Suínos
Efeitos do uso de minerais orgânicos no melhor desempenho e qualidade da produção animal
Minerais orgânicos melhoram parâmetros de desempenho produtivo e diminuem a contaminação do meio ambiente por dejetos.
A evolução das técnicas de criação tem possibilitado melhores desempenhos produtivos e reprodutivos das aves e suínos, permitindo aos nutricionistas formularem dietas cada vez mais específicas para atender, com maior precisão, as exigências dos animais.
Nas últimas décadas houve uma grande evolução na produção animal, principalmente em termos de conversão alimentar e ganho de peso, resultando em melhores índices zootécnicos. Este processo evolutivo nos proporcionou animais mais saudáveis, uma vez que os 3 pilares: sanidade, nutrição e genética tiveram grandes investimentos.
Portanto, estamos vivendo bons momentos com relação a melhoria destes índices graças a todo um trabalho feito em torno dessa temática. São inúmeros pesquisadores do Brasil e do mundo trabalhando continuamente em busca da melhoria dos processos e de uma produção animal cada dia mais eficiente, para que a indústria possa produzir alimentos mais saudáveis, que demandem menos recursos naturais, totalmente alinhado a um consumidor cada vez mais exigente e preocupado com o que está sendo colocado à sua mesa.
Hoje somos referência na produção de proteína animal, e a alimentação é tema de grande importância no Brasil. Grandes países produtores se espelham e acompanham de perto a produção nacional. Os cuidados dispensados à sanidade, nutrição e manejo, associado à vocação dos produtores e boa assistência técnica, refletem nossos excelentes resultados. Esta estrutura de produção compreende um modelo vencedor e outros países buscam no sucesso brasileiro um caminho a ser copiado.
O Brasil é um grande exportador e temos a atenção do mundo quando trata-se do tema originação de proteínas animais. Justamente por isso, precisamos estar muito atentos às questões como custos de produção, segurança alimentar, contaminações e consumo de recursos. Itens estes que agregam a pauta de um Brasil produtor de alimentos para o mundo.
Impacto da alimentação na produção animal
Todo animal de produção é resultado em grande parte do que consome, desta forma o impacto da alimentação é direto. Questões como acesso a um alimento completo e bem balanceado, produto resultante de matérias-primas cuidadosamente selecionadas, inevitavelmente resultará em desempenho zootécnico superior quando comparado a animais que não receberam os mesmos cuidados na produção do alimento.
Com relação a aves e suínos, a expectativa de cada ciclo é de atender os objetivos (metas) traçados por cada integradora, porém cada dia mais evidencia está sendo dada à poluição gerada ao meio ambiente. Essa é outra questão importante, não apenas produzir com menor custo, mas também causando o menor impacto possível.
Dentre os pontos que precisam ser reduzidos, podemos destacar os dejetos provenientes do alimento não aproveitado, afinal, os animais de produção consomem milho, soja, microminerais, macrominerais, aminoácidos. Quanto maior a biodisponibilidade destes ingredientes ofertados, menor será a geração de resíduo e maior será a deposição nos tecidos para formação de músculos, ossos e demais estruturas.
A alimentação é bastante complexa, não se limitando apenas a oferta de alimentos, ou seja, qualidade de alimento e resultado zootécnico são totalmente dependentes.
Dietas específicas
Fornecer dietas específicas nada mais é do que atender necessidades individuais, mas que no mundo da produção animal é tratado como população. Em cada espécie animal existe uma demanda de nutrientes por fase (inicial, crescimento, terminação), dessa forma é fundamental que o especialista em nutrição seja o mais preciso possível para atender corretamente os níveis nutricionais necessários.
Minerais orgânicos
O uso de minerais orgânicos em substituição a minerais inorgânicos é uma pauta em evidência. Muito tem se trabalhado com esta tecnologia e pesquisas relevantes dão sustentação a esta substituição como uma solução importante para a produção animal. Isso porque a função deles está relacionada com a formação dos tecidos como pele, músculos, ossos, penas, casca dos ovos, imunidade, influência direta na produção de sêmen dos reprodutores entre outras funções, todos fatores associados com microminerais.
Os minerais orgânicos entram de forma muito positiva possibilitando otimização de níveis de microminerais ofertados no alimento (ração), uma vez que falamos de um mineral que passou por um processo de ligação com pequenos peptídeos, ou com aminoácidos, cuja absorção no intestino animal ocorre de forma muito mais eficiente.
Muito importante de se destacar é que o consumo menor de minerais na forma inorgânica incide em redução de riscos com contaminantes, por exemplo, metais pesados. Como mencionado anteriormente, quanto maior a biodisponibilidade de um ingrediente da ração, menor será sua presença nos dejetos animais (fezes). Desta forma, o uso de minerais orgânicos na dieta promove uma produção mais eficiente, com menor demanda de recursos, menor contaminação do meio ambiente e atendendo uma preocupação do consumidor com a sustentabilidade dos alimentos colocados nos seus lares.
O produtor precisa ter em mente que o seu rebanho será melhor atendido se estiver consumindo minerais na forma orgânica. Os resultados zootécnicos que ele espera da sua produção serão mais bem suportados com esta forma de suplementação, já que a absorção dos microminerais será mais eficiente.
Do ponto de vista econômico, o uso de minerais orgânicos apresenta vantagens também no que se refere a custos. Há pelo menos 15 anos o Brasil produz minerais orgânicos de alta qualidade, com tecnologia exclusiva desenvolvida e patenteada no país. Importante que quando falamos de uma produção interna, impactos como fretes marítimos, custos de insumos dolarizados, taxas alfandegarias, são fatores irrelevantes para este tipo de indústria.
O Brasil está muito bem atendido com produção nacional e com a questão de custos. Os benefícios da substituição de minerais inorgânicos por minerais orgânicos são inúmeros. O alto nível de pesquisas recentes e com testes e avaliações animais permitem implantar o uso de minerais orgânicos de forma totalmente conectada com os custos necessários na produção animal, sendo um investimento e tendo resultados positivo como grande aliado do produtor.
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Suínos
Uso de minerais para potencializar o desempenho de leitoas
Minerais quelatados demonstram ser mais biodisponíveis, evitando antagonismos e oferecendo vantagens em relação a outras fontes de minerais.
Artigo escrito por Débora Reolon, DVM Ph.D. e gerente Sênior de Serviços Técnicos na Novus
As leitoas, ou marrãs, representam o potencial de futuro da suinocultura e, em geral, constituem a maior porcentagem da população do rebanho reprodutor em relação a outras paridades. As leitegadas de leitoas têm o maior custo de leitões desmamados, tornando imperativa a retenção além do primeiro parto. O desenvolvimento, o manejo e a seleção de leitoas de reposição são de grande relevância para a longevidade das matrizes, a produtividade ao longo da vida e o retorno por matriz inventariada.
A taxa média de reposição de matrizes a nível mundial é superior a 50%. Isso se deve principalmente à falha de retorno ao estro pelas matrizes no pós-parto, ao mau desempenho reprodutivo, às más condições de saúde do sistema locomotor, à mortalidade/eutanásia e ao anseio de acelerar o progresso genético através da introdução de leitoas.
Com maior sensibilidade ao manejo nutricional, as leitoas com genótipo de fêmeas hiperprolíficas tendem a ter um maior potencial de crescimento magro, mas com menor taxa de consumo alimentar. Nesse caso, uma das alternativas seria reduzir a velocidade de crescimento e a deposição de proteínas e armazenar mais minerais e gordura, para sua posterior utilização na lactação, período em que o equilíbrio entre a ingestão e as necessidades não seria adequado.
A substituição dos minerais inorgânicos tradicionais por uma forma altamente biodisponível de minerais biquelatados pode ajudar matrizes hiperprolíficas a manter um peso corporal consistente (constante). Juntamente com o suporte às matrizes, estudos demonstram que a alimentação com minerais orgânicos biquelatados também pode aumentar a longevidade até a terceira paridade e resultar em uma redução de 7% na mortalidade das matrizes.
Vários estudos resumindo um conjunto de dados de mais de 200.000 partos, em que as matrizes foram alimentadas com minerais orgânicos biquelatados altamente biodisponíveis, revelaram alguns dados importantes (Tabela 1):
- Maior número de matrizes retiras até o terceiro parto;
- Taxa de mortalidade 7% menor nas matrizes;
- Redução na taxa de mortalidade de leitões em mais de 1%
- Aumento significativo no número de leitões desmamados por matriz ao longo da vida
- Nascimento de 3 leitões desmamados a mais por matriz ao longo da vida
Os minerais quelatados demonstram ser mais biodisponíveis, evitando antagonismos e oferecendo vantagens em relação a outras fontes de minerais. Comparativamente, os minerais biquelatados teriam mais efetividade na absorção visto que são protegidos por duas moléculas de HMTBa (metionina hidroxianálogo) através de ligações químicas mais fortes. Essa estrutura resulta em uma carga neutra, reduzindo as reações de minerais com outros componentes da dieta – o que, por sua vez, otimiza a absorção mineral, melhorando os resultados relacionados com a longevidade, a produtividade e integridade estrutural em leitoas.
Suporte à integridade estrutural
Uma das principais razões para a baixa produtividade em leitoas e matrizes é a claudicação. A claudicação clínica é responsável por reduzir a taxa de nascimentos da fêmea em até 1,5 partos e também por diminuir significativamente o número de leitões nascidos.
Elementos como Zn, Cu e Mn são essenciais para o desenvolvimento estrutural. Uma pesquisa conduzida em 2023 indica que a fonte de minerais afeta o desenvolvimento do tecido ósseo, a síntese de cartilagem e a relação síntese: degradação de cartilagem de uma maneira diferente. A forma quelatada de metionina hidroxianálogo de Zn, Cu e Mn promoveu uma melhora nessas medidas de desenvolvimento estrutural em um grau maior do que os minerais fornecidos na forma inorgânica ou como glicinato ou complexo de aminoácidos. A melhoria no desenvolvimento estrutural deve resultar em uma leitoa mais resiliente aos desafios estruturais. Isso resulta em uma menor taxa de remoção por fatores estruturais e também em uma maior produtividade e utilização da leitoa no rebanho. A pesquisa é capaz de demonstrar a eficiência do uso de minerais orgânicos na redução da taxa de remoção relativa por problemas locomotores. Estudiosos observaram que fêmeas alimentadas com minerais biquelatos versus grupo-controle tiveram uma taxa de remoção 34% menor. Além disso, as leitoas apresentaram escores (pontuações) mais altos de marcha e concentrações plasmáticas mais elevadas de osteocalcina (um importante biomarcador da síntese óssea), bem como menores taxas de mortalidade e remoção global (Gráfico 1).
Desenvolvimento de Leitoas e Produtividade de Matrizes
Estudos podem demonstrar o impacto positivo exercido pela suplementação mineral adequada sobre a produtividade de leitoas. Pesquisadores demonstraram que leitoas alimentadas com minerais biquelatados podem alcançar maior longevidade. Elas também apresentam uma melhoria na taxa de nascimentos de 1,4 pontos percentuais, uma redução no intervalo entre o desmame e o cio em 0,8 dias e uma taxa de repetição menor 2,2%.
Outros estudos demonstraram um efeito positivo da alimentação com minerais Zn, Cu e Mn durante o desenvolvimento em leitoas que chegam ao primeiro parto. Nesse caso, um total de 10.725 leitoas tratadas com estes minerais em substituição a 50% dos minerais inorgânicos apresentaram uma redução significativa na taxa de remoção desde a primeira cobertura ao nascimento. Além disso, a taxa de remoção por problemas locomotores foi menor, e esses resultados também foram observados nos partos subsequentes (Tabela 2).
Impacto dos Minerais na Epigenética
Além disso, a adição de minerais orgânicos biquelatados às dietas na fase de creche em ensaios de pesquisas promoveu significativamente o crescimento dos leitões, melhorando o ganho de peso corporal e a relação consumo de ração: ganho de peso. Isso pode ser o resultado de vias epigenéticas que modificam o potencial de crescimento dos leitões.
A epigenética é o estudo de mudanças fenotípicas hereditárias que não envolvem alterações no DNA. A epigenética prepara de maneira eficaz a progênie (descendência) para o seu ambiente, alterando a frequência de expressão do DNA e a frequência com que determinadas sequências de DNA são expostas à cópia.
Um estudo realizado na Universidade do Estado da Carolina do Norte descobriu que a substituição de minerais inorgânicos por minerais orgânicos biquelatados nas dietas de matrizes resultou em uma redução de marcadores inflamatórios em seus leitões. O marcador inflamatório Nf-KB (fator nuclear kappa-B) foi reduzido, resultando em menos cascatas inflamatórias que poderiam prejudicar a saúde geral dos leitões e sua resposta ao estresse, especialmente no trato gastrintestinal ao desmame.
Os leitões de matrizes que foram alimentadas com minerais mais biodisponíveis também apresentaram maior acetilação de histonas, o que permitiu a proliferação de células musculares. Adicionalmente, os leitões exibiram menos fatores responsáveis pela diminuição na formação do tecido muscular esquelético; portanto, as fibras musculares crescem a uma taxa mais próxima do máximo potencial genético do animal.
A adição de minerais orgânicos biquelatados altamente biodisponíveis às dietas de leitoas pode melhorar o desenvolvimento e a consistência desses animais quando se tornam matrizes, resultando em maior produtividade, maior retenção de matrizes para mais gestações, maior número de leitões desmamados por tempo de vida, maior desempenho dos leitões após o desmame, e maior rentabilidade.
Conclusão
A alimentação de leitoas com minerais orgânicos biquelatados biodisponíveis pode melhorar significativamente seu desempenho ao longo da vida, reduzir a taxa de remoção e melhorar a retenção das fêmeas no plantel reduzindo significativamente o custo de produção.
As referências bibliográficas estão com a autora. Contato: manara.grigoletti@novusInt.com.
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Suínos
Filipinas assume primeiro lugar nas exportações de carne suína do Brasil em 2024
Setor registra recorde mensal em receita dos embarques; embarques mensais crescem 40,7% e registram segundo melhor desempenho histórico.
As exportações de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 130,9 mil toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número é o segundo melhor saldo mensal da história do setor, e supera em 40,7% as exportações registradas no mesmo período do ano passado, com 93 mil toneladas.
Em receita, o saldo é recorde: total de US$ 313,3 milhões em outubro, superando em 56,4% o total realizado no décimo mês do ano passado, com US$ 200,3 milhões.
No ano (janeiro a outubro), as exportações de carne suína acumulam alta de 10,7% em volumes, alcançando 1,121 milhão de toneladas exportadas nos dez primeiros meses de 2024, contra 1,013 milhão de toneladas no mesmo período do ano anterior.
A receita de exportações em 2024 também é positiva, com alta de 5,2%, com total de US$ 2,482 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, contra US$ 2,361 bilhões no mesmo período do ano passado.
No levantamento por destino, as Filipinas assumiram, pela primeira vez, o primeiro lugar nas exportações de carne suína do Brasil no acumulado do ano, com total de 206 mil toneladas exportadas entre janeiro e outubro de 2024, saldo 103,3% maior em relação ao mesmo período do ano anterior. Em seguida estão China, com 199,9 mil toneladas (-40,6%), Chile, com 92,5 mil toneladas (+33,9%), Hong Kong, com 89,4 mil toneladas (-11,8%) e Japão, com 75,8 mil toneladas (+137,2%).
“Após anos como principal destino das exportações de carne suína do Brasil, a China cedeu lugar para as Filipinas, em um momento em que vemos o setor ampliar significativamente a capilaridade de suas exportações. No mês de outubro, dos 10 primeiros importadores, apenas dois não registraram crescimentos expressivos, o que coloca a suinocultura exportadora do Brasil em um novo quadro, com maior sustentabilidade comercial”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Santa Catarina segue como principal exportador de carne suína do Brasil, com 68,6 mil toneladas exportadas em outubro, saldo 45,7% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida estão Rio Grande do Sul, com 27,6 mil toneladas (+25,6%), Paraná, com 20,6 mil toneladas (+44,5%), Mato Grosso, com 3 mil toneladas (-19,2%) e Mato Grosso do Sul, com 2,9 mil toneladas (+54,6%).
Suínos
Indústrias de suínos do Paraná geraram mais de quatro mil novos empregos no ano passado
Estado registrou em 2023 o maior aumento absoluto no número de empregos formais em frigoríficos que abatem suínos. Foram registrados 4.060 vínculos empregatícios, 17% a mais que em 2022, representando 67% do total de vagas geradas no Brasil segmento industrial.
Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que o Paraná registrou em 2023 o maior aumento absoluto do Brasil no número de empregos formais em frigoríficos que abatem suínos, quando comparado ao ano anterior. Os dados estão no Boletim de Conjuntura Agropecuária, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 1º a 7 de novembro.
Em 31 de dezembro de 2023, o Estado contabilizou um acréscimo de 4.060 vínculos empregatícios nas indústrias da suinocultura, um crescimento de 17% em comparação com a mesma data de 2022. Na comparação anual o numero de empregos passou de 23.683 registros 2022 parta 27.743 em 2023. Isso representou 67% do total de vagas geradas no País nesse segmento no período. Em seguida, destacaram-se o Rio Grande do Sul, com aumento de 671 empregos (11% do total nacional), e Santa Catarina, com 570 novos postos (9% do total).
A nível nacional, o crescimento em 2023 foi de 5,4%, o que equivale a 6.072 novos postos de trabalho, somando 119.555 empregos formais na categoria.
Em termos de volume de produção, Santa Catarina, maior produtor nacional de carne suína, liderou o total de postos de trabalho, com 33.657 vínculos ativos, representando 28% do total nacional. O Paraná ficou em segundo lugar, com 27.743 vínculos ativos (23% do total), seguido pelo Rio Grande do Sul com 18.092 (15%), Minas Gerais com 12.415 (10%) e Mato Grosso do Sul com 7.768 (6%).
Por outro lado, o setor nacional de criação de suínos, que abrange a criação para produção de carne, banha e sêmen, apresentou uma redução de 3,6% no número de vínculos formais em 2023 (1.285 empregos). O Paraná ocupou a segunda posição no número total de empregos formais nas granjas de produção, com 5.278 postos de trabalho (15% do total), ultrapassado apenas por Minas Gerais, com 9.020 postos preenchidos, representando 26% do total nacional. “Esses dados refletem a dinâmica do mercado de trabalho no setor de suínos em 2023. Enquanto o crescimento da industrialização da carne gerou um aumento nas vagas de emprego nos frigoríficos, a elevação dos custos de produção pode ter dificultado a manutenção de empregos formais nas granjas de suínos”, analisou a veterinária do Deral Priscila Cavalheiro Marcenovicz.
Soja
A produção nacional de soja para a safra 2024/25, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de 166 milhões de toneladas, 12,7% maior que a
safra anterior. No Paraná, o plantio já superou os 84% dos 5,8 milhões de hectares esperados para a safra. A previsão é que sejam colhidas 22,4 milhões de toneladas, se as condições continuarem favoráveis.
Feijão
O boletim indica que o preço da saca de feijão para os produtores paranaenses caiu 13%, passando de R$ 306,88 em setembro para R$ 267,79. No mercado atacadista, a redução foi de 2%, com o fardo de 30kg diminuindo de R$ 182,33 para R$ 179,12. Já no varejo, houve aumento de 4%, com o pacote de 1kg subindo de R$ 7,38 para R$ 7,68.
Leite
Dados da pesquisa trimestral do leite do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que dos mais de 12 bilhões de litros adquiridos pela indústria brasileira no primeiro semestre do ano, 14,7% foram produzidos no Paraná. O Estado segue como segundo maior produtor do país, sendo superado por Minas Gerais, com 25% da produção.
Ovos
O boletim também mostra que a produção total de ovos para consumo (“in natura”, industrializadas ou para exportação) no Brasil atingiu 1,8 bilhão de dúzias no primeiro semestre de 2024, representando um crescimento de 10% sobre o período do ano anterior, cujo volume produzido foi de 1,6 bilhão de dúzias. O Paraná produziu 99 milhões de dúzias (correspondendo a 5,4% do total nacional), um volume 6,5% maior que a produção do ano anterior (93,8 milhões de dúzias), ocupando o oitavo lugar no ranking nacional.