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Empresa rural da área do leite é modelo nacional de desenvolvimento

Representantes do Acre conhecem resultados da experiência catarinense com o Encadeamento Produtivo no agronegócio

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Planejada, estruturada, organizada e com uma gestão moderna que permite cumprir a missão de produzir com qualidade e com respeito ao meio ambiente. Assim pode ser definida a Empresa Rural Irmãos Giacomin, de Coronel Freitas, oeste catarinense que atua com foco para a bovinocultura leiteira. Estes resultados foram possíveis com a participação do empreendimento no projeto “Encadeamento Produtivo: Aurora Alimentos – Sebrae/SC: suínos, aves e leite”, desenvolvido com a parceria de entidades e cooperativas.

A empresa rural foi apresentada, nessa semana, aos representantes do Sebrae Nacional, da coordenadoria regional de Brasiléia, no Acre, de cooperativas e indústrias da região, que cumpriram extenso cronograma no oeste catarinense.

O objetivo do grupo foi conhecer os resultados da iniciativa catarinense para a construção do projeto que será replicado no segmento de aves e suínos no Acre. A visita à propriedade contou com acompanhamento do coordenador regional oeste do Sebrae/SC, Enio Albérto Parmeggiani, da consultora credenciada Beatriz Silveira, de um dos primeiros instrutores dos programas de qualidade na Cooperativa Regional Alfa, Ademar Correa, e da equipe técnica da cooperativa.

Localizada às margens do Rio Chapecó, a propriedade conta com área total de 33,3 hectares, 26 ha destinados para a atividade leiteira e o restante para proteção ambiental. O plantel atual é formado por 102 animais – 40 vacas em lactação, nove animais no período seco, 28 novilhas e 18 bezerras. O volume médio diário de leite produzido é de mil litros, com boas perspectivas de crescimento para os próximos anos.

O produtor rural, cooperado da Cooperalfa, Zeldo Giacomin, além de conquistar o 1º lugar estadual no Prêmio MPE Brasil em 2015, na categoria Agronegócio, obteve o reconhecimento nacional na categoria Destaque, enfatiza que entre as principais preocupações da propriedade está a qualidade da matéria-prima. “Trabalhamos sempre dentro dos padrões da IN 62, atendendo a necessidade do consumidor final”, afirma.

A sanidade é acompanhada por meio da elaboração de calendários de vacinação para as principais doenças que acometem o rebanho bovino. A base da alimentação do rebanho é o pasto, o que garante a produção por meio oito ha de giggs irrigados com piquetes rotacionados. Os animais recebem complementação no cocho de silagem, ração e feno.

A evolução genética do rebanho é feita por meio de acasalamento genético dos animais desde 2016, usando os melhores reprodutores à disposição no mercado. Neste ano foi implantado um projeto de transferência de embrião na propriedade com genotipagem dos animais e identificação das futuras doadoras de oócitos. “Com isso, todas as fases de cria e recria são acompanhadas de perto e dentro dos padrões exigidos pela raça. Buscamos constantemente o aperfeiçoamento para nos tornarmos referência catarinense em produção e venda de genética da raça holandês”, enfatiza Giacomin.

Expressão

O produtor rural e diretor administrativo da Cooperativa de Produtores de Suínos do Acre, Minoru Takara, realça que chamou a atenção o fato de as propriedades rurais catarinenses  serem administradas como empresas. “Observamos o nível de organização conquistado em Santa Catarina, a parte social estruturada, a preocupação com a sucessão familiar e a satisfação de todos os envolvidos. Percebemos que, ao administrar propriedades como empresas, os resultados são expressivos. A troca de informações, as parcerias e o alinhamento com as novas tecnologias fazem toda a diferença”.

Takara destaca, ainda, que a cooperativa de Produtores Suínos do Acre foi fundada há cerca de um ano e conta com 30 cooperados. “Compartilharei os conhecimentos obtidos para mostrar onde podemos chegar. Estamos impressionados com tudo o que vimos e ansiosos para aplicar no Acre os exemplos daqui”.

A gestora de projetos do Sebrae Acre, Sandra Aparecida Veiga, conta que o projeto Encadeamento Produtivo com foco para aves e suínos no Acre está em fase de estruturação e deverá iniciar em março de 2017. “Este intercâmbio possibilita conhecermos as principais atividades desenvolvidas, os resultados e o papel de cada um nesse processo (âncora, cooperativas, produtores). Com isso, ficará mais claro trabalharmos estes aspectos”.

Sandra comenta que está encantada com os resultados observados por meio de visitas às cooperativas e às propriedades. “É muita informação, muitos efeitos positivos. Superou todas as nossas expectativas. As propriedades se transformaram em empresas extremamente organizadas. Acredito que a aplicação destas soluções do Encadeamento Produtivo (Programas De Olho na Qualidade, Qualidade Total Rural e Times de Excelência) no Acre transformará o comportamento dos produtores rurais de nossa região, o que resultará em maior produtividade e qualidade em todo o processo produtivo”.

Visita à Cooperativa

Antes de conhecer a propriedade da família Giacomin, os representantes da missão acreana visitaram a sede da Cooperativa Regional Alfa, em Chapecó, acompanhados pela gestora local do Encadeamento Produtivo Joselita Tedesco e demais representantes da coordenadoria regional oeste do Sebrae/SC.

Correa apresentou a cooperativa destacando que foi fundada em 1967 para atender a necessidade de busca dos pequenos e médios produtores rurais por uma remuneração mais justa e a valorização de seu trabalho. A atividade central é a comercialização e armazenagem da produção agrícola dos associados, como milho, soja, feijão e trigo, além da industrialização de trigo e soja, e a fabricação de rações para agregar valor à produção agrícola de seus associados, entre outras atividades. Visando elevar a qualidade de vida das famílias rurais, melhorar o trabalho e a produção, a Alfa investe continuamente em novas técnicas e tecnologias. 

O roteiro no oeste incluiu visita à Cooperativa Central Aurora Alimentos, acompanhamento Programa Times da Excelência em Caibi, visita à Cooper Auriverde e a uma propriedade de aves.

Encadeamento Produtivo

O “Encadeamento Produtivo Aurora Alimentos – Sebrae/SC: suínos, aves e leite” é desenvolvido com as parcerias do Senar/SC, Sescoop/SC, Sicoob, Fundação Aury Luiz Bodanese, Cooperalfa, Itaipu, Auriverde, Coolacer, Copérdia, Caslo, Cooper A1, Coopervil e Coopercampos, Camisc, Cocari, Cotrel, Coasgo, além do Sicredi/RS. Seu objetivo é desenvolver e aperfeiçoar as pequenas empresas integradas na cadeia produtiva capitaneada pela Cooperativa Central Aurora Alimentos. É destinado às pequenas e médias empresas da cadeia produtiva do agronegócio – rurais e urbanas. A iniciativa é a extensão do Programa de Desenvolvimento de Empreendedores Rurais Cooperativistas, desenvolvido desde 1998 e, que beneficiou mais de 35 mil produtores rurais.

Fonte: Assessoria

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Ministro da Agricultura reitera relevância da energia renovável

O Ministro participou de painel em conferência sobre investimentos na agricultura e reforçou que país concilia produção de alimentos com energia limpa.

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro:"O Brasil é o país da energia limpa, que vem do agro, não concorrendo com a produção de alimentos, mas complementando" - Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou na última segunda-feira (23) de uma conferência sobre investimentos em agricultura na sede da empresa global UBS, em São Paulo. Ele fez palestra no painel “Abastecendo o Futuro: o papel do agronegócio na aviação sustentável”.

Fávaro foi recepcionado pelo head de wealth management na América Latina do UBS, Marcello Chilov. O secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Campos, e o superintendente interino do Mapa em São Paulo, Fabio Paarmann, acompanharam o evento.

Também participaram do painel Erasmo Carlos Battistella, CEO e Presidente da Be8 e Gilberto Peralta, CEO da Airbus. Daniel Bassan foi o moderador.

Fávaro falou dos países que se reinventaram a partir da tecnologia, como Coreia do Sul e Japão, além do turismo, como o Qatar. “O Brasil é o país da energia limpa, que vem do agro, não concorrendo com a produção de alimentos, mas complementando”, disse ele. Ele destacou abertura de de 195 novos mercados em 20 meses.

Falou também das mudanças climáticas, que chegaram para ficar. “A produção agropecuária não é antagonista à sustentabilidade. Preservar a floresta é questão de sobrevivência”, disse ele.

Erasmo Batistella disse que o Brasil tende a se firmar como o país do SAF. SAF é o combustível sustentável de aviação, produzido a partir de recursos renováveis como óleos vegetais, biomassa, gordura animal, gases residuais, entre outros. Trata-se de uma alternativa mais sustentável ao querosene de aviação derivado do petróleo.

Gilberto Peralta concorda e falou que Brasil e Estados Unidos vão liderar a produção de SAF. “Brasil se tornará a Arábia Saudita do SAF”, afirmou.

Fonte: Assessoria Mapa
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Mato Grosso inclui “boi bombeiro” em lei sobre áreas de proteção

Objetivo é auxiliar no combate aos incêndios no Pantanal.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O governo de Mato Grosso sancionou a lei que inclui a figura do “boi bombeiro” em áreas de proteção permanente (APP), com o objetivo de auxiliar no combate aos incêndios no Pantanal, um dos biomas mais atingidos pelas queimadas.

Lei 12.653 de 2024, publicada no Diário Oficial do estado na última sexta-feira (24), permite o uso da “pecuária extensiva e a prática de roçada visando a redução de biomassa vegetal combustível e os riscos de incêndios florestais”.

A legislação foi resultado de uma negociação com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), que pedia alterações em uma lei anterior (11.861 de 2022), alvo de ação direta de inconstitucionalidade. A pecuária extensiva em áreas de pastagens nativas já era permitida em áreas de proteção permanente na legislação aprovada em 2022. Porém, não havia referência ao uso do gado como instrumento para reduzir riscos de incêndio.

Em nota, o governo de Mato Grosso destacou que o uso da pecuária extensiva – que é quando o gado vive solto no pasto e exige maiores quantidades de terra –  em áreas de proteção permanente é permitido apenas em locais com pastagens nativas.

“Não é uma liberação irrestrita para criar gado no Pantanal, mas sim para que a atividade pecuária crie aceiros naturais, ajudando a reduzir a propagação dos incêndios”, diz a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso, acrescentando que “a lei traz restrições claras, de modo que a atividade promova o desenvolvimento sustentável, econômico e social da região”.

A tese do “boi bombeiro” ganhou repercussão nacional em 2020, quando ocorreu o maior incêndio da história do bioma que consumiu cerca de 30% do Pantanal brasileiro. Na época, a então ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Bolsonaro, Tereza Cristina, defendeu a expansão da pecuária para reduzir as queimadas. Essa tese, que sofre resistência de ambientalistas, parte do princípio de que o gado, ao consumir o material combustível da vegetação, pode reduzir a intensidade dos incêndios.

Fonte: Assessoria Agência Brasil
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Editais aceleram obras do calendário de 2024 do Novo PAC Embrapa

Sede da Embrapa Cocais terá instalações para uso conjunto com o IFMA.

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Fotos: Divulgação/Embrapa

A Embrapa Cocais e a Embrapa Café já estão com os editais prontos para a contratação de empresas que irão construir suas sedes definitivas. No caso da Unidade localizada no Maranhão, o Conselho de Administração (Consad) aprovou, na última sexta-feira (20), a doação, por parte da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), de uma área com mais de 26 hectares, contíguos ao Instituto Federal de Educação do Maranhão (IFMA).

Também entra na praça nesta semana o edital para a edificação do Núcleo de Estudos Avançados do Café (Neac), que abrigará, em dois pavimentos, a Embrapa Café e o Agro-i (Centro de AgroInteligência, cuja criação foi anunciada no primeiro semestre e que contará com um núcleo central em Brasília e hubs distribuídos nas principais regiões brasileiras).

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, destacou a importância do Agro-i por ser uma iniciativa crucial para o futuro da agrointeligência no Brasil. “Nossa expectavida é que o Agro-i funcione como um centro de excelência, integrando dados, tecnologias e inovações para transformar a agricultura nacional”, afirmou. Ela enfatizou que a plataforma contribuirá para a modernização do setor agropecuário, uma vez que o uso de inteligência artificial, big data e outras tecnologias avançadas permitirá otimizar a produção agrícola, reduzir desperdícios e aumentar a sustentabilidade.

A criação desse centro, segundo Massruhá, está alinhada com a visão estratégica da Embrapa de promover uma agricultura mais eficiente, resiliente e sustentável, utilizando o poder da inovação para superar desafios globais como mudanças climáticas, escassez de recursos e segurança alimentar. A presidente também ressaltou a importância dos recursos destinados ao PAC para a retomada de obras previstas, como da da sede definitiva da Embrapa Cocais, no Maranhão, assim como a continuidade das obras da Embrapa Alimentos e Territórios. “Igualmente será de grande importância a Embrapa Café ter sede própria, consolidando um trabalho relevante que a Unidade tem feito ao longo dos anos”, finalizou a presidente.

A diretora de Pessoas, Serviços e Finanças, Selma Beltrão, diz que com esses dois editais em curso e com as obras da sede da Embrapa Alimentos e Territórios ocorrendo dentro do previsto desde 2023 (quando os primeiros recursos do Novo PAC começaram a ser liberados), há um cenário positivo quanto a essas três obras de grande porte do Novo PAC Embrapa, mesmo com o contingenciamento provisório de recursos por parte do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O que colabora com a expectativa de liberação de recursos para o andamento dessas obras e de outras atividades do programa é justamente a forma como a Empresa cumpre à risca o cronograma de execução das atividades.

Confira aqui a seguir o que diz Selma Beltrão sobre as obras do Novo PAC Embrapa, em particular as que se referem à construção das sedes da Embrapa Café, Embrapa Cocais e Embrapa Alimentos e Territórios:

Infraestrutura, prazos e premissas arquitetônica

Com as obras do Neac e Agro-i, a Embrapa passa a ocupar 25% dos 33 hectares do Parque Estação Biológica (PqEB). Segundo o gerente-geral de Infraestrutura e Sustentabilidade da Sede, Amancio Dias Chagas, a Empresa negociou com o governo do Distrito Federal a ampliação de 21% para 25% da área ocupada pelas Unidades localizadas no parque. “Está tudo dentro do cronograma e da legislação. Nos reunimos com a Diretoria e as Chefias das novas estruturas, bem como com a Chefia da Embrapa Agroenergia, para definir o melhor local”, explica Chagas. Ele destaca também a importância de, no caso da Embrapa Cocais, ter ocorrido a doação com a titularidade da área.

A arquiteta Beatriz Lorentz, supervisora de Engenharia e Arquitetura, explica que há um prazo legal de 45 dias para as empresas interessadas nos editais abertos analisarem as propostas de custos. “Nós fizemos um termo de referência e colocamos na praça. Primeiramente serão contratados os projetos complementares (de engenharia em si, estrutural, hidráulica, elétrica e o executivo, de arquitetura). A abertura das licitações para as contratações das empresas que venham atender os requisitos da Embrapa ocorrerá somente após o prazo estabelecido para a análise. “Esse prazo sendo executado, normalmente, em dez meses, e a partir daí coloca-se uma nova licitação para a contratação da obra em si, que dura em torno de dois a três anos”, resume Lorentz.

O estudo preliminar dos projetos das novas UDs seguiu um plano de necessidades, que representa tudo o que os públicos que vão trabalhar nas futuras instalações vão precisar e que apontaram como prioridades. “Por exemplo, a premissa de ter um formato de grão de café no projeto do Neac não é literal, mas está embutida. Estudamos não só em termos de planta, mas também com premissas de sustentabilidade e climatização”, comenta a arquiteta.

Na Embrapa Cocais a “inspiração”, ou o princípio do projeto, é a palmeira – planta típica da região. Ou seja, a identidade dos projetos é dada a partir dos elementos que “conversam” com a realidade das UDs.

Segundo Amancio Chagas, a economicidade é outro ponto levado em consideração. O acesso à Embrapa Café e ao Agro-i será o mesmo da Embrapa Agroenergia. Na Embrapa Cocais, será utilizada a mesma guarita do IFMA. “Isso otimiza custos na vida da Unidade”, argumenta Chagas.

Veja aqui a proposta do projeto para Embrapa Cocais

Aqui você confere a proposta para o NEAC (Embrapa Café e Agro-i)

Fonte: Assessoria Embrapa
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IFC

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