Conectado com

Notícias

Embrapa inicia projeto de apoio à agricultura de baixa emissão de carbono

Com foco em sistemas integrados e intensificados de produção agropecuária, o projeto preconiza análises planejadas de experimentos de campo de longa duração, envolvendo o sequestro de carbono como ação mitigadora da emissão de gases do efeito estufa.

Publicado em

em

Foto: Gisele Rosso

Pesquisadores de instituições públicas e privadas se reúnem entre terça (28) e quarta-feira (29) em São Carlos (SP) para discutir e dar início à execução de um amplo projeto de apoio à agricultura de baixa emissão de carbono. Com foco em sistemas integrados e intensificados de produção agropecuária, o projeto liderado pela Embrapa preconiza análises planejadas de experimentos de campo de longa duração, envolvendo o sequestro de carbono como ação mitigadora da emissão de gases do efeito estufa (GEE).

Para isso, as análises serão conduzidas em experimentos de instituições públicas e propriedades rurais privadas do estado de São Paulo, com a utilização de métodos e técnicas analíticas de última geração, como o emprego de laser para medir carbono no solo.

Neste momento, o encontro com profissionais de cinco instituições, será sedado por dois centros da Embrapa em São Carlos – a Instrumentação, coordenadora do projeto, e a Pecuária Sudeste. No primeiro dia, será realizado no período da tarde e no segundo, durante a manhã, com visita aos ensaios em campo e laboratórios dos dois centros da Embrapa.

União de esforços

O projeto interdisciplinar envolve 12 instituições do Brasil e do exterior, com a participação de mais de 40 profissionais das áreas de agronomia, veterinária, zootecnia, física, química, computação, matemática, entre outros. Sua viabilização ocorrerá, especialmente, pela expertise de profissionais dos diferentes centros de pesquisas da Embrapa no estado de São Paulo, com a cooperação de universidades paulistas e do setor privado.

Com um orçamento de cerca de R$ 4 milhões e prazo de execução de 5 anos, com início em novembro deste ano e conclusão no final de outubro de 2028, o projeto temático “Entendendo sistemas intensificados e integrados de produção: do mundo quântico à agricultura de baixa emissão de carbono” foi aprovado no âmbito do Programa Fapesp de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG).

A chamada visa avançar a ciência para que o Brasil atinja seus compromissos internacionais de redução de emissões de gases de efeito estufa e contribua para a neutralidade em carbono nos setores de mudança do uso da terra e agropecuária, em combinação com soluções de adaptação às mudanças climáticas e aumento de resiliência da produção de alimentos no país.

Seguindo as diretrizes do Plano Científico Mudanças Climáticas Fapesp 2020-2030, a apoia iniciativas propostas para auxiliar o país a atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), atuando na proposição de instrumentos que promovam a economia de baixa emissão de carbono e de produção socioambientalmente sustentável em setores estratégicos para o país.

Avanços estratégicos

O projeto propõe ações para superar o desafio de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e promover o sequestro de carbono no solo com o aproveitamento de trabalhos já executados e em andamento, como o da Rede “Pecus”, liderada pela Embrapa Pecuária Sudeste, e o projeto temático recém-concluído, também apoiado pela Fapesp, de avaliações de emissões de GEE na pecuária no Sudeste brasileiro.

Para isso, será implementado um conjunto de atividades que serão realizadas em diferentes regiões do estado de São Paulo para análise, avaliação e fornecimento de dados, que deverão ser fornecidos posteriormente para auxílio aos produtores rurais paulistas e do país.

O coordenador do projeto, o pesquisador Ladislau Martin Neto, da Embrapa Instrumentação, aponta os principais resultados, avanços científicos e tecnológicos esperados com a execução da proposta. “O diferencial desta proposta é a possibilidade de avaliar experimentos em campo de longa duração em sistemas integrados de lavoura-pecuária-floresta, como o que vem sendo prolongado na Embrapa Pecuária Sudeste, possivelmente um dos mais antigos em andamento no estado de São Paulo. Para isso, reforçamos fazer uso combinado de técnicas analíticas avançadas para gerações de análises de custos menores para sustentabilidade, especialmente a determinação de sequestro de carbono nos sistemas em análises”, afirma o coordenador.

Além disso, está previsto o uso de modelagem matemática para projeções futuras da dinâmica do carbono nos solos e o estabelecimento de um banco de dados estruturados. A obtenção de fatores e parâmetros aprimorados para uso em modelos para estimativas de carbono, fundamentais para a estruturação do mercado de C e inserção da agricultura e pecuárias nacionais, a partir do banco de dados faz parte dos resultados propostos pelo grupo multidisciplinar, com formação em diferentes áreas do conhecimento.

Reflexo no agro

Para melhor representar o setor, os produtos agropecuários brasileiros e outros em ambiente tropical, os pesquisadores pretendem gerar fatores destinados à aplicação em análises de ciclo de vida e inventários setoriais, regionais e nacionais relacionados ao desempenho ambiental e emissões de gases de efeito estufa.

É esperado também indicadores de sustentabilidade relacionados com a dinâmica do carbono no solo, para uso no diagnóstico rápido de áreas de produção, no sentido de correção do manejo ou garantia de ganhos agronômicos e ambientais, podendo ser aplicados futuramente no pagamento por serviços ambientais.

De acordo com Martin Neto, com a competência e esforços dos profissionais que integram o projeto, espera-se que seja possível elaborar recomendações aprimoradas em relação ao uso de supervisão, consórcio com leguminosas, taxa de aplicação de fertilizantes, manejo da fertilidade do subsolo e manejo da nutrição das plantas e animais que aliam sustentabilidade, agricultura de baixa emissão de C e produtividade.

Práticas sustentáveis

Para o pesquisador José Ricardo Pezzopane, da Embrapa Pecuária Sudeste, a importância do projeto deve ao fato de que irá interagir com alguns sistemas de produção, de instrumentos de longa duração, nos quais já estão sendo quantificados os efeitos das práticas sustentáveis ​​no balanço de carbono. “Paralelamente a isso, o projeto também busca novas métricas de medição do carbono, determinação da qualidade do carbono e matéria orgânica, que nós estamos acumulando nos solos desses sistemas de produção mais sustentáveis. Então é muito importante, porque por um lado a gente continua a manter práticas sustentáveis ​​e, por outro, desenvolvemos outras métricas para quantificar esse carbono no solo”, afirma Pezzopane.

A proposta é também ter métodos inovadores estudados e estabelecidos, como os espectroscópicos, cromatográficos e de imagem, que quantifiquem e retratem as condições envolvendo o carbono (C) no solo, incluindo modelagem matemática deste elemento químico, com uso de modelos pioneiros e métodos avançados . Esses instrumentos serão usados ​​especialmente com a infraestrutura disponível na Embrapa Instrumentação, mas também por meio de cooperação internacional com laboratórios dos Estados Unidos e Alemanha. “Os resultados obtidos devem ser obtidos para condições tropicais decorrentes de evidências científicas sobre mecanismos de proteção da matéria orgânica do solo (MOS) e outros benefícios para os sistemas produtivos, como capacidade de retenção de água e aumento da biodiversidade, que permitem previsões futuras sobre a capacidade de acúmulo de C no solo e sua estabilidade no tempo”, adianta Martin Neto.

Com a execução das atividades, a proposta é também aumentar a visibilidade e representatividade de sistemas e práticas sustentáveis ​​da agropecuária nacional. “Pensamos em propor ajustes de modelos preditivos utilizados globalmente por diferentes atores no mercado agrícola, divulgação dos resultados em revistas indexadas de qualidade, no país e exterior, ampla disponibilização de material em meios digitais, organização de eventos e dias de campo para produtores e empresas do setor, transferência de tecnologias e redações de patentes de resultados passíveis de ações negociais ou para proteção social”, afirma o co-coordenador do Grupo de Pesquisa em Terras Cultiváveis, da Aliança Global de Pesquisa em Gases do Efeito Estufa na Agropecuária, desde fevereiro de 2012 .

Integrantes do projeto

Além da Embrapa Instrumentação e Embrapa Pecuária Sudeste que sediam a reunião, fazem parte do projeto a Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna – SP), Embrapa Agricultura Digital (Campinas – SP) e Embrapa Soja (Londrina – PR).

Além das unidades da Embrapa, integram o projeto três instituições de ensino paulistas, a Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus Botucatu, Universidade de São Paulo (USP) com o Instituto de Física de São Carlos, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), em Piracicaba, na Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em Presidente Prudente.

A cooperação internacional será realizada com dois centros de pesquisa americanos, o Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, um Departamento da Agência de Energia do Laboratório de Ciências, gerenciado pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, e a Universidade Old Dominion, em Norfolk. Da Alemanha, participam a Universidade Técnica de Munique (TUM) e, da Nova Zelândia, a Universidade Massey, de Palmerston North.

Fonte: Embrapa Instrumentação

Notícias

Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

Publicado em

em

Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Continue Lendo

Notícias

Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

Publicado em

em

Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
Continue Lendo

Notícias

Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

Publicado em

em

Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.