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Notícias Produtividade

Embrapa lança Tecnologia Block de tolerância a percevejos na soja

Tecnologia Block amplia proteção da lavoura ao ataque dessa praga que suga as vagens e os grãos de soja

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Jovenil Silva

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançou a inovadora Tecnologia Block, uma linha de cultivares de soja que auxilia o sojicultor no manejo integrado de um dos seus principais inimigos, o complexo de percevejos. “Os percevejos são atualmente uma das pragas mais importantes para a cultura da soja, porque interferem na produtividade e na qualidade dos grãos e das sementes”, avalia o chefe-geral da Embrapa Soja José Renato Bouças Farias. “Por isso, estamos empenhados no desenvolvimento de cultivares de soja com esta tecnologia para auxiliar os produtores que enfrentam dificuldades no campo para manejar esta praga”, avalia.

O pesquisador Carlos Arrabal Arias, líder do programa de melhoramento genético de soja da Embrapa, e responsável pelo desenvolvimento de genótipos resistentes a insetos diz que a Tecnologia Block amplia a proteção da lavoura ao ataque dessa praga que suga as vagens e os grãos de soja.  “As cultivares com a genética Block têm maior tolerância aos percevejos, o que minimiza a ação destrutiva da praga. Porém, a tecnologia não dispensa o uso de inseticidas, mas permite uma melhor convivência com os insetos no campo”, enfatiza Arias.

Tecnologia no mercado

De acordo com o pesquisador, o uso de cultivares tolerantes aos percevejos permite melhor convivência com os insetos no campo, sendo uma ferramenta importante no Manejo Integrado de Pragas. A primeira cultivar de soja com a tecnologia Block é a BRS 1003IPRO, que foi desenvolvida pela Embrapa Soja com a Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa. A BRS 1003IPRO é uma cultivar de soja do grupo de maturidade 6.3 (macrorregiões 1 e 2) e 7.0 (macrorregião 3), indicada para os seguintes estados: Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. “Esta cultivar apresenta ampla adaptação, excelente potencial produtivo, estabilidade de produção e moderada resistência ao nematoide de galha Meloidogyne javanica, além de resistência às principais doenças da soja como o cancro da haste, mancha olho-de-rã e podridão radicular de fitóftora”, ressalta Arias.

Lançamento na próxima safra

A Embrapa e a Fundação Meridional irão lançar na safra 2019/20 uma nova cultivar, desenvolvida via melhoramento genético tradicional, e que amplia as opções de cultivares tolerantes a percevejo no mercado.

A busca por cultivares de soja com maior tolerância ao ataque de insetos sugadores foi intensificada, em 2016, quando foram avaliadas no campo experimental, da Embrapa, em Londrina (PR), 30 linhagens convencionais e 20 com a tecnologia RR e Intacta. O trabalho de pesquisa envolveu especialmente as equipes que atuam com melhoramento genético e entomologia.

Arias relata que, enquanto o nível de ação definido pela pesquisa atualmente é de dois percevejos por pano de batida, a nova cultivar consegue suportar, pelo menos, o dobro de percevejos, sem afetar a sua produtividade. “Algumas plantas, mesmo na presença de alta população de percevejos, mantiveram a produtividade alta, enquanto que as cultivares suscetíveis ao ataque de percevejos apresentaram perdas importantes”, revela.

Na Embrapa, as melhores plantas oriundas de cruzamentos genéticos específicos para resistência percevejos, foram testadas em gaiolas fechadas, instaladas no campo experimental. Nessa condição, o objetivo foi avaliar o dano causado por densidades de 0, 4, 8, 16 percevejos por metro quadrado; “esses ensaios também comprovaram os resultados obtidos anteriormente”, diz a pesquisadora Clara Beatriz Hoffmann Campo. “A vantagem dessa tolerância é que o produtor pode aguardar mais tempo para realizar as pulverização com inseticidas, o que além de reduzir custos ainda mantém a presença dos agentes de controle biológico no campo, favorecendo o controle natural da praga, pela integração de táticas do Manejo Integrado de Pragas, como o controle biológico e a tolerância da soja aos percevejos”, explica a pesquisadora.

Percevejo marrom 

O principal problema dos percevejos é o seu ataque direto ao grão e às vagens da soja, diferentemente das lagartas, por exemplo, que atacam as folhas. “Por isso, existe potencial de perda em produtividade e também em qualidade de produtos que serão gerados como o óleo e a ração animal”, explica o pesquisador Samuel Roggia, da Embrapa Soja. No caso dos produtores de semente, o problema é ainda maior, porque o ataque de percevejos afeta o vigor da semente, o que impactará no estabelecimento adequado da futura lavoura.

Em particular, o controle do percevejo-marrom (Euschistus heros) tem sido feito principalmente com a utilização de produtos químicos e há vários casos de população da praga que apresentam elevada tolerância a alguns inseticidas. “São populações em que os inseticidas não conseguem controlar tão bem”, diz Roggia.  Além disso, comparativamente com outras pragas, o percevejo-marrom ainda não tem disponíveis outras ferramentas como a biotecnologia e o controle biológico aplicado. Quando os percevejos tornam-se resistentes a produtos químicos, o risco de perda é grande. “Por isso, é importante termos cultivares tolerantes a esta praga como ferramenta para ser utilizada no manejo integrado dessa praga”, avalia.

Fonte: Embrapa Soja

Notícias

ABPA, SIPS E ASGAV promovem churrasco com aves e suínos na Expochurrasco

Presidentes das entidades assumem a churrasqueira para assar mais de 200 quilos de carne; cardápio será comandado pelo chef Marcelo Bortolon

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Foto: Divulgação Expochurrasco

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Eduardo Santos e o Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), José Roberto Goulart, comandarão a churrasqueira de uma ação que as entidades da avicultura e da suinocultura promoverão durante o Festival Internacional do Churrasco (ExpoChurrasco), no dia 20 de abril, no Parque Harmonia, em Porto Alegre (RS).

Com o objetivo de estimular uma presença cada vez maior das carnes de aves e de suínos no cardápio dos churrascos, a ação promoverá um convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

Ao todo, serão assados mais de 200 quilos de carne nas 6 horas de evento, com cortes de aves, como sobrecoxa desossada, tulipa e coxinha da asa, e de suínos, como costela, panceta, linguiça, sobrepaleta e picanha.

O espaço das associações do setor na Expochurrasco contará com a presença do chef gaúcho Marcelo Bortolon, que preparará receitas especiais, como costela suína ao molho barbecue de goiabada e cachaça, e sobrecoxa de frango ao molho de laranja, mel e alecrim.

“Na capital do estado conhecido pelo churrasco tradicional, vamos assumir pessoalmente a churrasqueira e promover uma grande degustação para incentivar a adoção de mais cortes de carnes de aves e de suínos nas grelhas. A ideia é convidar os visitantes a repetir em suas casas e em suas confraternizações o uso de mais produtos da avicultura e da suinocultura nos cardápios dos churrascos. São uma ótima opção de sabor, com qualidade diferenciada, que agrada a todos os públicos”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Saiba mais sobre a ExpoChurrasco pelo site https://expochurrasco.com.br/

Fonte: Assessoria ABPA
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Notícias Sustentabilidade

Biogás rende prêmio à C.Vale

Cooperativa possui melhor planta industrial para geração de biogás

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Indústria para processamento de raiz de mandioca em Assis Chateaubriand (PR) - Foto: Assessoria

Ações de sustentabilidade da C.Vale renderam prêmio nacional à cooperativa. Em solenidade realizada em Chapecó (SC), dia 17 de abril, a cooperativa recebeu o Prêmio Melhores do Biogás, concedido pelo Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano.

Guilherme Daniel com o troféu ladeado por Aírton Kunz (Embrapa Suínos e Aves), Rafael Gonzalez (CBIogás) e Suelen Paesi (Universidade de Caxias do Sul) – Foto: UQ Eventos

A C.Vale conquistou a primeira colocação na categoria Melhor Planta/Geradora de Biogás – Indústria. O segundo lugar ficou com a multinacional Raizen e a terceira colocação com o grupo Cetric.

A cooperativa foi representada pelo supervisor ambiental Guilherme Daniel. “Para a C.Vale, as questões ambientais não são somente uma obrigação para atender aos requisitos legais. São atividades que podem gerar receitas, com ganhos ambientais e econômicos”, afirma o presidente da cooperativa, Alfredo Lang.

A C.Vale aproveita o gás metano (CH4) gerado pelos efluentes das amidonarias e Unidade Produtora de Leitões para gerar energia limpa e minimizar o efeito estufa. No caso das duas indústrias de beneficiamento de mandioca, em Assis Chateaubriand e Terra Roxa, ambas no Paraná (PR), a medida reduz em aproximadamente 75% os custos das indústrias com lenha, ou seja, evita o consumo de mais de 50 mil árvores/ano.

 

Fonte: Assessoria
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Notícias

Santa Catarina reforça medidas de biosseguridade em eventos com aglomeração de aves passeriformes

Medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade

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Portaria SAR nº 11/2024 mantém suspenso, em todo o território catarinense, a realização eventos com aglomeração de aves - Fotos: Divulgação/Cobrap

A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) publicou, na última sexta-feira (12), a Portaria SAR nº 11/2024, que mantém a suspensão, em todo o território catarinense, da realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Ficam autorizados apenas os eventos com a participação exclusiva de passeriformes, mediante o cumprimento das condições e exigências da portaria. A medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Está em vigor no país e em Santa Catarina o Decreto de Estado de Emergência Zoossanitária para Gripe Aviária. Com isso, justifica-se a necessidade de regramento específico para a realização de eventos com aglomeração de aves. “Essa portaria é resultado de estudos da equipe técnica da Cidasc e de diálogo com a SAR e representantes do setor. A liberação para eventos com aglomeração de passeriformes irá ocorrer mediante o cumprimento de todas as exigências. Dessa forma, iremos prezar pela sanidade, quando autorizada a realização desses eventos”, explica o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.

A equipe da Cidasc realizou um estudo técnico estabelecendo critérios para a retomada gradativa e segura de eventos com a participação exclusiva de passeriformes, com normas como a avaliação da densidade populacional de aves comerciais no município que ocorrerá o evento e avaliação do status sanitário do município e região. Levando em consideração essas normas, foi apurado que atualmente 74 municípios atendem os critérios para sediar esses eventos.

Além disso, foram elencadas as exigências de medidas de biosseguridade, tanto no local do evento, quanto de criação de passeriformes. Também é levada em consideração a necessidade da obrigatoriedade de emissão de Guia de Trânsito Animal e apresentação de atestado sanitário dos passeriformes. A gestão e os procedimentos de autorização devem ser encaminhados à Cidasc.

Fonte: Ascom Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária
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