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Em busca de segurança alimentar, China se prepara para fase pós Covid-19 e pode influenciar agronegócio brasileiro

Brasil deve estar atento às medidas de incentivo ao desenvolvimento agrícola chinês e aos efeitos do cumprimento da primeira fase do novo acordo comercial EUA-China

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Em um cenário de forte retração do PIB, com queda no primeiro trimestre de 2020 em 6,8% -a primeira contração em décadas-, a China começa a sair da fase aguda da crise provocada pela pandemia da Covid-19. Preocupado com a segunda onde da doença, o governo chinês inicia profunda reforma agrícola, com fortes investimentos em políticas públicas que priorizem o desenvolvimento agrícola nacional. O intuito é reduzir a vulnerabilidade externa do país asiático por alimentos básicos.

A China quer aumentar a segurança alimentar, diversificando seus canais de importação e suas estratégias de aquisição. Entre as estratégias, quatro delas prometem mudar a rota das importações chinesas e devem servir de alerta para o mercado brasileiro de commodities.

Os dados são do mais recente estudo da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire) da Embrapa: “China pós- Covid- 19: um alerta ao agronegócio brasileiro”. O trabalho foielaborado a partir de informações de agências internacionais de risco, como a FitchSolutions Macro Research, pertencente à Agência de Risco Fitch Ratings e a agência RaboResearch, Food& Agribusiness, departamento vinculado ao Rabobank, instituição líder em serviços de financiamento para alimentação e agronegócio.

Com o objetivo de mitigar possíveis interrupções de fornecimento de alimentos, em decorrência da crise gerada pela Covid-19, o governo chinês quer acelerar o ritmo da diversificação geográfica em relação à sua capacidade de fabricação e processamento de alimentos, evitando assim futuras interrupções de produção interna.

O país também quer retomar o megaprojeto de desenvolvimento da infraestrutura que liga 70 países da Ásia, Europa e África. O objetivo é promover o comércio com países e regiões ao longo das rotas dessa iniciativa, que incluem fornecedores importantes de grãos. O plano é conhecido como “Onebelt, Oneroad”, ou mais popularmente como a “nova roda da seda chinesa”, e prevê uma série de investimentos, sobretudo nas áreas de transporte e infraestrutura, conectando regiões de extrema importância geopolítica.

Por outro lado, o governo avalia formas de adotar medidas que resultem na diminuição de riscos de interrupções das remessas recebidas do exterior em decorrência da logística dos portos exportadores, como no caso do Brasil.

A quarta estratégia é o investimento em uma profunda reforma do setor agrícola, acelerando seu processo de modernização. Além do suporte à agricultura familiar, o país busca agora acelerar a execução do plano de longo prazo para modernizar a agricultura por meio de várias mudanças incluindo forte foco na inovação e planos ambiciosos de internacionalização com vistas a assegurar a segurança alimentar. O país tem 230 milhões de agricultores. Cada vez mais pequenos agricultores estão migrando para as cidades, porém, ainda é grande a quantidade de propriedades domésticas rurais, a maioria fora da sintonia com o desenvolvimento moderno.

Entre outras medidas, foram priorizadas o aumento de subsídios para um incremento na área cultivada de milho, a reativação da suinocultura – setor que ainda enfrenta fortes conseqüências pelo surto da peste suína africana (PSA) que já dizimou cerca de 50% do rebanho suíno chinês-, e  a formação de estoques estratégicos que garantam o fornecimento de alimentos à população em tempos de pandemia.

China: ainda o maior mercado de destino das exportações mundiais

No entanto, mesmo diante de um cenário que busca reduzir a dependência internacional por alimentos, a China ainda continuará sendo, nos próximos anos,o maior mercado de destino das exportações mundiais, entre elas grãos – como as commodities de soja e milho-, e de proteínas, especialmente carnes suína e bovina. Em 2025, a China deverá ter uma população de 1,438 bilhão, concentrada principalmente na área urbana (65,4%) e não terá condições de suprir o mercado interno de alimentos.

“A epidemia da Covid-19 alterou a estabilidade alimentar de uma nação gigantesca e dependente de inúmeras fontes, internas e externas, para a segurança alimentar de seus cidadãos. O necessário fechamento de cidades (lockdown), regiões, portos, rodovias, aliado ao isolamento social forçado de milhões de pessoas, afetou drasticamente a circulação de alimentos, insumos, rações animais, a disponibilidade de mão-de-obra para as atividades produtivas e industriais, inibindo enormemente a produção interna. A China tornou-se mais dependente de um mercado externo, também fortemente afetado pela pandemia da Covid-19”, explica o pesquisador da Embrapa, Mário Seixas, autor do estudo.

Ele acrescenta a isso outros fatores agravantes que levaram a China a adotar medidas voltadas para o seu desenvolvimento nacional, entre elas o retrocesso da produção agrícola em algumas regiões do país asiático devido à poluição ambiental e restrições de uso da terra, bem como o surto da Peste Suína Asiática (PSA) que tem provocado o declínio econômico de milhares de pequenos produtores, além da disputa comercial  EUA-China.

“O surto da peste suína africana (PSA) começou em agosto de 2018, e, por pouco, não dizimou o setor suíno. A PSA ainda está muito presente na China, apesar das medidas tomadas pelas autoridades para contê-la e apoiar uma recuperação da produção. Para o período 2020 a 2024 é estimada uma evolução média da produção suína de cerca de 3,7%,. No entanto, o país  seguirá dependendo de fornecimento internacional da proteína”, detalha o pesquisador.

Seixas acredita que a China manterá déficit nas carnes suína e bovina nos próximos anos, mas a concorrência será grande nesta última, vinda principalmente da Austrália, país que está mais próximo da China.

Logística dos portos internacionais

O pesquisador da Embrapa ressalta que as medidas adotadas pelo governo chinês sinalizam que o país aprendeu com a primeira fase da doença e por isso quer se preparar para os riscos de a pandemia mundial dificultar e até mesmo reduzir o escoamento da produção dos países exportadores, em especial, Argentina, Brasil e Estados Unidos.O Brasil envia a maior parte da soja, milho e algodão pelo porto de Santos; os EUA concentram seus pontos de exportação de milho e soja no noroeste do país e em Nova Orleans. E a Argentina, pela região de Rosário.

A logística dos portos brasileiros é vista como um elo fraco da cadeia de suprimentos que canaliza as exportações de grãos, carne, açúcar e outros produtos agrícolas do país para o resto do mundo. O risco de interrupção das remessas ao exterior devido a problemas de isolamento social e logísticos de transportes e armazenamento nos terminais e de disponibilidade de mão de obra, como resultado da pandemia da Covid-19, preocupa a China.

“Um exemplo mencionado pelas agências de risco foi o ocorrido em março deste ano, quando uma ameaça de paralisação dos trabalhadores no porto de Santos foi evitada, após a implementação de um pacote de medidas para reduzir o risco de infecção sanitária no porto”, acrescenta o pesquisador da Embrapa.

Acordo comercial EUA-China

Outro alerta relevante ao agronegócio brasileiro diz respeito aos crescentes riscos relacionados aos compromissos assumidos pela China no âmbito do novo acordo comercial com os Estados Unidos. “O mercado chinês de soja continuará demandando o produto do mercado exterior e o Brasil deverá estar atento aos riscos e oportunidades”, declara Seixas. Ele destaca que há previsão do aumento do consumo da soja pelos chineses em 3,3%. Porém, o grão é o ponto focal no comércio agrícola entre EUA e China, devido ao grande volume de comércio.

As exportações brasileiras dessa commodity atingiram 16,3 milhões de toneladas, em abril de 2020, 73% a mais do que no mesmo período de 2019. No entanto, devido ao acordo EUA-China, o país asiático deverá aumentar o volume de importação dos Estados Unidos, fechando 2020 com 90 milhões de toneladas adquiridas dos americanos, 10 por cento a mais do que em 2019.

Em relação ao milho e trigo, o governo chinês declarou que não haverá alterações no atual sistema de cotas de importação. Mas estima-se que a China incremente consideravelmente as aquisições de milho e trigo dos EUA, em detrimento de outros parceiros internacionais como Ucrânia (milho), Canadá e Austrália (trigo), como forma de cumprimento da primeira fase do acordo EUA-China.

Sobre o milho, o relatório alerta que uma das prioridades da política agrícola destinadas a mitigar o impacto da Covid-19 será o aumento de subsídios e incremento na área cultivada, bem como investimentos em medidas sanitárias para o enfrentamento da lagarta do cartucho que atinge a produção de diversas culturas chinesas, entre elas o milho.

Sustentabilidade ambiental

O estudo da Embrapa também chama atenção sobre a questão da sustentabilidade ambiental relacionada ao setor de proteína animal, com vistas às exportações do agro brasileiro. Internacionalmente, as preocupações com o meio ambiente, a mudança do clima, a preservação das florestas e a questão da sustentabilidade ambiental estão na agenda global. “Para o agronegócio brasileiro, o tema é altamente relevante e é um alerta importante para o futuro das exportações”, avalia Seixas.

Em 2019, ocorreu um aumento acentuado nas atividades sustentáveis relacionadas à carne bovina, globalmente. A iniciativa da Associação Brasileira de Produtores de Carne Carbono-Neutro foi criada para desenvolver a oferta e a demanda por carne bovina produzida em sistemas integrados com florestas que compensam ao final a emissão de gases metano feita pelos animais.

“Definir o que constitui a produção sustentável de proteína animal é complexo, pois os impactos da produção sobre o meio ambiente e os animais variam entre espécies, locais e sistemas agrícolas. Essa falta de clareza dificulta os esforços para desenvolver estratégias de sustentabilidade em longo prazo. Os sistemas de produção de proteínas animais estão em constante evolução e o desenvolvimento tecnológico e a inovação desempenharão atribuições cada vez mais importantes no desenvolvimento do setor de proteína animal. Nesse aspecto a contribuição da Embrapa será fundamental  para a geração de novas tecnologias e novos desenvolvimentos para a agricultura brasileira sustentável.” destaca o relatório da RaboResearch, Food& Agribusiness, 2019.

Fonte: Embrapa

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Combate a agrotóxicos ilegais se multiplica com ações integradas

Evento em Campinas discutiu ações de empresas e do poder público para reduzir ocorrências; destinação de produtos apreendidos foi debatida.

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Atuar na descapitalização de organizações criminosas que atuam no contrabando ou falsificação de agrotóxicos químicos e biológicos tem sido uma estratégia adotada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no combate às fraudes e crimes envolvendo o produto. O assunto foi debatido nesta terça (23), no Workshop sobre Agrotóxicos Ilegais realizado em Campinas (SP). O evento foi promovido por uma associação de empresas de pesquisa, desenvolvimento e inovação que atuam nas áreas de sementes, biotecnologia, defesa vegetal e agricultura digital, a Croplife-BR. 

O Mapa participou do evento na abertura e com uma palestra técnica. O superintendente do ministério no Estado de São Paulo, Guilherme Campos, lembrou que o setor produtivo cobra, com muita justiça, ações de combate à ilegalidade das autoridades competentes. “Vamos fazer a nossa parte para que o mercado de agrotóxicos ilegais seja erradicado da atividade produtiva no campo”, disse. 

Fotos: Divulgação/Mapa

O auditor fiscal federal agropecuário, Julio Cesar Lima, chefe da Divisão de Fiscalização de Agrotóxicos e Afins, lembrou em sua palestra que as ações tomadas por diferentes atores, como polícia militar nos Estados, Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Mapa, Receita Federal, Polícia Civil, Ministério Público, Polícia Federal, entre outras, acabam multiplicando o combate aos produtos ilegais. 

Segundo ele, a recente inclusão do Mapa no Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), em 2019, incrementou a fiscalização sobre contrabando e adulteração de agrotóxicos. A divisão que Julio chefia já realizou nesses quatro anos 37 operações e 26 treinamentos teórico e em serviço para instituições parceiras. 

“Eventos como este de Campinas, onde explicamos desde o conceito de agrotóxicos até as rotas de contrabando, acabam estimulando ainda mais as ações de repressão”, afirmou. Segundo o auditor do Mapa, no passado esses produtos entravam no Brasil pelos países vizinhos, mas agora já são descobertos produtos ilegais chegando em portos e aeroportos brasileiros. 

Com a ação integrada entre várias instituições, há troca de informações e documentos oficiais que permitem ampliar as punições. Por exemplo, mesmo que o Mapa não tenha participado de uma determinada operação, os boletins de ocorrência ou autos de infração lavrados por outra instituição podem embasar o processo administrativo na instância do ministério. Desta forma, as penalidades previstas em diferentes legislações vão se acumulando. 

Outro assunto tratado no workshop foi a dificuldade de encontrar espaços disponíveis para armazenar os produtos ilegais apreendidos. Uma alternativa apresentada por Julio foi utilizar a estrutura de empresas de pesquisa que descartam corretamente seus componentes químicos. Esses resíduos são despejados em tanques, onde o líquido evapora e resta apenas a parte sólida, menos volumosa. Essa borra pode ser destinada à incineração, em uma condição mais favorável. O servidor sugeriu parcerias público-privadas para viabilizar essa medida.  

Dados apresentados no workshop indicam que cerca de 25% dos agrotóxicos utilizados no Brasil são ilegais. Legislação recente do Mapa alterou o valor da multa aplicada, passando do teto de R$ 40 mil para R$ 150 mil para casos considerados gravíssimos, como o contrabando. 

Empresas produtoras de agrotóxicos legais que participaram do evento apresentaram aplicativos e medidas investigativas que estão adotando para ajudar a identificar produtos suspeitos e conter o avanço de organizações criminosas. Uma delas afirmou que investe em processos punitivos até o final, por meio de ações judiciais. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Economia Verde do Paraná alcança R$ 140 bilhões e já representa 32,9% do PIB

Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

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Foto: Alex Adam/SEPL

O Governo do Paraná lançou nesta quarta-feira (24) dois importantes estudos desenvolvidos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com foco na construção de indicadores econômicos: o PIB da Economia Verde Paranaense e a atualização da Matriz Insumo-Produto do Paraná (MIP).

O primeiro traz dados que enfatizam a representatividade econômica desse estrato produtivo para além da sua importância em termos de sustentabilidade. Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

A condição favorável do setor primário (agricultura) se deve à inexistência de atividades reconhecidamente danosas na estrutura produtiva, como a extração de madeira em florestas nativas, caça de animais, retirada de vegetação natural para a produção de carvão e coleta de palmito não plantado, entre outras. Em relação aos Serviços, o estudo aponta aderência à Economia Verde nas subatividades de transporte, armazenagem e correio, além da administração pública. O desafio é maior na Indústria por causa dos pesos do refino de petróleo e da fabricação de automóveis.

Outro aspecto positivo da matriz paranaense é que os chamados Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUPs), que abrangem a geração de energia elétrica e o saneamento, entre outros, estão integralmente incorporados à Economia Verde, refletindo a utilização de fontes renováveis e os benefícios gerados em âmbito social, incluindo as questões de saúde da população.

A Economia Verde é entendida como um modelo econômico que tem o objetivo de melhorar o bem-estar da população, ao mesmo tempo em que procura reduzir os riscos ambientais e promover o uso racional dos recursos naturais. Além disso, as ações propostas envolvem a mitigação dos danos ambientais e a aplicação de medidas para a amenização dos impactos das mudanças climáticas.

A discussão sobre esse setor é tendência mundial e abrange sustentabilidade, transição energética, clima, segurança alimentar e descarbonização das cadeias, áreas em que o Paraná ocupa excelente posição em relação a outros estados e países e caminha para avançar ainda mais. “O Paraná foi reconhecido, por três vezes consecutivas, como o Estado mais sustentável do Brasil e está bem posicionado naqueles grandes atributos verdes. Temos que gerar agora um ambiente favorável para que as empresas possam se capitalizar dessa realidade”, disse o secretário de Planejamento, Guto Silva.

Segundo ele, com esse recorte do PIB da Economia Verde, vai ser possível alavancar novos negócios e trazer as empresas e entidades para esse debate. “Isso é importante para que a gente possa ter um olhar a longo prazo, em que o Paraná possa gerar emprego, aumentar sua renda e, sobretudo, aproveitar essa tendência verde para o qual o mundo tem dado cada vez mais atenção”, complementou.

Os dados estão baseados em informações detalhadas do cálculo do PIB do Estado, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ipardes, e a seleção de atividades definida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), amparada em diversas pesquisas de entidades internacionais.

“Com esse novo índice, é possível observar a parcela da produção estadual de bens e serviços que está comprometida com a sustentabilidade, não somente ambiental como social, podendo subsidiar a elaboração de políticas públicas que buscam conciliar o desenvolvimento com a redução dos riscos ambientais e o uso racional dos recursos naturais”, afirmou o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.

Matriz insumo-produto

Já a Matriz de Insumo-Produto do Paraná construída pelo Ipardes com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda mede os impactos de intervenções públicas ou privadas na economia local (produção, emprego e renda) das atividades econômicas, de projetos governamentais e do setor privado de determinada região. O ano base do relatório é 2018.

A mensuração dos efeitos socioeconômicos das obras de infraestrutura ou da instalação de grandes empreendimentos produtivos é um dos exemplos do uso da MIP, que também pode subsidiar o desenho de políticas de desenvolvimento. A análise setorial por meio da MIP permite identificar quais os setores preponderantes sob diversas óticas, tais como geração de renda e emprego, inter-relação setorial, multiplicadores de valor adicionado e de impostos, entre outras.

A MIP paranaense foi construída com base na Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Estado, que, por sua vez, traz informações obtidas por meio de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) fornecidas pela Secretaria da Fazenda.

“O PIB da Economia Verde do Estado e a Matriz Insumo-Produto do Paraná são documentos técnicos que têm a função de embasar não só políticas públicas, mas iniciativas dos demais setores produtivos e realizar o diagnóstico e o monitoramento do impacto social, econômico e ambiental dessas atividades”, complementou Callado.

Presenças

Participaram do lançamento dos estudos os secretários estaduais da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o ex-governador e secretário do Codesul/PR, Orlando Pessuti, e representantes de entidades de setores produtivos.

Fonte: AEN-PR
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Subsecretaria de Tecnologia da Informação trabalha para modernizar Ministério da Agricultura

Objetivo é deixar o órgão mais contemporâneo, focado no desenvolvimento de inovações tecnológicas para o serviço público e para a sociedade.

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Foto: Divulgação/Mapa

Uma das áreas de atuação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é o de sistemas com informações voltadas para o agronegócio. Para isso, a Subsecretária de Tecnologia da Informação (STI) trabalha no desenvolvimento de inovações tecnológicas para os servidores e para a sociedade.

Um exemplo foi o lançamento, no início do mês de abril, da versão eletrônica da emissão de Certificados Sanitários Nacionais (CSN) para o trânsito de produtos de origem animal no território brasileiro. A iniciativa visa dar mais eficiência e rapidez neste processo, trazendo benefícios tanto para o serviço público quanto para as empresas que as utilizam, além de melhor rastreabilidade e maior segurança.

Já foram mais de mil requerimentos e cerca de 500 pedidos analisados. A ferramenta foi desenvolvida dentro do Sistema de Informação Gerencial do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF), em um trabalho conjunto com a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). “O trabalho realizado hoje aqui no Mapa é para deixar um legado de um Ministério contemporâneo, mais moderno, mais eficiente, mais rápido, com menos gargalos, para que tudo isso funcione mais rápido”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

De acordo com o subsecretário Camillo Mussi, o próximo passo será a implementação da extensão para a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSI), de acordo com as tratativas e aceitação dos países importadores. A medida deve beneficiar as exortações dos produtos brasileiros.

Além disso, também está em fase final de desenvolvimento a certificação sanitária eletrônica internacional de produtos de origem vegetal, chamada de E-Phyto. “Isso vai trazer uma rapidez nas exportações brasileira de produtos vegetais, além da diminuição de custos para o Brasil e a diminuição do tempo de armazenamento de cagas no porto”, afirma Mussi.

Cada Secretaria do Mapa conta com profissionais de desenvolvedores e gerentes de projetos da STI para a criação de novos programas, modernização de sistemas e manutenção. Além disso, a Portaria Mapa nº 614/2023 apresenta as diretrizes para as contratações de soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação no Ministério.

Outro ponto de trabalho é a garantia de segurança de sistemas. Atualmente a Subsecretaria é responsável pela gestão dos servidores do Mapa, das Superintendências Federais de Agricultura (SFAs); do Instituto do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet); do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); e do Ministério de Pesca e Aquicultura (MPA).

Só no Mapa são mais de 10 mil usuários, além de mais de 176 pontos espalhados entre os estados, desde as SFAs e laboratórios. É a segunda maior estrutura de gestão tecnológica entre os Ministérios.

A STI realiza campanhas de conscientização de segurança da informação e links de transmissão com segurança de proteção na ponta de dados. Foram 83 instalações de aquisição de soluções de segurança, distribuídos entre os órgãos.

Entre as novidades que estão por vir, Mussi revelou que a partir do mês de maio, as Superintendências, os Laboratórios e as demais estruturas, contarão com rede de Wi-Fi sem fio com mais segurança e proteção.

Há também a elaboração de painéis de acompanhamento, chamado de dashboards, sendo uma realização em parceria com as Secretarias e os outros órgãos, como Sistema PesqBrasil e o lançamento que irá ocorrer em maio do Cadastro de Agricultor Familiar 3.0.

Foram lançados ainda a Política de Segurança da Informação o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (Pdtic) 2023-2025. Além disso, o Comitê Segurança da Informação (CSI/Mapa) realiza reuniões ordinárias e extraordinárias, conforme a legislação.

Além disso, foi trabalhado pela STI a automatização dos controles das demandas recebidas pelo Mapa na Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação, conhecida como Fala.BR. A medida gerou evolução no atendimento, com melhor monitoramento e controle das demandas, cuja resposta dentro do prazo foi facilitada. O próximo passo, em elaboração, será o Plano de Dados Abertos, parceria entre a STI e a Ouvidoria.

Para todos estes trabalhos, ações e execuções, a Subsecretaria de Tecnologia teve o investimento de 71 milhões em 2023. Para este ano, a previsão de investimento é de 80 milhões.

Fonte: Assessoria Mapa
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