Empresas
Educadores debatem escolas como protagonistas
Encontro realizado em Curitiba reuniu cerca de 2 mil profissionais que trabalham com os programas A União Faz a Vida, do Sicredi, e Cooperjovem, do Sescoop/PR
Discutir e projetar o futuro da educação, as escolas como protagonistas na comunidade e com ensino que permita a inclusão do aluno para uma sociedade mais ética e colaborativa. Assim foi a edição 2018 do Encontro Interestadual dos Programas A União Faz a Vida e Cooperjovem, coordenados pelo Sicredi e pelo Sescoop/PR, respectivamente. Cerca de duas mil pessoas se reuniram no grande auditório do Teatro Positivo, em Curitiba, e foram surpreendidas por personagens do cinema, como Charles Chaplin, Carmen Miranda, Cleópatra e Malévola. Apresentações que encantaram ao público e ajudaram a contar histórias de educadores que, de tão inspiradoras, dariam um filme.
Na primeira palestra do dia a mestre em Desenvolvimento Curricular e Educação Inclusiva pelo Teachers College da Columbia University (EUA), Letícia Lyle, relembrou sua época de estudante e falou sobre educação de qualidade e a importância das competências socioemocionais no cotidiano escolar.
Em seguida, a equipe da Escola de Criatividade de Curitiba propôs um momento para o compartilhamento de ideias, o 15×15. Cinco educadores com diferentes experiências e histórias inspiradoras compartilharam ações desenvolvidas nas escolas onde atuam e falaram dos resultados obtidos a partir de projetos que ousaram propor uma educação fora dos padrões convencionais.
Jean Sigel, da Escola de Criatividade, ainda conduziu o Provóquios, iniciativa que tem como premissa não debater problemas, mas provocar soluções. Dividida em dois blocos, a atividade contou com a presença de professores, alunos e pessoas ligadas ao cooperativismo. A abertura da atividade foi com o clipe da música Another Brick In The Wall, do grupo Pink Floyd. A partir dessa provocação os participantes discutiram a educação "pasteurizada" e a importância de construir uma escola que leve em consideração as diferenças, agregando os estudantes e interagindo com a comunidade.
Um dos momentos mais emocionantes do evento foi protagonizado por um ex-aluno do programa A União Faz a Vida (PUFV). Otávio é deficiente visual e contou como o projeto ajudou no processo de inclusão e na busca por seus sonhos. O ex-participante do PUFV agora estuda para se formar professor e inspirar novas histórias de superação.
O empreendedor social e fundador do Instituto Elos, Edgard Gouveia Júnior, encerrou o evento com uma palestra bem humorada sobre como jovens motivados podem construir ações transformadoras para a sociedade.
Para o presidente Nacional do Sistema Sicredi e da Central Sicredi PR/SP/RJ, Manfred Dasenbrock, em dez anos do Programa A União Faz a Vida na área de atuação da Central PR/SP/RJ, já foi possível perceber muitos avanços em relação à melhoria da educação. “Nosso trabalho é feito para que os professores motivados busquem um ensino com cada vez mais qualidade, que desperte a curiosidade dos alunos e resulte em brilho nos olhos. A educação é transformadora, mas precisa do empenho das escolas, educadores, da família e da comunidade. Já avançamos muito e hoje estamos atuando em mais de 700 escolas nos municípios da área de atuação da Central PR/SP/RJ, com a participação de mais de 99 mil alunos. E seguiremos atuando para fazer a diferença em mais comunidades”, afirmou.
Já o Programa Cooperjovem é realizado em vários municípios do Paraná em parceria com as cooperativas Agrária, C.Vale, Castrolanda, Cocamar, Cocari, Colégio Cooperativa da Lapa, Coopagricola, Coopermundi, Copacol, Copagril, Frísia, Lar e Sicoob.
A gerente geral da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Tania Zanella, destacou a importância dos professores para andamentos dos programas desenvolvidos pelas cooperativas. “Hoje o Cooperjovem está engajado com quase 300 mil crianças e adolescentes do País e não tenho dúvida do quanto o projeto faz a diferença para o futuro do Brasil. Esse trabalho é espelho dos valores e dos princípios cooperativistas e tenho certeza que só é possível graças ao patrocínio das nossas cooperativas e os grandes protagonistas, que estão aqui sentados: os nossos professores”, destacou.
A União Faz a Vida
Desenvolvido pelo Sicredi há mais de 20 anos, o programa é a principal iniciativa de responsabilidade social da instituição financeira cooperativa. Somente nos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro o projeto já impactou diretamente mais de 99 mil crianças e adolescentes de 764 escolas, em 156 municípios. No Paraná o programa completou 10 anos em 2017 e entre os resultados positivos estão o melhor desempenho escolar dos alunos que frequentam as escolas participantes e o maior engajamento dos pais – o que resultou em um aumento médio de 30% no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) nas cidades que receberam o programa.
Cooperjovem
Tendo por objetivo promover o intercâmbio entre as escolas municipais e cooperativas, inserindo a educação cooperativa no cotidiano escolar, o Programa Cooperjovem, coordenado pelo Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo no Paraná (Sescoop/PR), acontece em 367 escolas de 67 municípios, reunindo 31.264 alunos e 1.753 professores capacitados. O programa proporciona aos educadores a vivência do trabalho coletivo e a identificação de práticas educacionais pautadas na cultura da cooperação, formando cidadãos mais solidários, participativos, autônomos e comprometidos com um futuro socialmente justo, democrático e sustentável. A integração escola-família e comunidade é incentivada e promove a construção coletiva de soluções às demandas educacionais.
Fonte: Ass. de Imprensa

Empresas Discussões sanitárias
American Nutrients reforça a cadeia exportadora da carne suína ao aderir ao programa livre de ractopamina
A empresa oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade

A ractopamina, um agonista β-adrenérgico amplamente utilizado para melhorar ganho de peso e eficiência alimentar em suínos, permanece no centro das discussões sanitárias internacionais. Embora seu uso seja regulamentado no Brasil, diversos mercados estratégicos — como União Europeia, China e Rússia — possuem tolerância zero para resíduos desta substância em produtos de origem suína.
O ponto crítico está na cadeia de alimentação: a inclusão de ractopamina na ração de suínos pode resultar na sua detecção na carne, mesmo quando utilizada dentro das doses permitidas. Essa presença residual é suficiente para inviabilizar exportações e comprometer toda a cadeia produtiva voltada a mercados que adotam exigências mais restritivas.
Com o objetivo de assegurar conformidade sanitária, rastreabilidade e segurança na exportação, o Ministério da Agricultura e Pecuária instituiu o Programa de Produção Livre de Ractopamina. A certificação reconhece empresas que mantêm protocolos rigorosos de controle para garantir ausência parcial ou total da molécula em qualquer etapa da produção de rações para suínos.
A American Nutrients oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade e alinhamento às demandas globais. Ao assegurar que suas soluções nutricionais estão completamente isentas de ractopamina, a empresa fortalece a confiança de frigoríficos, integradoras e produtores que dependem de dietas certificadas para acessar mercados premium.
Esta iniciativa reforça o compromisso da American Nutrients com a qualidade, a transparência e a sustentabilidade da cadeia suinícola. Em um cenário de crescente rigor sanitário internacional, a nutrição animal livre de ractopamina é um elemento-chave para manter e expandir a participação brasileira nos mercados mais exigentes do mundo.
Empresas
Inteligência Artificial conta 140 mil ovos por dia com 99,9% de precisão e transforma avicultura
Entre outros indicadores, tecnologia da ALLTIS monitora temperatura, água e volume de grãos nos silos, reduz perdas e aumenta produtividade da Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP)

A Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP), alcança um novo patamar de produtividade após a implementação do sistema de inteligência artificial da empresa de tecnologia ALLTIS. Com produção diária de 140 mil ovos, o equivalente a 4,7 milhões por mês, a granja – dona da marca Naturegg – estima ganhos operacionais de até 90% após a integração de um pacote de sensores controlado por IA, que permite controle sanitário, monitoramento ambiental e gestão de recursos com mais segurança, precisão e eficiência. A ALLTIS resolve problemas crônicos da avicultura, transformando as granjas em propriedades 4.0 e contribuindo para o aumento da produtividade e a redução de custos. Recentemente, a ALLTIS firmou sociedade com a MCassab Nutrição e Saúde Animal, empresa do Grupo MCassab, especialista em nutrição e saúde animal há mais de meio século.
Fundada em 1983 pela família Teixeira, a São Marcos deixou de ser fornecedora de frangos vivos para ser uma produtora de ovos orgânicos e caipiras livres de antibióticos, comercializados sob a marca Naturegg. Hoje, tem 170 mil aves em postura e distribuição para seis estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.
A necessidade de incluir a tecnologia e digitalizar os processos em uma atividade historicamente tradicional, decorre do volume de informações exigidas tanto para gestão do negócio quanto pelos órgãos certificadores. Diariamente, a equipe da São Marcos passou a registrar pela IA, entre outros, dados de temperatura, umidade, consumo de água e ração, taxas de mortalidade e indicadores de bem-estar animal.
“Nosso maior desafio sempre foi transformar informação em decisão. Com a operação que temos hoje, isso já não era possível de forma tradicional. A tecnologia traz agilidade, segurança e capacidade de gerir de maneira eficiente e de antecipar problemas. Agora, conseguimos agir antes que o impacto aconteça”, afirma Matheus Teixeira, diretor comercial da Naturegg.
A parceria com a ALLTIS foi importante para os planos da São Marcos. A granja utiliza quatro frentes tecnológicas da startup: monitoramento ambiental (Sense), controle do consumo de água (Aqua), gestão automática dos silos (Domo) e contagem de ovos por inteligência artificial (EggTag) com precisão de 99,9%. “Cito um exemplo: antes de ter o monitoramento das informações por IA, nossos funcionários precisavam subir em 21 silos para verificar o estoque de ração, enfrentando risco de acidentes e imprecisão nos cálculos. Agora, todo o controle é feito pelo celular, com previsões de consumo e alertas programados”, explica Tailisom Silva, gerente da granja.
“Ter dados confiáveis em tempo real é essencial para obter resultados melhores e maior precisão na gestão. O mercado exige rastreabilidade e sustentabilidade, e a tomada de decisão precisa ser rápida e embasada. Nosso papel é transformar dados em informações úteis para o dia a dia e entregar tecnologias que se adaptam às necessidades e realidade do produtor”, afirma André Aquino, sócio e COO da ALLTIS.
“O exemplo da São Marcos mostra o quanto a tecnologia é importante para potencializar a produtividade das granjas de postura. Mas não apenas isso. É essencial monitorar todas as áreas do negócio e, assim, reduzir os gargalos, que são vários. A tecnologia da ALLTIS está disponível para contribuir para vencer esse desafio”, ressalta Mauricio Graziani, diretor executivo da MCassab Nutrição e Saúde Animal, acionista da ALLTIS.
Outros avanços devem vir nos próximos meses, como a automatização da contagem de ovos com identificação por tamanho e coloração. A expectativa é reduzir ainda mais o índice de erros humanos e dispor de dados detalhados para ajustar o manejo à tecnologia e otimizar o rendimento da produção de ovos.
Para Matheus, a digitalização dos processos é um caminho indiscutível. “O maior erro é achar que a tecnologia é algo distante ou complicado. É o contrário. Ela simplifica, reduz perdas e dá clareza para agir. Quem não se permitir evoluir vai ficar para trás”, ressalta o diretor comercial da Naturegg.
Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
