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Embrapa seleciona 22 propostas de inovação para suínos e aves

A partir de novembro, os 22 proponentes selecionados e os pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves formarão equipes para a construção de projetos de inovação, que terão até abril de 2024 para serem apresentados a fontes de financiamento.

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Foto: Montagem/Divulgação

A Embrapa Suínos e Aves divulgou na quinta-feira (25) as 22 propostas selecionadas para a segunda fase do edital de inovação aberta do Programa Inova 2023. A revelação das empresas que construirão projetos de inovação em parceria com a Embrapa ocorreu durante o evento “Inova 2023 – Avicultura e Suinocultura do amanhã”, que teve como foco principal debater as principais tendências de inovação para as produções de aves, suínos e ovos. Entre participantes presenciais e on-line, o evento do Inova reuniu mais de 160 profissionais interessados em entender melhor o futuro da avicultura e suinocultura.

O “Inova 2023 – Avicultura e Suinocultura do amanhã” foi dividido em três painéis. O primeiro trouxe as tendências de inovação para a avicultura e suinocultura a partir da visão das agroindústrias. O segundo focou na visão dos produtores e o terceiro na visão do Estado e ciência. “Sem dúvida, inovações ligadas à sustentabilidade, sanidade animal, inteligência artificial e outros temas emergentes já estão provocando transformações”, enfatizou Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “Também é necessário inovar para fazer com que o país inteiro seja considerado área livre de febre aftosa, situação que o Norte e Nordeste do país ainda não possuem”, completou Marcelo Lopes, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS).

Chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, pesquisador Everton Krabbe: “Não podemos mais perder tempo e trabalhar isoladamente. Temos que atuar juntos, juntando forças, unindo os elos das cadeias” – Foto: Divulgação/Embrapa

Para o chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, pesquisador Everton Krabbe, o dia foi valioso do ponto de vista das discussões, que foram de extrema importância porque ficou claro o que se espera de inovação nas oportunidades e desafios que as cadeias de aves e suínos têm pela frente. “A palavra que fica disso tudo é sinergia. Esse é o termo que resume tudo. Não podemos mais perder tempo e trabalhar isoladamente. Temos que atuar juntos, juntando forças, unindo os elos das cadeias”, frisou Everton. O diretor-executivo de Pesquisa e Inovação da Embrapa, Clênio Pillon, também esteve presente no evento e destacou que a empresa está olhando com muita atenção a todas as oportunidades de inovação que contribuam cada vez mais com a manutenção e o avanço da pesquisa em prol das cadeias produtivas.

A Embrapa Suínos e Aves publicará no início de 2024 um estudo sobre tendências de inovação para suinocultura e avicultura com base no que foi debatido durante o evento.

Empresas selecionadas

O Inova 2023 trouxe uma proposta de fomento a projetos de inovação aberta, que está distribuída em quatro etapas. A primeira delas recebeu até 13 de setembro propostas para o edital público voltado a atender demandas de inovação. No total, 40 propostas foram inscritas, que foram analisadas pela equipe técnica, numa segunda etapa, e que chegaram ao número de 22 propostas selecionadas.

A partir de novembro, os 22 proponentes selecionados e os pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves formarão equipes para a construção de projetos de inovação, que terão até abril de 2024 para serem apresentados a fontes de financiamento. Entre as fontes de financiamento estão a própria Embrapa (que alocará até R$ 500.000,00 por ano em projetos de inovação do Inova) e o Biopark (centro de inovação sediada em Toledo, no Paraná, que investirá R$ 100.000,00 por projeto do seu interesse).

Krabbe destacou que a equipe foi surpreendida com o resultado e o alcance desta edição do Inova. “Superou as nossas expectativas e nos desafia na capacidade orgânica da equipe para a internalização de projetos”.

Os proponentes selecionados foram a Nutrisa – Nutrimento Agropastoril S/A, BTA Aditivos Ltda, Fenix Ambiental, Inmuno, Setor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Biopark Educação, AB Vista Brasil, JF Tecnologia, Inovação e Pesquisa Ltda, Kindra, Roboagro, Glycovam, Algabloom, Embio, Ny Research, Terrabioenergia, ABLUO, SER Brasil, Safeeds, Arqueatec e Wageningen University and Research. Fazem parte deste grupo startups, pequenas, médias e grandes empresas, além de instituições ligadas à ciência e tecnologia. As propostas variam de uso de algas na alimentação animal até soluções computacionais para agilizar o abate e inspeção de suínos.

O Programa Inova é uma realização da Embrapa Suínos e Aves e tem como correalizadores a Prefeitura de Concórdia, INCTECh Incubadora Tecnológica, Pollem Parque Científico e Tecnológico e Biopark e Biopark Educação. Conta também com o apoio da Fapesc, Fapeg e CREA/SC. Como patrocinadores Bronze, o programa tem Sindicarne/ACAV, Kemin, Frimesa  e DSM Produtos Nutricionais. No patrocínio Prata, SIPS, ICASA e MSD Saúde Animal. As mídias parceiras são Avicultura Blog, O Presente Rural, Avicultura Industrial, Suinocultura Industrial, AviNews, NutriNews e SuinoBrasil.

Fonte: Embrapa Suínos e Aves

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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