Avicultura Biosseguridade
Embrapa orienta produtores sobre blindagem das granjas avícolas
Médico-veterinário da Embrapa Marcos Mores reforça que a biosseguridade vai além da simples imposição de regras. Para ele, trata-se de uma mudança de mentalidade, que deve envolver todos os elos da cadeia produtiva.
No competitivo mercado da avicultura, a biosseguridade se destaca como uma arma fundamental para o sucesso dos produtores. Mais do que um conjunto de medidas, ela representa uma cultura de prevenção, que blinda as unidades de produção contra a entrada de doenças que podem causar prejuízos bilionários à cadeia, como a gripe aviária e a Newcastle.
O médico-veterinário, mestre em Ciências Veterinárias, especialista em Patologia e pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Marcos Mores reforça que a biosseguridade vai além da simples imposição de regras. Para ele, trata-se de uma mudança de mentalidade, que deve envolver todos os elos da cadeia produtiva. Durante o Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural, realizado em formato híbrido entre os dias 11 e 12 de junho, o profissional compartilhou a importância dessas práticas para a saúde e a sustentabilidade da produção animal.
Durante sua palestra, Mores alertou sobre os riscos associados à falta de medidas adequadas de biosseguridade, citando a gripe aviária, doença que tem se disseminado globalmente nos últimos anos, causando inúmeros prejuízos para os países afetados, mas que ainda não adentrou na avicultura comercial brasileira, contudo os registros em aves silvestres e de fundo de quintal no Brasil deixam em estado de alerta constante todo o setor e exige que as medidas de biosseguridade sejam cada vez mais redobradas, a fim de garantir a proteção e a segurança do plantel avícola nacional.
Mores lembra que a ocorrência de uma nova cepa de Bronquite infecciosa no Brasil, em 2021, ilustrou a vulnerabilidade do setor. A doença, que provavelmente teve início na região Oeste do Paraná, rapidamente se espalhou para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, afetando de forma significativa a cadeia avícola desses estados. “Essa disseminação rápida de uma doença viral, como a Bronquite infecciosa, mostra o quanto nós somos vulneráveis em termos de biosseguridade. Não sabemos exatamente como o vírus chegou ao Brasil, mas ele se assemelha muito aos encontrados na Europa e em Israel. Esse incidente destaca a necessidade de aprimorarmos cada vez mais nossos sistemas de biosseguridade para prevenir futuras ocorrências”, enfatiza Mores.
Blindar as granjas
Biosseguridade se refere a um conjunto de medidas destinadas a reduzir o risco de introdução, disseminação e multiplicação de agentes infecciosos, sejam vírus ou bactérias, dentro de uma população animal. O médico-veterinário explica que um programa eficiente de biosseguridade envolve compreender como as doenças são transmitidas, identificar os riscos específicos de cada doença e implementar as medidas de mitigação mais eficazes.
Mores detalha algumas das medidas específicas que devem ser adotadas nas granjas para garantir um programa de biosseguridade eficiente, destacando a importância de desenvolver programas personalizados que considerem as particularidades de cada granja e as doenças mais prevalentes na região. “A implementação de programas de biosseguridade deve ser rigorosa e contínua. Precisamos avaliar constantemente a eficácia dessas medidas e estar prontos para fazer melhorias sempre que necessário. Apenas com uma abordagem proativa e bem informada podemos proteger nossas granjas e garantir a sustentabilidade da produção animal”, aponta o mestre em Ciências Veterinárias.
Entre as medidas essencias para blindar as granjas estão fazer um controle rígido de acesso, tanto de pessoas como de veículos, instalar cercas e barreiras físicas, fazer a quarentena de aves recém-chegadas à granja, limpeza frequente e desinfecção constante das unidades de produção, controle de pragas, monitoramento constante da saúde das aves e adotar o Plano de Contingência. “Adotar uma cultura rígida de biosseguridade não é apenas um dever do avicultor, mas sim um investimento inteligente. Ao prevenir a entrada de doenças, os produtores protegem seus animais, garantem a qualidade dos produtos e aumentam de forma significativa a lucratividade do negócio. É preciso entender e reforçar sempre que a biosseguridade é a base para uma avicultura sustentável e competitiva, que garante a saúde das aves, a segurança alimentar e o futuro promissor do agronegócio brasileiro”, salienta Mores.
Benefícios de uma boa biosseguridade
Investir em biosseguridade traz uma série de benefícios para os produtores, consumidores e para a cadeia de produção como um todo. “Uma biosseguridade eficiente melhora a produtividade e a rentabilidade das granjas. Com menos doenças, há uma redução significativa no uso de antibióticos e outros medicamentos, que além de representar um custo financeiro, podem impactar a saúde animal e humana”, expõe Mores.
No entanto, para que a biosseguridade seja efetiva, é fundamental que haja conscientização em todos os níveis da cadeia de produção. “Não adianta o produtor estar consciente e aplicar as medidas corretamente se os gestores não têm o mesmo foco. Todos os envolvidos na cadeia devem estar cientes e comprometidos para que as coisas funcionem bem e as doenças não entrem ou se disseminem nas granjas”, pontua Mores.
Tipos de doenças e suas prevenções
O pesquisador da Embrapa Aves e Suínos explica que existem dois tipos principais de enfermidades que afetam as aves nas granjas: as doenças de produção e as doenças primárias.
As doenças de produção, como Colibacilose, Coccidiose e enterite necrótica, são causadas por agentes que já estão presentes nas granjas. “A gravidade dessas doenças depende das condições de criação, e podem levar a perda de desempenho, aumento da mortalidade e uso de medicamentos”, aponta o especialista.
Por outro lado, as doenças primárias, como a Influenza aviária e a Doença de Newcastle, causam alta mortalidade e severas restrições à comercialização internacional de carnes. Para evitar a entrada destes agentes patogênicos, as medidas de biosseguridade externa são essenciais. “Cada vez que algo ou alguém entra na granja existe um risco de introdução de patógenos. Chamamos isso de eventos de risco. As medidas de biosseguridade buscam reduzir o número desses eventos de risco, minimizando o risco associado a cada evento”, menciona Mores, ampliando: “Mesmo não podendo eliminar totalmente a entrada de pessoas ou materiais, podemos adotar procedimentos rigorosos para reduzir ao máximo a chance de transmissão de doenças dentro das granjas”.
Biosseguridade externa
Existem diversas formas pelas quais as doenças podem ser introduzidas nas granjas, como aves portando agentes infecciosos, ração, água, insetos, pessoas, roedores, animais domésticos e selvagens, pelo ar, veículos e equipamentos. Dentre esses, as aves portando doenças representam o maior risco, seguido por ração, água, pessoas e outros animais, enquanto a contaminação pelo ar e materiais têm um risco menor.
O especialista aponta 12 medidas de biosseguridade externa que devem ser tomadas para garantir a proteção das aves, entre elas:
- Instalação das granjas distante de estradas e de outras unidades de produção para evitar a contaminação aérea e a transmissão de doenças por insetos e roedores;
- Barreiras vegetais e cercas de isolamento, essenciais para prevenir a entrada de pessoas estranhas, veículos, animais roedores e aves silvestres;
- Estruturas anexas à granja, como silos de ração e escritórios, devem ser posicionadas junto à cerca para minimizar a necessidade de veículos entrarem na área da granja;
- Desinfecção de veículos e equipamentos nos arcos de desinfecção e lavadores de alta pressão para entrada na granja;
- Rastreabilidade de cargas e matérias-primas nas fábricas de ração, que devem ter os mesmos controles das granjas;
- Câmara de descontaminação para desinfecção de documentos, alimentos e materiais menores. E sala de descontaminação para equipamentos maiores e produtos de consumo, como medicamentos e desinfetantes;
- Controle de pessoas que tem acesso à granja, restringindo a entrada de pessoas que tenham visitado outras granjas recentemente;
- Lavagem e desinfecção dos veículos e caixas de transporte para evitar a transmissão de doenças de um lote para outro;
- Monitoramento da qualidade da água, controle microbiológico e químico, e reservatórios bem protegidos;
- Manejo adequado da cama, controle químico e físico de insetos, uso das portas iscas, limpeza e organização dos arredores da granja para evitar esconderijos dos roedores;
- Manter um livro de registro dos visitantes é fundamental para, em caso de mortalidade na granja, rastrear os locais visitados anteriormente. Isso auxilia na investigação e controle da possível disseminação de agentes patogênicos para outras granjas;
- Plano de contingência para lidar com surtos de doenças, essencial para minimizar perdas e proteger a granja.
Biosseguridade interna
Além das medidas externas, a biosseguridade interna visa controlar os agentes que já estão presentes nas granjas. Isso inclui práticas diárias e a implementação de protocolos que mantêm as doenças de produção sob controle, reduzindo a gravidade e a disseminação dessas enfermidades. Para alcançar isso, é essencial manter a imunidade dos animais elevada para evitar doenças imunossupressoras, estresse ambiental e de manejo, como a superlotação nos aviários, e garantir a temperatura adequada da cama das aves. “Aves que não possuem conforto térmico apresentam imunidade mais baixa”, afirma Mores, complementando: “O uso de vacinas é fundamental para manter a imunidade das aves elevada”.
O especialista frisa que manter a pressão de infecção baixa envolve várias ações, especialmente relacionadas à qualidade da cama, ventilação e climatização dos ambientes, além da limpeza e desinfecção das unidades de produção. Conforme o especialista em Patologia de Aves e Suínos, o uso de detergentes durante a limpeza pode reduzir em até 10 vezes o número de bactérias remanescentes após a lavagem e desinfecção das granjas. “Tão importante quanto isso é a verificação do aviário após a desinfecção e lavagem para garantir que está limpo e pronto para receber o próximo lote,” salienta.
Mores diz que os antibióticos são uma forma de reduzir a infecção, mas há uma crescente pressão para seu uso moderado devido à resistência antimicrobiana. “Sempre que necessário, o uso deve ser prudente, com dosagens adequadas, respeitando o período de retirada e realizando monitoramento contínuo dos agentes envolvidos nas doenças e sua sensibilidade antimicrobiana”, acentua o especialista.
Redução de riscos
Para garantir uma biosseguridade eficaz, Mores diz que é fundamental reduzir ao máximo o número de eventos de risco e minimizar o risco de cada evento. “Quanto menos pessoas entrarem na granja, menor será o risco de contaminação”, reforça.
Em biosseguridade, os detalhes fazem toda a diferença. O pesquisador salienta que não adianta cumprir 99% das vezes e falhar em 1%, pois pode ser justamente nesse momento de falha que uma doença será introduzida no lote.
Manter registros detalhados é fundamental para a rastreabilidade, permitindo identificar e corrigir problemas de forma rápida. Além disso, treinamentos periódicos específicos em biosseguridade são essenciais. “É sempre importante treinar os funcionários sobre quais procedimentos devem ser cumpridos, como eles devem ser realizados e qual a importância de cada um. A equipe da granja precisa compreender o motivo de cada medida para que todos estejam conscientes da real necessidade de seguir os procedimentos”, frisa.
O médico-veterinário ressalta que a biosseguridade exige disciplina e comprometimento. “As pessoas dentro da cadeia precisam estar verdadeiramente comprometidas com a importância de cada medida que precisa ser tomada e devem ter a disciplina de seguir sempre os procedimentos, sem falhas, em qualquer hipótese. Somente assim será possível manter um ambiente seguro, minimizando os riscos e garantindo a saúde e o bem-estar dos animais e, consequentemente, a rentabilidade do produtor”, assegura.
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Avicultura
A ascensão da Lar sob a liderança de Irineo da Costa Rodrigues
Presidente da Lar Cooperativa compartilha os detalhes de sua jornada pessoal e profissional, destacando como sua vida se entrelaça com a história e os ideais da cooperativa.
No movimento cooperativista é possível encontrar histórias de dedicação, visão e colaboração. Uma delas a Voz do Cooperativismo encontrou em Medianeira, PR, na conversa com Irineo da Costa Rodrigues, presidente da Lar Cooperativa, que compartilha os detalhes de sua jornada pessoal e profissional, destacando como sua vida se entrelaça com a história e os ideais da cooperativa. Confira os principais trechos.
O Presente Rural – Fale um pouco sobre sua história dentro do cooperativismo e na Lar. Como essas duas histórias se unem?
Irineo da Costa Rodrigues – A Cooperativa Lar foi criada nos anos 1960, quando houve uma migração de pessoas do Sul do país para onde hoje é o município de Missal. A Igreja Católica inclusive, através de uma encíclica do Papa João XXIII, que dizia que as pequenas economias deviam se juntar ou em cooperativas. Cinco dioceses na época foram até o governador Moisés Lupion pedir uma ajuda à Igreja. O governador doou para essas cinco dioceses cinco mil alqueires, ou seja, mil alqueires a cada. Assim, vieram agricultores do sul da região das Missões, de origem alemã e católicos pequenos agricultores.
Na medida em que eles vinham, compravam uma colônia de terra que é dez alqueires e a igreja separava um valor para formar uma cooperativa. E assim nasceu a Cooperativa Lar, que foi fundada no dia 19 de março de 1964. No dia 19 de março de 2024 a Lar completou 60 anos.
Eu sou da região da campanha do Rio Grande do Sul. Minha cidade natal é Canguçu, meu pai era pequeno produtor. Produzia leite, batata, cebola, pêssego e na época ele se associou à cooperativa de leite. Infelizmente ela descontinuou por má gestão e então eu sempre convivi com meu pai falando em cooperativa.
Depois fui estudar sete anos no Colégio Agrícola Visconde da Graça, em Pelotas, RS, e lá nós tínhamos uma cooperativa escolar. Então, de novo falando em cooperativa e estudando um pouco. Quando vim para a agronomia, me formei em 1973, em Pelotas, também na grade curricular tinha matérias voltadas ao cooperativismo.
No comecinho de 1974 me formei engenheiro agrônomo. Eu queria ser produtor rural. Pensei “vou no rumo do Centro-Oeste, no Mato Grosso”, mas o Mato Grosso ainda não tinha a agricultura. Entrei na Emater do Paraná, trabalhei sete anos. Quando saí da Emater, a Sudcoop, que hoje é a Frimesa, entrou em dificuldade e vim ser presidente dessa cooperativa e fiquei até o ano de 1983. Em 1984 e 1986 vim para a Cotrefal (Lar) como diretor-secretário e fiquei um pouco frustrado porque a cooperativa não andava. Então me afastei e, quando voltei, em 1990 por nove anos acumulei a Presidência da Sicredi e até hoje da atual Lar.
O Presente Rural – Quando a Lar decidiu diversificar e industrializar sua produção?
Irineo da Costa Rodrigues – Eu só assumi a Presidência da atual Lar com essa ideia de que tinha que fazer duas coisas: trazer mais eficiência na agricultura e agregar valor, porque pequenas propriedades não se viabilizam só com grãos e nós já tínhamos através da Frimesa um pouco de suinocultura e leite. Primeiro passo foi aumentar a suinocultura, aumentar a produção de leite, buscar mais produtividade. Na época, criamos os chamados programas de eficácia. Aí nós entramos com a cultura da mandioca e de hortigranjeiros, mas mirando frango. Até que foi possível, quatro anos depois, pois estávamos com um estudo pronto para entrar na avicultura, no dia 09/09/1999, ou seja, em menos de uma década a Lar já estava agregando valor, diversificada e mais industrializada.
O Presente Rural – A Lar é destaque tanto em número de colaboradores como associados. Ao que o senhor atribui esse desempenho todo?
Irineo da Costa Rodrigues – Cresceu o número de associados porque mais agricultores passaram a confiar na gestão. Não tínhamos médios e muito menos grandes produtores associados à cooperativa. Passaram a se associar e depois aumentou o quadro de associados quando a Lar foi para o Mato Grosso do Sul, claro, tínhamos associados lá, mas muitos sul-mato-grossenses se associaram à Lar. Como também quando fomos para o norte do Paraná, para expansão da avicultura. O nosso quadro de associados está caminhando para chegar a 14 mil. Por termos uma avicultura muito intensa, a Lar se tornou em 24 anos a terceira maior empresa de abate de frango do país, a quarta maior da América Latina. A avicultura é muito intensa em ocupação de mão de obra. Nossa avicultura, hoje, precisa de 21 mil funcionários. Então, dos 24 mil funcionários, 21 mil estão na avicultura.
O Presente Rural – Como o senhor avalia o cooperativismo no ramo agropecuário?
Irineu da Costa Rodrigues – Ele é extremamente necessário. Penso que ele vai se expandir. Claro que, vez ou outra, alguma cooperativa não tem sucesso, mas isso se deve a alguns fatores. Uma cooperativa vai bem quando ela preenche uma necessidade do agricultor. Se a cooperativa preenche essa necessidade é meio caminho andado. Segundo, tem que ter uma gestão boa. E, às vezes, as cooperativas se perdem um pouco com a vontade de querer ajudar o associado, exagera na ajuda, ou também por falta de conhecimento, não são felizes nas decisões tomadas na área comercial, industrial. A cooperativa tem que preencher o interesse do associado e tem que ter uma boa gestão.
E outra palavra que não é mágica, mas é importante, é confiança. A cooperativa tem que gerar confiança. Com esses três alicerces uma cooperativa vai bem, ela cada vez mais encanta seu associado, cada vez se expande mais. Claro que isso não é unanimidade, até porque não dá para uma diretoria de cooperativa atender tudo que o associado quer, pois têm alguns que exageram no pedido. O cooperativismo está sendo cada vez mais importante para o país. Cada vez mais está participando mais da produção, como no estado do Paraná, onde mais de 50% da produção do estado passa por cooperativas.
O Presente Rural – Hoje a cooperativa trabalha em diversas áreas do agronegócio. Poderia traçar um panorama dessas áreas?
Irineu da Costa Rodrigues – A Lar tem um foco. Isso foi definido há duas décadas, quando nós passamos a diversificar muito e poucos associados tinham o interesse por aquelas atividades. O foco da Lar é o que a nossa região faz, foco em grãos, em carnes e insumos. Temos logística, temos transporte, serviços. Criamos a cooperativa de crédito, a Lar Credi para focarmos no agricultor.
O Presente Rural – A avicultura teve uma expansão expressiva nos últimos anos. Até onde a Lar pretende chegar?
Irineu da Costa Rodrigues – De certa forma, a Lar chegou onde queria chegar. Nós precisávamos aumentar a nossa avicultura, porque é uma atividade que tem que crescer para diluir custo. Nós tivemos essa percepção. Nos ressentíamos de ter uma planta para o mercado interno, então, adquirimos a Granjeiro, em Rolândia. Conversávamos muito com a Copagril sobre a necessidade que eles tinham de aumentar, porque com o abate pequeno não era sustentável. A Lar precisou ser ousada, ter coragem para assumir uma atividade que tinha valor alto e deu certo. No primeiro dia útil de três anos atrás, a Lar já estava abatendo frango em Marechal Cândido Rondon. Acreditamos que a Lar é reconhecida, está fazendo um bom trabalho.
O Presente Rural – Quais os principais desafios que a Lar sente hoje?
Irineu da Costa Rodrigues – Nossa preocupação é a queda no preço dos grãos, pois produzimos ainda com custos altos. E, claro, estamos muito preocupados com essas questões de logística que não melhoram nunca. As estradas já deveriam estar todas duplicados, elas são deficientes. Nos preocupa também energia elétrica, que não é adequada ao nível de consumo que temos hoje. A toda hora cai energia, morre frango. Nós não temos conectividade, não temos sinais bons aqui para as máquinas modernas que temos. Em alguns lugares há problemas de água e estradas vicinais. Segurança jurídica e marco temporal, por exemplo. Há indígenas que vêm do Paraguai, que são massa de manobra, criar tensão na região. Como, de certa forma, o MST, que na nossa região está tranquilo, mas a toda hora a gente vê alguém incentivando os movimentos sociais (a invasões).
O Presente Rural – Quais são as oportunidades emergentes que a Lar observa para o agronegócio brasileiro?
Irineu da Costa Rodrigues – As oportunidades são muito grandes, porque nós temos território, nós temos terra, nós temos know how, nós temos clima. E quando falo em know how é porque temos pessoas que sabem fazer agricultura. Os outros países também têm esse potencial, mas não têm a tecnologia, não tem know how como o nosso agricultor sabe fazer. Então, por isso, o Brasil seguramente vai, cada vez mais, ter uma produção maior. Mas claro, outros países começam a criar barreiras, barreiras tarifárias, sanitárias. Precisamos ter um governo que faça o trabalho contraponto, que divulgue mais como trabalhamos. Nós temos uma narrativa muito ruim no Brasil, inclusive brasileiros estão falando que a nossa produção não é saudável, que agride o meio ambiente, que tem trabalho escravo. Brasileiros fazendo jogo de interesses fora do país. Nós temos que sair na frente com uma nova narrativa, falar qual agricultura nós fazemos e chamar os clientes, mostrar para eles. Já ocorreu de clientes da Lar que vieram do exterior ficarem surpresos ao verem árvores na beira das estradas e rios, pois se fala que no Brasil não há mais mata. Essa narrativa precisa ser construída para que sejamos melhores vistos lá fora.
O Presente Rural – Na sua visão, o que é o agronegócio do futuro e como o cooperativismo se encaixa nele?
Irineu da Costa Rodrigues – O agronegócio é uma necessidade. Nós vamos ter nove bilhões de pessoas, então é um incremento de mais de 1 bilhão de pessoas que precisam se alimentar e têm muitas regiões do mundo em que as pessoas passam fome. Estamos numa atividade essencial, diria até mais essencial que a saúde, porque não tendo alimentação, não tem como ter saúde.
Isso tem uma perspectiva muito grande para o nosso país. Cada vez mais a gente observa que quem tem tecnologia para o agro vem para o Brasil. O país vai atrair muitos investidores porque ele tem uma condição espetacular para produzir muito mais. E nós temos que ter a sabedoria de aproveitarmos essas oportunidades. E sim, penso que as cooperativas estão fazendo isso. A Lar não cresceu nos últimos anos à toa, ela buscou crescer, ela se preparou, ela tem na educação e na inovação pilares importantes.
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Avicultura
Lar celebra 25 anos de sucesso na avicultura
Cooperativa é a terceira maior empresa de abate de aves no Brasil e a quarta na América Latina. No Paraná, a participação representa 14,8% do abate total de aves no estado e 15,35% das exportações paranaenses de carne de frango. Dos 23.500 funcionários que fazem da Lar a cooperativa singular que mais emprega no Brasil, 19.000 estão diretamente envolvidos na avicultura.
A avicultura da Lar Cooperativa Agroindustrial completou, na última segunda-feira (09), 25 anos de uma trajetória marcada por inovação, crescimento sustentável e compromisso com a qualidade. Para celebrar a data foi organizado uma série de ações que incluem eventos comemorativos, lançamento de campanha promocional, inaugurações de novas estruturas, livro de receitas, premiações, entre outros atos inclusos em uma programação organizada para valorizar as pessoas que contribuíram com esse sucesso.
“A avicultura da Lar nasceu como alternativa para garantir a rentabilidade entre as pequenas propriedades, atuando como fonte de renda adicional para as famílias. Começamos com um abate inicial de 40 mil aves por dia e hoje superamos a marca de mais de 1 milhão de frangos abatidos diariamente, um crescimento que nos surpreendeu muito, considerando que estamos na atividade há apenas 25 anos e já nos tornamos a terceira maior empresa de abate de frangos do país, então temos muitos motivos para nos orgulhar e celebrar”, citou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues.
Eventos comemorativos
A programação iniciou no último domingo (08), com evento em Foz do Iguaçu (PR), voltado exclusivamente para parceiros de negócios do Brasil e do mundo. Um momento reservado para fortalecer relações comerciais, agradecer a cooperação de todos e celebrar as principais conquistas da avicultura da Lar Cooperativa, que se desenvolveu com visão estratégica, sem perder a essência cooperativista que motivou seu início, uma visão ressaltada e compartilhada por todos os convidados presentes.
Na oportunidade, clientes e fornecedores nacionais e internacionais entregaram homenagens ao time de lideranças da Cooperativa, em reconhecimento aos anos de trabalho dedicados e aos resultados alcançados que marcaram os 25 anos de avicultura da Lar.
Na segunda-feira, 9 de setembro, a programação continuou com uma grande celebração festiva para 1.800 convidados, no Lar Centro de Eventos, em Medianeira (PR). Entre o público, destaca-se a presença de lideranças políticas nacionais, estaduais e municipais, bem como, presidentes de entidades e associações, parceiros comerciais, fornecedores, clientes nacionais e internacionais, profissionais de imprensa, funcionários e a família associada.
O evento evidenciou não apenas o sucesso de um empreendimento, mas também a força da cooperação, onde na união de esforços somada a uma visão estratégica, transformaram a Lar Cooperativa referência no setor. Um legado conectado fortemente com a vida das pessoas por meio da revitalização econômica e social de toda uma região. “A avicultura tem contribuído fortemente para o desenvolvimento da nossa região, com geração de renda para associados e funcionários, além de oportunizar o surgimento de novas empresas para atender as necessidades do setor. Em muitas cidades, é a atividade que mais emprega e gera receita ao poder público. Tudo isso só fortalece nossa trajetória”, evidenciou Irineo da Costa Rodrigues.
Para reforçar essa mensagem, foi lançado oficialmente o vídeo alusivo aos 25 anos da avicultura da Lar. Uma produção que reúne imagens históricas e atuais, além de depoimentos de importantes personagens, para contar a trajetória da atividade e seu impacto transformador na qualidade de vida das pessoas. Uma narrativa que nos ajuda a compreender a relevância do setor avícola da Cooperativa no Brasil e no mundo, com um retrato de uma avicultura moderna, inovadora e sustentável.
O superintendente de Suprimentos e Alimentos da Lar, Jair Meyer ressaltou o modelo de negócio da avicultura da Cooperativa. “Tenho a missão de reafirmar o nosso compromisso com o padrão de qualidade dos nossos produtos e do serviço prestado, que envolve segurança e o respeito em negócios, inovação para atender as novas exigências e necessidades de diversos clientes e mercados que atuamos, sustentabilidade da cadeia produtiva com rastreabilidade da produção e atendimento aos clientes com empatia e respostas rápidas. Tudo isso fez e faz a avicultura da Lar alcançar o patamar que alcançou.”
Panorama da avicultura
O evento incluiu ainda uma palestra com o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin. O convidado apresentou ao público um panorama da avicultura nacional e internacional, incluindo desafios e oportunidades do mercado, além de destacar a relevância da pecuária brasileira na missão de alimentar o mundo. Santin também defendeu que não pode haver fronteiras na produção e comercialização de alimentos e que todos devem trabalhar para um mundo sem fome.
A palestra foi uma oportunidade de reafirmar o compromisso da ABPA em abrir caminhos e ampliando mercados para a produção pecuária. Sua fala também foi marcada por homenagens aos 25 anos da avicultura da Lar Cooperativa, na qual foi testemunha de parte da evolução durante 15 anos dedicados na ABPA.
Propósito
Durante o evento, o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues, anunciou o propósito da Cooperativa: “Cooperar para melhorar a vida das pessoas”. Resultado de um processo de construção interna com as principais lideranças, esse propósito reflete a própria essência que move a Lar desde sua fundação até os dias atuais, sendo também um compromisso fundamental em todas as ações futuras.
Esta foi a primeira vez que o propósito da Cooperativa é apresentado oficialmente em um evento aberto. Alinhado com os valores do cooperativismo, ele gera motivação e engajamento, unindo a família associada, funcionários e todos aqueles que se conectam com a cooperativa em uma só direção.
Inaugurações
O evento também foi marcado pela inauguração do Complexo Industrial Bom Jesus. Localizado às margens da BR-277, entre Medianeira e São Miguel do Iguaçu, na região Oeste do Paraná, o local abriga, em 266.200 m², uma unidade operacional para recebimento e beneficiamento de grãos e duas indústrias de rações voltadas exclusivamente para a avicultura. O investimento totaliza quase R$ 500 milhões e conta com tudo que existe de mais moderno para assegurar a qualidade em todo o processo produtivo.
Somando todas as instalações do Complexo Industrial Bom Jesus, o local é responsável por gerar quase 300 empregos diretos e outras centenas indiretos, contribuindo para a economia regional. A cerimônia de inauguração foi realizada durante o evento, diretamente do Lar Centro de Eventos, em Medianeira (PR), na presença de todos os convidados. O momento simboliza um novo marco na história da avicultura da Cooperativa, sendo a garantia de um futuro próspero.
Premiação Destaques da Avicultura 2023
A Lar Cooperativa premiou os produtores de aves com os melhores índices zootécnicos do ano De forma especial, a Lar Cooperativa premiou os produtores de aves com os melhores índices zootécnicos do ano de 2023. A premiação reconhece a excelência e o compromisso dos avicultores com a qualidade e a produtividade, além de homenagear uma das principais peças fundamentais da atividade: as famílias integradas que compõe a avicultura da Cooperativa.
Para elencar os vencedores, foram analisados e somados dados de produtores que concluíram cinco ou mais lotes em 2023 na categoria “Melhor Produtor de Frango de Corte”, e os melhores lotes fechados em 2023 para a categoria “Melhor Produtor de Ovos Férteis”, que se divide ainda entre as genéticas da marca Cobb e Ross.
O produtor Manoel Aparecido Baeza, de Londrina (PR), ficou com o primeiro lugar na categoria “Melhor Produtor de Frango de Corte”. Ele alcançou a melhor média do IEP (Índice de Eficiência de Produção) ao registrar 457 no resultado final da avaliação. Já a segunda posição saiu para o avicultor de Mauá da Serra (PR), Celso Kiyoji Takeda, que registrou média de 453 no IEP. O terceiro lugar ficou com Aira Titu’s Xavier Fortuna, de Apucarana (PR) que obteve média de 450 no IEP. Confira a lista completa no site www.lar.ind.br
Na categoria “Melhor Produtor de Ovos Férteis”, Ana Zottis foi premiada na genética da marca Cobb com índice de eclosão de 179,14 ovo/ave. Já na genética da marca Ross, Renato Luiz Burgel obteve o melhor o resultado com 189,15 ovo/ave. Todas as premiações foram entregues no palco do Lar Centro de Eventos, onde os premiados foram calorosamente aplaudidos em reconhecimento ao excelente trabalho.
Embaixador da marca e nova campanha publicitária
Para dar sequência as celebrações, o artista e embaixador da marca Lar, Michel Teló animou o público com um show especial integrando as comemorações dos 25 anos de avicultura da Lar Cooperativa. O cantor também foi responsável por conduzir os parabéns e as homenagens, onde também deixou seu relato agradecendo a parceria que existe com laços fortes desde 2021.
Por fazer parte dos materiais publicitários da Lar Cooperativa, foi durante seu show em que foi anunciado também a nova campanha da linha de produtos Lar Foods: “Se é frango, é Lar”, que conta com um novo jingle que destaca a qualidade, praticidade e variedade dos produtos Lar, presente no Brasil e no mundo. A música é cantada por Michel Teló e tem a participação de Thaís Fersoza e familiares.
Outros materiais publicitários também foram produzidos para divulgação em diversos meios de comunicação, incluindo rádio, TV, internet, revistas e jornais. A nova estratégia visa contribuir para o fortalecimento da marca no mercado nacional, com a divulgação de uma ampla linha de produtos para todos os públicos.
Sobre 25 anos da avicultura da Lar Cooperativa
Ao completar 25 anos, a avicultura da Lar Cooperativa Agroindustrial demonstra sua capacidade de inovar, crescer e se adaptar às constantes mudanças do mercado. Um projeto que nasceu para atender as necessidades das famílias associadas ao proporcionar a viabilização econômica de pequenas propriedades e a superação de desafios que marcaram a década de 90. A diversificação da produção, com a implantação da produção avícola, foi uma das decisões mais assertivas assumindo o papel transformador na comunidade.
Após muito estudo e análises estratégicas, o projeto de avicultura inicia em 1995 culminando no primeiro abate de frangos em 9 de setembro de 1999, na Unidade Industrial de Aves, em Matelândia (PR). Esse marco simbolizou uma nova era para a Cooperativa, consolidando a verticalização da produção e agregando valor às atividades, especialmente na pecuária de frangos.
A avicultura transformou-se rapidamente em uma âncora econômica. As cidades cresceram, novos comércios surgiram, e a qualidade de vida melhorou substancialmente. Em 25 anos, foi possível presenciar o fortalecimento da marca Lar em um mercado altamente competitivo e exigente. Hoje, a linha de produtos Lar é reconhecida em mais de 90 países, resultado de um esforço contínuo de inovação e aprimoramento de processos, que inicia no campo com alto padrão de qualidade e segue para a indústria até chegar na mesa de milhares de famílias.
A força do cooperativismo se reflete nos números: A Lar Cooperativa é a terceira maior empresa de abate de aves no Brasil e a quarta na América Latina. No Paraná, a participação representa 14,8% do abate total de aves no estado e 15,35% das exportações paranaenses de carne de frango. Dos 23.500 funcionários que fazem da Lar a cooperativa singular que mais emprega no Brasil, 19.000 estão diretamente envolvidos na avicultura.
A aquisição de plantas frigoríficas em Cascavel, Rolândia e Marechal Cândido Rondon, além de parcerias estratégicas, elevou a capacidade de abate da Lar para 1.100.000 aves por dia. Uma demanda atendida por 2.815 aviários gerenciados por 1.350 integrados atendidos por um time de 80 médicos veterinários e outras especializações em 81 municípios no estado do Paraná. A avicultura da Lar gera empregos e renda para milhares de famílias, contribuindo mensalmente com mais de R$ 40 milhões que circulam na economia local por meio de pagamentos aos produtores.
Outro fator de destaque é a produção própria de pintainhos. A Unidade de Recria de Aves da La Cooperativa tem capacidade para recriar 2,5 milhões de matrizes anualmente, todas de alto potencial genético. Essa operação se dá em 17 núcleos de recria, que empregam tecnologia e controle ambiental, localizados em áreas estratégicas que garantem um elevado padrão de biosseguridade.
Na produção de ovos férteis, a Lar conta com 13 núcleos próprios e 25 núcleos em unidades integradas, totalizando uma capacidade de produção de 440 milhões de ovos férteis por ano. Com a recente ampliação dos incubatórios, a capacidade foi elevada para 36 milhões de ovos mensais, contando inclusive com o maior e mais moderno incubatório das Américas, localizado em Itaipulândia (PR), onde sozinho é capaz de incubar 20,1 milhões de ovos ao mês.
A segurança alimentar das aves é garantida por sete indústrias de rações distribuídas em cinco municípios, todas equipadas com alta tecnologia, capazes de produzir 267 mil toneladas de ração peletizada por mês. A distribuição é feita por uma frota de 165 caminhões próprios, que atendem a mais de 20 mil pedidos de ração a cada mês. Um trabalho possível graças ao eficiente sistema logístico da Cooperativa, com veículos dedicados ao transporte de pintainhos, ovos férteis, ração e frangos.
Com um olhar para o futuro, a avicultura da Lar Cooperativa continua investindo em inovação, sustentabilidade e no desenvolvimento de seus funcionários e associados. Os próximos anos prometem ser ainda mais desafiadores, mas ao mesmo tempo promissores e a Lar Cooperativa está preparada com estratégia e visão empreendedora para atender às demandas de um mercado em constante evolução.
Avicultura
Conbrasfran 2024 reúne especialistas para discutir segurança do alimento em plantas de abate
Evento realizado pela Asgav agrega líderes de todos os elos da cadeia de frango de corte de 25 a 27 de novembro.
A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran), vai reunir especialistas da BRF, da Vibra, do Ministério da Agricultura e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para debater a segurança do alimento e estratégias para reduzir riscos e falhas no abate de aves durante o Painel Superando desafios e garantindo a segurança dos alimentos.
O evento, realizado pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha, vai reunir cerca de 300 participantes, líderes de todos os elos da cadeia produtiva de frango de corte. Este painel vai acontecer no dia 26 de novembro, a partir das 08h45, com a abertura da diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa/SDA) do Mapa, Juliana Satie, que vai apresentar Atualizações sobre modernização do sistema de inspeção federal de abatedouros de aves.
Em seguida, a professora da UFRGS Liris Kindlein vai debater O papel do médico veterinário no sistema de inspeção com base em risco. Logo depois, o diretor de Assuntos Regulatórios da BRF, José Roberto Gonçalves, vai ministrar a palestra Superando desafios: Estratégias para reduzir falhas no abate e no processamento. A coordenação dos debates será da supervisora de Controle de Qualidade da Vibra, Mirele Bragato.
O Painel Superando desafios e garantindo a segurança dos alimentos faz parte da programação do 5º Encontro de Qualidade Industrial na Avicultura – Frigoríficos, promovido pela Asgav.
Para mais informações ou para se inscrever na Conbrasfran 2024 entre em contato pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228-8844 ou do WhatsApp (51) 98600-9684.