreia do índice S&P/B3 Brasil ESG, composta por um seleto grupo de empresas que possuem boas práticas relacionadas à preservação do meio ambiente, desenvolvimento social e elevados padrões de governança corporativa. Neste ano, o ranking Latin America Executive Team 2021, da Institutional Investor, uma das mais renomadas publicações do universo corporativo, apontou a Santos Brasil como a empresa com o 3º melhor programa de ESG dentre as small caps do segmento de Transportes na América Latina.
O próximo passo é passar a integrar o ISE-B3, índice de Sustentabilidade Empresarial da B3. Para alcançar essa meta, a Santos Brasil criou, no ano passado, grupos multidisciplinares de trabalho e está mobilizada em torno de um plano chamado 6 Compromissos com Futuro que prevê iniciativas nas frentes: políticas e diretrizes, treinamento e comunicação, cadeia de valor, governança e estrutura, desenvolvimento humano e mudanças climáticas.
Sobre a Santos Brasil
A Santos Brasil é referência em operações portuárias e logísticas. Foi criada há 23 anos para operar o Tecon Santos (SP), maior e mais eficiente terminal de contêineres da América do Sul. Neste período, já investiu mais de R$ 5 bilhões, calculados a valor presente, em aquisições, expansões, novos equipamentos e tecnologia, contribuindo para o desenvolvimento do comércio exterior brasileiro.
Atua nacionalmente por meio dez terminais estrategicamente localizados – sendo três de contêineres (Tecon Santos em SP, Tecon Imbituba em SC e Tecon Vila do Conde no PA), um de veículos em Santos (SP), três de carga geral (um em Imbituba e dois arrendamentos temporários em Santos, na margem direita do porto), e três de granéis líquidos recém arrematados em Itaqui (MA). Através da Santos Brasil Logística, que opera de maneira integrada aos terminais, oferece soluções completas do porto ao e-commerce aos seus mais de 9.400 clientes.
A Santos Brasil é listada no Novo Mercado da B3, o mais elevado padrão de governança corporativa; signatária do Pacto Global, da ONU, que mobiliza empresas para o avanço relacionado à sustentabilidade; e faz parte do índice S&P/B3 ESG.

Suínos
Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre
Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.
No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.
Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.
Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.
Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.
Suínos
Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro
Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.
Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.
Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton
De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.
A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.
Impacto social e ambiental
Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.
A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.
O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.
Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.
O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.
Futuro sustentável
Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”
Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”
O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.
Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.
Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
