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Embrapa Alimentos e Territórios lança futura sede e fortalece parcerias

Unidade promove ações voltadas ao desenvolvimento territorial, com foco nos alimentos e na alimentação.

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Chefe-geral da Embrapa Alimentos e Territórios, João Flávio Veloso Silva: "A atuação com uma rede de parceiros nacionais e internacionais busca conectar as estratégias de valorização da sociobiodiversidade aos territórios alimentares e às identidades culturais" - Foto: Divulgação

Nesta segunda-feira (13), em Maceió (AL), a Embrapa Alimentos e Territórios lança a pedra fundamental da sua futura sede. Em um terreno de 16,6 hectares doado pelo governo de Alagoas e com recursos de emendas parlamentares da bancada federal alagoana, serão requalificadas e recuperadas as estruturas arquitetônicas da antiga Companhia de Fiação e Tecelagem Norte de Alagoas. No local será construída a infraestrutura para abrigar as equipes técnicas de pesquisa, inovação, comunicação e administrativa, além de complexos laboratoriais voltados para estudos relativos aos alimentos e à alimentação.

Está confirmada a presença no evento, pela manhã, dos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e dos Transportes, Renan Filho, do governador de Alagoas, Paulo Dantas, dos deputados federais Luciano Amaral (PV-AL), Paulão (PT-AL) e Rafael Brito (MDB-AL), da secretária nacional de Aquicultura, Tereza Nelma, da secretária estadual de Agricultura, Carla Dantas, da secretária municipal de Educação, Jó Pereira, da presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, além de parlamentares da bancada alagoana, dirigentes acadêmicos, institucionais e do setor privado, lideranças de movimentos sociais e autoridades políticas locais.

Para se tornar uma referência em soluções tecnológicas e sociais, agregando valor aos produtos agroalimentares brasileiros, a Embrapa Alimentos e Territórios aposta na parceria, especialmente em ações voltadas ao desenvolvimento territorial, com foco nos alimentos e na alimentação. Criado em 2018, o centro de pesquisa atua em rede com diversas instituições públicas e privadas, nas áreas de biodiversidade e patrimônio alimentar, gastronomia e turismo, alimentação saudável, circuitos curtos de produção, e sistemas agroalimentares diferenciados.  “A atuação com uma rede de parceiros nacionais e internacionais busca conectar as estratégias de valorização da sociobiodiversidade aos territórios alimentares e às identidades culturais, promovendo a inclusão social, produtiva e econômica”, afirma João Flávio Veloso Silva, chefe-geral do centro. “O objetivo é também fortalecer políticas públicas voltadas para a alimentação saudável, respeitando as especificidades culturais e regionais dos consumidores, além de apoiar os processos de produção e consumo de alimentos”, explica.

As políticas públicas de apoio à pesquisa e à inovação nessas temáticas são fundamentais na promoção do desenvolvimento sustentável dos territórios e na geração de emprego e renda. Por isso, os vários projetos coordenados pela Empresa ainda têm entre seus objetivos o papel de contribuir para a construção de programas que incentivem a inclusão socioprodutiva de agricultores familiares e a redução da insegurança alimentar.

Inovação para reduzir a insegurança alimentar

“O governador Paulo Dantas tem uma preocupação muito grande com a diminuição da insegurança alimentar e o papel do campo é fundamental nesse processo. No decorrer dos anos, a agropecuária brasileira se transformou e isso foi através das pesquisas realizadas pela Embrapa. Por isso, não podemos deixar de incentivar os pesquisadores que atuam em projetos nacionais e internacionais e que trazem inovação à agricultura e pecuária”, pontua a secretária estadual de Agricultura, Carla Dantas.

O secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Inhapi (AL), Reginaldo Silva, que representa o Fórum de Secretários Municipais de Agricultura do Alto e Médio Sertão de Alagoas, diz que a presença da Embrapa fortalece a agricultura familiar da região. “É uma satisfação ter a Embrapa como parceira, principalmente no projeto que estamos desenvolvendo aqui na região, com o propósito de melhorar os produtos, a agregação de valor e a questão da comercialização para o Programa de Aquisição de Alimentos, o PAA, e o Programa Nacional de Alimentação Escolar, o Pnae”, aponta o secretário.

A implementação, entre 2022 e 2023, de ações de promoção da segurança alimentar e nutricional e de geração de renda também contou com diversas parcerias e promoveu intensa troca de experiências entre agricultores familiares, povos indígenas e comunidades tradicionais do Semiárido brasileiro, em territórios de Alagoas, Bahia, Sergipe, Piauí e Pernambuco. Realizado no âmbito do Projeto Dom Helder Câmara, segunda fase (PDHC II), o trabalho foi coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).

Na visão de Salete Barbosa, diretora da Cooperativa Mista de Produção e Comercialização Camponesa (Coopcam), que desenvolve um projeto de cooperação técnica com a Embrapa Alimentos e Territórios, essa não é uma relação só comercial, mas envolve afetividade e ajuda mútua. “Com o aparecimento da Embrapa, vieram muitas outras instituições e muitas oportunidades”, conta. “Oportunidades de aprendizado, de qualificação dos nossos produtos e de intercâmbios”, complementa.

O projeto “Inclusão socioprodutiva de agricultores familiares camponeses do Agreste alagoano por meio do aprimoramento da produção de fermentados de jabuticaba” conta com a colaboração da Embrapa Uva e Vinho, Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Semiárido e Embrapa Meio Ambiente, além da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O objetivo é fortalecer ações de inclusão socioprodutiva voltadas à autonomia e à soberania desses agricultores, por meio da cocriação relacionada ao processamento de frutos de jabuticaba.

Novos mercados

O desenvolvimento de processo agroindustrial e de novos produtos gerados a partir do processamento da polpa de baru (Dipteryx alata) é outro tema de pesquisa coordenada pela Embrapa Alimentos e Territórios, com potencial uso para a indústria de alimentos e a gastronomia, já que busca o aproveitamento integral da matéria-prima e a agregação de valor ao resíduo do processamento das amêndoas.

São parceiros nessa iniciativa a Embrapa Agroindústria Tropical, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, a Embrapa Cerrados e o Instituto Federal de Brasília (IFB). Conta ainda com apoio do The Good Food Institute (GFI) e participação da Cooperativa de Agricultura Familiar Sustentável com Base em Economia Solidária (Copabase) e da Central do Cerrado.

Vinicius Lages, diretor-superintendente do Sebrae Alagoas, destaca a aproximação entre as instituições – Embrapa e Sebrae –, sobretudo pelas oportunidades de aproveitamento por setores de pequenos negócios. “Os desafios tecnológicos são amplos, sobretudo pelo desconhecimento dos usos de muitas espécies vegetais, mas também pela falta de interesse do mercado em agregar valor”, observa Lages. Ele lembra que, ao menos nos últimos vinte anos, inúmeros produtos alimentícios tradicionais se transformaram em produtos de alto valor, como o açaí, a tapioca e as frutas tropicais amazônicas, por exemplo.

“O café e o queijo brasileiros ganharam status de qualidade internacional e hoje ousamos também em ocupar espaços com o vinho, o azeite e o chocolate. Se fizermos uma matriz de espécies de cada bioma, veremos que ainda temos uma enorme oportunidade pela frente, razão pela qual devemos destacar a importância fundamental desta Unidade da Embrapa dedicada a pesquisar a matriz de alimentos e territórios dentro desta abordagem do agro para além das commodities”, avalia Lages.

Com foco na promoção e fortalecimento do empreendedorismo e do capital social do Sistema Participativo de Garantia (SPG) Bem Viver em Alagoas, outro projeto liderado pela Unidade visa potencializar a conformidade da produção orgânica e agroecológica e a comercialização dos produtos da agricultura familiar, principalmente em municípios alagoanos. A parceria com a Associação de Agricultores Alternativos (Aagra) consolida o SPG por meio da constituição e credenciamento do seu Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade Orgânica (Opac) junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Já o projeto “Cidades e alimentação: governança e boas práticas para alavancar sistemas alimentares urbanos circulares” estimula a troca de experiências sobre agendas alimentares urbanas entre cidades nacionais e europeias, e incentiva o engajamento de mais cidades brasileiras na implementação desses sistemas. É desenvolvido em parceria com a União Europeia, por meio dos Diálogos União Europeia-Brasil, e apoio do Instituto Comida do Amanhã e do ICLEI América do Sul.

Fonte: Embrapa Alimentos e Territórios

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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