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Embaixadora avalia potenciais parcerias entre RS e Coreia do Sul

Em março, o embaixador coreano no Brasil, Lim Ki-Mo, esteve na região Central do Brasil e pôde conhecer in loco lavouras, pecuária e silvicultura.

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. A diplomata vem fazendo um levantamento dos segmentos de interesse de cada estado brasileiro para trabalhar possibilidades de parceria com os sul-coreanos, principalmente nas áreas da indústria, tecnologia, inovação e agronegócio

A embaixadora Márcia Donner Abreu, secretária de Ásia, Pacífico e Rússia do Ministério das Relações Exteriores, que vai assumir nas próximas semanas o comando da Representação Diplomática do Brasil em Seul, capital da Coreia do Sul, participou, na última sexta-feira (20), de reunião virtual, com secretários de Estado e autoridades gaúchas. A diplomata vem fazendo um levantamento dos segmentos de interesse de cada estado brasileiro para trabalhar possibilidades de parceria com os sul-coreanos, principalmente nas áreas da indústria, tecnologia, inovação e agronegócio. A reunião foi conduzida pela secretária de Relações Federativas e Internacionais (Serfi/RS), Patrícia Kotlinski.

Durante sua fala, a embaixadora Márcia ressaltou que grande parte do planeta, sobretudo a Europa, vem perdendo vitalidade econômica e que a Ásia é o futuro. Mencionou que a Coreia do Sul vive um processo acelerado de crescimento nas últimas décadas, o que chamou de “milagre econômico”. Pontuou ainda três elementos estratégicos no país: valorização da educação e formação de recursos humanos; internacionalização dos seus setores produtivos e inovação tecnológica.

Nos últimos anos um acordo comercial vem sendo negociado entre Brasil e Coreia do Sul. Segundo a diplomata, o setor do agronegócio vê como muito positiva esta construção. “A Coreia é nosso terceiro maior parceiro comercial na Ásia, depois de China e Índia, que são imensamente mais populosos. Apesar disso, temos menos de 1% do comércio total da Coreia. É evidente que este acordo vai fazer diferença”, afirmou.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Domingos Velho Lopes, ressaltou que a Coreia do Sul é grande vitrine para a entrada de produtos brasileiros no leste asiático, assim como os Emirados Árabes Unidos deram visibilidade ao ingresso e consolidação do mercado brasileiro e gaúcho na região geopolítica do Oriente Médio. “No acordo comercial, temos focado muito nas proteínas animais, mas podemos chegar a um portfólio de mais de 250 produtos. E aí entra o Rio Grande do Sul, que é um Estado com uma diversidade gigantesca de produtos e que atinge todos os mercados”, pontuou o titular da Seapdr.

Lopes informou que, em março, o embaixador coreano no Brasil, Lim Ki-Mo, esteve na região Central do Brasil e pôde conhecer in loco lavouras, pecuária e silvicultura. “Ele tem consciência de como é o setor agro brasileiro e isto nos dá competitividade na conquista e consolidação”, avaliou o secretário, ao alertar que as autoridades sul-coreanas estão atentas se o setor agropecuário brasileiro respeita a legislação vigente no país, oferece segurança alimentar e atende os requisitos sanitários. “Observamos que a questão sanitária tem que andar em paralelo com as questões tarifárias e de portfólio de produtos na construção do acordo comercial”, disse. “O Rio Grande do Sul está apto a atender muito fortemente a Coreia. Temos o melhor status sanitário e selos internacionais para consolidar estes mercados”, acrescentou Lopes.

O secretário de Parcerias, Leonardo Busatto, falou sobre o programa de desestatização de empresas (saneamento e energia) e parcerias público/privadas que podem vir a despertar o interesse internacional, principalmente de rodovias, aeroportos, parques ambientais, construção de presídios e revitalização do Cais Mauá. Já o secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, Alsones Balestrin, informou que o Rio Grande do Sul está investindo na área de semicondutores e que essa cadeia produtiva pode interessar a grandes grupos empresariais da Coreia do Sul. Balestrin também manifestou interesse de que startups do país asiático participem da próxima South Summit, em 2023, e de que sejam retomados o Fórum RS-Coreia do Sul de Ciência, Tecnologia e Inovação e o intercâmbio universitário.

A secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, e o secretário-chefe adjunto para Assuntos Administrativos e Subchefe-Geral da Casa Civil, Paulo Roberto Pereira, focaram no desenvolvimento da tecnologia do hidrogênio verde e na descarbonização do Estado. Marjorie acredita que o RS e a Coreia do Sul também podem firmar parcerias nas áreas de saneamento e de transição energética, na exploração do grande potencial que o Estado tem de produção de energia limpa, especialmente eólica e solar. O secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Joel Maraschin, reforçou que o RS retomou o poder de investimento e que o Governo vem apresentando as oportunidades e os potenciais do Estado no exterior, inclusive em feiras internacionais.

Patrícia Kotlinski enfatizou a relevância dessa aproximação entre RS e Coreia do Sul, por intermédio do Itamaraty, e colocou a SERFI à disposição para a articulação de eventuais parcerias. “Na reunião de hoje falamos sobre pautas importantes para nosso Estado e descobrimos que existem muitas portas que podem ser abertas na Coréia do Sul para nós, gaúchos”, disse.

Fonte: Assessoria

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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