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Embrapa Pecuária Sul apresenta soluções tecnológicas na 47ª Expointer
Foto: Manuela Bergamim
A Embrapa Pecuária Sul apresenta novas tecnologias para o setor agropecuário na Expointer 2024, uma das principais feiras do setor no país, que será realizada entre os dias 24 de agosto e 1º de setembro, em Esteio (RS). Durante a feira, o centro de pesquisa de Bagé também participa de eventos técnicos, assinaturas de convênios, palestras, além de mostrar soluções para a pecuária no estande da Embrapa, localizado no Pavilhão Internacional.
Uma das novidades será o lançamento do Intergen Genômico, uma nova versão do software de avaliação genética de bovinos de corte, que já está à disposição desde 2008. A ferramenta foi atualizada, com a introdução de módulos para processamento de dados genômicos e inclusão de um número ilimitado de animais na avaliação genética. O sistema que antes atendia principalmente o programa de melhoramento genético PampaPlus, da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), também passa a assistir também outros dois programas: o Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo), da Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC) e o Brangus+, da Associação Brasileira de Brangus.
Outra novidade é a CarbonGado, uma calculadora que auxilia na estimativa e mitigação da emissão de metano do rebanho bovino de corte. O desenvolvimento do app web foi realizado pela Embrapa, a partir de um algoritmo elaborado em parceria com a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) para sistemas pecuários de ciclo completo (mais detalhes sobre a calculadora serão divulgados próximo ao lançamento).
Também será feita a assinatura de um protocolo de intenções com a Fetag/RS e com os sindicatos dos trabalhadores rurais de Pinheiro Machado e Caçapava do Sul para desenvolvimento do Projeto Qualigen. O projeto-piloto do Qualigen, iniciativa que integra a Rede de Pecuária de Corte Familiar Agroecológica do RS, será desenvolvido inicialmente nos dois municípios e tem como objetivo disponibilizar, aos produtores familiares, material genético de touros de raças taurinas com genética superior, destaques em programas de avaliação e provas de desempenho (Prova de Avaliação a Campo – PAC e Prova de Eficiência Alimentar – PEA) conduzidas pela Embrapa Pecuária Sul, em parceria com as associações das raças Angus, Charolês, Hereford e Braford.
A Embrapa Pecuária Sul também vai lançar publicações durante a Expointer. Uma delas é o documento “Análise das emissões de metano entérico do rebanho de bovinos de corte no Rio Grande do Sul”, que será lançado no dia 29, pela manhã, no auditório do governo do estado. O documento analisa como foram realizadas as estimativas de emissões de metano entérico pelo rebanho bovino no estado nos últimos anos e propõe a modificação da metodologia de avaliação usada, de forma a qualificar as informações e aproximar os números da realidade. Já no dia 25 acontece o lançamento do Sumário Brangus+, que faz parte do programa oficial de avaliação genética aprimorada pela genômica da Associação Brasileira de Brangus (ABB) e chega à sua segunda edição na 47ª Expointer. No dia 28 será lançado o Sumário PampaPlus em parceria com a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), que busca auxiliar na seleção de animais superiores e trazer maior retorno econômico e qualidade ao produto final aos produtores. Todas as publicações também serão lançadas na cerimônia oficial de lançamentos da Embrapa.
Pesquisadores da Embrapa Pecuária Sul participam de diferentes eventos técnicos proferindo palestras. No dia 27, às 16h, o pesquisador Vinicius Lampert será um dos convidados do Workshop Carne Angus, pecuária gaúcha, presente e futuro. Lampert também fará uma palestra sobre o CarbonGado, no dia 28, na Arena Agro, às 12h. Ainda no dia 28, às 16h, a pesquisadora Vivian Timpani vai apresentar o projeto Qualigen, também na Arena Agro. No mesmo espaço, no dia 30, às 10h30, o pesquisador Daniel Montardo vai falar sobre o uso da cultivar de capim-sudão BRS Estribo na recuperação dos solos degradados.
Já a pesquisadora Cristina Genro participa de painel com a Secretaria de Agricultura do RS, intitulado “Sustentabilidade da pecuária no RS: Protocolos carne baixo carbono, carne carbono neutro e carbono nativo”, em conjunto com o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Roberto Giolo, na quarta-feira, dia 28, às 13h, na Arena do Estande do Governo do RS. Cristina também vai falar, no mesmo espaço, dia 29, às 10h, sobre os projetos de pesquisa sobre avaliação da emissão e balanço de gases de efeito estufa nos campos e nas florestas do RS. E o pesquisador Danilo Sant’Anna participa do Talk Agro, dia 29, às 10h, no Senar, proferindo a palestra “A pecuária como estratégia para sistemas sustentáveis”.
No estande, localizado no Pavilhão Internacional, a Embrapa Pecuária Sul destaca soluções tecnológicas já disponibilizadas para o setor primário. Entre elas estão as cultivares de leguminosas forrageiras desenvolvidas em parceria com Sulpasto e UFRGS, como o trevo-vermelho URS BRS Mesclador, o cornichão URS BRS Posteiro, o trevo-vesiculoso BRS Piquete. Também será destacada a cultivar de capim-sudão BRS Estribo, gramínea anual de verão, tem como uma das principais vantagens o ciclo longo e a alta produção de forragem, além da flexibilidade de manejo e aptidão aos consórcios com outras forrageiras. A tecnologia Pasto sobre Pasto, que consiste no manejo de mais de uma espécie forrageira na mesma área, com ciclos e características complementares de produção, mantendo alimentação para os animais durante todo o ano, também será um dos destaques.
Outra tecnologia que será apresentada é o Método Integrado de Recuperação de Pastagens (Mirapasto), recomendada pela Embrapa como forma de controlar o avanço das infestações do capim-annoni e outras plantas indesejáveis em pastagens. Também estarão disponíveis informações sobre as provas de desempenho que a Embrapa Pecuária Sul realiza em parceria com as associações de raças de bovinos de corte. No centro de pesquisa são realizadas três tipos de prova: a Prova de Avaliação a Campo – PAC, a Prova de Eficiência Alimentar – PEA e a Prova de Emissão de Gases – PEG.
Saiba mais sobre a participação da Embrapa na Expointer em www.embrapa/expointer
Notícias Em Pontes e Lacerda
Novilhas do projeto de transferência de embriões do Governo de MT produzem até 200% litros de leite a mais do que média do Estado
Ação é realizada por meio da Seaf e começou em 2022 no município, com apoio da Empaer e da Prefeitura.
O projeto Melhoramento Genético do Rebanho Leiteiro do Estado – Transferência de Embriões, do Governo de Mato Grosso, começa a apresentar resultados positivos em Pontes e Lacerda. Novilhas girolando meio-sangue, que nasceram pelo projeto, estão produzindo leite até 200% acima da média do Estado na primeira gestação, confirmando a importância do melhoramento genético para o desenvolvimento da cadeia leiteira no Estado.
Realizado com investimentos da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), o projeto tem a parceria da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e da Prefeitura de Pontes e Lacerda.
Jonas de Carvalho, empreendedor do campo em Pontes e Lacerda, conta que, na sua propriedade, cinco bezerras nasceram dos embriões transferidos em 2022, quando o projeto começou no município. Elas pariram recentemente com aproximadamente 22 meses de vida, o que ele classifica como “surpreendente”.
Por dia, revela o produtor, cada novilha do projeto chega a produzir 15 litros, o que supera a produção das suas outras vacas. “Neste ano, participei com quatro prenhezes confirmadas e estou ansioso para que elas nasçam e comecem a produzir. Eu não sabia que esse projeto existia, mas não tinha noção de que poderia ter esses resultados”, destaca.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, apontam que a média da produção de leite por animal por dia em Mato Grosso é de 4,66 litros.
A precocidade reprodutiva das novilhas foi uma surpresa para o produtor Ildo Vicente de Souza, que teve sete bezerras nascidas depois da transferência dos embriões, sendo que uma delas pariu com 21 meses de vida. Atualmente, as novilhas produzem cerca de 10 litros por dia.
“É importante destacar que, além do aumento da produção de leite, o projeto traz também um ganho genético muito importante para o produtor. Os resultados são muito bons”, avalia Ildo.
Também beneficiado pelo projeto de transferência de embriões da Seaf, o produtor Jânio Alencar Leme relata que as novilhas, que nasceram da etapa de 2022, estão produzindo cerca de 12 litros por dia.
“Os resultados da transferência dos embriões são muito bons. Acho muito importante o pequeno produtor ter ações como essas feitas pelo Governo para que possa se desenvolver. Para fazer a transferência de embrião de forma particular é muito caro. Agora, com o apoio financeiro da Seaf, da prefeitura e as orientações da Empaer, podemos ter esse melhoramento genético com raças que são caras”, conta Jânio.
As novilhas são frutos de transferência de embrião do projeto que iniciou, em Pontes e Lacerda, em 2022. Nesta primeira etapa, 31 produtores participaram com nascimento de 94 bezerras girolando meio-sangue. Os embriões são produzidos em laboratório por fertilização in vitro (FIV). São utilizadas vacas doadoras Gir e touros Holandeses de alta produção, e transferidos para vacas comuns do rebanho de cada produtor, as receptoras.
“Temos tido relatos importantes sobre os resultados do projeto de melhoramento genético da Seaf e isso nos mostra que estamos no caminho certo. Temos que investir no pequeno empreendedor rural, segurar na mão dele, para que ele possa começar e depois desenvolver a produção com sustentabilidade. Neste projeto, eles também puderam constatar os avanços que a tecnologia e o manejo correto trazem”, destaca a secretária de Estado de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka.
A extensionista e veterinária da Empaer, Rafaela Sanchez de Lima, destaca que é importante considerar que a região passava pelo período de seca e que a alimentação é feita a pasto na maior parte dos casos, o que mostra a boa genética das novilhas e a boa produção se comparadas a média de produção da região.
“O projeto vem surpreendendo todos os que estão envolvidos. Dos animais já nascidos, várias novilhas entraram em puberdade com 11 meses, demonstrando a precocidade delas. E com os ajustes nutricionais necessários elas poderão produzir muito mais leite”, diz Rafaela, que atua na região com a também extensionista, Loana Longo.
Neste ano, o projeto entrou na terceira etapa. Na primeira e na terceira, a Seaf pagou 80% do valor por prenhez e os produtores deram a contrapartida. Na segunda, quem fez o aporte foi a Prefeitura de Pontes e Lacerda, com metade do valor da prenhez e os produtores dando a outra metade como contrapartida. A Empaer deu o suporte técnico em todas as etapas.
Do começo do projeto até este ano, 46 produtores já foram beneficiados no município. Neste período, nasceram 192 fêmeas girolando meio sangue.
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Valor Bruto da Produção atingirá R$1,31 trilhão na safra 24/25
São abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.
O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou a primeira estimativa do Valor Bruto da Produção para a safra 2024/2025. O valor atingirá R$1,31 trilhão, um aumento de 7,6%. Desse montante, R$ 874,80 bilhões correspondem às lavouras (67,7% do total) e R$ 435,05 bilhões à pecuária (32,6%).
Em relação à safra 2023/2024, as lavouras tiveram aumento de 6,7%, e a pecuária avançou 9,5%.
Para as culturas de laranja e café a evolução dos preços foram fatores mais relevantes nestes resultados e, para a soja e arroz foi o crescimento da produção a maior influência. Nos rebanhos pecuários foi a melhoria dos preços o mais significativo no resultado.
Considerando a participação relativas das principais culturas e rebanhos pecuários no resultado total (em R$ bilhão):
O Valor Bruto da Produção é uma publicação mensal do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base nas informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e nos preços coletados nas principais fontes oficiais.
No estudo, são abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.
A publicação integral pode ser acessada clicando aqui.
Notícias
Com apoio do Estado, produtores discutem melhorias na qualidade do queijo artesanal
Evento em Itapejara d´Oeste reúne produtores de leite e queijo, com objetivo de colocar o leite paranaense e subprodutos da cadeia no mercado mundial.
A busca pela excelência de qualidade do queijo paranaense, desde a produção do leite até o consumidor final, foi discutida nesta quinta-feira (21) em Itapejara d’Oeste, no Sudoeste do Estado, durante o Inova Queijo. O evento reúne produtores e queijeiros da agricultura familiar da região Sudoeste e conta com apoio do Governo do Estado.
“Nossos queijos estão entre os melhores do Brasil e até do mundo, com premiações que enchem de alegria e orgulho todos nós que estamos nesta caminhada”, disse Leunira Viganó Tesser, chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento em Pato Branco.
“O Paraná é grande na produção de leite, abrigando em seu território a segunda maior bacia do País e caminhamos para ser também um dos principais produtores de queijo e derivados tanto em ambiente industrial quanto artesanal”, afirmou.
Segundo ela, o Estado tem contribuído com programas de apoio à produção leiteira e à transformação em agroindústrias, como o Banco do Agricultor Paranaense, com equalização integral de juros para financiamentos à agricultura familiar. E também ajuda na comercialização, com a regulamentação do programa Susaf, que possibilita ampliar o mercado estadual para agroindústrias familiares que demonstrarem excelência no cuidado higiênico-sanitário.
“Temos que ter em vista o mercado mundial. Ninguém vai dizer que isso é fácil. Mas todos vão concordar que é um caminho a traçar, de preferência olhando sempre em frente, que não tenha volta”, disse Leunira.
Segundo dados da Aprosud, o Sudoeste conta com 20 agroindústrias vinculadas à associação, que comercializam por mês mais de 17 toneladas do produto. Além disso, a notoriedade do Queijo Colonial do Sudoeste também está atrelada a existência de produtores em todos os 42 municípios da região.
A gerente-regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Rosane Dal Piva Bragato, destacou que o setor não é apenas fonte de emprego e renda para a região Sudoeste. “É também um símbolo da nossa identidade e tradição”, afirmou. “O trabalho em parceria e a troca de conhecimentos são fundamentais para fortalecer o setor e para abrir novas oportunidades de mercado”.
Além da prefeitura de Itapejara d’Oeste, que sediou o evento deste ano, e dos órgãos estaduais, o Inova Queijo tem em 2024 o apoio da Associação de Produtores de Queijos Artesanais do Sudoeste (Aprosud), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Sebrae/PR, Vinopar e Cresol.
Indicação geográfica
Em 2023, o queijo colonial do Sudoeste do Paraná teve pedido de reconhecimento para Indicação Geográfica (IG) protocolado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Com tradição e notoriedade devido a produção do Queijo Colonial, a expectativa é que o Sudoeste do Paraná em breve obtenha o reconhecimento na forma de registro com Indicação de Procedência (IP)