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Embora moderada, La Niña coloca produtor em alerta

Perspectivas apontam chuvas abaixo da média e temperaturas mais elevadas nas regiões Norte, Noroeste e Norte Pioneiro do Paraná.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Ainda sob neutralidade climática, a América do Sul deve passar a sofrer influência do La Niña a partir de setembro. O fenômeno climático, que se caracteriza pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, altera o regime de chuvas no continente. No Paraná, as perspectivas colocam o produtor rural em alerta: as previsões são de chuvas abaixo do normal, principalmente nas regiões Noroeste, Norte e Norte Pioneiro do Estado. As temperaturas, por sua vez, tendem a ficar acima das médias históricas.

O cenário foi esmiuçado ao longo da live “Panorama climático em ano de La Niña”, promovida pelo Sistema Faep, pelo meteorologista de Marcelo Seluchi, que, desde 2011, coordena a Sala de Situação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Em sua apresentação, o especialista apontou tendência de La Niña de intensidade fraca ou moderada até março de 2025. Assim, é possível que outros fenômenos também interfiram nas condições meteorológicas da América do Sul. “Não é uma situação crítica, mas que requer certa preocupação ou pelo menos um certo acompanhamento por parte do produtor rural”, pondera o meteorologista do Cemaden, Marcelo Seluchi.

O meteorologista aprofundou sua explanação, exibindo mapas e modelos meteorológicos que mostram as previsões de chuvas e de temperaturas para o Brasil. O Paraná se encontra em uma “área de transição”, entre as condições que vão imperar sobre a região Sul e sobre o interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Assim, a região Centro-Sul do Paraná deve ter perspectivas mais neutras, enquanto a faixa Norte – que abrange as regiões Noroeste, Norte e Norte Pioneiro – devem ter chuvas abaixo da média.

Este cenário acende um alerta nestas regiões do Paraná, que já têm algumas áreas de seca estabelecida, com pontos de atenção em que mais de 90% das pastagens e/ou lavouras, que sofrem as consequências da estiagem. “Não temos previsão de chuvas acima da média. A situação de seca, que está aparecendo na faixa Norte, não tem previsão de se reverter. Inclusive, é uma área que deve ter chuvas abaixo da média”, ressalta Seluchi. “Temos uma ‘seca meteorológica’ na faixa Norte do Paraná”, acrescentou.

Outro ponto mencionado pelo meteorologista é que o La Niña favorece a ocorrência de fenômenos intensos, como ondas de frios e de calor e a má distribuição de chuvas, com concentração das precipitações em períodos muito curtos – o que pode ser ruim para a agricultura. Até meados de setembro, as precipitações devem ficar abaixo da média. “Já as temperaturas devem ficar dentro da média. Não devemos ter, nesse período de curto prazo, ondas de calor prolongadas que causem impacto na agricultura”, observou Seluchi.

Presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette: “Nossos produtores têm que fazer a análise e pensar no seguro rural, que é uma garantia” – Foto: Divulgação/Faep 

O presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette, enfatizou a necessidade de o produtor rural estar atento às perspectivas climáticas para planejar seu ano-safra, preferencialmente protegendo sua produção com o seguro rural – que é uma das bandeiras da entidade. “Nossos produtores têm que fazer a análise e pensar no seguro rural, que é uma garantia. Temos um dever de casa, que é pensar nessas condições e planejar a safra”, disse.

Há décadas, o Sistema Faep tem solicitado o aumento dos recursos junto ao governo federal para subsidiar a contratada do seguro rural pelos agricultores.

Fenômeno
Seluchi detalhou como se dá a atuação do La Niña. Os ventos de Leste – chamados de alísios – deslocam água do Oceano Pacífico, na costa da América do Sul, provocando o resfriamento da temperatura das águas. No outro extremo do oceano, próximo à Austrália, tendem-se a forçar chuvas intensas. Na América do Sul, as precipitações diminuem e tendem a se concentrar no norte do continente.

Além disso, o meteorologista traçou um retrospecto do clima, apresentando dados históricos. Um dos pontos de atenção diz respeito às emissões de gás carbônico (CO2). Nos últimos 30 anos, ocorreram 52,7% das emissões. Nos países desenvolvidos, como Estados Unidos e na Europa, o CO2 provém sobretudo da queima de carvão, de petróleo e de gás. No Brasil, as emissões decorrem principalmente por ações relacionadas ao desmatamento e a queimadas.

Um dos efeitos diretos provocados pelas mudanças climáticas é a redução da temporada de chuvas: o período de precipitações encurtou 25 dias ao longo dos últimos 40 anos. Em contrapartida, a temperatura média aumentou 1,5ºC. Pode parecer pouco, mas esse aquecimento contempla eventos extremos, com ondas de calor intensas e com períodos anômalos de concentração de chuvas.

Fonte: Assessoria Sistema Faep

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Brasil e Japão assinam memorando para fortalecimento da cooperação agrícola

Objetivo é ampliar as relações comerciais entre os países.

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Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro e Ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto - Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião bilateral realizada entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto, foi assinado o Memorando de Entendimento para fortalecimento da cooperação entre os dois países no âmbito da agricultura.

O objetivo é tratar da expansão das relações comerciais entre os países, bem como o suprimento estável de grãos do Brasil ao Japão e a promoção de sistemas agroalimentares sustentáveis.

O encontro aconteceu na tarde desta última sexta-feira (13), em Chapada dos Guimarães (MT), após o encerramento da Reunião Ministerial do Grupo de Trabalho de Agricultura do G20.

“Temos muito orgulho da relação Brasil Japão. Temos grandes oportunidade na cooperação e produção de alimentos e energias renováveis”, pontuou o ministro Carlos Fávaro na reunião.

O ministro japonês ressaltou a importância da assinatura do memorando, destacando que a medida atende a diversos aspectos da agropecuária para ambos os países.

Ele aproveitou a ocasião para parabenizar o Brasil pelo sucesso na organização do G20.

Além da assinatura do Memorando de Entendimento, a reunião tratou de temas como a transição energética. Em missão no Japão, Fávaro vistou a Toyota para tratar da fabricação de carros movidos a combustíveis renováveis no Brasil, fortalecendo a agroindústria brasileira e contribuindo como a sustentabilidade do planeta.

Fonte: Assessoria Mapa
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Brasil e Azerbaijão assinam memorando de entendimento para a pecuária e saúde animal

Acordo foi firmado na última sexta-feira (13) durante reunião bilateral no G20 Agro.

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Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov - Foto: Divulgação/Mapa

Os ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov, respectivamente, assinaram Memorando de Entendimento para a cooperação em pecuária e saúde animal nesta sexta-feira (13), durante uma reunião bilateral no G20 Agro.

A cooperação abrange o desenvolvimento da pecuária, saúde animal e matérias-primas; fomento à horticultura; e gestão sustentável do agronegócio e sustentável territorial, além de áreas como genética, biotecnologias de processamento e colheita, aprimoramento de maquinário agrícola e controle de pragas e doenças.

Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro destacou a importância do compartilhamento de ciência e tecnologia e afirmou que o acordo possibilitará avanços comerciais. “Vamos avançar na implementação dessas cooperações. Este é um momento muito oportuno para firmar novas oportunidades comerciais que sejam benéficas e equilibradas para ambos os países”, disse Fávaro.

 

Já o ministro Mammadov ressaltou a relevância da assinatura do memorando, destacando a importância da cooperação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele mencionou que, nesta sexta-feira, houve uma reunião com a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, na qual foram discutidas parcerias para pesquisa sobre mudanças climáticas. “Entendemos a importância da colaboração e da pesquisa nesse campo. No que diz respeito às relações diplomáticas e à cooperação agrícola, nosso compromisso é firme”, afirmou o ministro do Azerbaijão.

Neste ano, a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) acontecerá em novembro, na capital do Azerbaijão, Baku. O evento foi destacado pelos ministros como um marco importante, especialmente por anteceder a COP30, que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA).

Fonte: Assessoria Mapa
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No G20 Agro, Brasil e Portugal firmam memorando para produtos agroalimentares

Foco será garantir o cumprimento das normas de segurança e qualidade

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Reunião bilateral - Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro do Grupo de Trabalho da Agricultura do G20, no estado de Mato Grosso, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, aproveitou a oportunidade para realizar uma série de reuniões bilaterais estratégicas. Os encontros ocorreram nesta sexta-feira (13), no município de Chapada dos Guimarães (MT).

Os acordos visam fortalecer as relações bilaterais na agricultura e viabilizar projetos conjuntos de cooperação técnica para promover a evolução sustentável dos sistemas produtivos.

Em encontro com o ministro da Agricultura e Pescas de Portugal, José Manuel Fernandes, foi assinado um Memorando de Entendimento (MoU) entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério da Agricultura e Pescas de Portugal (MAGRIP). O documento regula o controle de segurança e qualidade dos produtos agroalimentares, promovendo a cooperação institucional e técnica entre os dois países.

“Esta assinatura demonstra o equilíbrio nas relações e reciprocidade entre Brasil e Portugal, além de abrir portas para novos diálogos e parcerias. Temos outros setores que também podemos explorar em conjunto”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

Na ocasião, também foram discutidos pontos de interesse mútuo. O Brasil solicitou o apoio de Portugal nas negociações sanitárias e fitossanitárias junto à União Europeia.

Cooperação Internacional

Índia

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro e o ministro da Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores da Índia, Ramnath Thakur, reforçaram o interesse e o compromisso de ambos os países em continuar o diálogo em prol dos produtores, por meio de cooperações técnicas. “O Brasil tem grande interesse em manter e ampliar as relações comerciais com a Índia. Nosso objetivo é desenvolver capacidades mútuas na área agropecuária, especialmente no setor de pulses e pecuária leiteira”, afirmou Fávaro.

O ministro indiano convidou Fávaro a conhecer os sistemas agrícolas da Índia, ressaltando que “com certeza o ministro ficará surpreso”.

Emirados Árabes Unidos

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro com a ministra das Mudanças Climáticas e Meio Ambiente dos Emirados Árabes, Amna Al Dahhak Al Shamsi, e sua delegação, o ministro Carlos Fávaro apresentou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Fávaro reafirmou o compromisso do Brasil com a sustentabilidade.”Estamos com um objetivo muito claro de zerar o desmatamento. Como? Por meio desse programa que criamos para a recuperação de pastagens degradadas”, disse Fávaro.

A ministra Shamsi destacou a importância da pesquisa para o desenvolvimento de práticas sustentáveis. “Temos avançado nas pesquisas em colaboração com universidades, o Ministério das Mudanças Climáticas e centros de pesquisa dos Emirados Árabes. É essencial para nós garantir que estamos desenvolvendo culturas climaticamente inteligentes que possam prosperar”, afirmou.

Itália

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em continuidade às reuniões bilaterais, o ministro Carlos Fávaro se encontrou com o ministro da Agricultura, Soberania Alimentar e Florestas da Itália, Francesco Lollobrigida, para debater cooperações técnicas e inovações tecnológicas entre os países.

“O G20 Agro foi um grande evento”, afirmou Lollobrigida. “Como presidente do G7, a Itália vê os temas abordados no G20 no Brasil como um ponto de convergência importante”.

Reino Unido

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião com Daniel Zeichner, ministro de Estado para o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) do Reino Unido, o ministro Fávaro reiterou a satisfação do Brasil em ter o Reino Unido como parceiro para alcançar o objetivo de erradicar a fome, promover a segurança alimentar e melhorar a nutrição global por meio de uma agricultura sustentável, com alta produtividade e resiliência às mudanças climáticas.

Fonte: Assessoria Mapa
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