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Embrapa revela vantagens em climatizar granjas de suínos
Imagine um verão escaldante no Brasil, onde o sol abrasador transforma a vida nas granjas em um desafio constante. Agora, visualize um inverno rigoroso no Sul do país, onde o frio intenso exige medidas extremas para manter o bem-estar dos animais. Em meio a esses extremos climáticos, uma prática existente, porém ainda subutilizada, tem ganhado a atenção de produtores e órgãos de pesquisa: a climatização em granjas de suínos. Esta inovação tem o potencial de redefinir a suinocultura, prometendo avanços significativos na produtividade, rentabilidade e no bem-estar animal.
Durante o Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs), que acontece de 06 a 08 de agosto em São Paulo (SP), O Presente Rural recebeu em seu estúdio criado especialmente para o evento a oportunidade de conversar com Paulo Armando de Oliveira, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, sobre um estudo inovador que demonstra os benefícios da climatização nas granjas de suínos.
Oliveira compartilhou descobertas que podem mudar as perspectivas de suinocultores no país. “O Brasil começou a despertar para a climatização na suinocultura”, sugere. Descobertas “A climatização é importante tanto para enfrentar os picos de calor, como os picos do inverno, no caso da região Sul. Isso reflete no desempenho, ganho de peso e conversão alimentar dos animais,” afirmou Oliveira, enfatizando a relevância do controle climático para a saúde e produtividade dos suínos.
O estudo realizado em parceria com a Munters revelou que um dos principais benefícios de uma granja climatizada é que os suínos utilizam a alimentação exclusivamente para ganho de peso, ao invés de gastar energia para enfrentar o calor ou frio. “No inverno, os suínos consomem alimento para manter sua temperatura basal. No verão, ao contrário, eles não comem porque vão passar estresse térmico. O grande benefício da granja climatizada é que a alimentação está voltada para o ganho de peso. Em nosso trabalho, vimos que é possível ganhar até 40 gramas por quilo de ração”, destaca o pesquisador.
De acordo com Oliveira, uma granja climatizada tem placas evaporativas, exaustores e um controlador, além de sistema de aquecimento. A não climatizada regula o ambiente com manejo de cortinas (abre no calor, fecha no frio). Comparando sistemas climatizados e granjas com ventilação natural, Oliveira destacou: “Além da conversão alimentar, em nosso trabalho os animais ganharam 5 quilos a mais comparando os dois sistemas”, mencionou.
Os resultados mostraram ainda, de acordo com o pesquisador da Embrapa, uma redução na emissão de gases e uma melhora significativa no bem-estar animal. “O animal que está em estresse térmico começa a lutar entre eles. No sistema climatizado ele não tem esse comportamento agressivo,” explicou o pesquisador.
Na avaliação econômica feita no estudo, segundo Oliveira, em uma granja de 2,1 mil animais em crescimento e terminação, os ganhos variam de 2,5 a 5% por quilo de peso ao comparar os dois sistemas.
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Qual será a inovação que a Ceva está criando?
Qual será a inovação que a Ceva está criando? O vice-presidente da Ceva Saúde Animal Brasil, Giankleber Diniz, revela que a empresa está trabalhando com inovação aberta, em parceria com 16 startups para criar, em suas palavras, “soluções totalmente inovadoras “. Confira o que a Ceva pensa sobre as tendências na produção de proteína animal. A entrevista está imperdível.
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MCassab revela novidades e otimismo no agro
Thiago Nascimento, gerente de Suprimentos da MCassab destaca o bom momento da proteína animal. “O ano começou desacelerado, um primeiro semestre desafiador, mas estamos otimistas para o fechamento de 2024”.
Destaca que ABPA trouxe bastante otimismo durante o Siavs. “Nosso pensamento está em linha com isso. Vemos um segundo semestre com alta das exportações, que refletem em nosso mercado que fornece nutrição e tecnologias para a nutrição animal. Temos um cenário muito positivo, tanto para empresas de nutrição quanto para os produtores”.
Nascimento também falou sobre relançamentos da MCassab, sobre os serviços técnicos em várias áreas do setor de proteína animal, como bovinos, aves e suínos, além do lançamento de um Centro de Pesquisa. “Todo investimento para montar um pacote de serviços mais robusto para nosso cliente”.
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BRF aposta em inovação sustentável com as pessoas no centro da revolução
No cenário atual da produção animal, em que os desafios ambientais e a necessidade de inovação caminham lado a lado, as empresas do setor agropecuário buscam novas formas de integrar sustentabilidade e tecnologia em seus processos. A BRF, uma das maiores empresas globais de alimentos, tem se destacado por suas iniciativas inovadoras à sustentabilidade e à valorização das pessoas, pilares essenciais para garantir a longevidade e o sucesso da cadeia produtiva.
Rafael Castro, gerente executivo de Produção Animal da BRF, explicou em entrevista ao jornal O Presente Rural como a empresa tem se posicionado como protagonista em sustentabilidade. “Sustentabilidade é um valor para nós. Temos trabalhado em várias frentes para reforçar nosso papel de liderança nesse tema. Usinas fotovoltaicas, eficiência energética em nossos processos, iniciativas relacionadas ao bem-estar animal”, destacou Castro, evidenciando o compromisso da BRF com práticas que respeitam o meio ambiente e promovem o uso responsável dos recursos.
Além do foco em sustentabilidade, a BRF também tem investido fortemente em inovações tecnológicas externas para as pessoas e na eficiência dos processos produtivos. Automação, sensoriamento de granjas, acesso remoto a informações e algoritmos preditivos são algumas das ferramentas que a BRF tem implementado para melhorar suas operações e gerar valor tanto para o negócio quanto para seus parceiros. “Nosso principal objetivo com essas inovações é gerar valor aos negócios e aos parceiros”, comentou Castro.
No entanto, a BRF sabe que, para alcançar um futuro sustentável e inovador, é essencial investir nas pessoas. A formação contínua e o cuidado com os colaboradores são prioridades para a empresa. “A gente acredita que as pessoas são a chave para continuar nessa trajetória de eficiência, responsabilidade e sustentabilidade. Nosso principal desafio é cuidar das pessoas”, afirmou Rafael Castro, reforçando que, sem o desenvolvimento humano, a tecnologia e a sustentabilidade perdem seu verdadeiro potencial.