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Notícias Em parceria com empresa israelense

Embrapa Cerrados inaugura área experimental com gotejamento subterrâneo para culturas de grãos

Unidade de Referência em Manejo de Água (URMA) tem dois hectares e pode receber diversos tipos de experimentos com culturas de grãos irrigados por gotejamento subterrâneo.

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Foto: Fabiano Bastos

A Embrapa Cerrados e a empresa de equipamentos agrícolas Netafim inauguraram, em 06 de abril, a Unidade de Referência em Manejo de Água (URMA), instalada nos campos experimentais do centro de pesquisa, em Planaltina (DF). Com uma área de dois hectares irrigada por um sistema automatizado de gotejamento subterrâneo para atender cultivos de soja, milho, feijão e outras culturas de rotação, a URMA possibilitará o desenvolvimento de estudos e melhores práticas agrícolas para o desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada, além da capacitação de irrigantes em técnicas de irrigação e novas tecnologias, como a irrigação digital. Após ajustes técnicos, os primeiros experimentos devem ser implantados em 2024.

Cerca de 100 pessoas estiveram presentes. Além de gestores e das equipes técnicas da Unidade e da Netafim, participaram representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária, do Ministério da Integração e Desenvolvimento Rural, da Agência Nacional de Águas (ANA), da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), de secretarias municipais de agricultura, da Associação dos Produtores Rurais e Irrigantes do Noroeste de Minas Gerais (Irriganor) e de empresas privadas.

Sebastião Pedro, chefe geral da Unidade, agradeceu à Netafim pela parceria e pela confiança e lembrou que o Bioma Cerrado, onde o centro de pesquisa atua gerando soluções tecnológicas, representa mais de 60% da produção nacional de alimentos e é a região que deve ter a maior expansão agropecuária nos próximos anos. “Precisamos de tecnologias cada vez mais sustentáveis e economicamente viáveis para darmos respostas ao setor produtivo e a irrigação vai cumprir um grande papel nisso. Inauguramos hoje uma nova página da nossa história: vamos estudar e desenvolver novas tecnologias de irrigação dentro da Embrapa Cerrados, talvez o centro que mais contribuiu para o desenvolvimento do Cerrado ao longo dos últimos 50 anos. Esperamos gerar indicadores, coeficientes técnicos, e análises econômicas para escalar essa e outras tecnologias”, afirmou.

“Estamos celebrando o final da parte operacional e o início do verdadeiro trabalho de pesquisa e desenvolvimento. Tenho certeza de que teremos sinergia neste projeto”, disse o presidente da Netafim no Mercosul, Ricardo Almeida.

Fundada em um kibutz em Israel há 55 anos, a empresa cresceu e se globalizou, estando atualmente presente em 110 países. O executivo aposta na expansão da área irrigada no Cerrado, que já conta com inúmeros pivôs de irrigação e áreas irrigadas por aspersores. “O que trazemos de novo é a possibilidade de fazer um complemento às duas tecnologias, permitindo a irrigação em área total, com uma única data de plantio, tratos culturais e colheita. A URMA é uma plataforma que permitirá pesquisas para dar respostas a dores dos produtores”, explicou, apontando oportunidades de manejos de pragas e da integração de sistemas de irrigação, de diferentes cadeias produtivas e das instituições de pesquisa e comerciais.

Parceria estratégica

Segundo o pesquisador Lineu Rodrigues, chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Cerrados, a parceria com a Netafim para a implantação da URMA nasceu da necessidade de oferecer ferramentas, métodos e instrumentos que possibilitem maior confiabilidade e facilidade no manejo da irrigação. “Se o setor já está utilizando (o gotejamento subterrâneo), nós temos que pesquisar. Há perguntas que precisamos responder. Vamos gerar informações sobre a tecnologia”, apontou.

Rodrigues lembrou que as dezenas de opções de instrumentos disponíveis no mercado para manejar um sistema de irrigação podem, muitas vezes, deixar o produtor confuso. “Várias questões devem ser respondidas antes da adoção de um novo equipamento ou tecnologia: qual a melhor opção para uma dada situação? Qual o melhor custo-benefício?”, argumentou.

Outro aspecto destacado pelo pesquisador é a carência de informações técnicas para as novas variedades de culturas que são lançadas anualmente: “A falta de coeficientes técnicos representativos das condições dessas novas cultivares tem prejudicado o correto manejo da irrigação e dificultado trabalhos de modelagem, simulação e zoneamento agrícola, entre outros”.

Ele explicou que a implantação da URMA terá como objetivos principais avaliar o desempenho do sistema de gotejamento subterrâneo; gerar coeficientes técnicos de irrigação para as principais culturas do Bioma Cerrado; avaliar, adaptar e desenvolver técnicas de manejo de irrigação; avaliar métodos, modelos e sensores de manejo de irrigação; e capacitar irrigantes quanto às técnicas de manejo de irrigação.

Os resultados dos estudos servirão de base para o desenvolvimento de protocolos, ferramentas e métodos de manejo da irrigação e fertirrigação por gotejamento subterrâneo. “Com isso, os irrigantes terão acesso aos avanços tecnológicos, uma vez que as inovações podem contribuir para melhorar a eficiência do sistema, facilitar o manejo e beneficiar o meio ambiente”, projetou, ampliando: “Água e alimento são estratégicos e não há como produzir alimento sem água. Toda tecnologia que contribuía para aumentar a eficiência do uso da água é importante”.

Diversas possibilidades de experimentos

Após as apresentações, os participantes conheceram as instalações da URMA e ouviram as explicações dos técnicos da Netafim sobre o funcionamento dos equipamentos hidráulicos e a implantação dos tubos gotejadores no campo, apresentada em uma trincheira.

Localizada em solo de textura média-argilosa, a área experimental foi dividida de forma a permitir experimentos com até oito tratamentos com cinco repetições, além da testemunha. Os tubos gotejadores são georreferenciados por GPS e foram enterrados a 25 cm de profundidade e com espaçamento de 80 cm. O gotejamento subterrâneo permite uniformizar a umidade do perfil do solo, viabilizando o plantio sem a necessidade de chuvas. Milheto e braquiária foram plantados para estruturar o perfil do solo e fornecer palhada de cobertura, condições que vão tornar a área apta a receber os primeiros experimentos.

A URMA permitirá diversos tipos de ensaios de nutrição e proteção de cultivos, com maior exploração do potencial produtivo das variedades.

Equipe da Unidade é capacitada

Para garantir o correto uso dos equipamentos e auxiliar na elaboração dos futuros experimentos com plantio de culturas de grãos, a Netafim realizou uma entrega técnica e outra agronômica nos dois dias que antecederam a inauguração da URMA.

O coordenador de suporte técnico da Netafim Brasil, Roberto Rodovalho, apresentou para a equipe da Embrapa Cerrados que vai trabalhar na nova estrutura informações relacionadas ao projeto hidráulico implantado, bem como o protocolo de manutenção, ou seja, os cuidados técnicos que devem ser seguidos para que o sistema seja mantido em vida útil. Após a apresentação de Rodovalho, o encontro foi finalizado no local em que foi instalada a área experimental.

Já o especialista agronômico da empresa, João Marcos Silva, fez uma apresentação dos aspectos agronômicos do gotejamento subterrâneo e tirou dúvidas da equipe. Ele detalhou como devem ser realizados a concepção do projeto de irrigação, o preparo e a correção do solo para a instalação dos tubos gotejadores, o enterro dos tubos gotejadores, o manejo e o monitoramento da irrigação, além do manejo da fertirrigação, outra possibilidade de uso dos equipamentos da URMA.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados

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Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

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Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
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41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

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Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
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Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

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Foto: Divulgação

A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
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