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Embrapa traz inovações tecnológicas e lançamentos para o Show Rural Coopavel

Dentre os lançamentos estão duas cultivares de soja e o bioinsumo Combio.

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Foto: Divulgação/Embrapa

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai participar da 36ª edição Show Rural Coopavel, entre os dias 05 e 09 de fevereiro, em Cascavel (PR), com inovações tecnológicas e o lançamento de duas cultivares de soja, uma cultivar de feijão e o Combio: bioproduto com ação na fixação de nitrogênio e promoção de crescimento de plantas.

A Embrapa participa da feira, por meio de 11 unidades de pesquisa: Embrapa Agrobiologia, Embrapa Algodão, Embrapa Arroz e Feijão, Embrapa Clima Temperado, Embrapa Gado de Corte, Embrapa Gado de Leite, Embrapa Hortaliças, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Soja e Embrapa Suínos e Aves. As novidades e as tecnologias de produção serão demonstradas em três espaços: Casa da Embrapa, Vitrine de Tecnologias e Vitrine Tecnológica de Agroecologia “Vilson Nilson Redel” (Vital). Além disso, a Embrapa também vai participar de iniciativas conduzidas no Show Rural Digital.

Lançamentos 

Soja BRS 1064IPRO: A Embrapa, em parceria com a Fundação Meridional, irá lançar a cultivar BRS 1064IPRO, que possui excelente desempenho produtivo, com alta estabilidade e boa adaptação. Essa cultivar apresentou ganho produtivo de 6,8% acima da média das principais cultivares padrões de mercado, de amplo cultivo na macrorregião de indicação. Indicada para os estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, além de ser recomendada para o centro-norte de Mato Grosso do Sul e sudoeste de Goiás (REC 301). A novidade tem ciclo semi-precoce (grupo de maturação 6.4). A BRS 1064IPRO apresenta ampla janela de semeadura e de adaptação e resistência ao acamamento e às principais doenças da soja, principalmente à podridão radicular de Phytophthora e aos nematoides de galha e de cisto (raça 3).

Soja BRS 1056IPRO: Outro lançamento da Embrapa, em parceria com a Fundação Meridional, será a cultivar BRS 1056IPRO que tem como ponto forte a excelente performance produtiva. Esse lançamento traz ainda características como estabilidade de produção, resistência ao acamamento, tipo de crescimento indeterminado e ciclo precoce (grupo de maturação relativa 5.6). Tem agradado o fato dessa cultivar possibilitar o plantio antecipado, o que permite a sua inserção no sistema de rotação e/ou sucessão com outras culturas. Com relação à sanidade, a cultivar apresenta resistência às principais doenças da soja. É indicada para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná (RECs 102 e 103) e São Paulo (REC 103).

Feijão BRS FS 313: Com potencial produtivo de 3.200 kg/ha, a BRS FS313 apresenta resistência à antracnose e podridões radiculares e moderada a resistência à murcha de fusário e ferrugem. Com ciclo semiprecoce (75 a 84 dias), a nova cultivar tem arquitetura de plantas semiereta e resistência intermediária ao acamamento, sendo adaptada à colheita mecânica, oferecendo ainda possibilidade de inserção em sistemas agroecológicos. Os grãos especiais do tipo jalo têm como público principal pequenos produtores, com modelo de negócio baseado na comercialização de cadeia curta. No entanto, devido ao tamanho dos grãos, a BRS FS313 tem sido observada como oportunidade para expansão do mercado nacional e internacional. O desempenho da nova cultivar a recomenda para os Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul, na época das águas; para Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Rio de Janeiro, Espírito Santo e o Distrito Federal, nas épocas das águas, da seca e de inverno; e para Bahia e Maranhão, nas épocas das águas e de inverno.

Bioinsumo Combio 

Resultado de uma parceria da Embrapa com a empresa privada Innova Agrotecnologia, o Combio é um bioinsumo promotor de crescimento e com efeitos aditivos na cultura da soja. Trata-se de uma combinação de três estirpes bacterianas que atuam na fixação biológica de nitrogênio e na promoção de crescimento de plantas. O Combio é uma formulação com as estirpes bacterianas BR 29 (Bradyrhizobium elkanii), BR 10788 (Bacillus subtilis) e BR 10141 (Paraburkholderia nodosa). O diferencial deste inoculante é que alia os benefícios do tradicional inoculante de Bradyrhizobium com bactérias que desempenham vários mecanismos estimuladores e protetores de plântulas, proporcionando maior qualidade e uniformidade.

Casa da Embrapa

Neste espaço, a Embrapa apresentará o Combio, além de dois aplicativos (Restaura Mata Atlântica e Guia InNat – Guia para o reconhecimento de inimigos naturais de pragas agrícolas). Pesquisas para aumentar a participação de insumos biológicos no controle de insetos-praga, doenças e na promoção do crescimento de plantas, com a fixação biológica do nitrogênio também são destaques da Embrapa. Também há a apresentação sobre a atualização do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja que, em 2023, passou a adotar seis classes de água disponível. Outro destaque são as amostras que compõe o Banco Ativo de Germoplasma, coleção com cerca de 65 mil tipos de soja.

Na suinocultura, a Embrapa apresentará o Sistema de Gestão Ambiental da Suinocultura (SGAS) e o Sistema de Tratamento de Efluentes da Suinocultura (SISTRATES) para tratamento de dejetos suínos. Também estão destacadas as Tecnologias para Destinação de Animais Mortos (TEC DAM), que orientam sobre a destinação de carcaças de animais que morrem por causas rotineiras ou catastróficas. Além disso, será apresentado um Programa de controle de carrapatos, com técnicas que buscam a redução do uso de produtos químicos.

Vitrine de tecnologias

Na Vitrine da Embrapa serão apresentadas os lançamentos de soja e de feijão, além das variedades que são indicadas para a região. Os visitantes também poderão conhecer o portifólio de variedades de mandioca e de forrageiras. A dessecação em pré-colheita para controle de plantas daninhas será outro tema que está em destaque na Vitrine de Tecnologias. Também haverá a apresentação sobre estratégias para controle de carrapatos.

A Embrapa demonstrará ainda dois processos sobre propagação de mandioca com qualidade fitossanitária em câmara térmica automatizada, a partir de uma câmara térmica utilizada para produção em larga escala de matrizes-elite. Outro ponto alto são as miniestacas de mandioca, a partir de três diferentes abordagens: mudas micropropagadas em fase de aclimatização, mudas produzidas pela técnica da multiplicação rápida e a partir de plantas de campo.

Confira a coleção de cultivares da Embrapa e parceiros, em demonstração: soja (BRS 1003IPRO, BRS 1061IPRO, BRS 1064IPRO, BRS 1054IPRO, BRS 1056IPRO, BRS 2553 XTD, BRS 559RR, BRS 5804RR, BRS 6105 RR, BRS 546, BRS 539 e BRS 511); feijão (BRS FC310, BRS FC414 e BRS FC415 e o BRS FP403), forrageiras (BRS Sarandi, BRS Quênia, BRS Zuri, BRS Tamani, BRS Piatã, BRS Ipyporâ, BRS Paiaguás, BRS Integra, Estilosantes BRS Bela, Estilosantes consorciado com BRS Paiaguás, BRS Capiaçu e BRS Kurumi) mandioca (BRS 429, BRS 399 – de mesa – e BRS CS01, BRS 420, BRS Ocauçu e BRS Boitatá – de uso industrial).

Soja Baixo Carbono

Na Vitrine de Tecnologias, será apresentado o Programa Soja Baixo Carbono, com demonstração de tecnologias indicadas pela pesquisa que contribuem para a redução da emissão de gases de efeito estufa pela agricultura, destacando: sistema plantio direto, fixação biológica do nitrogênio, manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas, uso de bionsumos, sistemas integrados de produção e consórcios.

O Programa é uma iniciativa da Embrapa com as empresas apoiadoras: Bayer, Bunge, Cargill, Coamo, Cocamar, GDM e UPL.

Vitrine tecnológica de agroecologia: 20 anos

No dia 06 de fevereiro, às 10 horas, a Embrapa apresenta duas entregas recentes da pesquisa, durante as comemorações dos 20 anos da Vital, no Show Rural Coopavel. A cultivar de morango BRS DC25 (Fênix) e a batata BRS Gaia, que foram lançadas em 2023, integram os destaques da Empresa durante o evento.

Além disso, a Embrapa estará apresentando na Vital: duas batatas doce roxa (BRS Anembé e BRS Cotinga), duas batatas doce alaranjada (CIP BRS Nuti e batata-doce Beauregard), três gergelins (BRS Anahi, BRS Seda e BRS Morena), um feijão vermelho (BRS Embaixador), três rajados (BRS Executivo, BRS FS 311 e BRS FS 305) e um mulatinho (BRS FS 307), arroz para sequeiro (BRS A502 e BRS Esmeralda), alface (BRS Leila), berinjela (Ciça), duas cenoura (BRS Paranoá e BRS Planalto), três pimentas (BRS Araçari, BRS Moema e RS Tui), quatro tomates (BRS Nagai, BRS Zamir, BRS Imigrante e BRS Couto), três grãos de bico (Cícero, BRS Aleppo e BRS Kalifa), duas mandioca (BRS 399 e BRS 429), um milho orgânico (BRS Caimbe), um girassol (BRS 323) e uma soja convencional (BRS 546).

Fonte: Assessoria Embrapa Soja

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Segunda safra de milho avança, preço do leite se valoriza e exportações de carne de frango recuam no Paraná

Boletim de Conjuntura Agropecuária apresenta um panorama misto para o agronegócio estadual. Enquanto a segunda safra de milho avança e o preço do leite se valoriza, as exportações de carne de frango recuam, exigindo atenção e medidas estratégicas para retomar o crescimento nesse segmento.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Na semana entre 26 de abril e quinta-feira (02), o Boletim de Conjuntura Agropecuária trouxe análises importantes sobre diversos aspectos do cenário agrícola e pecuário no Paraná. Elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o documento traz como um dos pontos em destaque o andamento da segunda safra de milho do ciclo 2023/24. Com 5% da área total de 2,4 milhões de hectares entrando na fase final de desenvolvimento, a maioria permanece em frutificação (59%), enquanto 24% está em substrato e 12% em desenvolvimento vegetativo. Embora as condições de trabalho tenham continuado a deteriorar-se, a tendência é de uma desaceleração nesse processo. Segundo o Deral, 67% da área apresenta condição boa, 22% condição mediana e 10% condição ruim.

Outro ponto de interesse é a dinâmica dos preços do leite. No Paraná, o preço recebido pelo produtor segue em alta, renovando os registros à medida que o inverno se aproxima. Atualmente cotado a R$ 2,40 por litro posto na indústria, o produto registrou um aumento mensal médio de 2,87%. No entanto, em comparação com março de 2023, ainda há uma queda significativa de 15,3%. Essa valorização é um alento para os produtores, especialmente diante da recente queda nos preços dos grãos.

Em termos de comércio internacional, o Brasil mantém uma posição de destaque. Segundo dados do Comtrade/ONU, o país é o segundo maior exportador global de cortes de cárneos congelados de suínos, com uma participação significativa de 26,1%. Essa posição coloca o Brasil atrás apenas da União Europeia, que detém uma fatia de mercado de 31,8%. Os Estados Unidos e o Canadá figuraram em terceiro e quarto lugares, respectivamente.

No entanto, nem todas as notícias são positivas. As exportações brasileiras de carne de frango tiveram uma queda significativa no primeiro trimestre de 2024. Em termos de faturamento, houve uma redução de 16,8% em comparação com o mesmo período de 2023, totalizando US$ 2,105 bilhões. Em relação à quantidade exportada, o recuo foi de 7,4%, com 1.190.027 toneladas em 2024 contra 1.285.049 toneladas em 2023. Durante esse período, a maior parte das exportações consistiu em carne de frango in natura, representando 97, 5% do total, enquanto apenas 2,5% foram de produtos industrializados, totalizando 29.466 toneladas.

Mandioca

A produção de mandioca no Paraná está projetada em 3,69 milhões de toneladas para 2024, 6% acima das 3,49 milhões de toneladas colhidas em 2023. O aumento de produção se deve à expectativa de que se colha, neste ano, uma área 2% maior do que em 2023. Em 2024, a área a ser colhida está estimada em 139,6 mil hectares. No ano passado a colheita atingiu 137,5 mil hectares.

Outra razão para o volume mais expressivo está nas maiores produtividades obtidas até o momento. O incremento de 25,4 toneladas por hectare para 26,4 toneladas por hectare foi possibilitado pelas variedades de maior potencial e pela preferência momentânea para a colheita das áreas de dois ciclos em detrimento às de um ciclo.

Tal situação, porém, tem dificultado o recebimento do produto nas fecularias, pressionado os preços. Em abril, o valor recebido pelo produtor foi de R$ 433,14, em média, representando um recuo de 3,9% em relação a março (R$ 450,52) e de 53% em relação a abril de 2023 (R$ 918,03).

O excesso momentâneo de produção pode se regular à medida que as colheitas cheguem às áreas de menor produtividade, de um ciclo. Caso contrário, a área colhida deverá ser

Foto: João Fernando Ogura/AEN

menor do que a estimada atualmente, com mais áreas sendo deixadas para se colher em 2025.

O Deral destaca, ainda, a rusticidade da cultura, pois abril foi um mês de poucas chuvas na maior região produtora, no Arenito Caiuá e, mesmo assim, as produtividades têm se mantido, diferentemente do que se observa na produção de grãos. Por outro lado, o solo excessivamente seco dificulta o arranquio da raiz, o que pode impactar o ritmo da colheita.

Cebola

O plantio da nova safra de cebola no Paraná terá início em meados de maio, quando cerca de 10,0% da área projetada de 3,6 mil hectares será cultivada. Esta superfície segue a média dos últimos cinco anos, bem como a expectativa de produção, de 104 mil toneladas.

A colheita deve iniciar em setembro e a comercialização se estende até maio de 2025, de acordo com o Deral. O Paraná é o sexto estado no ranking de produção de cebolas, respondendo por 7,1% da produção nacional, dentre os 16 que exploram a cultura no país.

O boletim destaca ainda que, nos dias 09 e 10 de maio, acontece em João Dourado (BA) o 34º Seminário Nacional da Cebola e o 35º Seminário da Cebola do Mercosul. O município é conhecido como a Capital da Cebola.

Fonte: Com informações AEN-PR
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Delegação do Pará conhece modelo de negócio das cooperativas paranaenses

Representantes do estado do Norte do País foram recebidos pelo vice-governador Darci Piana e o presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, com quem trataram do relacionamento entre o setor produtivo e o Governo do Estado. Com foco no agronegócio, as cooperativas paranaenses figuram entre as maiores do Brasil e da América do Sul.

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Fotos: Roberto Dziura Jr/AEN

O vice-governador Darci Piana recebeu na quinta-feira (0) uma comitiva da Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (OCB/PA). Os representantes visitaram Curitiba para conhecer mais detalhes sobre o modelo de negócios das cooperativas paranaenses, que contam com um amplo apoio do Governo do Estado e que estão entre as maiores do País.

Piana lembrou que o cooperativismo paranaense é uma referência nacional e internacional, com boa parte das maiores cooperativas da América do Sul instaladas no Estado. “Essa pujança das cooperativas contribui com o desenvolvimento do Paraná e chama a atenção de outros estados, como no caso do Pará, em que os representantes buscam replicar esse modelo”, disse.

“O sucesso das cooperativas paranaenses está na sua organização, no bom relacionamento entre as instituições e, no caso das agrícolas, nos robustos investimentos em industrialização, o que agrega valor na produção, aumenta os lucros e a capacidade de geração de emprego e renda”, acrescentou o vice-governador.

O encontro foi intermediado pelo Sindicado e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). Segundo o presidente da entidade, José Roberto Ricken, um dos principais fatores que explica o sucesso das cooperativas paranaenses é o planejamento de longo prazo. “O Governo do Estado busca o desenvolvimento do Paraná e o compromisso das cooperativas e da Ocepar é de investir cada vez mais em agregar valor aos produtos estaduais com o fortalecimento da agroindústria e em buscar oportunidades de negócios em outros países”, afirmou.

Ricken também considera que a atual gestão estadual tem acertado na condução das políticas públicas voltadas à infraestrutura e logística, sobretudo nos novos contratos de concessão rodoviária e no projeto da Nova Ferroeste. “Infelizmente o Paraná passou 25 anos com um modelo de concessão rodoviária em que os investimentos previstos não foram feitos. Agora é preciso recuperar isso, além de investir em ferrovias, já que não é concebível continuar a escoar praticamente toda a produção estadual apenas pelo modal rodoviário”, argumentou o presidente da Ocepar.

Para o presidente da OCB/PA, Ernandes Raiol, o saldo da visita ao Paraná foi positivo e a intenção é estreitar ainda mais os laços para levar as experiências paranaenses ao estado da região Norte do País. “O Pará é um estado que está aberto para investimentos de toda a ordem, mas para isso precisamos melhorar a política pública voltada à produção, infraestrutura e logística”, ponderou.

“Saímos satisfeitos por conhecer as estratégias do Governo do Paraná, da Ocepar e de outros parceiros do setor produtivo e com a certeza de que devemos trabalhar para melhorar a organização empresarial, investir em energia limpa, na pavimentação das nossas estradas vicinais e na viabilização da Ferrogrão”, concluiu Ernandes, referindo-se ao projeto já existente para a construção de um corredor ferroviário de exportação via Bacia Amazônica.

Presenças

Também estiveram presentes no encontro o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti; o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará, Carlos Ledo; o deputado estadual do Pará Fábio Freitas; e o superintendente da OCB/PA, Junior Serra.

Fonte: AEN-PR
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Florestas públicas serão concedidas para gerar crédito de carbono

Floresta Nacional de Bom Futuro, com 17 mil hectares desmatados, e a Gleba João Bento, com quase 56 mil hectares em desmatamento acumulado nos estados de Rondônia e Amazonas, serão concedidas à iniciativa privada para restauração e geração de crédito de carbono. As duas unidades serão as primeiras a participarem de uma iniciativa de recuperação de vegetação nativa e gestão sustentável de florestas públicas na Amazônia.

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Foto: Divulgação/Mapa

A Floresta Nacional de Bom Futuro, com 17 mil hectares desmatados, e a Gleba João Bento, com quase 56 mil hectares em desmatamento acumulado nos estados de Rondônia e Amazonas, serão concedidas à iniciativa privada para restauração e geração de crédito de carbono. As duas unidades serão as primeiras a participarem de uma iniciativa de recuperação de vegetação nativa e gestão sustentável de florestas públicas na Amazônia.

O modelo de concessão é fruto de um acordo de cooperação técnica entre o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmado nesta sexta-feira (03), no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. A parceria terá US$ 800 mil disponibilizados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em recursos não reembolsáveis do Fundo Verde para o Clima (em inglês Green Climate Fund), uma iniciativa internacional de enfrentamento às mudanças climáticas.

Além das unidades federais, também serão apoiados projetos de concessão nos estados. O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, afirmou durante a cerimônia que serão investidos R$ 30 milhões em estudos para projetos de concessão na Amazônia.

“Vamos disponibilizar para o governo e para as populações das áreas, qual o resultado dos estudos, quais são os investimentos, qual a receita, quantos empregos serão gerados e qual é a rentabilidade e a atratividade para quem vai investir”, disse.

Os estudos apresentarão propostas de concessões de florestas públicas estaduais, que precisem passar pela recuperação da vegetação nativa, mas também prevejam como retomo financeiro aos investimentos propostas de manejo ambiental conforme a necessidade de cada área.

De acordo com SFB, a meta para concessões de florestas públicas federais, até 2026, é de 4 milhões de hectares, que deverão ser incluídos em projetos propostos pela iniciativa privada para recuperação e manejo florestal sustentável. De acordo com a instituição, a previsão é que essas iniciativas gerem 25 mil empregos e R$ 60 milhões ao ano em renda nos municípios alcançados.

Fonte: Agência BNDES de Notícias
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