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Em visita à Lar, Ricardo Santin anuncia recorde de exportação de proteína animal
Levantamento da ABPA revelou que as exportações de carne de frango do Brasil bateram recorde em fevereiro de 2025, com 468,4 mil toneladas embarcadas, um crescimento de 17,9% em relação ao mesmo período do ano anterior quando foram registradas 397,2 mil toneladas.

Em visita ao Centro Administrativo da Lar Cooperativa, na manhã da última terça-feira (11), o presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Ricardo Santin concedeu uma coletiva de imprensa onde anunciou o aumento significativo das exportações brasileiras de proteína animal no mês de fevereiro, com destaque para o crescimento de 17,9% na carne de frango e de 17% na carne suína, um recorde para o período analisado.
“A demanda por proteína animal no mundo aumentou e o cenário é muito favorável para o Brasil. De modo geral, questões sanitárias têm exercido forte influência no mercado internacional e o nosso país está livre de influenza aviária e da peste suína africana, duas doenças com muitas incidências de casos confirmados em todos os cantos do mundo. Nosso trabalho preventivo é exemplar e tem aberto oportunidades de negócios para o Brasil”, afirmou Ricardo Santin.

O presidente da ABPA destacou a orientação contínua para garantir que o Brasil permaneça livre de doenças que possam prejudicar a produção de proteína animal. “Precisamos manter nossas práticas, com os produtores seguindo rigorosamente as orientações técnicas para proteger a produção. Devemos fazer o que sempre foi feito. O Brasil se destaca em relação a outros países que enfrentam dificuldades no controle dessas doenças e o desempenho das exportações até o momento indica que as projeções iniciais serão superadas e teremos um excelente ano de 2025”, avaliou Ricardo Santin.
Carne de Frango
O levantamento da ABPA revelou que as exportações de carne de frango do Brasil bateram recorde em fevereiro de 2025, com 468,4 mil toneladas embarcadas, um crescimento de 17,9% em relação ao mesmo período do ano anterior quando foram registradas 397,2 mil toneladas. O volume considera todos os produtos, in natura e processados, e foi maior resultado alcançado dentro do período analisado.
O resultado em dólares das exportações de carne de frango registrou um aumento ainda mais significativo, de 23,1%. Em fevereiro deste ano, as exportações totalizaram US$ 870,4 milhões, superando os US$ 707 milhões do mesmo período do ano anterior.
As exportações acumuladas nos meses de janeiro e fevereiro deste ano atingiram 911,4 mil toneladas, superando em 13,6% o volume registrado no primeiro bimestre do ano passado, que foi de 802,2 mil toneladas. Em termos de receita, o crescimento foi ainda mais expressivo: US$ 1,696 bilhão neste ano, contra US$ 1,390 bilhão no ano anterior, representando um aumento de 22%.
Em fevereiro, a China liderou as importações de carne de frango do Brasil, com 49,6 mil toneladas, um aumento de 18,1% em relação ao ano anterior. O estado do Paraná segue como maior exportador de carne de frango do país, com 186 mil toneladas exportadas em fevereiro (+15,9% em relação ao mesmo período do ano passado), seguido por Santa Catarina, com 106,6 mil toneladas (+15,5%).
Carne Suína
Conforme o levantamento da ABPA, esse ritmo de crescimento também esteve presente nas exportações brasileiras de carne suína que registraram um recorde para o mês de fevereiro. Incluindo produtos in natura e processados, as exportações atingiram 114,4 mil toneladas. Este volume representa um crescimento de 17% em comparação com as 97,8 mil toneladas exportadas no mesmo período do ano passado.

Presidente da ABPA, Ricardo Santin: “Nosso trabalho preventivo é exemplar e tem aberto oportunidades de negócios para o Brasil”
Em termos de receita, as exportações de carne suína registraram um aumento significativo de 32,6% em fevereiro deste ano, totalizando US$ 272,9 milhões, em comparação com os US$ 205,7 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. Já no comparativo do primeiro bimestre do ano, as exportações de carne suína aumentaram 11,6%, totalizando 220,4 mil toneladas, em comparação com 197,5 mil toneladas no mesmo período de 2024.
Filipinas seguem como principais destinos das exportações de carne suína do Brasil, com 23 mil toneladas em fevereiro (+72% em relação ao ano anterior).
Visita à Lar Cooperativa
O presidente da ABPA cumpre agenda no Paraná com uma série de encontros preparatórios para a reunião orçamentária da associação e definir detalhes da assembleia geral marcada para o mês de abril. Em Medianeira (PR), além de atender a imprensa local, Ricardo Santin se reuniu com o diretor-presidente da Lar Cooperativa e presidente do Conselho Diretivo da ABPA, Irineo da Costa Rodrigues.
Durante o encontro, lideranças da Lar Cooperativa assistiram a uma apresentação, conduzida por Ricardo Santin, que detalhou os principais números alcançados no primeiro bimestre do ano, além da análise do cenário atual e projeções para o desempenho do mercado interno e externo.

Notícias
Brasil explora inovação agrícola na Coreia do Sul
Delegação visita LG e CJ Bio para conhecer tecnologias de bioinsumos e soluções sustentáveis que podem transformar o futuro do agro brasileiro.

Em missão oficial à Coreia do Sul, a delegação brasileira liderada pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Goulart, realizou, na segunda-feira (24), visitas técnicas a fábricas e centros de pesquisa das empresas LG e CJ Bio.
A agenda teve como objetivo aprofundar a cooperação entre os dois países nas áreas de inovação em agrotóxicos, bioinsumos e tecnologias voltadas à agricultura sustentável, com foco no desenvolvimento de produtos mais modernos, seguros e eficientes.
Para o secretário Goulart, as visitas reforçam o interesse mútuo do Brasil e da República da Coreia em ampliar a parceria técnica e comercial no setor agropecuário. “A agricultura brasileira é baseada em inovação. Somos a potência que somos por conta da inovação. Por isso, estreitar relações entre os países é essencial para manter a competitividade do agro”, afirmou.
Compõem a delegação pelo Mapa o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, José Victor Torres, e a coordenadora de Registro, Tatiane Nascimento. Pela Anvisa, participam a gerente-geral de Toxicologia, Cassia Fernandes, a gerente de Avaliação de Segurança Toxicológica, Marina Aguiar, o gerente de Produtos Equivalentes, Juliano Malty e a assessora da Terceira Diretoria, Letícia Filier.
Visita ao parque de inovações da LG
Na LG, a delegação conheceu a estrutura global do grupo, que atua em setores como eletrônicos, telecomunicações, química e soluções para agricultura. A empresa apresentou sua visão de gestão baseada em inovação, sustentabilidade e governança, além dos investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento.
A LG também destacou o papel da LG Chem e da FarmHannong, divisão agrícola líder na Coreia em proteção de cultivos, sementes e fertilizantes. A companhia reforçou o interesse em ampliar sua atuação no Brasil e dar continuidade às parcerias com o Mapa e a Anvisa.
CJ Bio apresenta avanços em biotecnologia e soluções sustentáveis
A delegação visitou ainda a CJ Bio, referência mundial em biotecnologia aplicada à agricultura, nutrição e biomateriais. A empresa apresentou seus laboratórios e plataformas de desenvolvimento de microrganismos, fermentação, purificação e produção de bioinsumos.
Foram demonstradas tecnologias voltadas à produção de inoculantes, pesticidas e bioestimulantes, com foco em soluções de baixo impacto ambiental, redução de emissões e recuperação de solos. A CJ Bio também reforçou o interesse em desenvolver produtos biológicos para soja, milho e outras culturas estratégicas para o Brasil.
Colunistas
Saiba por que fungos e nematoides seguem tirando bilhões do agro
Organismos invisíveis avançam silenciosamente sobre as raízes, derrubam a produtividade e já geram prejuízos acima de R$ 35 bilhões por ano, enquanto a biotecnologia ganha espaço no manejo.

No agronegócio brasileiro, algumas das maiores ameaças à produtividade estão escondidas sob os nossos pés. Fungos e nematoides do solo são organismos microscópicos que, muitas vezes, sem darem sinais aparentes, comprometem as raízes, reduzem a absorção de água e nutrientes e minam o vigor das plantas. Quando os sintomas se tornam visíveis, os prejuízos já estão instalados.
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), doenças fúngicas radiculares, como as causadas por Rhizoctonia, Fusarium e Sclerotium, podem permanecer no solo por longos períodos graças às suas estruturas de resistência, dificultando o controle e impactando culturas como soja, milho, feijão e hortaliças.

Artigo escrito por Bruno Arroyo, engenheiro agrônomo, com pós-graduação em Agronegócio.
Entre os inimigos invisíveis do solo, os nematoides ocupam lugar de destaque. Esses vermes microscópicos parasitam as raízes, formando galhas ou causando lesões que reduzem a eficiência do sistema radicular. Os reflexos são diretos: menor absorção de nutrientes, estresse hídrico precoce e queda na produtividade.
Pesquisas da Embrapa apontam que áreas infestadas por Pratylenchus brachyurus (nematoide das lesões radiculares) podem ter perdas médias de 21% na soja, o equivalente a 12 sacas por hectare. Além das evidências experimentais, estimativas da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN) indicam que os prejuízos anuais no agro superam R$ 35 bilhões, sendo cerca de R$ 16,2 bilhões apenas na soja.
O desafio do manejo
O controle de nematoides e doenças fúngicas é particularmente complexo porque não existe uma solução única. A própria Embrapa recomenda o manejo integrado, combinando práticas, como rotação de culturas com espécies não hospedeiras, para reduzir a população de patógenos no solo; o uso de cultivares resistentes, quando disponíveis; adubação equilibrada e correção do solo, que fortalecem as defesas naturais da planta; e o controle biológico, por meio de microrganismos benéficos (bactérias e fungos), que competem com fungos patogênicos e estimulam o crescimento vegetal. Essas práticas, quando aplicadas em conjunto, aumentam a resiliência do sistema produtivo e reduzem a dependência exclusiva de defensivos químicos.
Biotecnologia como aliada

Foto: SAA SP
A biotecnologia vem se consolidando como parceira estratégica do produtor. O uso de bioinsumos, seja via aplicação direta ou tecnologia On Farm, permite ampliar populações de microrganismos benéficos e fortalecer a saúde do solo.
Já desde 2023, dados da Spark Inteligência Estratégica citados pela Embrapa, indicam que o uso de bionematicidas no Brasil ultrapassou o de nematicidas químicos em importantes culturas. Na soja, os produtos biológicos já representavam cerca de 94% do mercado de nematicidas, enquanto no milho esse índice chegava a 100%, consolidando a liderança dos biológicos no controle de nematoides.
Esse movimento continua se ampliando em outras cadeias produtivas. Levantamento da Kynetec mostra que, em 2024, mesmo com a retração de 18% no mercado de defensivos para cana-de-açúcar, os produtos de matriz biológica já respondiam por 7% do total financeiro do setor, com bionematicidas e bioinseticidas representando 75% desse segmento. Esses números confirmam que a biotecnologia deixou de ser apenas uma alternativa e passou a ocupar papel central nas estratégias de manejo do solo e de controle de nematoides no agronegócio brasileiro.
Quando adotamos práticas integradas e combinamos biotecnologia com as recomendações científicas, damos passos importantes para preservar a produtividade e a sustentabilidade do agro. Em um cenário de custos crescentes de insumos, pressão por sustentabilidade e exigência de maior eficiência, deixar de lado esses inimigos invisíveis também significa renunciar margens que fazem diferença no resultado da safra.
A boa notícia é que hoje temos conhecimento científico e tecnologias biológicas robustas para transformar esse desafio em oportunidade. O futuro do agronegócio passa pela capacidade de unir ciência, inovação e sustentabilidade. Não se trata apenas de controlar patógenos, mas de preservar o potencial produtivo de cada hectare, garantindo alimento de qualidade e competitividade para o Brasil no cenário global.
Notícias 02, 03 e 04 de dezembro
Dia de Campo da C.Vale estreia formato antecipado em dezembro
Mudança busca evitar conflito com a colheita de soja e reforça a participação dos produtores.

Para evitar a coincidência com o início da colheita de soja no Oeste do Paraná, a C.Vale decidiu antecipar seu principal evento técnico. A primeira edição do Dia de Campo no novo formato será realizada nos dias 02, 03 e 04 de dezembro, no Campo Experimental da cooperativa, em Palotina (PR).
A programação inclui lançamentos de máquinas e implementos com condições diferenciadas de compra, além da apresentação de novilhas leiteiras, gado de corte, caprinos e ovinos. O evento também mostrará resultados de trabalhos técnicos conduzidos no local. Entre as novidades estão concurso de receitas, maior interação com o público, ações ampliadas das empresas parceiras e mais áreas de sombra para quem aguarda o deslocamento nos ônibus internos.
A edição realizada em janeiro de 2025 reuniu 12 mil visitantes nas proximidades do complexo agroindustrial da C.Vale.
Antecipação estratégica
A decisão de mudar o calendário para dezembro ocorreu porque o plantio mais cedo das lavouras vinha aproximando o início da colheita da soja do período tradicional do evento, em meados de janeiro. A sobreposição afetava a participação dos produtores, levando a cooperativa a estabelecer, a partir de 2025, a realização do Dia de Campo sempre no último mês do ano.
Raio X – Dia de Campo 2025/26
147 empresas participantes
45 cultivares de soja
58 híbridos de milho
16 cultivares de mandioca
65 parcelas de agroquímicos
17 parcelas de produtos biológicos
63 parcelas de programas nutricionais
17 parcelas com tratamento de sementes
14 parcelas de tecnologia de aplicação
16 espécies forrageiras
9 parcelas de plantas de cobertura de solo
4 instituições de pesquisa
1 instituição de ensino
4 instituições financeiras



