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El Niño pode favorecer ocorrência da principal doença do trigo

Temperaturas acima da média e excesso de chuvas podem favorecer incidência de giberela.

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Foto: Diogo Zanata

Temperaturas acima da média e excesso de chuvas trazidas pelo fenômeno El Niño formam o ambiente perfeito para o fungo causador da giberela, principal doença do trigo. Veja as orientações da pesquisa para reduzir os danos com a doença.

A giberela é uma doença causada pelo fungo Gibberella zeae (Fusarium graminearum) que ataca as espigas dos cereais de inverno, ocasionando perdas de até 25% no rendimento de grãos, além do potencial de contaminação dos grãos por micotoxinas, que prejudicam a saúde humana e animal. Giberela é o principal problema que afeta as lavouras de trigo, cevada e triticale no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e região centro-sul do Paraná, especialmente em anos de El Niño, quando são frequentes períodos de alta umidade do ar com precipitação pluvial em dias consecutivos e temperaturas entre 24 e 30ºC, que potencializam a ocorrência de epidemia na Região Sul.

Por se tratar de um fungo que ataca a espiga, a planta de trigo fica mais suscetível à giberela a partir do florescimento até a fase final de enchimento de grãos. No PR, segundo o Deral, quase metade das lavouras estão nas fases de floração e frutificação, ou seja, suscetíveis à incidência de giberela. Nos estados do RS e SC, as lavouras são implantadas mais tarde, com espigamento do trigo previsto entre os meses de agosto e setembro.

“Sempre orientamos o produtor a monitorar a lavoura para fazer o manejo de doenças em trigo, mas no caso da giberela a recomendação é monitorar as previsões climáticas para fazer o controle preventivo e evitar que o fungo chegue à espiga”, explica a fitopatologista Cheila Sbalcheiro, da Embrapa Trigo.

Conforme Cheila, para o melhor controle da doença é preciso fazer a proteção antecipada da espiga. Assim, por exemplo, com previsão de chuva nas próximas 24h a 72h, a orientação é aplicar o fungicida antes da chuva e repetir a operação após 7 a 10 dias se houver nova previsão de chuva.

Qual o melhor controle?

Como até o momento não existem cultivares de trigo com total resistência genética à giberela, o controle químico tem sido a forma mais indicada de controle, mas a eficácia é variável entre os princípios ativos, sendo também afetada pela favorabilidade ao desenvolvimento da doença em função das condições do ambiente e diferenças genéticas entre as cultivares. De forma geral, a eficiência no controle com fungicidas varia de 60 a 80%, mas o manejo químico deve estar associado a cultivares com resistência, mesmo que parcial, e à aplicação do fungicida no momento correto.

Para auxiliar na escolha de fungicidas mais eficazes no controle de giberela do trigo, proporcionando proteção do potencial produtivo das lavouras com redução do volume de agroquímicos aplicados por área, em 2011 foi criada a Rede de Ensaios Cooperativos, que reúne diversas instituições de pesquisa e empresas produtoras de fungicidas, visando avaliar, anualmente, a eficácia de produtos (registrados ou em fase de registro) para o controle da giberela, sob infecção natural, nas principais regiões produtoras de trigo.

Atualmente, participam da Rede de Ensaios Cooperativos as empresas/instituições: G12 Agro, EEACG, 3M Experimentação Agrícola, CCGL, Agronômica, Instituto Agris, Embrapa Trigo, Agrotecno Research, Biotrigo Genética, 3tentos e Universidade Federal de Viçosa. Em 2022, foram conduzidos 12 ensaios de pesquisa em oito locais: Guarapuava/PR, Palmeira/PR, Ponta Grossa/PR, Cruz Alta/RS, Jaboticaba/RS, Passo Fundo/RS, Santa Bárbara do Sul/RS e Viçosa/MG. Foram utilizadas cultivares de trigo com diferentes reações à giberela e adaptadas às regiões dos ensaios.

Os tratamentos (fungicidas comerciais de diferentes grupos químicos, isolados ou em misturas formuladas e registradas, e produtos com Registro Especial Temporário para experimentação) foram definidos conjuntamente entre instituições de pesquisa e empresas fabricantes (Bayer, Ihara e Syngenta). Foram avaliados uma testemunha sem fungicida (controle negativo), uma testemunha com fungicida (controle positivo) e outros três tratamentos com diferentes fungicidas. Para cada fungicida, foram realizadas três aplicações, a primeira no início da floração (25% a 50%), e as demais em intervalos entre 7 a 12 dias, conforme protocolo, utilizando-se pulverizador costal, com pressão constante, ponta 110:02 duplo leque sem indução de ar e vazão de 200 L ha-1.

Todos os fungicidas em análise reduziram a incidência e índice de giberela, com eficiência de controle da doença de 60,9% a 82,7%. Para saber mais sobre os tratamentos com os fungicidas utilizados, acesse a publicação Eficiência de fungicidas para controle de giberela do trigo – Resultados da Rede de Ensaios Cooperativos do Trigo – safra 2022.

Fonte: Assessoria Embrapa Trigo

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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