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Em São Paulo, ministro destaca boas práticas da pecuária
Genética do gado Nelore também foi mencionada durante a cerimônia de entrega do ‘Oscar’ da pecuária nacional.
O ministro de Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, voltou a destacar na noite desta segunda-feira (11) a característica marcante dos produtores rurais brasileiros: a adoção de boas práticas agropecuárias. Segundo ele, nenhum outro país do mundo pode se orgulhar de ter 98% dos produtores adotando práticas sustentáveis no campo. O número foi fornecido pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. De acordo com ela, apenas 2% dos produtores deixam de cumprir a legislação.
O discurso de Fávaro ocorreu na Nelore Fest, em São Paulo, onde ele foi homenageado como Liderança de Destaque do Agronegócio Nacional pela Associação de Criadores de Nelore do Brasil (ACNB). O prêmio é reconhecido como o “Oscar” da pecuária nacional.
O ministro disse que “os produtores respeitam o Código Florestal brasileiro, adotam tecnologias que permitem praticar uma pecuária e uma agricultura sustentáveis e que essa conduta é motivo de muito orgulho para o país”. Fávaro mencionou também o avanço da genética brasileira e o papel do país como um dos principais exportadores de carne bovina no mundo.
A pecuária nacional é um setor primordial para a sociedade e para a economia do Brasil. Segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal de 2022 (PPM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ramo pecuário terminou o ano de 2022 com um crescimento de 2,1%, conforme o PPM 2022 e o valor de produção gerado cresceu 17,5% em comparação ao ano anterior, com o valor de R$116,3 bilhões.
Ainda de acordo com o PPM, existem mais cabeças de gado do que pessoas. Em números, são 234,4 milhões do animal no Brasil.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, recebeu o troféu de Liderança Política de Destaque Nacional e disse que os produtores brasileiros precisam de segurança jurídica para continuar investindo.
Victor Miranda, presidente da ACNB, falou da relevância da raça Nelore para o país, lembrando que ela responde por cerca de 80% do rebanho nacional. “O nelore se adaptou muito bem às condições tropicais, vem sendo melhorado geneticamente ao longo dos anos, ganhando precocidade e qualidade”, disse.
Fávaro esteve acompanhado do superintendente de Agricultura e Pecuária no Estado de São Paulo, Guilherme Campos.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020
Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.
Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.
O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.