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Embrapa oferece curso imersivo de Pecuária Leiteira Orgânica em fazendas certificadas

Os participantes vão trocar conhecimentos com especialistas na área e produtores experientes, como Ricardo Schiavinato, da Nata da Serra (Serra Negra – SP), e Marcos Palmeira, da Vale das Palmeiras, em Teresópolis (RJ). Eles trabalham com leite orgânico há cerca de 20 anos.

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Foto: Gisele Rosso

A Embrapa realiza mais uma vez o curso de Pecuária Leiteira com foco na produção orgânica. Diferente de outros programas, o curso tem seis módulos, será presencial e imersivo no dia a dia de propriedades orgânicas de leite. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site da Embrapa Pecuária Sudeste.

Os participantes vão trocar conhecimentos com especialistas na área e produtores experientes, como Ricardo Schiavinato, da Nata da Serra (Serra Negra – SP), e Marcos Palmeira, da Vale das Palmeiras, em Teresópolis (RJ). Eles trabalham com leite orgânico há cerca de 20 anos.

A iniciativa, que está em sua terceira edição, vai capacitar profissionais e pecuaristas para adoção de práticas sustentáveis, de baixo impacto ambiental e com a possibilidade de reduzir a pegada de carbono.

A abordagem teórica será colocada na prática em propriedades certificadas. Na ocasião, os participantes vão aprender técnicas inovadoras e aprofundar os conhecimentos sobre a produção de leite orgânico. “Uma das principais características que diferencia esse curso é a imersão dos alunos nas fazendas, no dia a dia e no contato com produtores maduros em produzir leite orgânico. Eles vão vivenciar as rotinas e os desafios enfrentados, além de poder trocar experiências valiosas com os profissionais envolvidos”, destaca André Novo, chefe de Transferência de Tecnologia, da Embrapa Pecuária Sudeste.

No decorrer de julho e dezembro, o curso ocorre em diferentes propriedades. Cada módulo do programa será em uma fazenda específica, escolhida estrategicamente para proporcionar uma visão abrangente sobre a produção orgânica de leite. Entre os conteúdos, estão temas como manejo orgânico do rebanho, nutrição animal, saúde e bem-estar dos animais, gestão da produção leiteira, certificação orgânica e baixo carbono para a pecuária leiteira sustentável.

“Quando começamos a trabalhar com a produção orgânica, percebemos que há uma convergência muito forte de práticas, processos e tecnologias no sentido de uma pecuária eficiente do ponto de vista também do balanço de carbono. Não é coincidência. Fazendas orgânicas que aplicam tecnologias sustentáveis como conservação de solos, diversificação de espécies, rotação de culturas, bem-estar animal, estrutura de rebanho equilibrada, genética adaptada ao sistema, nutrição adequada, sanidade, manejo de dejetos eficiente, por exemplo, naturalmente terão uma pegada de carbono bem baixa. A introdução de componentes arbóreos pode ainda ajudar muito no balanço do carbono. O tema será bastante abordado no decorrer do treinamento, sob diferentes aspectos”, explica André Novo.

Marcos Palmeira, produtor e ator, que participou da primeira turma do curso, em 2018, abriu as portas de sua fazenda para a realização do curso. Além de uma produção anual de 110 mil litros de leite, há o cultivo de hortaliças, agroflorestas, PANC (Plantas Alimentícias Não Convencionais) e café. Tudo orgânico.

Ele conta que sua participação no primeiro curso foi importante para entender que existe diferença entre produzir leite e apenas tirar leite. “O olhar deve ser focado na qualidade de vida da vaca, para que ela tenha bem-estar animal”, explica. Além do que, a capacitação possibilitou, segundo Palmeiras, a formação de uma rede de pequenos e médios produtores, com uma consistência muito grande. Com isso é possível trocar experiências, dúvidas, iniciativas, etc.

Ricardo Schiavinato também é parceiro do curso. Ele fala que a introdução de tecnologias sustentáveis, como qualidade do pasto, melhoria da genética dos animais, ambiência animal e gestão pecuária, fez a produtividade da Nata da Serra crescer. Atualmente, a fazenda produz 500 mil litros de leite por ano, além de legumes, milho, café, reflorestamento com eucalipto e peixes. Para ele, é importante a inclusão de tecnologias de produção para que os produtos fiquem mais baratos e sejam mais acessíveis à população.

Além das duas fazendas, outras propriedades fazem parte da programação do curso.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste

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Brasil avança na regulamentação do mercado de carbono: entenda o impacto e as oportunidades

Mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas.

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Foto: Gisele Rosso

O Brasil está cada vez mais próximo de regulamentar o mercado de carbono, uma medida que promete revolucionar o cenário socioeconômico e ambiental do país. Com a discussão do Projeto de Lei n.º 2.148/2015 no Senado Federal, a atenção se volta para as implicações e oportunidades que essa regulamentação trará.

O PL estabelece o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que funcionará com base no sistema internacionalmente conhecido cap-and-trade, onde se impõe um limite máximo de emissões e é possível comercializar direitos de emissão, internacionalmente conhecidos como allowances e definidos como Cotas Brasileiras de Emissões (CBE) no projeto de lei.

O mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas. Funciona como um sistema de compra e venda de créditos de carbono, incentivando a adoção de práticas sustentáveis pelas empresas e promovendo a transição para uma economia de baixo carbono.

Segundo a advogada Nailia Aguado Ribeiro Franco, existem dois tipos de mercados de carbono: voluntário e regulamentado. No mercado voluntário, as partes podem cooperar de forma voluntária para implementar suas contribuições determinadas nacionalmente, conforme estabelecido no Acordo de Paris.

O Brasil, ao ratificar o Acordo em 2016, comprometeu-se a reduzir emissões até 2025 e atualizou sua meta na COP 26 para uma redução de 50% das emissões de GEE até 2030. “Este mercado é amplo e permite a participação de empresas, pessoas físicas e jurídicas, ONGs, governos e outras instituições na compensação de suas emissões adquirindo créditos de carbono de projetos que reduzem efetivamente as emissões ou capturam carbono”, diz a advogada

Ela explica ainda que a regulamentação do mercado de carbono traz uma série de oportunidades para a economia brasileira. “Setores como o agronegócio, empresas e startups poderão se beneficiar com incentivos para adotar práticas sustentáveis e investir em projetos de mitigação das emissões de carbono”, afima

De acordo com a advogada, o mercado de carbono pode impulsionar a inovação e a competitividade das empresas brasileiras, fortalecendo a posição do país como um líder global em soluções climáticas. “Diante desse cenário, é fundamental que o Brasil avance na regulamentação do mercado de carbono, garantindo uma transição justa e sustentável para todos os setores da sociedade. O futuro do país e do planeta depende das ações que tomarmos hoje para enfrentar os desafios das mudanças climáticas”, finaliza

Fonte: Assessoria Andersen Ballão Advocacia
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Santa Catarina alcança em abril o melhor desempenho do ano na exportação de carnes

Estado alcançou os melhores resultados do ano na exportação de frangos e suínos.

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Foto: Cláudio Neves

Em abril, Santa Catarina alcançou os melhores resultados do ano na exportação de frangos e suínos. No total, o estado exportou 173,2 mil toneladas de carnes de frangos, suínos, perus, patos e marrecos, bovinos, entre outras, com altas de 11,7% em relação aos embarques do mês anterior e de 14,5% na comparação com os do mesmo mês de 2023.

Em receitas, o estado exportou US$ 358,3 milhões, crescimento de 15,5% em relação às de março e de 6,0% na comparação com os valores de abril de 2023.

Foto: Divulgação/SAR

No acumulado do 1º quadrimestre, foram exportadas 631,7 mil toneladas de carnes, alta de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Suínos

Santa Catarina foi responsável por 57,6% da quantidade e 59,7% das receitas das exportações brasileiras de carne suína dos quatro primeiros meses deste ano. O estado exportou 60,5 mil toneladas de carne suína in natura, industrializada e miúdos em abril, alta de 14% em relação aos embarques do mês anterior e de 7,1% na comparação com os de abril de 2023. As receitas de abril foram de US$ 138,7 milhões, alta de 18,1% na comparação com as do mês anterior.

O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária Valdir Colatto, avalia que esses são resultados do comprometimento de toda cadeia produtiva com a qualidade dos produtos catarinenses, “nosso estado dá exemplo e está sempre vigilante para garantir a sanidade e segurança alimentar, ampliando assim as relações comerciais externas”, afirma Colatto.

Foto: Ari Dias

A maioria dos principais destinos ampliaram suas aquisições em relação ao 1º. quadrimestre de 2023, com destaque para Filipinas (altas de 89,7% em quantidade e de 78,8% em receitas), Japão (101,8% e 94,0%) e Coreia do Sul (190,2% e 257,0%). Por outro lado, a China registrou queda de 40,1% em quantidade e 51,9% em receitas na comparação entre o 1º quadrimestre deste ano e o mesmo período de 2023. Com isso, a China perdeu a liderança do ranking das exportações catarinenses de carne suína, posição que ocupava desde 2018. O principal destino, atualmente, são as Filipinas (22,7% das exportações do estado).

Frango

O estado foi responsável por 24,3% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango nos quatro primeiros meses deste ano. Em abril, Santa Catarina exportou 104 mil toneladas de carne de frango com alta de 10% em relação aos embarques do mês anterior e de 19,7% na comparação com os de abril de 2023. As receitas foram de US$ 200,7 milhões, crescimento de 11,9% em relação às do mês anterior e de 9,2% na comparação com as de abril de 2023.

Segundo explica o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Alexandre Luís Giehl, o aumento no volume exportado, deve-se ao crescimento nas quantidades embarcadas para os principais destinos ao longo dos quatro primeiros meses do ano, com destaque para Japão (+11,2% em relação ao 1º quadrimestre de 2023), Países Baixos (20,3%) e Emirados Árabes Unidos (30,1%). A China, por sua vez, que foi o principal destino do frango catarinense no ano passado, registrou queda expressiva nas aquisições do produto neste ano: -31,9% em quantidade e -44,1% em receitas.

Fonte: Assessoria SAR
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Aprovação na CCJ garante mais segurança ao seguro rural

Mudanças no PL 4720/16 favorecem melhor gestão dos recursos e evitam contingenciamentos.

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Foto: Roberto Dziura Jr

Com 34 votos a favor, foi aprovada, nesta quarta-feira (15), na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, a relatoria do deputado Sérgio Souza (MDB-PR) ao Projeto de Lei 4.720/16, que aprimora a gestão dos recursos destinados ao seguro rural. A proposta visa garantir mais segurança e previsibilidade para os produtores rurais, especialmente os pequenos e médios, que são os mais impactados por eventos climáticos adversos.

Deputado Sérgio Souza (MDB-PR): “O Seguro Rural garante a continuidade da produção agropecuária e a segurança alimentar, responsabilidade que o Brasil tem com o planeta” – Fotos: Divulgação/FPA

O Seguro Rural é essencial para proteger a produção agropecuária contra riscos climáticos, como secas, geadas e inundações, que podem provocar perdas significativas. Nas últimas safras, o Brasil enfrentou os efeitos dos fenômenos La Niña e El Niño, causando prejuízos consideráveis aos agricultores. “O Seguro Rural garante a continuidade da produção agropecuária e a segurança alimentar, responsabilidade que o Brasil tem com o planeta”, enfatiza Souza.

Menos burocracia, mais previsibilidade

O PL 4720/16 propõe transferir as responsabilidades financeiras do Seguro Rural do Ministério da Agricultura para as Operações Oficiais de Crédito, vinculadas à Secretaria do Tesouro Nacional. Essa alteração assegura que os recursos para o seguro não sejam contingenciados, como ocorreu nos últimos anos.

“Esta mudança trará mais previsibilidade aos produtores rurais, permitindo que contem com o Seguro Rural de maneira mais eficaz”, explica Sérgio Souza. “Além disso, reduzirá o custo do seguro, aumentando a transparência e a segurança jurídica na aplicação dos recursos.”

Presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR): “No Rio Grande do Sul, se os produtores tivessem garantia mínima de seguro rural pelo governo brasileiro, o impacto no orçamento federal para auxiliar na reestruturação das dívidas seria substancialmente menor”

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), ressaltou a importância do PL 4720/16 para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil. “Este é um tema crucial. Recentemente, foi debatido na Comissão de Agricultura outro projeto similar, tratando da legislação sobre o Seguro Rural”, destacou Lupion. “A demanda por seguro foi muito alta este ano; precisamos endereçar essa questão urgentemente.”

Após a aprovação na CCJ, o deputado Sérgio Souza agradeceu aos colegas que apoiaram a medida e destacou que a proposta proporcionará segurança ao produtor rural, especialmente aos mais afetados por intempéries, como os do Rio Grande do Sul nesse momento. “No Rio Grande do Sul, se os produtores tivessem garantia mínima de seguro rural pelo governo brasileiro, o impacto no orçamento federal para auxiliar na reestruturação das dívidas seria substancialmente menor”, frisou o parlamentar.

 

 

Fonte: Assessoria FPA
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CBNA – Cong. Tec.

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