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Empresários do Oeste ressaltam impacto da nova ferrovia para a economia da região

Atualmente, 2% do total que chega ao Porto de Paranaguá de trem tem origem no Oeste, onde estão algumas das maiores empresas de alimentos do país. Lideranças reforçam a importância de uma ferrovia mais eficiente e com maior capacidade de carga.

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Nova Ferroeste é determinante para o crescimento do Paraná, dizem empresários da ACIC de Cascavel

Empresários de Cascavel, na região Oeste do Paraná, participaram nesta quinta-feira (17) de uma reunião sobre a Nova Ferroeste. Em pauta, o andamento das últimas etapas antes de levar o projeto a leilão. Realizado na sede da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (ACIC), o encontro foi presencial, com transmissão ao vivo.

O Oeste do Paraná concentra algumas das maiores empresas de alimentos do país, em especial as cooperativas de proteína animal. Hoje, apenas 2% de tudo que chega por trilhos ao Porto de Paranaguá têm origem nessa região.

Fotos: Antônio Umbellino/Nova Ferroeste

“Em Cascavel estamos um pouco distantes de Paranaguá, a dificuldade logística é muito grande e esse projeto nos dá entusiasmo. A ferrovia vai atrair novos investimentos, principalmente no agronegócio, porque a região é muito rica e tem mão de obra”, afirmou Genésio Pegoraro, presidente da ACIC de Cascavel.

Proposto pelo Governo do Paraná, o projeto da Nova Ferroeste prevê a ampliação nas duas pontas da atual Ferroeste, que opera entre os municípios de Cascavel e Guarapuava. A intenção é ligar o município de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, com o Porto de Paranaguá.

Dois ramais vão partir de Cascavel até Chapecó, em Santa Catarina e Foz do Iguaçu, na fronteira com a Argentina e o Paraguai. Ao todo serão 1.567 quilômetros de trilhos que vão passar por 66 municípios nos três Estados.

De acordo com o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, que conduziu a reunião na ACIC, a execução da Nova Ferroeste será um grande indutor de desenvolvimento e de geração de empregos. “Serão mais de 300 mil novos postos em 60 anos, isso sem contar o que vai ser criado pelo ganho de produtividade das empresas com uma ferrovia moderna para chegar ao porto”, destacou.

A ACIC possui 3.620 associados, cerca de 200 empresas são do ramo alimentício e, destas, metade é ligada à indústria e ao agronegócio. É o caso da Coopavel. “Temos uma economia de R$ 480 bilhões, somos a quarta maior da federação e o agronegócio participa com R$ 180 bilhões. Precisamos de uma ferrovia eficiente, com trens que possam ter uma composição maior de carga e melhor desempenho”, disse Dilvo Grolli, diretor-presidente da Coopavel.

Redução de custo

O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Financeira (EVTEA) apontou que a redução do custo logístico com a Nova Ferroeste pode ser de até 30%. A maior parte da carga prevista para circular pelos trilhos da nova malha ferroviária vai seguir com destino à exportação.

Soja, milho e proteína animal estão no topo da lista.

Segundo o EVTEA, se a Nova Ferroeste estivesse em operação, poderia transportar atualmente 38 milhões de toneladas, deste total, 26 milhões de toneladas iriam diretamente para o porto.

“Esse é um projeto que vai garantir a segurança alimentar do Brasil e diversos outros países. Cerca de 70% do que vai transitar pela Nova Ferroeste seguirá para exportação. O mundo precisa desse alimento”, destacou Fagundes.

Lei de autorização

Deve entrar em votação na nas próximas semanas na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) a Lei de Autorização Ferroviária. O texto encaminhado pelo Governo do Estado cria a primeira lei ferroviária do Paraná. Serão definidos parâmetros para os pedidos de construção de ferrovias por concessão, permissão e autorização. A intenção é aproximar a iniciativa privada para que novos interessados possam construir e operar ferrovias no Paraná, em especial pelo regime de autorização.

Para Fagundes, essas mudanças permitem que o setor privado identifique as oportunidades de mercado e assuma todo o risco do empreendimento. “Temos requerimentos que ainda não foram para frente porque não temos a lei aprovada. Com essa lei, vamos ganhar agilidade e permitir o surgimento de novas oportunidades de negócio dentro do setor ferroviário”, disse.

Licença ambiental

 O projeto da Nova Ferroeste está em fase final do processo de licenciamento ambiental prévio. Após a realização das audiências públicas e da vistoria técnica pelo Ibama, deverá ser emitido o parecer do órgão licenciador.

Leilão e contrato

A intenção é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil, com sede em São Paulo, em 2023. A empresa ou consórcio que vencer a concorrência será responsável pelas obras e poderá explorar a ferrovia por 99 anos. O edital tem como cláusula obrigatória o início da operação entre Cascavel e Paranaguá sete anos após a assinatura do contrato.

O valor a ser investido neste trecho da ferrovia é estimado em R$ 11,5 bilhões (sem material rodante). A ordem de execução das ligações a partir de Cascavel, com o Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Foz do Iguaçu será definida pelo empreendedor, o orçamento atual é de R$ 21,3 bilhões.

Fonte: AEN
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Brasil avança na regulamentação do mercado de carbono: entenda o impacto e as oportunidades

Mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas.

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Foto: Gisele Rosso

O Brasil está cada vez mais próximo de regulamentar o mercado de carbono, uma medida que promete revolucionar o cenário socioeconômico e ambiental do país. Com a discussão do Projeto de Lei n.º 2.148/2015 no Senado Federal, a atenção se volta para as implicações e oportunidades que essa regulamentação trará.

O PL estabelece o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que funcionará com base no sistema internacionalmente conhecido cap-and-trade, onde se impõe um limite máximo de emissões e é possível comercializar direitos de emissão, internacionalmente conhecidos como allowances e definidos como Cotas Brasileiras de Emissões (CBE) no projeto de lei.

O mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas. Funciona como um sistema de compra e venda de créditos de carbono, incentivando a adoção de práticas sustentáveis pelas empresas e promovendo a transição para uma economia de baixo carbono.

Segundo a advogada Nailia Aguado Ribeiro Franco, existem dois tipos de mercados de carbono: voluntário e regulamentado. No mercado voluntário, as partes podem cooperar de forma voluntária para implementar suas contribuições determinadas nacionalmente, conforme estabelecido no Acordo de Paris.

O Brasil, ao ratificar o Acordo em 2016, comprometeu-se a reduzir emissões até 2025 e atualizou sua meta na COP 26 para uma redução de 50% das emissões de GEE até 2030. “Este mercado é amplo e permite a participação de empresas, pessoas físicas e jurídicas, ONGs, governos e outras instituições na compensação de suas emissões adquirindo créditos de carbono de projetos que reduzem efetivamente as emissões ou capturam carbono”, diz a advogada

Ela explica ainda que a regulamentação do mercado de carbono traz uma série de oportunidades para a economia brasileira. “Setores como o agronegócio, empresas e startups poderão se beneficiar com incentivos para adotar práticas sustentáveis e investir em projetos de mitigação das emissões de carbono”, afima

De acordo com a advogada, o mercado de carbono pode impulsionar a inovação e a competitividade das empresas brasileiras, fortalecendo a posição do país como um líder global em soluções climáticas. “Diante desse cenário, é fundamental que o Brasil avance na regulamentação do mercado de carbono, garantindo uma transição justa e sustentável para todos os setores da sociedade. O futuro do país e do planeta depende das ações que tomarmos hoje para enfrentar os desafios das mudanças climáticas”, finaliza

Fonte: Assessoria Andersen Ballão Advocacia
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Santa Catarina alcança em abril o melhor desempenho do ano na exportação de carnes

Estado alcançou os melhores resultados do ano na exportação de frangos e suínos.

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Foto: Cláudio Neves

Em abril, Santa Catarina alcançou os melhores resultados do ano na exportação de frangos e suínos. No total, o estado exportou 173,2 mil toneladas de carnes de frangos, suínos, perus, patos e marrecos, bovinos, entre outras, com altas de 11,7% em relação aos embarques do mês anterior e de 14,5% na comparação com os do mesmo mês de 2023.

Em receitas, o estado exportou US$ 358,3 milhões, crescimento de 15,5% em relação às de março e de 6,0% na comparação com os valores de abril de 2023.

Foto: Divulgação/SAR

No acumulado do 1º quadrimestre, foram exportadas 631,7 mil toneladas de carnes, alta de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Suínos

Santa Catarina foi responsável por 57,6% da quantidade e 59,7% das receitas das exportações brasileiras de carne suína dos quatro primeiros meses deste ano. O estado exportou 60,5 mil toneladas de carne suína in natura, industrializada e miúdos em abril, alta de 14% em relação aos embarques do mês anterior e de 7,1% na comparação com os de abril de 2023. As receitas de abril foram de US$ 138,7 milhões, alta de 18,1% na comparação com as do mês anterior.

O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária Valdir Colatto, avalia que esses são resultados do comprometimento de toda cadeia produtiva com a qualidade dos produtos catarinenses, “nosso estado dá exemplo e está sempre vigilante para garantir a sanidade e segurança alimentar, ampliando assim as relações comerciais externas”, afirma Colatto.

Foto: Ari Dias

A maioria dos principais destinos ampliaram suas aquisições em relação ao 1º. quadrimestre de 2023, com destaque para Filipinas (altas de 89,7% em quantidade e de 78,8% em receitas), Japão (101,8% e 94,0%) e Coreia do Sul (190,2% e 257,0%). Por outro lado, a China registrou queda de 40,1% em quantidade e 51,9% em receitas na comparação entre o 1º quadrimestre deste ano e o mesmo período de 2023. Com isso, a China perdeu a liderança do ranking das exportações catarinenses de carne suína, posição que ocupava desde 2018. O principal destino, atualmente, são as Filipinas (22,7% das exportações do estado).

Frango

O estado foi responsável por 24,3% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango nos quatro primeiros meses deste ano. Em abril, Santa Catarina exportou 104 mil toneladas de carne de frango com alta de 10% em relação aos embarques do mês anterior e de 19,7% na comparação com os de abril de 2023. As receitas foram de US$ 200,7 milhões, crescimento de 11,9% em relação às do mês anterior e de 9,2% na comparação com as de abril de 2023.

Segundo explica o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Alexandre Luís Giehl, o aumento no volume exportado, deve-se ao crescimento nas quantidades embarcadas para os principais destinos ao longo dos quatro primeiros meses do ano, com destaque para Japão (+11,2% em relação ao 1º quadrimestre de 2023), Países Baixos (20,3%) e Emirados Árabes Unidos (30,1%). A China, por sua vez, que foi o principal destino do frango catarinense no ano passado, registrou queda expressiva nas aquisições do produto neste ano: -31,9% em quantidade e -44,1% em receitas.

Fonte: Assessoria SAR
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Aprovação na CCJ garante mais segurança ao seguro rural

Mudanças no PL 4720/16 favorecem melhor gestão dos recursos e evitam contingenciamentos.

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Foto: Roberto Dziura Jr

Com 34 votos a favor, foi aprovada, nesta quarta-feira (15), na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, a relatoria do deputado Sérgio Souza (MDB-PR) ao Projeto de Lei 4.720/16, que aprimora a gestão dos recursos destinados ao seguro rural. A proposta visa garantir mais segurança e previsibilidade para os produtores rurais, especialmente os pequenos e médios, que são os mais impactados por eventos climáticos adversos.

Deputado Sérgio Souza (MDB-PR): “O Seguro Rural garante a continuidade da produção agropecuária e a segurança alimentar, responsabilidade que o Brasil tem com o planeta” – Fotos: Divulgação/FPA

O Seguro Rural é essencial para proteger a produção agropecuária contra riscos climáticos, como secas, geadas e inundações, que podem provocar perdas significativas. Nas últimas safras, o Brasil enfrentou os efeitos dos fenômenos La Niña e El Niño, causando prejuízos consideráveis aos agricultores. “O Seguro Rural garante a continuidade da produção agropecuária e a segurança alimentar, responsabilidade que o Brasil tem com o planeta”, enfatiza Souza.

Menos burocracia, mais previsibilidade

O PL 4720/16 propõe transferir as responsabilidades financeiras do Seguro Rural do Ministério da Agricultura para as Operações Oficiais de Crédito, vinculadas à Secretaria do Tesouro Nacional. Essa alteração assegura que os recursos para o seguro não sejam contingenciados, como ocorreu nos últimos anos.

“Esta mudança trará mais previsibilidade aos produtores rurais, permitindo que contem com o Seguro Rural de maneira mais eficaz”, explica Sérgio Souza. “Além disso, reduzirá o custo do seguro, aumentando a transparência e a segurança jurídica na aplicação dos recursos.”

Presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR): “No Rio Grande do Sul, se os produtores tivessem garantia mínima de seguro rural pelo governo brasileiro, o impacto no orçamento federal para auxiliar na reestruturação das dívidas seria substancialmente menor”

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), ressaltou a importância do PL 4720/16 para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil. “Este é um tema crucial. Recentemente, foi debatido na Comissão de Agricultura outro projeto similar, tratando da legislação sobre o Seguro Rural”, destacou Lupion. “A demanda por seguro foi muito alta este ano; precisamos endereçar essa questão urgentemente.”

Após a aprovação na CCJ, o deputado Sérgio Souza agradeceu aos colegas que apoiaram a medida e destacou que a proposta proporcionará segurança ao produtor rural, especialmente aos mais afetados por intempéries, como os do Rio Grande do Sul nesse momento. “No Rio Grande do Sul, se os produtores tivessem garantia mínima de seguro rural pelo governo brasileiro, o impacto no orçamento federal para auxiliar na reestruturação das dívidas seria substancialmente menor”, frisou o parlamentar.

 

 

Fonte: Assessoria FPA
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