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Em parceria com Grupo VPJ, pesquisa coordenada pela USP comprova propriedades benéficas à saúde em “carnes gourmet”

Além de ser a mais rica fonte de ferro entre todos os alimentos, sua gordura também é capaz de reunir ácidos graxos responsáveis pelo controle do colesterol e doenças cardiovasculares

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O desenvolvimento econômico vivido pelo Brasil nas últimas décadas tem levado um crescente número de consumidores a investir mais na qualidade dos alimentos postos à mesa. No caso da carne bovina, essa melhor qualidade é caracterizada por um teor de gordura mais caprichado nos cortes de maior valor agregado. Ela confere sabor, suculência e até mesmo responde por parte da maciez, ainda muito influenciada pela idade em que o animal é abatido. Quanto mais jovem, mais macia será a carne.

O problema é que a elevada quantidade de gordura vista nestes cortes especiais é, em geral, condenada pelos médicos e a sociedade por lhe atribuírem, principalmente, a responsabilidade da ocorrência de doenças cardiovasculares. Um boi destinado a atender o mercado gourmet acumula facilmente de 6 a 10 mm de gordura subcutânea (aquela que envolve a carne) e seus cortes podem reunir até 6% de marmoreio, nome dado àquela gordura existente entre as fibras que derrete ao calor e confere mais sabor e suculência. 

É neste ponto que uma pesquisa realizada no campus de Pirassununga da Universidade de São Paulo pode contribuir para retirar a carne bovina do patamar de vilã da alimentação moderna. Autora do experimento, a médica-veterinária, mestre em Ciência Animal e doutoranda em Zootecnia, Lenise Freitas Mueller da Silveira, identificou que a carne de novilhas filhas do cruzamento entre bovinos Angus e Nelore possui propriedades benéficas à saúde.

A fêmea resultante desse cruzamento, que no segmento pecuário é chamada de F1, é a mais utilizada pela indústria, a exemplo da VPJ Alimentos, de Pirassununga (SP), para abastecer o mercado nacional de carne Premium. Isso ocorre porque gera menos custos de produção à fazenda, acumula gordura corporal facilmente e pode ser abatida ainda muito jovem, em alguns casos excepcionais o animal é encaminhado ao frigorífico já aos 16 meses de idade. “A gente tem de desmitificar algumas coisas. O fato de consumir uma carne bovina nobre, com deposição de gordura satisfatória, não implica em prejuízos à saúde”, observa a médica-veterinária.

Ao comparar a qualidade de carne de 176 bovinos abatidos aos 20 meses de idade, divididos em quatro grupos contemporâneos, formados por machos não castrados, machos castrados, machos imunocastrados – através de uma vacina específica – e novilhas, Lenise observou que o perfil lipídico das fêmeas jovens F1 é favorável à saúde dos consumidores, por apresentar maior deposição de ácido oleico e CLA.

Oleico é um ácido graxo monoinsaturado responsável pela redução dos níveis de colesterol sanguíneo e o ácido linoleico conjugado (CLA), também graxo, mas poli-insaturado, é produzido apenas por animais ruminantes, como é o caso dos bovinos, é capaz de reduzir carcinogênese e aterosclerose, diminuir a massa lipídica corporal, além de prevenir diabetes e aumentar o desenvolvimento muscular.

“Além disso, a carne de novilhas F1 apresentou uma menor relação entre ômega 6 e ômega 3, cuja recomendação médica é de 4:1. A alta ingestão de ômega 6 é associada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, câncer e distúrbios anti-inflamatórios”, explica a pesquisadora. No experimento, as novilhas apresentaram uma relação de 3:1, a mais baixa entre os grupos estudados. Vale ressaltar que os animais utilizados na pesquisa foram confinados por 190 dias, 70 a mais que o ideal.

Isso foi necessário para que o grupo dos machos não castrados também atingisse o acabamento de carcaça apropriado, nome dado à deposição subcutânea de gordura, na qual a medida desejada é entre 3mm e 6mm, para que a carne não sofra choque térmico após resfriamento no frigorífico. Devido ao tempo de cocho prolongado, as novilhas da pesquisa registraram 16mm, ou seja, mesmo com acúmulo exagerado de lipídios ela se manteve saudável. Veja os dados na tabela.

“Em termos de qualidade de carne, pensando em boa deposição de gordura e em um produto que não prejudique a saúde das pessoas que a consomem, o uso de fêmeas jovens provenientes do cruzamento entre Angus e Nelore é mais indicado”, conclui Lenise, que ainda lembra dos demais nutrientes presentes na carne bovina. Ela contém a maior fonte de ferro entre os alimentos, mais que o feijão.

A descoberta é tamanha que a VPJ Alimentos, detentora de marcas próprias de cortes bovinos, suínos, cordeiro e frangos caipiras, decidiu permanecer abatendo, em sua maioria, fêmeas jovens com aquela composição sanguínea. É deste trabalho que nasceu a tese de mestrado defendida por Lenise. Os resultados foram apresentados em congressos internacionais no Brasil e nos Estados Unidos.

Perfil de ácidos graxos no músculo Longissimus (contrafilé) de bovinos Angus x Nelore, em função da condição sexual

 

Ácido graxo (%)1

Condição Sexual2

 

Inteiro

Castrado

Imunocastrado

Fêmea

P

AGS

44,92

44,44

45,14

44,63

0,6486

AGMI

41,56c

44,21b

43,95b

45,77a

<.0001

C16:1 cis 9 Palmitoleico

2,02c

3,08a

2,55b

2,94a

<.0001

C18:1 n9c Oleico

31,12c

35,31ab

34,25b

35,65a

<.0001

AGPI

9,76a

7,57b

7,30b

6,49b

0,0001

CLA cis 9 trans 11

0,30b

0,30b

0,36b

0,42a

0,0006

Total n3

1,93

1,77

1,55

1,64

0,1611

Total n6

8,36a

5,59b

5,47b

4,84b

<.0001

Relação n6/n3

4,83a

3,35bc

3,69b

3,05c

<.0001

 

Médias seguidas de letras diferentes na mesma linha indicam que houve diferença estatística pelo Teste de Tukey (P<0,01).

1AGS: ácidos graxos saturados; AGMI: ácidos graxos monoinsaturados; AGPI: ácidos graxos poli-insaturados; CLA: ácido linoleico conjugado; n3: ômega 3; n6: ômega 6.

Fonte: Ass. de Imprensa

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7º Fórum de Abatedouros Ceva Saúde Animal: impulsionando a indústria avícola com inovação e informações de ponta

Em mais uma edição o evento reuniu especialistas para debater tendências e desafios nos abatedouros de frango de corte.

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Fotos: Divulgação/Ceva Aves

Professora da UFRGS, Dra. Liris Kindlein:”Evento que reuniu diversos profissionais da área, abordando temas importantes e relevantes para o cenário atual”

No dia 26 de setembro de 2024, o Ouro Minas Hotel, em Belo Horizonte (MG), sediou a 7ª edição do Fórum de Abatedouros da Ceva Saúde Animal. O evento, que se tornou uma referência na indústria avícola, proporcionou uma oportunidade única para os profissionais do setor ampliarem seus conhecimentos voltados para o avanço sustentável da indústria avícola nacional.

A edição deste ano reuniu grandes nomes do setor, com discussões sobre temas críticos como modernização das inspeções, uniformidade, rendimento e gestão sanitária nas operações de abate. “O 7º Fórum de Abatedouros da Ceva foi uma excelente oportunidade para nós do segmento. Um evento que reuniu diversos profissionais da área, abordando temas importantes e relevantes para o cenário atual”, destacou a Dra. Liris Kindlein, professora da UFRGS, referindo-se à relevância do evento como uma valiosa oportunidade para a troca de conhecimentos entre os presentes, o que ela considera uma necessidade clara no mercado atual.

O fórum trouxe contribuições diretas para os desafios do setor, como enfatizado por Éder Barbon, especialista em plantas de abate e qualidade na Cobb Brasil e América Latina (LATCAN): “Foi extremamente proveitoso, repleto de novos conhecimentos, trocas de experiências e novidades importantes para a avicultura brasileira. O evento trouxe contribuições tanto para ganhos quanto para a redução de perdas, que é o nosso grande desafio”, disse o representante da Cobb.

Kesley Jordana, diretora financeira da Frango Tambaú e escritora, também compartilhou suas experiências a respeito do encontro: “Foi

Gerente de Marketing de Aves de Ciclo Curto da Ceva, Tharley Carvalho: “Foi um painel com especialistas-referências em suas áreas, apresentando uma visão aprofundada dos assuntos que estão no foco da atenção dos profissionais do nosso segmento”

muito proveitoso para todos pelos novos conhecimentos adquiridos e que posteriormente serão aplicados. A cada edição, o fórum tem nos enriquecido, trazendo uma nova visão sobre rendimento, qualidade e ações que podem ser implementadas no dia a dia para melhorar o nosso produto.”

Para Tharley Carvalho, Gerente de Marketing de Aves de Ciclo Curto da Ceva Saúde Animal Brasil, o 7º Fórum de Abatedouros Ceva

consolidou mais uma vez o compromisso da empresa com a evolução da indústria avícola nacional: “Foi um painel com especialistas-referências em suas áreas, apresentando uma visão aprofundada dos assuntos que estão no foco da atenção dos profissionais do nosso segmento.”

Diretor da Unidade de Negócios Aves da multinacional francesa no Brasil, Branko Alva: “Tudo isso com uma programação sempre atualizada e desenvolvida para contribuir com os desafios do setor” 

“A Ceva acredita que eventos como este se tornam degraus de apoio para os profissionais da avicultura. Por essa razão e diante da grande procura, mantemos esse compromisso há 7 anos, promovendo este fórum itinerante, que até foi adaptado ao formato virtual durante a pandemia. Tudo isso com uma programação sempre atualizada e desenvolvida para contribuir com os desafios do setor”, completou Branko Alva, Diretor da Unidade de Negócios Aves da multinacional francesa no Brasil.

Para Branko, o Fórum de Abatedouros da Ceva Saúde Animal reafirma-se como um dos principais eventos da indústria, promovendo debates e trazendo soluções que refletem diretamente no campo e na melhoria contínua da qualidade dos alimentos produzidos no Brasil.

Fonte: Assessoria Ceva
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Pó secante aumenta o bem-estar e vitalidade de leitões recém-nascidos, explica especialista

Para ter sucesso nesse desafio, é extremamente importante ter o melhor manejo no parto e pós-parto.

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Foto: Shutterstock

Obter leitegadas cada vez mais numerosas e homogêneas, com bom peso ao nascer, saudáveis e com potencial para ter desempenho superior nas fases seguintes, é o principal objetivo dos suinocultores. Para ter sucesso nesse desafio, é extremamente importante ter o melhor manejo no parto e pós-parto. Para Aneilson Soares, gerente técnico da Trouw Nutrition, esse é um dos fatores essenciais para proporcionar o bom desenvolvimento dos leitões.

A fase inicial da vida dos suínos determina a qualidade do seu desenvolvimento e, consequentemente, do desempenho produtivo na fase adulta. “A criação de um ambiente saudável para os leitões passa pela gestão responsável da saúde, nutrição e manejo nas fases críticas da vida inicial – do nascimento ao desmame. Isso é fundamental para o sucesso produtivo da leitegada. Para isso, é essencial seguir conceitos básicos de bem-estar animal, como a secagem do leitão logo após o nascimento. Isso porque, fisiologicamente, a capacidade termorreguladora dos leitões neonatos é deficiente e suas reservas energéticas são baixas, suficientes apenas para poucas horas pós nascimento”, alerta Aneilson.

Quando a temperatura ambiente é menor que a corporal dos leitões, eles perdem rapidamente reservas energéticas. Para manter a temperatura próxima do ideal e evitar o esforço do organismo para equilibrar essa diferença, é preciso promover ações que elevem a temperatura nas instalações e fornecer colostro logo após o nascimento. A aplicação de pó secante está entre as principais atividades para diminuir o tempo entre o nascimento do leitão e a primeira mamada, bem como minimizar a perda de calor corporal.

Para contribuir com essa questão, a Trouw Nutrition anuncia o pó secante TNSec+. “A solução foi desenvolvida para promover o bem-estar dos leitões recém-nascidos, aumentando a vitalidade e o acesso rápido ao colostro. Ele também é suporte no manejo da cura e cicatrização do cordão umbilical, além de proporcionar um ambiente mais saudável para os animais, reduzindo a umidade, odores e amônia”, recomenda Ednilson Araujo, coordenador técnico da Trouw Nutrition.

O especialista da Trouw Nutrition informa que TNSec+ pode ser aplicado diretamente sobre os leitões e/ou nas instalações. Ele auxilia a secagem e estabilização da temperatura do animal recém-nascido sem formar grumos. TNSec+ também pode ser usado para reduzir a umidade das instalações, como pisos das baias, mantendo o ambiente seco e com melhor qualidade do ar.

Fonte: Assessoria Texto
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Cobb-Vantress promove evento técnico para time da Pronaca, no Equador

Cerca de 70 profissionais participaram do workshop que tratou de manejo, nutrição e incubação

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Foto: Divulgação

A equipe de Serviço Técnico da Cobb-Vantress, mais antiga casa genética avícola em operação no mundo, realizou um evento técnico para atualização de profissionais da Pronaca, especializada em produção de frango, em Guayaquil, no Equador. O workshop englobou temas de manejo, incubação e nutrição de frangos de corte, a partir de pesquisas de campo abordadas pelos especialistas da companhia. A reunião aconteceu no dia 23 de setembro.

O evento teve como objetivo atualizar boas práticas de manejo avícola, especialmente em relação às recomendações para o Cobb500 e CobbMale. Foram abordados temas como manejo de ovos incubáveis, manejo reprodutivo de machos, incubação e qualidade de pintinho, manejo inicial e influência sobre o peso de abate, pontos de atenção em nutrição e em incubação. Cerca de 70 profissionais da Pronaca participaram do evento.

“Nossa intenção, com eventos como este, é estarmos próximos de nossos clientes e promover atualização constante e fundamental de nosso produto/serviço técnico, para que a indústria possa registrar e manter um desempenho positivo na produção. Ao compartilhar temas essenciais para os resultados da indústria, reiteremos nosso compromisso com a performance e com rentabilidade de nossos parceiros de negócio”, explica Paulo Magro, gerente de vendas para contas chave da Cobb-Vantress LatCan.

Fonte: Assessoria Cobb-Vantress
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