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Embrapa celebra 48 anos com emoção e homenagens
Parceiros, produtores, autoridades e homenageados destacaram a importância da estatal para a inovação do agro brasileiro
Pela segunda vez consecutiva, em função da pandemia que impôs restrições a eventos presenciais, a solenidade de aniversário da Embrapa foi realizada de forma remota e virtual. Neste ano, porém, os 48 anos da Empresa foram celebrados por meio de uma live descontraída, com um tom mais informal, realizada na quarta-feira (28), às 10 horas, e acompanhada por meio do YouTube por mais de 1.700 pessoas.
No palco, somente os apresentadores Fernanda Diniz e Sérgio Abud, empregados do quadro da Embrapa; o presidente Celso Moretti; o presidente do Conselho de Administração da Empresa (Consad), Fernando Camargo; e a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. No lugar dos tradicionais discursos de autoridades e homenageados, depoimentos gravados em vídeo. A edição ágil permitiu mais leveza, focando e destacando melhor as mais recentes contribuições da Embrapa para melhorar a vida de quem trabalha no campo brasileiro, as metas do VII Plano Diretor e o Balanço Social 2020, que, mais uma vez, comprovou o retorno dado pela ciência ao investimento público e à sociedade.
Celso Moretti abriu a solenidade agradecendo e reconhecendo a parceria de pesquisadores da Empresa, diretores, gestores, colaboradores, instituições parcerias, produtores rurais, parlamentares, extensionistas e estudantes. Relembrou a trajetória da agropecuária nacional e o cenário da 70, quando a Embrapa foi criada e o Brasil ainda era submetido a condições de insegurança alimentar e importação de produtos básicos da mesa do brasileiro. “Foi quando aconteceu o início da grande transformação do campo, responsável pela revolução que hoje se consolidou e elevou o País à condição de exportador e protagonista dos cenários futuros da segurança alimentar mundial”, disse.
“Os solos ácidos e pobres do Cerrado foram transformados em terras férteis, teve início a tropicalização de culturas e animais, e o desenvolvimento de uma plataforma de produção sustentável – esses foram os três principais pilares responsáveis por toda essa transformação”, comentou, lembrando que, graças a tecnologia da ciência agropecuária, mais de 800 milhões de pessoas são alimentadas em todo o globo, em mais de 170 países.
Farol que aponta caminhos
Sobre o VII Plano Diretor da Embrapa, que chamou de “farol que aponta os caminhos futuros da empresa”, lembrou a tradição institucional de fazer planejamento estratégico desde a década de 90. “Em novembro do ano passado, pela primeira vez, ousamos nesse planejamento, definindo nossas metas em objetivos quantificáveis, com números e dados que vão se concretizar em resultados”, afirmou, destacando entre os exemplos o aumento de 10 milhões de hectares as áreas com o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) no território nacional, até 2025, em parceria com o setor produtivo, em uma ação coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Para cada real investido na Embrapa, o retorno foi de R$ 17,7 em 2020
O presidente também falou sobre os resultados do Balanço Social 2020, uma tradicional forma da Embrapa apresentar à sociedade o resultado do trabalho desenvolvido pela ciência. “Há 24 anos, desenvolvemos estudos a partir de sólida metodologia científica para constatar esse retorno, social e econômico”, disse. “Esse lucro social obtido por meio de uma amostra de 152 tecnologias e pela adoção de 220 cultivares de plantas é de 61 bilhões de reais, que divididos pelo custo anual da Embrapa, demonstra que para cada 1 real que a sociedade investiu, no ano passado, foram devolvidos 17,7 reais”, destacou.
Moretti chamou a atenção para o ano difícil de pandemia, ressaltando que as tecnologias da Embrapa ajudaram a criar 41 mil empregos no agro brasileiro. Sobre os lançamentos de tecnologias, o presidente referiu-se à Embrapa como uma “casa de soluções” a partir da pesquisa e do desenvolvimento. Foram apresentadas seis novas soluções tecnológicas da Embrapa para o agro brasileiro.
Aquaplus e mitigação da seca por bactérias do mandacaru
A primeira delas foi a plataforma Aquaplus, desenvolvida pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF) e pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP), que consiste na análise, manejo, melhoramento e qualificação genética das principais espécies da aquicultura nacional. A plataforma possui três ativos disponíveis hoje: o TambaPlus pureza, o TambaPlus parentesco e o recém lançado VannaPlus 1.0, que testa a paternidade, o parentesco e faz a identificação individual do camarão cinza. Além desses, existem novos ativos em fase final de validação técnica, que serão inseridos na plataforma ainda esse ano: TrutaPlus, TilaPlus, ArapaimaPlus e PirapitingaPlus.
A segunda solução tecnológica apresentada na live foi a mitigação da seca por bactérias benéficas, desenvolvida pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna-SP). Como seu nome sugere, o processo consiste em associar micro-organismos à soja, ao milho e ao trigo com o objetivo de diminuir os efeitos do stress hídrico nesses produtos. Um bioinsumo foi desenvolvido para a cultura do milho em parceria com a empresa privada NOOA, o Auras, que é o primeiro produto biológico desenvolvido a partir da bactéria Bacillus aryabhattai, presente nas raízes do Mandacaru.
“É a criatividade dos pesquisadores que olharam para uma cactácea da Caatinga brasileira e observaram que nas raízes dela cresciam bactérias que ajudavam a planta a se adaptar e a conviver com a seca”, contou o presidente da Embrapa. “Isso é algo que vai ajudar 25 milhões de habitantes do semiárido brasileiro, em mais de 100 milhões de hectares”, afirmou.
Nanoemulsão de cera de carnaúba e sanitização do açaí
Em seguida foi apresentada a nanoemulsão de cera de Carnaúba, tecnologia desenvolvida pela Embrapa instrumentação (São Carlos-SP), em parceria com a QGP Tanquímica e com a Universidade Federal de São Carlos. Se trata de uma cera vegetal à base de Carnaúba, com nanopartículas invisíveis a olho nu, para revestimento de frutos de mesa.
A nova tecnologia pode prolongar o tempo de vida dos frutos de 10 a 15 dias em relação ao método convencional, auxiliando na manutenção da qualidade e na redução das perdas pós-colheita. O revestimento de frutas frescas foi lançado no mercado em 2019, já sendo utilizado no Peru e no Chile, e em 2021 chegará aos mercados norte-americano e europeu com o nome Life Ultra, por intermédio da agrofresh, a maior empresa de pós-colheita do mundo.
Também foi apresentado o processo de sanitização do açaí por choque térmico, desenvolvido pela Embrapa Amapá (Macapá-AP). Ativo qualificado em 2021, tem como objetivo o controle do protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, e também dos principais micro-organismos patogênicos contaminantes do açaí, provocadores de intoxicação alimentar e gastroenterites.
Consiste na lavagem e sanitização, aquecimento do produto seguido imediatamente pelo resfriamento, e por fim, o despolpamento em batedeiras. A aplicação é indicada para pequenas e médias indústrias de processamento de açaí e não causa mudança no sabor da fruta. “É mais uma contribuição para a cadeia produtiva da fruta e para o público urbano, que terá segurança para consumidor o produto, sem o risco de contaminação”, salientou Celso Moretti.
Novas cultivares de algodão e soja resistentes a doenças e pragas
A BRS 500 B2RF foi a próxima solução apresentada, dessa vez voltada para a cotonicultura. A cultivar de algodoeiro é geneticamente modificada e foi desenvolvida pela Embrapa Algodão (Campina Grande-PB), possuindo alta produtividade e produção de fibra branca de comprimento médio. É resistente às lagartas, ao herbicida glifosato, e também aos nematoides de galha e à mancha da Ramulária, uma das principais doenças do algodoeiro. A BRS 500 B2RF é indicada para as áreas comerciais de elevada produtividade, além daquelas com incidências de nematoides de galha na região do cerrado.
Já a BRS 539 é uma cultivar de soja convencional (não transgênica) lançada pela Embrapa Soja (Londrina-PR), e que utiliza duas tecnologias: a Shield, que confere resistência genética à ferrugem asiática, e a Block, que da à soja tolerância ao complexo de percevejos. Segundo os pesquisadores da Embrapa, o uso de cultivares com essas tecnologias se mostra de extrema importância no contexto do manejo integrado de pragas. Além disso, a cultivar tem alto potencial produtivo e estabilidade e estará disponível para a safra 2021/2022, para agricultores que cultivam soja orgânica ou não transgênica.
Publicações e novos cursos virtuais
Como forma de disponibilizar conhecimentos e resultados gerados para a sociedade, a Embrapa reservou um espaço na live de aniversário para divulgar publicações e novos cursos virtuais. Quatro publicações foram destacadas: “Tecnologias Poupa-Terra 2021”, “Manual para Gestão da Água e de Resíduos do Processamento de Peixes”, O Eucalipto e a Embrapa – Quatro Décadas de Pesquisa e Desenvolvimento” e “Juventudes, Identidades e Saberes Agroecológicos”.
Treze cursos online serão ofertados, com inscrições abertas a partir de quinta-feira (29), sendo 11 gratuitos. Os conteúdos foram desenvolvidos por especialistas da Embrapa e estão disponibilizados na plataforma de ensino no portal da Embrapa, o e-campo (www.embrapa.br/e-campo).
Homenageados destacam papel decisivo do Brasil para alimentar a humanidade
Seis personalidades do agro foram homenageadas durante a solenidade do 48º aniversário da Embrapa e, além de demonstrarem o reconhecimento ao trabalho já realizado nesses anos todos, destacaram a importância da ciência para o setor, a necessidade de modernização e o olhar no futuro, principalmente para que a agropecuária brasileira se torne cada vez mais sustentável.
Governo Federal
Em seu discurso, a ministra Tereza Cristina, homenageada na categoria “Governo Federal”, reforçou esse desafio. Ela disse que o Brasil é uma potência agroambiental e que “a jóia da coroa”, como gosta de se referir à Embrapa, deverá manter seu apoio para que o Brasil continue oferecendo segurança alimentar ao país e para mais de 800 milhões de pessoas no mundo.
Tereza Cristina lembrou que, mesmo durante a pandemia, que paralisou atividades no mundo todo, a Embrapa continuou trabalhando com a agricultura movida à ciência. “Nesses dias difíceis a gente vê como a ciência é importante, como investir na ciência é importante para os países”, afirmou. Deu como exemplo as vacinas desenvolvidas por cientistas e lembrou que a Embrapa desenvolve alimentos, também fundamentais.
Após retransmitir uma breve mensagem de apoio do presidente Jair Bolsonaro, a ministra comentou algumas entregas feitas durante a solenidade, como a plataforma Aquaplus e a mitigação da seca por bactérias benéficas, que terão forte impacto nas regiões Norte e Nordeste do país. Encerrou dizendo que é preciso modernizar, “porque os tempos hoje andam muito rápido e nós precisamos estar à frente como sempre esteve nossa querida Embrapa”.
Produtor rural
Nesta categoria, o homenageado foi Paulo Roberto Bonato, que tem propriedades em Cristalina (GO) e Brasília (DF), onde apoia a produção de sementes de trigo e projetos de transferência de tecnologia. Bonato é recordista em produtividade de trigo, com quase 150 sacas por hectare. “Estou muito feliz em receber essa homenagem da Embrapa e queria agradecer às pessoas que não mediram esforços para que eu conseguisse essa produtividade”, disse.
Ele agradeceu aos pesquisadores da Embrapa, que desenvolveram uma variedade adaptada para a região e com alto potencial produtivo, à Coopa-DF (Cooperativa dos Produtores Agropecuários do Distrito Federal), que incentivou e valorizou o trigo daquela região, aos seus colaboradores que conseguiram implementar os tratos culturais necessários, e à sua família, por entender sua dedicação à agricultura.
Setor produtivo
O diretor-presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles, foi o homenageado nesta categoria. A parceria institucional com a Embrapa visa a maior inserção dos pequenos negócios rurais no mercado. Melles recordou o início de seus contatos com a empresa, já na década de 1970, e falou que poucas instituições geram tanta alegria e a sensação de missão cumprida nesse país de agricultura tropical.
“A Embrapa fez uma transformação no país sob o aspecto da agricultura, do domínio sobretudo do bioma Cerrado, enfim, deu um exemplo ao mundo de como se faz uma agricultura eficiente e competente na produção de alimentos, no desenvolvimento da ciência e da tecnologia para o bem do ser humano, afirmou”
Mérito técnico-científico
O pesquisador José Carlos Polidoro, da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), foi o homenageado na categoria Mérito técnico-científico. Ele coordena o Pronasolos (Programa Nacional de Levantamento e Intepretação de Solos). “Receber esse prêmio é motivo de extremo orgulho e me dá a certeza de que devo dividi-lo com toda a equipe da Embrapa Solos. O fato de eu receber esse prêmio por ter sido líder na articulação institucional, na formação de parcerias para construir o Pronasolos, que é o maior programa de solos do mundo tropical e que vai mudar a relação do homem com esse recurso natural fundamental para a sua existência, mostra que a Embrapa Solos está no caminho certo.” Ele também agradeceu à família.
Legislativo Federal
O deputado federal Alceu Moreira, do Rio Grande do Sul, foi escolhido por sua parceria e contribuições para o desenvolvimento da pesquisa e do agro nacional para receber a homenagem nesta categoria. Ele disse que a história do Brasil seria outra se não fosse essa empresa de pesquisa.
“Ela, na verdade, é responsável por transformar nosso país em celeiro do mundo. Ninguém vai conseguir falar da alimentação dos seus povos sem antes sentar e deixar uma cadeira para o Brasil. Somos decisivos, somos certamente do ponto de vista geopolítico, um dos países que têm maior importância para humanidade”, falou. Ele disse que esse protagonismo se deve aos produtores, ao clima, ao solo, mas principalmente à Embrapa.
Especial
Na categoria Especial, a homenagem foi para o ex-ministro da Agricultura e atual presidente da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho), Alysson Paolinelli. Indicado para o Prêmio Nobel da Paz deste ano, Paolinelli lembrou que conhece a Embrapa desde a sua criação.
“Nesta caminhada eu aprendi que a agricultura tem de ser movida à ciência. Fizemos isso juntos no Brasil e hoje, com muita honra, podemos medir os resultados deste trabalho. O Brasil deixou de ser um importador de alimentos e se transformou no maior player exportador de alimentos para a Terra, sendo hoje o sustentáculo e, sobretudo, a segurança alimentar para os povos que virão.”
Parceiros
Antes das homenagens, depoimentos gravados por importantes parceiros foram exibidos na solenidade. Deixaram seus cumprimentos o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes de Freitas, e o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins Junior. Freitas lembrou que a agropecuária brasileira é uma das mais competitivas e sustentáveis do planeta e que as iniciativas de planejamento e projeção da empresa levarão ao sucesso no futuro. Martins falou que a Embrapa colocou o Brasil numa posição de destaque mundial em relação à produção de alimentos.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Sérgio Souza, também se manifestou. Ele disse que se não fosse a Embrapa, o Brasil não seria hoje o segundo maior produtor e exportador de alimentos do planeta. “Alimento de qualidade produzido em áreas que nunca ninguém imaginou que fosse possível.”
Revolução digital
Fernando Camargo, presidente do Consad (Conselho de Administração da Embrapa), também deixou sua mensagem. Primeiro, lembrou que a ciência aplicada teve papel fundamental para que o peso da alimentação na cesta básica do brasileiro diminuísse muito. “Isso foi a maior política de Estado, talvez a maior conquista que fizemos para a população brasileira nos últimos 48 anos.”
Agora, segundo Camargo, é o momento de ajudar o Brasil a fazer a revolução da agropecuária digital, da agricultura do século 21, da agricultura de precisão, da agricultura de 5.0. “Enfim, a Embrapa tem muito a contribuir ainda com o Brasil e com o mundo, porque todos sabemos que nós conseguimos alimentar mais de 170 países e mais de um bilhão de pessoas.”
O presidente da Embrapa, Celso Moretti, fez questão de saudar todos o homenageados e destacou o trabalho do Pronasolos. “Se conhecendo apenas 5% do nosso território, o Brasil já fez essa revolução na agricultura mundial, imaginem quando o país conhecer 100% dos nossos solos. Ninguém vai segurar o Brasil”, afirmou.
Notícias
Sindirações apresenta dois novos associados
Sul Óxidos e Purefert do Brasil passam a integrar o quadro de associados da entidade, reforçando a cadeia produtiva na promoção de parceiras estratégicas.
O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações anuncia a chegada de duas novas empresas no seu quadro de associados: Sul Óxidos e Purefert do Brasil. No total, a entidade representa cerca de 90% da indústria de alimentação animal. Para Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, essa movimentação vai de encontro com um dos principais objetivos da entidade, que é dar voz para as empresas e defender os principais interesses do setor.
Com mais de 20 anos de experiência, a Sul Óxidos é referência na produção de óxido de zinco e sulfato de zinco, além da comercialização de ânodos, zinco metálico e outros metais não ferrosos. Comprometida com a excelência, a empresa foca na melhoria contínua de seus processos e na garantia da qualidade de seus produtos, atuando com responsabilidade ambiental e priorizando a redução de resíduos sólidos e efluentes, a fim de minimizar os impactos ambientais.
De acordo com Jorge Luiz Cordioli Nandi Junior, Engenheiro Agrônomo da Sul Óxidos, “a filiação ao Sindirações é vital para reforçar sua presença no setor de alimentação animal e fomentar parcerias estratégicas. A associação garante acesso a informações essenciais sobre tendências do mercado, regulamentações e práticas de excelência. Além disso, a Sul Óxidos se posiciona para defender os interesses da indústria, moldando políticas que beneficiam o segmento. A colaboração com outros líderes do setor facilita a troca de inovações e conhecimentos, fortalecendo a competitividade e a sustentabilidade da empresa nesse nicho crucial”, comenta.
Já o grupo Purefert atua como fornecedor de fertilizantes premium para clientes em todo o mundo. Com contratos estratégicos de fornecimento de longo prazo com fornecedores líderes, a Purefert está na vanguarda das mais recentes inovações em qualidade de produto e agregação de valor à cadeia de fornecimento para seus clientes. A empresa é líder de mercado em produtos à base de Fosfato.
“A associação da Purefert ao Sindirações é estratégica por proporcionar acesso a informações técnicas e regulatórias, participação em grupos de trabalho que definem tendências do mercado, suporte em questões jurídicas e tributárias, além de oportunidades de networking para parcerias e inovações. Essa conexão fortalece a competitividade e a conformidade da empresa no mercado”, afirma Thiago Janeri, trader da Purefert.
Notícias
Epagri divulga Boletim Agropecuário de Santa Catarina referente a outubro
Para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha.
A Epagri divulgou a última edição do Boletim Agropecuário, publicado mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa).
Milho
Em outubro, o preço médio mensal pago ao produtor de milho em Santa Catarina apresentou uma alta de 5,3% em relação ao mês anterior. Segundo o documento, os preços refletem a maior demanda interna pelo cereal, a entressafra no Brasil e a concorrência com as exportações.
De acordo com o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Haroldo Tavares Elias, para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha. Assim, espera-se um aumento de 11% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,24 milhões de toneladas de milho”, diz ele.
O Boletim Agropecuário traz os dados atualizados do acompanhamento das safras e do mercado dos principais produtos agropecuários catarinenses. Confira mais detalhes de outras cadeias produtivas:
Trigo
Em outubro, os preços médios recebidos pelos produtores catarinenses de trigo ficaram praticamente estabilizados, mas com uma pequena variação negativa de 0,34%. Na variação anual, em termos reais, registrou-se uma alta expressiva de 22,07%. Em todo o estado, até a última semana de outubro, cerca de 39% da área destinada ao plantio de trigo nesta safra já havia sido colhida. Para as lavouras que ainda estão a campo, 20% da área estava em fase de floração e 80% em fase de maturação.
Com relação à condição de lavoura, em 94% das áreas avaliadas a condição é boa; 5% a condição é média e, 1% a condição é ruim. A área plantada estimada é de pouco mais de 121 mil hectares, redução de 11,8% em relação à safra passada. A produtividade média estadual está estimada em 3.582kg/ha, um aumento de 60,1%. Até o momento, a expectativa é que a produção estadual deverá crescer 41,3%, chegando a aproximadamente 435 mil toneladas.
Soja
No mês de outubro, as cotações da soja no mercado catarinense apresentaram reação de 2,7% em relação ao mês anterior. No início de novembro, nos 10 primeiros dias do mês, na comparação com o preço médio de setembro, é possível perceber movimento altista de 2,6%. A menor oferta interna do produto no mercado interno tem favorecido as cotações, no entanto, fatores de baixa estão se projetando no mercado futuro.
Para essa safra, deveremos ter um aumento de 2,09% da área plantada, alcançando 768,6 mil hectares na primeira safra. A produtividade média esperada deverá crescer significativamente: a expectativa é um incremento de 8,56%, chegando a 3.743kg/ha. Com isso, espera-se um aumento de 10,8% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,87 milhões de toneladas de soja 1ª safra.
Bovinos
Nas primeiras semanas de novembro registrou-se de alta nos preços do boi gordo em relação ao mês anterior em praticamente todos os estados brasileiros. Em Santa Catarina, o preço médio estadual do boi gordo atingiu R$295,34 em meados deste mês, o que representa uma alta de 8,8% em relação ao mês anterior e de 20,3% na comparação com maio de 2023. A expectativa é de que se verifique a continuidade desse movimento de alta nas próximas semanas.
A reduzida oferta de animais prontos para abate e a elevada demanda, tanto no mercado interno quanto externo, são responsáveis por esse acentuado movimento de alta observado na maioria dos estados. A forte seca que atingiu grande parte do país, em especial a região Centro-Oeste, tem sido um fator crucial na redução da oferta.
Frangos
Santa Catarina exportou 105,5 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em outubro – queda de 0,03% em relação aos embarques do mês anterior, mas alta de 27,1% na comparação com os de outubro de 2023. As receitas foram de US 212,8 milhões – queda de 4,8% em relação às do mês anterior, mas crescimento de 32,9% na comparação com as de outubro de 2023.
De janeiro a outubro, Santa Catarina exportou 961,8 mil toneladas, com receitas de US$ 1,88 bilhão – alta de 6,7% em quantidade, mas queda de 1,6% em receitas, na comparação com os valores acumulados no mesmo período do ano passado.
A maioria dos principais destinos apresentou variação positiva, na comparação entre o acumulado deste ano e o mesmo período de 2023, com destaque, mais uma vez, para o Japão (crescimento de 35,6% em quantidade e 13,4% em valor).
Suínos
Santa Catarina exportou 68,0 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em outubro, altas de 10,6% em relação ao montante do mês anterior e de 44,8% na comparação com os embarques de outubro de 2023. As receitas foram de US$169,4 milhões, crescimentos de 12,7% na comparação com as do mês anterior e de 61,5% em relação às de outubro de 2023. Esse é o segundo melhor resultado mensal de toda a série histórica, tanto em quantidade quanto em receitas, atrás apenas de julho passado.
De janeiro a outubro, o estado exportou 595,3 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$1,39 bilhão – altas de 10,5% e de 6,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023. Santa Catarina respondeu por 56,7% das receitas e por 55,0% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.
Leite
Até setembro/24, as indústrias inspecionadas brasileiras adquiriram 18,331 bilhões de litros de leite cru, 1,2% acima dos 18,116 bilhões adquiridos no período de 2023. Essa quantidade, somada à quantidade importada, mostra que, até setembro, a oferta total de leite foi 1,6% maior do que a do mesmo período de 2023.
De janeiro a outubro/24 foi importado o equivalente a 1,888 bilhão de litros de leite cru, 7% acima dos 1,765 bilhão de litros do mesmo período de 2023.
Em novembro, houve diferentes movimentos nos preços aos produtores catarinenses: estabilidade, alta e baixa. Com isso, pelos levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio de novembro fechou em R$2,75/litro, quase idêntico ao preço médio de outubro, que ficou em R$2,76/litro.
Leia a íntegra do Boletim Agropecuário de novembro, clicando aqui.
Notícias
IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.