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Empresa aposta na força do vento para gerar energia limpa em propriedades rurais

Apesar de a energia eólica ainda ser pouco explorada no Brasil, cerca de apenas 2%, os mais de 7 mil quilômetros de extensão do litoral brasileiro têm excelentes condições de vento, o que representa um enorme potencial produtivo.

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O gerador eólico é 100% paranaense e demorou 12 anos para ser desenvolvido com investimento próximo a R$ 15 milhões - Fotos: Sandro Mesquita/OP Rural

Em virtude da crise hídrica registrada em algumas regiões do Brasil, a energia elétrica, despesa expressiva no custo de produção das propriedades rurais brasileiras, especialmente aquelas de proteína animal, como a produção de bovinos de corte e leite, se tornou ainda mais pesada no bolso dos produtores rurais. Em 2021 a conta de luz subiu mais de 30%, segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).

Se por um lado isso é péssimo para diversos segmentos do agro que veem os custos esmagarem a margem de lucro, os constantes aumentos na tarifa de energia estão corroborando para o crescimento do mercado de energia elétricas provenientes de fontes renováveis. E pessoas que pouco tempo atrás nem lidavam com o agronegócio hoje observam no setor uma fonte de oportunidades, promovendo soluções energéticas para o meio rural.

Muitos produtores rurais perceberam que além das questões ambientais, investir em energia limpa pode proporcionar economia em comparação à eletricidade convencional, que provém basicamente das hidrelétricas brasileiras.

Energias renováveis

Dentro dessa realidade, algumas novidades em energias renováveis foram destaques no Show Rural Coopavel 2022, que aconteceu no início de fevereiro no município de Cascavel, Oeste do Paraná. O destaque absoluto foi para as empresas de implantação de painéis fotovoltaicos, para a geração através do sol.

No entanto uma delas chamou a atenção. Trata-se do gerador eólico, bem menor do que aqueles implantados nas regiões mais altas e csteiras do Brasil, mas que saurgem como uma solução energética de longo prazo. O Gerador elólico Wintek Ecoenergy, que foi instalado no espaço do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR).

Empresário Edison Peruzzo: “Somos os primeiros fabricantes de geradores eólicos do Brasil e com uma tecnologia inovadora”

O empresário Edison Peruzzo é um dos idealizadores do equipamento e sócio da Hotek Tecnologia e Inovação, startup paranaense localizada em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Segundo ele, o design aerodinâmico circular do equipamento permite maior aproveitamento do vento, tem menor emissão de ruído das hélices e não entra em conflito com a paisagem natural. “As pás movimentam dentro do duto externo e isso praticamente elimina qualquer ruído”, afirma.

Potência e características

De acordo com Peruzzo, além de aproveitar melhor o vento e diminuir o barulho, o duto circular aumenta o potencial energético. “A potência do nosso aerogerador é três vezes maior do que em um equipamento convencional”, destaca.

A capacidade máxima de energia gerada é de aproximadamente 600 quilowats por dia, suficiente para atender de 25 a 30 residências. “Um aerogerador é equivalente a 300 painéis solares”, compara Peruzzo.

O equipamento tem 23 metros de altura, menos da metade de um aerogerador convencional, e não necessita de uma grande área para ser instalado. O espaço equivale a uma vaga de automóvel de passeio em um estacionamento. “A ideia foi criar um produto compacto, que aproveitasse melhor o vento, que gerasse bastante energia e que fosse agradável ao meio ambiente”, menciona.

Segundo Peruzzo, o gerador eólico pode ter uso urbano ou rural, tem baixo valor de implantação, proporciona rápido retorno do investimento e a energia excedente pode ser revertida em crédito de energia junto à concessionária. “O equipamento se paga em 24 a 36 meses (em alguns casos), duas ou três vezes mais rápido do que um investimento solar”, menciona.

Depende da região

Apesar de a energia eólica ainda ser pouco explorada no Brasil, cerca de apenas 2%, os mais de 7 mil quilômetros de extensão do litoral brasileiro têm excelentes condições de vento, o que representa um enorme potencial produtivo.

De acordo com Peruzzo, entre as principais vantagens do aerogerador, destaque para o fato do equipamento gerar energia 24 horas por dia, e produzir mesmo com pouca incidência de vento. “Ele praticamente não para nunca, e isso permite a autossuficiência em energia elétrica”, menciona o empresário.

Segundo ele, antes da implantação do sistema de geração de energia é fundamental realizar estudos para avaliar a capacidade eólica da região onde o gerador será instalado. “Através desse potencial eólico são feitos cálculos para saber quanto de energia o aerogerador gerará e de quanto tempo será o retorno do investimento”, explica Peruzzo.

Certificação

O Gerador Eólico Wintek Ecoenergy está em fase de testes e medições de geração de energia elétrica para a testagem a campo e certificação do produto. Após aprovado, a empresa e o equipamento poderão ser cadastrados no Programa Renova Paraná, do Governo do Estado, que incentiva o uso de energias renováveis no meio rural. A partir de então, o aerogerador poderá ser financiado junto a instituições financeiras através de linhas de crédito rural e se tornar alternativa de geração de energia renovável para produtores e agroindústrias.

RenovaPR

O programa RenovaPR propõe alternativas de energias renováveis como a energia solar, do biogás e biometano, bem como como a energia eólica. Segundo Herlon Goelzer de Almeida, coordenador estadual do RenovaPR, o programa oferece alternativas que podem reduzir em até 95% a fatura de energia dos produtores e agroindústrias.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura, commodities e maquinários agrícolas acesse gratuitamente a edição digital Bovinos, Grãos e Máquinas.

Fonte: O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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