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Empresas brasileiras batem recorde de US$ 3,2 bilhões em negócios internacionais na SIAL Paris 2024
Presença brasileira revelou o potencial da gastronomia nacional como força impulsionadora de negócios estrangeiros.
O Brasil fechou sua participação no Salão Internacional da Alimentação (SIAL Paris 2024) com um recorde de US$ 3,25 bilhões de negócios imediatos e futuros. A marca supera o valor de todas as edições desde o início da presença da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) na feira, considerada uma das maiores e mais importantes do setor de alimentos e bebidas da Europa. A expectativa inicial para esta edição era de cerca de US$ 2,5 bilhões, mas o valor alcançado foi além do esperado.
“Passar a marca de US$ 3,2 bilhões de negócios é motivo de muito orgulho para o Brasil e nos mostra que estamos no caminho certo. O Brasil está de volta no cenário mundial. Os produtos brasileiros do agronegócio e do setor de alimentos e bebidas têm grande qualidade e estão conquistando mais e mais mercados. A Apex levou quase 200 empresas para SIAL Paris que ficaram frente a frente com compradores estrangeiros de várias partes do mundo. Este resultado é fruto de um imenso trabalho”, destacou o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, que inaugurou o pavilhão Brasil no dia 20 de outubro e percorreu os oito pavilhões brasileiros distribuídos no Parc des Expositions Paris Nord Villepinte, nos arredores de Paris.
A participação brasileira no evento teve também recorde de 192 empresas coordenadas pela ApexBrasil, sendo 87 apoiadas diretamente pela Agência, nove Comerciais Exportadoras ou “Trading Companies” – que representaram 50 pequenos negócios via Brasil Trade Lounge (BTL) –, além de outras 46 empresas participantes via projetos setoriais realizados em parceria com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
A cada ano, o Brasil vem superando a marca de negócios alcançada na SIAL Paris. No primeiro, em 2006, a participação brasileira gerou negócios da ordem de US$ 505 milhões. Na última edição, em 2022, este número ultrapassou US$ 1,9 bilhão.
Empreendedores de pequenos e médios negócios ganham espaço para exportar
A participação brasileira contou com a presença de vários empreendedores de pequeno e médio porte. “A SIAL Paris é uma vitrine impressionante para produtores agroindustriais, empreendedores, cooperativas apresentarem ao mundo o melhor da nossa sociobiodiversidade e abrirem novos mercados internacionais. A Apex tem atuado para valorizar pequenos produtores e, a partir das possibilidades gastronômicas que o Brasil tem, mostrar a autenticidade, diversidade e sustentabilidade dos produtos brasileiros”, destacou o gerente de Agronegócio da ApexBrasil, Laudemir Muller, que esteve presente na feira.
Plataforma Buy Brazil
Durante o evento, o presidente Jorge Viana lançou a plataforma Buy Brazil que oferece um diretório online de exportadores, facilitando o acesso de compradores internacionais a produtos de empresas brasileiras. Esta solução inovadora conecta compradores internacionais a exportadores brasileiros, dá visibilidade produtos nacionais no mercado externo e torna a busca dos importadores mais fácil, ágil, eficiente e segura. “Em um primeiro momento, estão sendo aceitas empresas do setor de alimentos e bebidas que já participaram ou participam de ações da ApexBrasil. Futuramente, a plataforma também deve ser aberta para empresas de outros setores cadastrarem seus produtos”, explica Juarez Leal, do Núcleo de Plataformas Digitais da ApexBrasil, que também participou do lançamento.
Culinária brasileira abrindo portas para exportações
Além da exposição nos pavilhões, na SIAL Paris a ApexBrasil mostrou um pouco dos sabores de várias regiões do Brasil com ativações gastronômicas, apresentação de produtos, degustações e ‘cooking shows’ que encantaram os visitantes da feira, entre eles Coco Eiffel, proprietária do restaurante Café de l’ Homme e neta de Gustave Eiffel, engenheiro responsável por uma das torres mais famosas e fotografadas do mundo. Durante a feira, três ‘cooking shows’ com as chefs brasileiras Bel Coelho, Luisa Kreitchmann e Marina Stroh atraíram o público para conhecer produtos como: tapioca, pé-de-moleque, tucupi, sagu e, claro, o famoso café brasileiro.
Para reforçar o posicionamento do Brasil como parceiro global de negócios e divulgar o melhor da originalidade, versatilidade e as oportunidades comerciais, a ApexBrasil promoveu também um jantar, em parceria com o Instituto Capim Santo, no Café de l’ Homme, dentro do Museu do Homem com vista para a Torrei Eiffel. Para a ocasião, chefs Morena Leite, Marcelo Ballardin, Vico Crocco, Rafael Rego, Rafael Cagali e Alessandra Montagne elaboraram um menu para exaltar a qualidade e versatilidade de produtos nacionais como mandioca, tucupi, cupuaçu, açaí, feijão. Para completar, os convidados foram surpreendidos com uma harmonização de vinhos brasileiros, selecionados pela sommelière capixaba, Marina Gilberti. O resultado foi uma sintonia marcada por um verdadeiro passeio pelos sabores de Norte a Sul do país.
Sobre o SIAL Paris
Porta de entrada para produtos brasileiros na França e mercados adjacentes da Europa, Oriente Médio, África e América do Norte, o SIAL Paris é realizado a cada dois anos na capital francesa desde 1964 e é considerada uma das principais feiras de alimentos de todo o mundo. Junto com a feira ‘Allgemeine Nahrungs- und Genussmittel-Ausstellung’ (ANUGA), que acontece nos anos ímpares, na Alemanha, as duas integram o calendário internacional dos mais relevantes eventos mundiais do setor agroalimentar.
Nesta edição, de 19 a 23 de outubro, os corredores dos pavilhões do Parc des Expositions Villepinte, nos arredores da capital francesa, receberam mais de 7,5 mil expositores vindos de 130 países, cerca de 8 mil compradores, além de 285 mil profissionais de 205 países. Nos 11 pavilhões, foram apresentados mais de 400 mil produtos e inovações de 10 setores de produtos alimentícios.
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Produção de grãos atingirá 379 milhões de toneladas nos próximos dez anos, com crescimento de 27%
Segundo estudo do Mapa, soja, milho de segunda safra e trigo devem continuar puxando o crescimento da produção de grãos.
A projeção de produção do agro brasileiro para os próximos dez anos mostra importante crescimento nas principais cultura, como soja, milho da safra de inverno, arroz, feijão, sorgo e trigo. As culturas perenes como café, cacau e frutas também sinalizam um crescimento sustentável no período.
Os dados são do estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 20203/2024 a 2033/2034, realizado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Neste período, a área plantada aumentará 15,5%, atingindo 92,2 milhões de hectares, mostrando a produtividade como importante fator de crescimento na próxima década, como indica o estudo.
Para o diretor de Análise Econômica e Políticas Públicas do Mapa, Silvio Farnese, “é relevante considerar que parte importante do crescimento da área plantada será apoiada pelo Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, com linhas de crédito favorecidas para regeneração produtivas de superfícies, atualmente com baixa produtividade”, enfatizou.
As culturas que terão maior crescimento nas áreas plantadas são soja (25,1%), milho da safra de inverno (24,9%), trigo (18,4%), arroz (+20,3%) e, feijão (+38,1%).
A participação do consumo interno de milho, farelo e óleo de soja sustentam o crescimento na produção de proteína de origem animal, mantendo o consumo interno e garantindo as exportações destas proteínas, de 24,7 milhões de toneladas.
Culturas em destaque
A produção de arroz deverá aumentar em 3,1 milhões de toneladas, atingindo 13,7 milhões de toneladas, permitindo o atendimento ao consumo que está estimado 10,8 milhões de toneladas, havendo espaço para os compromissos de exportação do setor produtivo, atualmente da ordem de 1,3 milhão de toneladas.
Já a cultura do milho, atingirá 153,1 milhões de toneladas com crescimento de 32,3%, e aumento de 37,4 milhões de toneladas principalmente na safra de inverno, seguindo a prática adotada pelos produtores de plantio em sucessão à soja. O consumo estimado em 109,8 milhões de toneladas, crescendo 30,4% está sintonizado com a crescente utilização do grão para a produção de etanol que, atualmente processa 17,0 milhões de toneladas.
A soja continuará com maior produção entre os grãos, com estimativa de atingir 199,4 milhões de toneladas, com aumento de 52,0 milhões de toneladas, e o farelo de soja atingirá 48,5 milhões de toneladas, aumentando 8,36 milhões de toneladas nos próximos 10 anos.
Quanto ao café, as estimativas mostram aumento de produção de 31,9%, atingindo 72,0 milhões de sacos, ou seja, uma maior oferta de 17,0 milhões de sacos que cobrirão o aumento no consumo crescendo para 27,0 milhões de sacos e, as exportações, que estão estimadas em 45,0 milhões de sacos.
Na estimativa da produção de proteína animal, o maior crescimento será de aves (+28,4%), seguido por suínos (+27,5%) e, bovina (+10,2%). O consumo terá um crescimento menor com aves crescendo 26,9%, suíno com 25,4% e, bovina com 0,6%.
As exportações destas proteínas estão estimadas com crescimento de 29,7% para aves, 22,5% para suínos e, 27,1% para bovinos. Este cenário está sendo fortalecido pelos diversos acordo feitos pelo governo brasileiro com países consumidores, representando fortalecimento de mercados já sedimentados e, novos países que importarão carnes brasileiras, garantindo a posição de destaque no mercado internacional.
Projeção do agronegócio
A publicação é realizada anualmente, com a finalidade de prospectar o desempenho futuro da agropecuária, servindo como balizador para as políticas públicas para o setor e, de indicativo para o setor privado sobre o comportamento da área plantada, produção, consumo e, exportação dos principais produtos da pauta da agropecuária.
São projetados dados para 28 produtos: algodão em pluma, arroz, feijão, milho, soja grãos, farelo e óleo, sorgo, cana-de-açúcar, açúcar, trigo, café, cacau, laranja, fumo, batata-inglesa, mandioca, banana, maçã, mamão, melão, uva, carnes bovina, avícola e suína, leite, ovos e, celulose.
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Cobb-Vantress apresenta adequações para alojamento em produção durante o Simpósio Facta na Estrada
Gerente regional Eduardo Loewen abordou aspectos a serem considerados no adensamento de aves.
A Cobb-Vantress, mais antiga casa genética avícola em operação no mundo, participou do “Simpósio de Matrizes: Sanidade, Ambiência e Qualidade Intestinal”, edição do evento Facta na Estrada. O gerente regional do Serviço Técnico da Cobb para Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Contas Chaves e Paraguai, Eduardo Loewen, representou a companhia com a palestra “Adequações para Alojamento de Alta Densidade no período de Produção”. O evento Facta na Estrada foi promovido pela Facta (Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia Avícolas), em Chapecó (SC), no dia 15 de outubro.
Loewen abordou, em sua palestra, os modelos de construção de aviários disponíveis atualmente, os parâmetros ideais de alta densidade na produção, e a viabilidade econômica dos projetos.
“É necessário contemplar além da densidade, espaço de comedouro, quantidade de bico por nípel (bebedouro) e a quantidade de aves por módulo de ninho. Além disso, o projeto precisa considerar a ambiência ideal para as aves, com equipamentos modernos, e prevendo uma renovação de ar em tempo adequado. É possível adensar, mas o bem-estar animal não pode ser deixado de lado”, avaliou o gerente da Cobb-Vantress.
O Facta na Estrada é um evento itinerante que chega a diversas regiões do Brasil para compartilhar conhecimento técnico sobre sanidade, manejo, produção, ambiência e pesquisa, entre outros temas.
Notícias Safra 2024/2025
Plantio de soja chega a 74% e do milho a 97% no Paraná
As condições climáticas têm sido favoráveis para a germinação e o desenvolvimento das culturas de verão. O plantio de soja concentra-se agora nas regiões Sul e Norte, que tradicionalmente plantam mais tarde.
Pelo menos 74% dos 5,8 milhões de hectares previstos para a soja na safra 2024/25 já estão semeados. Ainda que as chuvas tenham paralisado momentaneamente as plantações em alguns dias das últimas semanas, os produtores puderam acelerar o trabalho. Ele foi ainda mais intenso em relação ao milho, cujo plantio de primeira safra está praticamente encerrado, cobrindo 97% dos 259 mil hectares.
Os dados fazem parte de boletim divulgado nesta terça-feira (29) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. “As condições climáticas têm sido favoráveis para a germinação e o desenvolvimento das culturas de verão, ao contrário do ano passado, quando as chuvas foram volumosas e causaram erosão e a necessidade de replantio”, salientou Edmar Gervásio, analista de soja e milho no Deral.
Em alguns municípios do Estado, os grãos de verão ainda não foram plantados, pois as culturas de inverno ainda estão a campo. O plantio de soja concentra-se agora nas regiões Sul e Norte, que tradicionalmente plantam mais tarde.
A safra de soja neste ciclo teve uma mudança no zoneamento agrícola, que é o período preconizado como ideal para o plantio. Até a safra passada em todo Estado a semeadura tinha início a partir do segundo decêndio de setembro.
Nesta safra houve regionalização do plantio e algumas regiões já puderam plantar a partir do início do mês de setembro e as últimas começaram a partir de 20 de setembro, como é o caso da região Sul.
No caso do milho, está praticamente encerrado o período de semeadura, restando algumas pequenas propriedades. Alguns produtores observaram tripes e percevejos, mas estão conseguindo controlar a situação. “De modo geral, tanto a safra de milho como de soja evoluem tranquilamente, tendo condições de clima favoráveis tanto para o plantio como para o desenvolvimento das lavouras já plantadas”, reforçou Gervásio.
O feijão de primeira safra também está com o plantio adiantado, alcançando 93% dos 143,6 mil hectares. Neste ano os produtores aumentaram em 33% a área, que tinha sido de 107,8 mil hectares, valendo-se da oferta de financiamento e seguro. Da mesma forma que os outros grãos, o desenvolvimento tem sido bom, ainda que as temperaturas estejam abaixo do normal para este período.
Entre as principais culturas que estão em plantio no Estado, a batata de primeira safra chegou a 98% dos 16,6 mil hectares, e igualmente tem bom desenvolvimento. Para esta cultura as temperaturas mais baixas favorecem as lavouras que se encontram em tuberização.