Notícias
Embrapa apresenta novos mapas de solos durante a COP30
Três novos mapas lançados pela Embrapa prometem apoiar políticas públicas para uso responsável do solo e da água, com foco em conservação, carbono e potencial agrícola frente às mudanças climáticas.

A AgriZone, vitrine de inovação e sustentabilidade que a Embrapa mostra durante a COP30, em Belém (PA), a partir de 10 de novembro, apresentará três mapeamentos recém-lançados que podem auxiliar políticas públicas que busquem práticas sustentáveis de manejo de solo e água no meio rural, frente aos desafios das mudanças climáticas. O mapa de erodibilidade dos solos do Brasil, o mapa de aptidão agrícola das terras do Brasil e os mapas de estoque de carbono orgânico do solo do estado do Rio de Janeiro foram elaborados sob liderança da Embrapa Solos (RJ).
O mapa de erodibilidade dos solos expressa a capacidade do terreno de resistir ao desgaste provocado pela água da chuva. A erosão hídrica é um dos principais fatores de degradação das terras em escala global, e estimar a sua ocorrência permite ao País, entre outras aplicações, apoiar a implementação de políticas públicas de controle do problema, com foco no desenvolvimento econômico sustentável no meio rural, por meio do fomento e da adoção de práticas de conservação de solo e água. O novo mapa está na escala 1:500.000, compatível para usos em nível estadual ou de grandes bacias hidrográficas.

Foto: SAA SP
O novo mapa de aptidão agrícola das terras do Brasil, também na escala 1:500.000, desenvolvido em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com aporte financeiro do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), indica o potencial das terras para uso com lavouras, em três níveis de manejo, ou para usos menos intensivos, com pastagem plantada, silvicultura ou pastagem natural. O mapa pode subsidiar o direcionamento de políticas públicas relacionadas ao uso da terra e tomada de decisão, em escala regional, para conservação e sustentabilidade da atividade agrícola. A atual versão é apresentada como uma segunda aproximação, ainda devendo passar por mais uma etapa de revisão e aprimoramento.
Já os mapas de estoque de carbono no solo do Rio de Janeiro são fruto de um acordo de cooperação técnica entre a Embrapa Solos, a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro (SEAS-RJ) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O estudo inédito gerou mapeamentos em duas profundidades, 0-20 e 30-50 centímetros, na resolução espacial de 30 metros, o que equivale a aproximadamente uma escala de 1:100.000. Na primeira profundidade (0-20 cm), foram quantificadas cerca de 189 milhões de toneladas de carbono e, na segunda (30-50 cm), aproximadamente 119 milhões de toneladas. Esses dados podem subsidiar políticas públicas e inventários em larga escala, além de fomentar o mercado de créditos de carbono no estado.
A parceria, cujo projeto foi aprovado pelo Climate Group, na chamada 2022 do Future Fund, também gerou a publicação digital “Uma visão panorâmica dos estoques de carbono nos solos do estado do Rio de Janeiro – um ativo ambiental estratégico”, que traz um conjunto de cenários que favorecem o sequestro de carbono pelo solo no estado do Rio de Janeiro, com recomendações de práticas sustentáveis de manejo do solo. O livro, que será lançado pela SEAS-RJ no início de novembro, também será apresentado no AgriZone durante a COP 30.
Sistemas Agrícolas Tradicionais

Fotos: Divulgação/Abisolo
O pesquisador Wenceslau Teixeira, da Embrapa Solos, participará de uma apresentação sobre Sistemas Agrícolas Tradicionais no Brasil, no dia 18 de novembro, a partir das 16h40, no Auditório 2 da AgriZone.
O evento irá destacar resultados parciais do projeto “Registro dos Sistemas Agrícolas Tradicionais do Alto Juruá (RSAT Alto Juruá)”, conduzido por uma equipe multidisciplinar que reúne pesquisadores da Embrapa Acre (AC), Embrapa Amazônia Ocidental (AM), Embrapa Amazônia Oriental (PA), Embrapa Solos, Universidade Federal do Acre (Ufac) e Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac). O projeto, que é coordenado pelo pesquisador da Embrapa Acre Amauri Siviero, está mapeando modos de cultivo de produtos em sistemas agrícolas tradicionais, entre eles os feijões do Vale do Juruá.
As ações do projeto RSAT Alto Juruá têm como base revelar aspectos como a segurança alimentar das comunidades ribeirinhas, sustentada pela diversidade de sistemas de cultivo tradicionais, que abrange grande variedade de espécies agrícolas. Outra característica marcante dessas práticas culturais são as manifestações e festas regionais, como a farinhada e festivais do feijão, milho, banana e coco.
Agricultura, biodiversidade e serviços ecossistêmicos
A pesquisadora Rachel Bardy Prado comandará a roda de conversa “Como conciliar agricultura, biodiversidade e serviços ecossistêmicos?”, no dia 20 de novembro, a partir das 10h, no Auditório 3 da AgriZone. Participam especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCTI), Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Cerrados (DF) e Universidade de Oxford.
O evento destacará o Relatório Agricultura, Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, lançado em 2024 pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES) em parceria com a Embrapa e mais de 40 instituições. Os especialistas irão discutir os desafios da agricultura brasileira perante as mudanças climáticas, na busca por conciliar os três pilares “Agricultura”, “Biodiversidade” e “Serviços Ecossistêmicos”.
Serão apresentadas experiências exitosas e soluções já existentes, como práticas e tecnologias sustentáveis e limpas na agricultura; mecanismos de compensação econômica; inclusão socioprodutiva e governança nacional e subnacional. A necessidade de ganhos de escala e adaptação dessas tecnologias às diferentes realidades brasileiras nos biomas será um dos pontos altos do debate.

Notícias Livre de imprevistos
Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança
O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.
Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.
Melhorando o desempenho das plantações
Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.
Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.
Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.
Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.
E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.
Segurança como aliada ao setor
Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.
Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.
Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.
Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.
A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.
Conclusão
Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.
Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.
Notícias
Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural
Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.
Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.
Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.
A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.
Notícias
Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA
Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024
Fosfatados ainda pesam
Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.
A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores
Fontes mais baratas e diluídas
O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.
Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP
O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Oportunidades para safrinha de 2026
Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos
Câmbio segue como ponto de atenção
Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais



