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Embrapa Suínos e Aves aprova projeto de desenvolvimento da avicultura na Etiópia

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A Embrapa Suínos e Aves, unidade descentralizada da empresa de pesquisa agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, vai levar a pesquisa brasileira em avicultura para a África com o projeto "Melhoria da produção de aves na Etiópia, através de estudos de sistemas de produção, caracterização de raças nativas e implementação de boas práticas de produção", aprovado no edital internacional Africa-Brazil Agricultural Innovation Marketplace.
 
Entre as ações do projeto, está a caracterização do sistema de criação de aves na Etiópia, com a elaboração de um manual de boas práticas adaptado à realidade do país africano. "Vamos colaborar na melhoria da produção avícola etíope, que hoje é primitiva, sem uso de tecnologias visando a segurança alimentar daquela população", diz o pesquisador Luizinho Caron, líder do projeto em conjunto com a equipe de Transferência de Tecnologia da Unidade da Embrapa em Concórdia (SC), que ainda tem a parceria do Instituto Etíope de Pesquisa Agrícola (EIAR), representado pelo pesquisador Zemelak Goraga. O projeto prevê o acompanhamento de 360 famílias de produtores etíopes, trabalho a ser feito pelo EIAR. A Embrapa, que analisará os dados, também visitará propriedades selecionadas.
 
Localizada na região chamada de "Chifre da África", no nordeste do continente, a República Democrática Federal da Etiópia produziu 60 mil toneladas de frango segundo o relatório 2012 da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), enquanto o Brasil produziu no mesmo período 11,532 milhões de toneladas. O país também apresenta baixo consumo per capita de carne de frango (0,60 kg/habitante/ano) e de ovos (0,40 kg/habitante/ano) em relação ao Brasil (44 kg de carne/habitante/ano e 8,80 kg de ovos/habitante/ano). A Etiópia é o 14º país mais populoso (cerca de 96,6 milhões de habitantes) e ocupa o 173º lugar no IDH, o Índice de Desenvolvimento Humano da ONU (o Brasil está na 79ª posição).
 
A Plataforma África-Brasil – Instalada pela Embrapa e pelo Fórum para Pesquisa Agropecuária na África (Fara) em maio de 2010, a Plataforma África-Brasil de Inovação Agropecuária (www.africa-brazil.org) incentiva instituições africanas de pesquisa e desenvolvimento, sejam elas públicas ou privadas, a criar projetos direcionados ao desenvolvimento da agricultura naquele continente.
 
Os projetos seguem a ideia básica de contribuir para o combate à pobreza, com foco na melhoria da produtividade agrícola e do manejo dos recursos naturais. A plataforma é coordenada pela Secretaria de Relações Internacionais da Embrapa e faz parte dos esforços da Empresa para internacionalização de suas atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
 
Além da Embrapa e do Fórum para Pesquisa Agropecuária na África, a plataforma tem a parceria da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Departamento de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID), Fundação Bill & Melinda Gates, Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Ifad), Banco Mundial, e organizações de pesquisa e desenvolvimento africanas.

Fonte: Ass. Imprensa da Embrapa

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Brasil abre mercado em Moçambique para exportação de material genético avícola

Acordo sanitário autoriza envio de ovos férteis e pintos de um dia, fortalece a presença do agronegócio brasileiro na África e amplia para 521 as oportunidades comerciais desde 2023.

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O governo brasileiro concluiu negociação sanitária com Moçambique, que resultou na autorização de exportações brasileiras de material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia) àquele país.

Além de contribuir para a melhoria de qualidade do plantel moçambicano, esta abertura de mercado promove a diversificação das parcerias do Brasil e a expansão do agronegócio brasileiro na África, ao oferecer oportunidades futuras para os produtores nacionais, em vista do grande potencial do continente africano em termos de crescimento econômico e demográfico.

Com cerca de 33 milhões de habitantes, Moçambique importou mais de US$ 24 milhões em produtos agropecuários do Brasil entre janeiro e novembro de 2025, com destaque para proteína animal.

Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 521 novas oportunidades de comércio, em 81 destinos, desde o início de 2023.

Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
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Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem

Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

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A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.

Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.

Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.

A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.

A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.

Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.

Fonte: O Presente Rural com Unifrango
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Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer

Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

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O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.

A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.

Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.

Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.

Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.

Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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