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Em meio à crise, produtores de leite travam luta pela sobrevivência
Diante da crise, bovinocultores usam estratégias para levar a atividade para o próximo round, torcendo para que novos ventos afastem os oponentes dos lácteos.

Uma crise sem precedentes empurra os produtores de leite para as cordas na luta pela sobrevivência na atividade. Diante de fortes oponentes como o alto custo de produção, importação da Argentina e do Uruguai, queda no preço do produto pago ao produtor e falta de suporte do poder público, os bovinocultores estão quase indo a nocaute. Resta, agora, o apelo às autoridades para que tomem medidas de fomento à cadeia produtiva e a “esquiva” dentro da porteira, na busca pela redução dos gastos, esperando que o mau momento passe antes da temida queda à lona.
Neste duelo, em todas as regiões do Paraná, os produtores que resistem têm a gestão como prioridade. Muitos vivem dilemas como mudar a dieta dos animais em determinadas fases, redução do tempo de ventilação em dias menos quentes para economizar na conta de luz, corte de funcionários, secar animais antes do tempo habitual, descarte de vacas menos produtivas, entre outras medidas necessárias para a sustentabilidade do negócio.

Douglas Oliveira tem uma propriedade rural em Itapejara d’Oeste, voltada à produção de leite – Fotos: Divulgação/Faep
Em Itapejara d’Oeste, no Sudoeste do Paraná, maior bacia leiteira estadual em volume, o bovinocultor Douglas Oliveira busca alternativas para resistir na atividade, como processar 15% da sua produção em um laticínio próprio, como leite pasteurizado de pacote. “Comecei a reduzir o custo. Antes, nós dávamos caroço de algodão para os animais, agora não. Isso baixou um pouco a gordura do leite, mas o custo diminuiu. Também reduzimos a frequência de visita do veterinário e tivemos que demitir um funcionário”, compartilha Oliveira, que tem um rebanho de 89 vacas em lactação.
Um pouco para cima no mapa, na região Oeste, mais especificamente em Marechal Cândido Rondon, o produtor Edio Chapla também precisou alterar o planejamento para se manter na atividade.

Edio Chapla aposta na diversificação, com a bovinocultura de leite sendo uma das atividades às quais se dedica
Quando começou a produzir leite, há oito anos, o plano era atingir 100 vacas em lactação em 2023. As dificuldades enfrentadas nos últimos tempos fizeram com que Chapla alcançasse somente 40 animais no atual momento, com produção de 1,3 mil litros por dia. “Nós ainda temos frango, peixe e suínos [sistema crechário] e plantamos um pouco de lavoura. No aspecto geral, todas as atividades estão com problema, pelo alto custo de manutenção de estrutura, mão de obra e energia elétrica. Vamos costurando, tirando de uma para tapar a outra, mas vai chegar um momento que produzir leite será inviável”, reflete Chapla.
No Noroeste, em Umuarama, a estratégia de Elson Junior para seguir produzindo leite passa pela união com outros produtores. Ele preside uma cooperativa de 57 bovinocultores que, juntos, acumulam 10 mil litros de leite/dia. “Um produtor de 100 litros por dia não tem poder de negociação e, às vezes, não possui conhecimento de mercado para sentar com a indústria e negociar. Agora, para a indústria perder 10 mil litros de leite por dia, já é outra coisa”, detalha o bovinocultor, que conta com 35 animais em lactação e produção diária de mil litros de leite.
A tempestade perfeita para o mercado de lácteos começou com a queda no consumo. A demanda por leite em 2022 voltou ao patamar de 2011, em termos de produção e consumo per capita. “Abrimos o ano passado com queda de 10% no preço em relação a 2021. Nunca tínhamos visto uma queda tão acentuada”, descreve o pesquisador da Embrapa Gado de Leite Glauco Rodrigues Carvalho. “Para piorar, entramos em 2023 com consumo mais fraco. E, como a economia da China desacelerou, a Argentina e o Uruguai, que tinham o país da Ásia como importante parceiro comercial, direcionou suas vendas para o Brasil”, acrescenta. Somente entre janeiro e agosto deste ano, o país já importou 1,4 milhão de litros (veja no infográfico).

Além disso, nem mesmo o inverno, período no qual historicamente as cotações do leite costumam aumentar, fez o preço pago ao produtor subir. Conforme dados do Conseleite-PR, desde abril, o preço de referência para o leite vem acumulando quedas consecutivas.
Outro fator de dificuldade envolve a oscilação no preço dos grãos, o que afeta diretamente o custo de produção de alimentos para as vacas. Em outubro de 2022, conforme o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), o milho estava cotado a quase R$ 80 a saca. Como o planejamento ocorre com antecedência, a alimentação dos animais está pesando, apesar da cotação atual do cereal estar na casa dos R$ 42.

Roelof Hermannes Rabbers se dedica ao leite em Castro, nos Campos Gerais, município que mais produz leite no Brasil
Em Castro, nos Campos Gerais, município que mais produz leite no Brasil, o produtor Roelof Hermannes Rabbers, há décadas na atividade, compara a crise da época da hiperinflação, início dos anos 1990, com o atual momento vivido pela cadeia do leite. “A receita diminuiu e a despesa ficou igual ou até cresceu. Ou seja, tudo subiu e o leite baixou”, resume Rabbers, que produz 5 mil litros/dia, com 160 vacas em lactação no regime semiconfinado.
Eficiência como contragolpe
As estratégias adotadas pelos produtores para resistir ao momento sinalizam para caminhos comuns em todas as regiões do Paraná. Diante do cenário alarmante, está clara a necessidade de eficiência na gestão da propriedade rural leiteira, para enfrentar oponentes pesos pesados. “Hoje, todos sofrem os efeitos da crise. O que determina o maior poder de resistência é a eficiência, e isso não tem ligação apenas com o tamanho da propriedade”, expõe o presidente da Comissão Técnica (CT) de Bovinocultura de Leite da Faep, Ronei Volpi.
Esse apontamento encontra força nos dados da Embrapa Gado de Leite, ao revelar que diferentes modelos de tecnologia e eficiência coexistem no Brasil, com produtores obtendo renda de R$ 5 mil por hectare por ano e outros de R$ 300. Desta forma, segundo Carvalho, da Embrapa Gado de Leite, com o passar do tempo, os bovinocultores com menor renda devem, gradativamente, deixar a atividade. “Produtores têm abandonado o leite e o motivo está atrelado à eficiência da produção. Por outro lado, produtores mais tecnificados e profissionais, que possuem escala de produção, são bonificados”, explica o especialista.
Atualmente, as propriedades que produzem até 49 litros de leite por dia representam 71% do número de estabelecimentos no Brasil. Por outro lado, estes respondem por apenas 16% do volume da produção.

Mesmo essa parcela dos pecuaristas, que investe em tecnologia, precisa estar atenta à gestão, de acordo com o diretor da empresa Labor Rural, Christiano Nascif. Para o dirigente, uma parcela significativa dos produtores de leite adota a cultura do custo mínimo e não do lucro máximo, o que pode resultar na falência do negócio. “Tem modelo de negócio mudando para Compost Barn, com a ordenhadeira mais atualizada que existe e usando transferência de embrião. Mas, muitas vezes, em descompasso com a gestão, que está atrasada, ainda no século XVIII”, explica. “Muitos usam a máxima: ‘meu avô fazia assim, meu pai fazia assim e eu faço assim’”, complementa.
Nesse aspecto, a solução para problemas de gestão passa necessariamente por uma mudança de cultura, especialmente da assistência técnica. “Tem muito técnico que valoriza questões tecnológicas e não a gestão. Em qualquer momento, mesmo em tempo de bonança, a gestão é fundamental. Hoje, são poucos, mas existem produtores de leite que estão ganhando dinheiro na atividade por meio da eficiência”, aponta o diretor da empresa Labor Rural, Christiano Nascif.

“Agroindústrias com um portfólio enxuto atravessam situação mais complicada”, revela o gerente da divisão de leite da Frimesa, Erivelto Costa
No atual momento de crise, esses produtores que trabalham no azul estão apostando no “arroz com feijão bem feito”, que envolve perseguir boa produtividade e comprar insumo de forma planejada e conjunta. “Um caminho é tentar a expansão mesmo, pois há bonificação por volume e qualidade que acresce de 20% a 30% no valor recebido pelo produtor”, recomenda Carvalho.
Cenário de crise também atinge a indústria
A situação delicada do produtor de leite também se reflete na indústria, conforme o gerente da divisão de leite da Frimesa, Erivelto Costa. A marca que reúne 1927 produtores processa diariamente 680 mil litros de leite, crescimento de 6% em relação ao ano passado. Porém o faturamento cresceu apenas 2,38%. No final da conta, a operação possui, na média de 2023, uma margem de 0,3%. “Nem todos os produtos estão ruins. Temos um portfólio grande de lácteos e isso permite migrar para o que dá resultado melhor em cada momento”, revela Costa.
As agroindústrias com um portfólio enxuto atravessam situação mais complicada para fechar as contas. Mesmo a Frimesa tem adotado medidas para reduzir custos, com redução máxima de desperdício, programas de inovação e controle. “Hoje, não é só o produtor que está ficando com o ônus, tudo que veio de fora ficou muito caro. Eu acredito que o fundo do poço seria hoje se o leite brasileiro chegasse aos 41 centavos de dólar [em agosto, o Conseleite-PR fechou em cerca de 45 centavos de dólar], que é o preço pago pelo leite de importação da Argentina”, opina.

Presidente da Frente Parlamentar em Apoio ao Produtor de Leite (FPPL) e deputada federal por Minas Gerais Ana Paula Leão
Medidas do poder público
A presidente da Frente Parlamentar em Apoio ao Produtor de Leite (FPPL) e deputada federal por Minas Gerais Ana Paula Leão, destaca as ações que estão sendo desenvolvidas pelo poder público para auxiliar o setor.
De acordo com ela, as frentes de ação a FPPL para minimizar os efeitos da crise estão focadas em estancar e tentar resolver o problema que está massacrando os pequenos e médios produtores: a importação. “Conseguimos que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) voltasse com a taxa de 10% e acrescentasse mais 8% aos produtos oriundos da União Europeia (UE), Nova Zelândia e Estados Unidos, não só leite em pó, mas 28 produtos lácteos. No entanto, o leite da UE representa 5% do problema. O grande problema é do Mercosul, especialmente do Uruguai e Argentina”, ressalta.
Quando questionada se houve avanço em relação a diminuir as importações da Argentina e Uruguai, a parlamentar disse que existe um programa no Mapa chamado “Mais Leite Saudável”, o qual permite a agroindústrias, laticínios e cooperativas de leite participantes utilizarem créditos presumidos do PIS/Pasep e da Cofins, da compra do leite in natura utilizado como insumo de seus produtos lácteos, em até 50% do valor a que tem direito. “Solicitamos ao Mapa que as empresas que compram leite em pó importado percam o benefício”, salienta.
Em relação aos impactos de um eventual colapso na produção leiteira, Ana afirma que seria um caos social. “Somos em mais de um milhão de produtores de leite, que geram em torno de 4 milhões de empregos, considerando empregados diretamente nas propriedades rurais e técnicos, veterinários e outros profissionais. Esperamos que o governo nos atenda, porque 90% da classe dos produtores de leite são formados por pequenos e médios produtores”, menciona, enfatizando que os produtores têm reclamado da dificuldade para manter em dia o pagamento de créditos de custeio e investimentos.
Ana afirma que foi solicitado ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a prorrogação de prazo para quitação de financiamentos. “Fizemos o pedido para o que o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, encaminhe isso e tome a frente de negociação com os bancos para prorrogar. Não está acontecendo só no Paraná. É uma realidade em outros estados também”, pontua, ampliando: “Esse problema do leite é cíclico, mas temos que colocar um ponto final nele. A FPPL está trabalhando essa situação e também em projetos de políticas públicas de incentivo. Por isso, eu deixo uma mensagem de esperança de que, juntos, vamos resolver esse problema”.
Respiro ao setor
Na última quarta-feira (18), o Governo Federal publicou o Decreto 11.732 de 2023 que promove mudanças nos percentuais das alíquotas da contribuição para PIS/Pasep e da Confis. Na prática, as empresas que optarem por comprar leite in natura nacional terão redução de 50% nesses impostos. A medida passa a valer em fevereiro de 2024.
Prêmio Queijos do Paraná agrega valor ao leite
A primeira edição do Prêmio Queijos do Paraná deu uma amostra de um possível caminho para os pequenos e médios produtores de leite. Ou seja, esses podem apostar na produção artesanal de derivados lácteos e agregar valor ao produto. Ao todo, a iniciativa teve 323 queijos inscritos.
A premiação distribuiu 98 medalhas de bronze, prata, ouro e super ouro. Entre esses, os jurados escolheram o melhor queijo do concurso: o Parmesão, da Frimesa, produzido em Marechal Cândido Rondon (PR). Além disso, ao longo de nove meses do concurso, foram realizadas dezenas de ações, visando fortalecer o setor lácteo paranaense.
O sucesso do projeto promovido por um comitê gestor formado pelo Sistema Faep/Senar-PR, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Sebrae-PR e Sindileite-PR, com apoio de 28 entidades, fez com que a segunda edição esteja confirmada para 2024, com novidades. “A primeira edição movimentou a cadeia do leite do Paraná, fazendo com que muitos produtores pudessem apesentar seus produtos ao público consumidor. Para a segunda edição, vamos trazer novidades, pois o objetivo é sempre agregar para desenvolver a cadeia produtiva”, destaca Ronei Volpi, presidente da Comissão Técnica (CT) de Bovinocultura de Leite da Faep.
Em Arapoti, operação estável evita desperdícios
A busca quase obsessiva pela eficiência explica o caminho de Fernanda Krieger Bacelar no leite. A publicitária, com 15 anos de uma carreira em comunicação e marketing, resolveu apostar suas fichas em uma propriedade leiteira em Arapoti, região vocacionada ao leite.

Produtora Fernanda Krieger Bacelar: “Estou buscando eficiência, melhorando processos, deixando tudo redondo e isso casa com esse momento de crise”
Há sete anos, Fernanda resolveu traçar os primeiros planos de construir a leiteria, com ajuda de cursos do Senar-PR. No final de 2016 a produção começou oficialmente, com 60 animais em lactação. A estrutura projetada para 400 vacas fez a produtora crescer a todo custo. “Naquela época, o leite entrava no resfriador e congelava, porque não tinha volume. Então percebi que para ser efetiva era preciso volume”, relembra.
O passo seguinte da operação foi apostar no aumento da remuneração pelo produto. Na região há cooperativas especializadas em leite, com programas de pagamento por qualidade. Hoje, com 430 animais em lactação e produção de 16 mil litros de leite por dia, Fernanda recebe mais de R$ 0,80 de bônus por litro com os índices de qualidade que obtém. “Desde que começamos, temos as metas e a análise de leite num quadro. Os funcionários esperam ansiosos para saber como está o indicador. Estou buscando eficiência, melhorando processos, deixando tudo redondo e isso casa com esse momento de crise. Temos que manter a mentalidade de crescimento, evolução, para que negócio vá para frente”, destaca a produtora de leite em Arapoti, Fernanda Krieger Bacelar.
A propriedade já ganhou cinco prêmios da Cooperativa Capal e três da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH). Em momentos difíceis, Fernanda aponta para a necessidade de controle total das contas. “Já que não posso controlar custos, tenho que controlar meus gastos para manter a operação estável, segura e evitar desperdícios. Assim, quando passar a crise, eu vou poder galgar melhores lucratividades”, reflete.

Hora de identificar ineficiências
Sem aumento no consumo doméstico e sem capacidade de competir no mercado internacional com exportações, por possuir um dos maiores custos de produção em comparação aos países exportadores, a produção total de leite no Brasil não cresce desde 2014. Neste ano, o cenário se agravou por conta do aumento de importações de produtos lácteos oriundos principalmente da Argentina e Uruguai. “Embora o setor tenha evoluído nas últimas duas décadas, com expressivas transformações estruturais, novas tecnologias, equipamentos e genética que resultaram em ganhos de produtividade e melhorias na qualidade do leite, a condição de rentabilidade dos produtores piorou”, afirma a técnica do DTE no Sistema Faep/Senar-PR, Nicolle Wilsek.
O leite paranaense é heterogêneo quanto à qualidade e volume produzido. Assim, somado ao cenário de dificuldades, muitos produtores com pequena produtividade deixaram a atividade. Já os remanescentes, retratam uma realidade de menos produtores e maior produção. “Mesmo com o cenário de dificuldades, o Paraná apresenta um potencial de produção de leite superior. A cadeia produtiva do leite viabiliza bons ganhos marginais, principalmente quando observadas as condições naturais da região, permitindo produção de pastagens e cereais durante o ano todo, além de ser uma atividade familiar. O momento é de o produtor conhecer a fundo a sua propriedade, identificando suas ineficiências para melhorar o custo produtivo, equilibrando com a receita atual”, constata.

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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira
Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel
Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.
Exemplo
O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.
Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.
A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.
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Copacol reconhece desempenho dos produtores no Experts do Agro
Com participação de 120 produtores, evento premiou melhores resultados regionais e apresentou o próximo desafio: alcançar 500 sacas por alqueire somando soja e milho.

A dedicação, o conhecimento e a capacidade de inovação dos cooperados foram reconhecidos pela Copacol na cerimônia de premiação do Projeto Experts do Agro. O evento reuniu em Cafelândia agricultores, familiares, técnicos e parceiros que, ao longo nos últimos dois anos, trabalharam com foco em eficiência, sustentabilidade e melhores resultados no campo.
Divido em três regiões (Baixa, Alta e Sudoeste) o Experts do Agro teve a participação de 120 cooperados e cooperadas, que participaram de encontros e treinamentos intensos, com análises de estudos exclusivos do Centro de Pesquisa Agrícola (CPA). O conhecimento obtido por cada um dos agricultores foi aplicado em áreas de cultivo e os melhores resultados tiveram o reconhecimento da Cooperativa.

Fotos: Divulgação/Copacol
Foram premiados os três melhores de cada região. Cada um foi presenteado com uma viagem à Foz do Iguaçu, com hospedagem em resort e direito à um acompanhante. Na região baixa, regional de Nova Aurora, os premiados foram: com 4.304,5 pontos, Sidney Polato de Goioerê André Gustavo, com 4.343,15 pontos e com 4.388,5 pontos Simone Chaves Oenning, de Nova Aurora, que se destacou com o maior resultado da região, com produtividade de 208 sacas por alqueire.
Na região alta, regional de Cafelândia, os vencedores foram: com 4.177,8 pontos, Elton José Müller, de Bom Princípio, Toledo Elci Dalgalo, de Cafelândia, com 4.208,5 pontos e com 4.260 pontos, também de Cafelândia, Marcio Rogério Scartezini, que se destacou com produtividade de 221,6 sacas por alqueire.
Já no Sudoeste, os destaques foram os produtores: com 4.205,4 pontos, Willian Rafael Dallabrida, de Flor da Serra Ricardo Galon, de Salto do Lontra, com 4.630 pontos e com 4.724 pontos, Douglas dos Santos Cavalheiro, de Pérola do Oeste, que colheu 241,9 sacas por alqueire.
Proporcionar ao produtor tecnologia e conhecimento técnico para garantir uma safra com maior produtividade e rentabilidade foi a proposta do Projeto Experts do Agro. No decorrer dos anos, vários desafios foram lançados aos cooperados e superados pelos participantes: Projeto 160, Produtividade com Qualidade Soja + Milho 440 e Excelência 460.
A partir de 2026, os cooperados serão desafiados a participar do Projeto Safra 500: total de sacas de milho soja por alqueire. “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo. Agora, temos pela frente um novo desafio, que também será alcançado com o desenvolvimento de estudos que auxiliam os produtores”, afirma o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.
Destaque

Diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol: “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo”
Com a maior produtividade entre todos os participantes do Projeto Experts do Agro, Douglas Cavalheiro aplicou na propriedade todo o conhecimento obtido nos treinamentos. O resultado superou as expectativas do cooperado do Sudoeste paranaense, onde a Copacol está expandindo a atuação nos últimos anos.
“A Copacol tem feito a diferença em nossas vidas. No Sudoeste não tínhamos oportunidades de nos capacitar, de buscar crescimento. Com a chegada da Cooperativa, estamos evoluindo a cada ano em produtividade, em conhecimento técnico e inovação, e por meio do CPA temos à disposição o que há de mais avançado para produzir. Estou feliz não só pelo prêmio, mas pela presença da Cooperativa em nossa região”, comemora o campeão de produtividade.
Atrações
Além da premiação dos cooperados, o encerramento do Experts do Agro contou um panorama amplo do mercado atual de grãos, com Ismael Menezes, especialista em economia e mercado agrícola, com mais de 20 anos de experiência no setor do agro. Duante a cerimônia, o gerente técnico, João Maurício Roy, e o supervisor do CPA, Vanei Tonini, apresentaram um resumo da safra, o desempenho elevado da Cooperativa na comparação com as demais áreas agrícolas e os avanços alcançados pelos participantes do Experts do Agro ao longo dos últimos dois anos.
“Conseguimos traduzir os resultados de pesquisas do CPA em informações que chegam lá no campo. Foram dois anos de troca de experiências com êxito. Encerramos em grande estilo reconhecendo os produtores que mais se destacaram nos manejos e na aplicação das tecnologias. Com produtividade 30% maior que a média geral da Cooperativa, finalizamos com sucesso o Experts do Agro”, exalta João.
Critérios de avaliação
Além da boa produtividade no Experts do Agro, os produtores premiados se destacaram também na boa condução dos manejos, como: Incremento de produtividade em relação à média da unidade em sacas por alqueire qualidade estrutural do solo cobertura do solo com consórcio milho + braquiária, cobertura pré-trigo cobertura após o milho segunda safra manejo de buva e participação nos encontros dos Experts do Agro.
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Nova edição de Nutrição & Saúde Animal destaca avanços que moldam o futuro das proteínas animais
Conteúdos exclusivos abordam soluções nutricionais que ampliam índices produtivos e fortalecem a sanidade de aves, suínos, peixes e ruminantes.

A nova edição do Jornal Nutrição e Saúde Animal, produzida por O Presente Rural, já está disponível na versão digital e reúne uma ampla cobertura técnica sobre os principais desafios e avanços da produção animal no Brasil. A publicação traz análises, pesquisas, tendências e orientações práticas voltadas aos setores de aves, suínos, peixes e ruminantes.
Entre os destaques, o jornal aborda a importância da gestão de micotoxinas na nutrição animal, tema discutido no contexto da melhoria da eficiência dos rebanhos . A edição também traz conteúdos sobre o uso de enzimas e leveduras e o papel dessas tecnologias na otimização de dietas e no desempenho zootécnico .
Outro ponto central são os avanços na qualificação de técnicos e multiplicadores, essenciais para promover o bem-estar animal e disseminar práticas modernas dentro das granjas . O jornal destaca ainda o impacto estratégico dos aminoácidos na nutrição, além de trazer uma análise sobre conversão alimentar, tema fundamental para a competitividade da agroindústria .
Os leitores encontram também reportagens sobre o uso de pré-bióticos, ferramentas de prevenção contra Salmonella, estudos sobre distúrbios de termorregulação em sistemas produtivos e avaliações sobre os efeitos da crescente pressão regulatória e tributária sobre o setor de proteína animal .
A edição traz ainda artigos sobre manejo, probióticos, qualidade de ovos, doenças respiratórias em animais de produção e desafios sanitários relacionados a patógenos avícolas, temas abordados por especialistas e instituições de referência no país .
Com linguagem acessível e foco técnico, o jornal reforça seu papel como fonte de atualização para produtores, gestores, consultores, médicos-veterinários e demais profissionais da cadeia produtiva.
A versão digital já está disponível no site de O Presente Rural, com acesso gratuito para leitura completa, clique aqui.



