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Embrapa Agropecuária Oeste tem novo chefe geral

Após processo seletivo, o novo gestor foi anunciado e tomou posse no dia 12 de julho

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A Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) está com novo chefe-geral, o pesquisador Harley Nonato de Oliveira. Após processo seletivo, o novo gestor foi anunciado e tomou posse no dia 12 de julho. Para assistir à solenidade, que foi transmitida ao vivo, virtualmente, clique no link https://youtu.be/h7IbreRdC4Q. Oliveira, a pedido da Diretoria-Executiva da Embrapa, estava ocupando o cargo interinamente desde fevereiro de 2020.

Na solenidade estavam presentes o presidente da Embrapa, Celso Moretti, a diretora executiva de Inovação e Tecnologia, Adriana Regina Martin, o chefe da gestão anterior, Guilherme Lafourcade Asmus e o Chefe de Gabinete da Presidência e responsável pela Seleção de Chefes Gerais das Unidades Ruy Rezende Fontes.

Além deles, integrando a equipe de gestão do Centro de Pesquisa participaram Auro Akio Otsubo, à frente da chefia adjunta de Transferência de Tecnologia, e Érica Alves da Silva Bonin, na Administração. O pesquisador Walder Antonio Gomes de Albuquerque Nunes segue na Chefia de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

Vale destacar também que participaram da cerimônia, chefes de outras unidades descentralizadas da Embrapa, representantes de associações, fundações, institutos, secretarias, do governo do estado, prefeituras, Casa Civil do DF, entre outros.

Guilherme Lafourcade Asmus

O primeiro a falar foi o pesquisador e chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste de agosto de 2013 a janeiro de 2020, Guilherme Lafourcade Asmus. “Foi um período extremamente interessante e de grandes desafios. Lembro bem que em setembro veio o primeiro decreto do governo estabelecendo cortes. Ficamos extremamente preocupados. No plano de trabalho tínhamos sonhos. Depois entendi. Foi muito bom, nos fez buscar alternativas, rever determinadas metas e objetivos. Nem por isso deixamos de fazer o que deveria ser feito”, explanou Asmus.

Ele contou que no período de sua gestão conseguiram mudar o perfil dos projetos, quando havia um excessivo número de projetos. “Conseguimos reverter isso. Redes de pesquisa interna e parceiros externos”. Também diversificaram as fontes de financiamento dos projetos de pesquisa. “Foi um período de transição e um exemplo foi o Integro, ferramenta que hoje baseia-se a nossa programação. ”

Exemplificou as parcerias, como a com o setor sucroenergético, com a Biosul, que culminou nos Seminários Cana MS. As parcerias foram fomentadas e reforçadas com outras Unidades da Embrapa. Os trabalhos realizados com a Embrapa Pantanal (javali). Mandioca e Fruticultura com o desenvolvimento das primeiras cultivares para o Centro sul do Brasil, com a Embrapa Hortaliças, com a introdução de hortaliças na Embrapa Agropecuária Oeste. “Uma série de parcerias que muito nos honraram e nos fizeram crescer”, disse o pesquisador.

Citou os trabalhos relacionados a questões regulatórias da Unidade, sendo que quem esteve à frente desse processo foi a chefe adjunta de Administração Erica Bonin. Entre eles, foi realizada a regulação fundiária da Unidade e o registro das áreas experimentais no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Além da implementação da área de gestão ambiental para regularizar os passivos e definir procedimentos para o acompanhamento das demandas da área. Foram renovadas licenças de resíduos sólidos.

Também houve a reestruturação de laboratórios que passou a trabalhar por processos e não por disciplinas, foi feito o recapeamento asfáltico, a ligação da rede de coleta à Sanesul, a construção da cerca de alambrado em Dourados e Ponta Porã. Houve a criação do Núcleo de Convênios e Contratos, não só administrativos, mas de pesquisa e de transferência de tecnologia, e reforma de prédios de campos experimentais. “Houve uma série de desafios e nós, mesmo na condição de escassez de recurso, conseguimos dar conta das principais demandas”, pontuou.

Citou algumas feiras agropecuárias que participaram como a Feira de Sementes Crioulas de Juti, Showtec, Dinapec e falou sobre a Tecnofam (Tecnologias para a Agricultura Familiar), promovida e realizada com parceiros. Na última edição, a Tecnofam contou com mais de 2800 participantes, 68 municípios presentes, vindos também do Paraguai e da Bolívia. Além disso, lembrou que MS é o estado com a segunda maior população de indígenas e são produtores. E pensando nesse público, junto com a Embrapa Pantanal, realizaram, em Miranda, a Agroecoindígena.

“Foi muito gratificante estar à frente da Embrapa Agropecuária Oeste. Gostaria de agradecer muito à diretoria da Embrapa, com todos os presidentes do qual convivi e todas as secretarias e departamentos da Sede, aos demais chefes gerais das outras Unidades; aos meus chefes adjuntos eu devo muito a vocês. Confio muito no Dr. Harley e a todos os empregados da Embrapa Agropecuária Oeste. Foi um período difícil, mas sempre contei com o auxílio de todos. Agradecer à minha família que esteve comigo em todos os momentos, à Maria do Rosário [Teixeira], amiga de longa data. É o exemplo da pessoa que fala o que às vezes você não quer escutar. Sou muito grato à Maria do Rosário. Prezo muito pelo comprometimento, justiça, ética, moral, que vejo na Dagmar. E com isso estendo esses agradecimentos a todos os empregados. Volto agora à pesquisa. Já estamos em alguns projetos. Harley, quero desejar a você votos de muito sucesso. Você tem capacidade, está com a melhor equipe para te acompanhar. Levando a agricultura aonde ela precisa estar. Paciência, tolerância e sabedoria no caminho que vocês vão encontrar pela frente”, finalizou.

Harley Nonato de Oliveira

“Desde 2013, logo que foi selecionado para chefia geral, Dr. Guilherme me fez o convite a assumir a chefe adjunta de Pesquisa & Desenvolvimento. Muito mais que trabalho, construímos uma amizade. Agradeço os ensinamentos, e toda a confiança. Inclusive, no momento que precisou se ausentar e me indicou para a interinidade. Agradeço ao presidente Celso Moretti e aos diretores que não só confiaram em mim ao me confirmar a interinidade, mas a condução para ser chefe geral. Agradecer especialmente aos meus chefes adjuntos. Vale reforçar que passamos juntos que jamais imaginávamos que estaríamos enfrentando: a pandemia. Com certeza, a nossa cumplicidade e o respeito com que nos tratamos, nos ajudam a estar passando por esse momento de forma tranquila e serena. E agradeço por terem aceito a continuar juntos nessa nova fase”, iniciou sua fala, Harley Nonato de Oliveira, o novo chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste.

Agradeceu também os analistas, assistentes, técnicos e pesquisadores por verem novas formas de cumprir a missão da Embrapa, que é viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para sustentabilidade da agricultura em benefício da sociedade brasileira. Reconheceu a interação que se tem com a diretoria, com o presidente e com as outras Unidades da Embrapa. “A facilidade do diálogo, de poder dividir, poder agregar. Somos diferentes, mas somados nos tornamos extremamente fortes”.

Agradeceu ao Rui Rezende Fontes, chefe de gabinete da presidência da Embrapa, responsável pela seleção da Embrapa Agropecuária Oeste e em seu nome a todos os que contribuíram com o processo.

Emocionado, agradeceu à sua esposa Melissa, ao seu filho Stephano, “por toda compreensão, todo o apoio e incentivo. No dia da audiência pública as datas conspiraram a favor e se deu no dia do aniversário nos 48 anos da Embrapa. E hoje tomo posse no dia do aniversário de 18 anos do meu único filho. São datas importantes e que se misturam”, relatou Oliveira.

“Hoje eu tenho a honra de estar assumindo a chefia geral da Embrapa Agropecuária Oeste. Essa Unidade que foi criada há 46 anos. Apenas dois anos após a criação da Embrapa, essa Unidade de Pesquisa estava sendo instalada em Dourados. Na época, ainda, estado de Mato Grosso. E com parceiros ajudou a fazer a revolução na agricultura brasileira, transformando o Cerrado de solos pobres em solos férteis, auxiliando na tropicalização de culturas. Desde o início preocupada com sistemas sustentáveis”, contou.

“É muito importante e temos que reconhecer os desafios enfrentados, o caminho percorrido e o engajamento de todos os colegas, as vitórias conquistadas e as derrotas que nos fizeram corrigir a rota nesses 46 anos. Não podemos esquecer de todos que trabalharam e passaram por esse desafio”. Como forma de homenagear todos esses empregados, Oliveira nomeou os ex-chefes do Centro de Pesquisa: Geraldo Augusto de Melo Filho, José Ubirajara Garcia Fontoura, Delmar  Pöttker, Décio Luiz Gazzoni, Olavo Roberto Sônego, Mário Artemi Urchei, Fernando Mendes Lamas e Guilherme Lafourcade Amus

Homenageou o colega Manoel Galdino, o qual dos 46 anos da Unidade esteve presente em mais de 45 anos. “Sempre com espírito colaborador e com sorriso. E sempre nos recebia de braços abertos. Ele nos deixou na última semana e fica aqui o nosso reconhecimento, nosso carinho a todos os seus familiares. E, ao homenageá-lo, também gostaríamos de homenagear a todos aqueles que fizeram parte dessa história e que não estão mais aqui conosco”.

O chefe geral finalizou: “Essa história precisa continuar a ser escrita e hoje eu chamo cada um dos 123 empregados para que juntos possamos continuar a escrever mais um capítulo e fazer a nossa história. Todos nós temos nossas competências e responsabilidades.  Cabe a nós construirmos pontes ligando desafios a oportunidades para desenvolver uma agricultura cada vez mais sustentável. Queremos ficar mais próximos de nossos parceiros, disponibilizando nossos ativos, buscando soluções para os principais gargalos, agregando esforços e competências. ”

Adriana Regina Martin

A diretora executiva de Inovação e Tecnologia, Adriana Regina Martin, agradeceu o pesquisador Guilherme Asmus pelo seu empenho e dedicação. E o Harley Nonato, que assumiu como interino e agora foi selecionado para atuar como chefe geral desta Unidade. Cumprimentou também os chefes adjuntos. “Desejo uma excelente gestão. A Embrapa Agropecuária Oeste é uma das dez Unidades do Centro-Oeste. É uma importante Unidade, que completou 46 anos, iniciou desenvolvendo diversas culturas do Cerrado brasileiro. É uma Unidade de grande importância localmente, para o estado e para o País. Tem contribuído muito com a pesquisa e inovação de nosso País e certamente continuará contribuindo”, comentou.

Celso Moretti

O presidente da Embrapa agradeceu o trabalho feito pelo Guilherme quando chefe geral. “Não é simples, não é trivial, não é fácil, mas precisamos de pessoas que estejam imbuídas desse espírito público, estejam motivados para assumir esse tipo de desafio. ”  Deu as boas-vindas ao Harley Nonato de Oliveira, chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste “ que, nesse ato, toma posse à frente da Embrapa Agropecuária Oeste”. E cumprimentou os chefes adjuntos da Unidade da Embrapa em Dourados. “Desejo muito sucesso, muita força, paciência, perseverança e resiliência para seguir conduzindo os caminhos da Unidade”, falou o presidente da Embrapa.

Moretti apresentou alguns dados da agropecuária, como o crescimento do PIB em 24% em 2020, a exportação para mais de 180 países, “e já alimentamos 800 milhões de pessoas. Mas nem sempre foi assim. Houve a transformação dos solos ácidos em solos férteis do Cerrado, a tropicalização da agricultura brasileira.” Citou o trigo tropical chegando aos Cerrados, com mais de 250 mil hectares de trigo produzidos no Cerrado de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.

“É uma plataforma sustentável, com agricultura de baixo carbono. A sustentabilidade impulsionando o agro brasileiro. A agricultura de baixo carbono está no centro de nossa Agenda. É muito importante dizer que o mundo todo está perseguindo essa economia de baixo carbono. Alguns já falam em uma economia neutra em carbono. A Embrapa já avançou nessa agenda, disponibilizou em 2019 a Carne Carbono Neutro. Os países estão fazendo seus compromissos de se tornarem economia carbono neutro até 2060, como é o caso da China. Até 2050, como é o caso do Brasil, da Austrália e dos Estados Unidos, e algumas companhias colocando metas até 2040, como é o caso da BRF, da JBS e Nestlé”, exemplificou.

O presidente Moretti destacou alguns dos trabalhos da Embrapa Agropecuária Oeste que contribuíram e contribuem com a agropecuária. “Primeiro, a contribuição que a Unidade vem dando ao longo dos anos com o Sistema Plantio Direto no Cerrado, mas em outras regiões também. Em Mato Grosso do Sul, a Agropecuária Oeste é pioneira na adaptação e consolidação dessa forma de se plantar, em que se mantém aprisionado o carbono no solo, mantém a umidade do solo, reduz a erosão, e contribui para a mitigação dos gases de efeito estufa”, disse.

Falou também dos trabalhos de Integração Lavoura-Pecuária que a Unidade pesquisa, citando o Sistema São Mateus como um dos exemplos, por ser um sistema que permite a produção de carne e grãos em solos arenosos. “Hoje já temos 17 milhões de hectares de ILPF no Brasil, sendo 85% disso com ILP, mas as áreas com componente florestal vêm crescendo”.

Outra pesquisa lembrada por Moretti são as ações da Embrapa Agropecuária Oeste em Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para as culturas de soja, milho, cana-de-açúcar, algodão e melancia. “O ZARC é um sistema que os bancos utilizam, o ZARC faz parte do Plano Safra. Se não fosse esse trabalho da Embrapa, não seria possível saber o que, quando, como, onde plantar no Brasil de forma competitiva e sustentável.” Lembrou das ações da Unidade para a agricultura familiar, como a Tecnofam, Feira de Tecnologias e conhecimentos para a agricultura familiar, prometendo estar presente na próxima edição.

Indicou à nova chefia que busque parcerias com outras Unidades e com o setor produtivo para que tenham ações sinérgicas e possam cumprir a Agenda da Unidade.

Em 24 meses de gestão do Presidente Moretti, já foram realizadas 22 seleções para chefes gerais de Unidades e dez processos abertos. “Isso mostra que estamos em constante movimento. É uma estratégia de renovação do quadro de gestores, de levar a Embrapa cada vez mais próxima ao agro brasileiro, é parte de ajustes que estamos fazendo na empresa para seguirmos relevantes e estratégicos”.

Finalizou dizendo ao chefe geral Harley e aos chefes adjuntos que “façam o que a Embrapa Agropecuária Oeste precisa, o que a sociedade brasileira precisa”.

Fonte: Embrapa Agropecuária Oeste

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Sindirações apresenta dois novos associados

Sul Óxidos e Purefert do Brasil passam a integrar o quadro de associados da entidade, reforçando a cadeia produtiva na promoção de parceiras estratégicas.

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Foto: Shutterstock

Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações anuncia a chegada de duas novas empresas no seu quadro de associados: Sul Óxidos e Purefert do Brasil. No total, a entidade representa cerca de 90% da indústria de alimentação animal. Para Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, essa movimentação vai de encontro com um dos principais objetivos da entidade, que é dar voz para as empresas e defender os principais interesses do setor.

Foto: Divulgação/Sindirações

Com mais de 20 anos de experiência, a Sul Óxidos é referência na produção de óxido de zinco e sulfato de zinco, além da comercialização de ânodos, zinco metálico e outros metais não ferrosos. Comprometida com a excelência, a empresa foca na melhoria contínua de seus processos e na garantia da qualidade de seus produtos, atuando com responsabilidade ambiental e priorizando a redução de resíduos sólidos e efluentes, a fim de minimizar os impactos ambientais.

De acordo com Jorge Luiz Cordioli Nandi Junior, Engenheiro Agrônomo da Sul Óxidos, “a filiação ao Sindirações é vital para reforçar sua presença no setor de alimentação animal e fomentar parcerias estratégicas. A associação garante acesso a informações essenciais sobre tendências do mercado, regulamentações e práticas de excelência. Além disso, a Sul Óxidos se posiciona para defender os interesses da indústria, moldando políticas que beneficiam o segmento. A colaboração com outros líderes do setor facilita a troca de inovações e conhecimentos, fortalecendo a competitividade e a sustentabilidade da empresa nesse nicho crucial”, comenta.

Já o grupo Purefert atua como fornecedor de fertilizantes premium para clientes em todo o mundo. Com contratos estratégicos de fornecimento de longo prazo com fornecedores líderes, a Purefert está na vanguarda das mais recentes inovações em qualidade de produto e agregação de valor à cadeia de fornecimento para seus clientes. A empresa é líder de mercado em produtos à base de Fosfato.

“A associação da Purefert ao Sindirações é estratégica por proporcionar acesso a informações técnicas e regulatórias, participação em grupos de trabalho que definem tendências do mercado, suporte em questões jurídicas e tributárias, além de oportunidades de networking para parcerias e inovações. Essa conexão fortalece a competitividade e a conformidade da empresa no mercado”, afirma Thiago Janeri, trader da Purefert.

Fonte: Assessoria Sindirações
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Epagri divulga Boletim Agropecuário de Santa Catarina referente a outubro

Para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

A Epagri divulgou a última edição do Boletim Agropecuário, publicado mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa).

Milho

Foto: Sandra Brito

Em outubro, o preço médio mensal pago ao produtor de milho em Santa Catarina apresentou uma alta de 5,3% em relação ao mês anterior. Segundo o documento, os preços refletem a maior demanda interna pelo cereal, a entressafra no Brasil e a concorrência com as exportações.

De acordo com o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Haroldo Tavares Elias, para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha. Assim, espera-se um aumento de 11% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,24 milhões de toneladas de milho”, diz ele.

O Boletim Agropecuário traz os dados atualizados do acompanhamento das safras e do mercado dos principais produtos agropecuários catarinenses. Confira mais detalhes de outras cadeias produtivas:

Trigo

Em outubro, os preços médios recebidos pelos produtores catarinenses de trigo ficaram praticamente estabilizados, mas com uma pequena variação negativa de 0,34%. Na variação anual, em termos reais, registrou-se uma alta expressiva de 22,07%. Em todo o estado, até a última semana de outubro, cerca de 39% da área destinada ao plantio de trigo nesta safra já havia sido colhida. Para as lavouras que ainda estão a campo, 20% da área estava em fase de floração e 80% em fase de maturação.

Com relação à condição de lavoura, em 94% das áreas avaliadas a condição é boa; 5% a condição é média e, 1% a condição é ruim. A área plantada estimada é de pouco mais de 121 mil hectares, redução de 11,8% em relação à safra passada. A produtividade média estadual está estimada em 3.582kg/ha, um aumento de 60,1%. Até o momento, a expectativa é que a produção estadual deverá crescer 41,3%, chegando a aproximadamente 435 mil toneladas.

Soja

No mês de outubro, as cotações da soja no mercado catarinense apresentaram reação de 2,7% em relação ao mês anterior. No início de novembro, nos 10 primeiros dias do mês, na comparação com o preço médio de setembro, é possível perceber movimento altista de 2,6%. A menor oferta interna do produto no mercado interno tem favorecido as cotações, no entanto, fatores de baixa estão se projetando no mercado futuro.

Para essa safra, deveremos ter um aumento de 2,09% da área plantada, alcançando 768,6 mil hectares na primeira safra. A produtividade média esperada deverá crescer significativamente: a expectativa é um incremento de 8,56%, chegando a 3.743kg/ha. Com isso, espera-se um aumento de 10,8% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,87 milhões de toneladas de soja 1ª safra.

Bovinos

Nas primeiras semanas de novembro registrou-se de alta nos preços do boi gordo em relação ao mês anterior em praticamente todos os estados brasileiros. Em Santa Catarina, o preço médio estadual do boi gordo atingiu R$295,34 em meados deste mês, o que representa uma alta de 8,8% em relação ao mês anterior e de 20,3% na comparação com maio de 2023. A expectativa é de que se verifique a continuidade desse movimento de alta nas próximas semanas.

A reduzida oferta de animais prontos para abate e a elevada demanda, tanto no mercado interno quanto externo, são responsáveis por esse acentuado movimento de alta observado na maioria dos estados. A forte seca que atingiu grande parte do país, em especial a região Centro-Oeste, tem sido um fator crucial na redução da oferta.

Frangos

Santa Catarina exportou 105,5 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em outubro – queda de 0,03% em relação aos embarques do mês anterior, mas alta de 27,1% na comparação com os de outubro de 2023. As receitas foram de US 212,8 milhões – queda de 4,8% em relação às do mês anterior, mas crescimento de 32,9% na comparação com as de outubro de 2023.

De janeiro a outubro, Santa Catarina exportou 961,8 mil toneladas, com receitas de US$ 1,88 bilhão  alta de 6,7% em quantidade, mas queda de 1,6% em receitas, na comparação com os valores acumulados no mesmo período do ano passado.

A maioria dos principais destinos apresentou variação positiva, na comparação entre o acumulado deste ano e o mesmo período de 2023, com destaque, mais uma vez, para o Japão (crescimento de 35,6% em quantidade e 13,4% em valor).

Suínos

Santa Catarina exportou 68,0 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em outubro, altas de 10,6% em relação ao montante do mês anterior e de 44,8% na comparação com os embarques de outubro de 2023. As receitas foram de US$169,4 milhões, crescimentos de 12,7% na comparação com as do mês anterior e de 61,5% em relação às de outubro de 2023. Esse é o segundo melhor resultado mensal de toda a série histórica, tanto em quantidade quanto em receitas, atrás apenas de julho passado.

De janeiro a outubro, o estado exportou 595,3 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$1,39 bilhão – altas de 10,5% e de 6,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023. Santa Catarina respondeu por 56,7% das receitas e por 55,0% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.

Leite

Até setembro/24, as indústrias inspecionadas brasileiras adquiriram 18,331 bilhões de litros de leite cru, 1,2% acima dos 18,116 bilhões adquiridos no período de 2023. Essa quantidade, somada à quantidade importada, mostra que, até setembro, a oferta total de leite foi 1,6% maior do que a do mesmo período de 2023.

De janeiro a outubro/24 foi importado o equivalente a 1,888 bilhão de litros de leite cru, 7% acima dos 1,765 bilhão de litros do mesmo período de 2023.

Em novembro, houve diferentes movimentos nos preços aos produtores catarinenses: estabilidade, alta e baixa. Com isso, pelos levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio de novembro fechou em R$2,75/litro, quase idêntico ao preço médio de outubro, que ficou em R$2,76/litro.

Leia a íntegra do Boletim Agropecuário de novembro, clicando aqui.

Fonte: Assessoria Agência de Notícias SECOM
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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