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VOZ DO COOP

Suínos / Peixes Suinocultura

É preciso repensar a nutrição!

Estratégias alternativas ao uso dos antibióticos promotores de crescimento são importantíssimas e fundamentais

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Arquivo/OP Rural

 Artigo escrito por Silvano Bünzen, gerente de Produtos de Suínos da Wisium

Sete milhões. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), este é o número de pessoas que ficam doentes, por ano, depois de consumir alimentos com algum tipo de contaminação (incluindo contaminações bacterianas). O cenário, que se refere somente aos países das Américas, é preocupante e gera grande atenção. Aliado a isso, as bactérias super-resistentes são uma realidade. Os medicamentos “usuais” estão perdendo sua efetividade.

Para ajudar a reduzir este problema, precisamos nos inspirar na Europa e nos Estados Unidos, que proibiram efetivamente o uso de antibióticos como promotores de crescimento. Os Estados Unidos desde 2017 e a Europa muito antes, em 2006.

Isso ocorreu pelo aparecimento de bactérias resistentes a diferentes classes de antibióticos, resultado do forte uso destas moléculas na produção animal intensiva. Estas superbactérias são um risco real para a saúde humana, já que somente alguns poucos antibióticos disponíveis estão conseguindo controlá-las.

Neste contexto, é preciso repensar a nutrição animal. Pensando em saúde intestinal, a retirada dos antibióticos promotores de crescimento e o uso racional dos antibióticos terapêuticos vêm reforçar a necessidade de corrigir deficiências com uso inadequado de ingredientes de menor digestibilidade, bem como falhas de manejo e ambiente. Em se tratando da escolha correta dos ingredientes, é preciso pensar também em nutrientes funcionais.

Precisamos conhecer e aplicar corretamente os conhecimentos dos nutrientes, e o quanto eles podem contribuir para a saúde intestinal. O uso adequado de certas fibras, por exemplo, pode ajudar no melhor equilíbrio das bactérias presentes no trato gastrointestinal, aumentando a produção de ácidos locais e melhorando o desempenho dos animais.

Uma dica importante

Uma dica importante: a substituição ou retirada dos antibióticos promotores de crescimento não pode ser feita simplesmente sem um planejamento e preparo prévio. É preciso conhecimento, de modo a escolher corretamente os ingredientes de alta digestibilidade e balanceados para que “sobrem menos” frações não digeridas e que possam servir de substrato para crescimento de bactérias indesejáveis.

O uso de aditivos que melhoram o aproveitamento dos nutrientes e auxiliam na prevenção de desordens entéricas torna-se, então, uma ferramenta a mais, que, além de necessária, passa a ser fundamental. Exemplos, vindos principalmente da Europa, devem nos inspirar, já que mostram que o uso de dietas focado em nutrientes funcionais e aditivos seguros reduz a pressão de contaminação por bactérias patogênicas.

Conceito global

Em leitões, um conceito global de nutrição, lançado no fim do ano passado no Brasil, já tem resultados comprovados e mostra que um conjunto de estratégias focadas em melhorar o desempenho dos animais pode ser extremamente eficaz, se comtemplar o fornecimento adequado dos nutrientes, o controle mais natural das bactérias indesejáveis e a redução dos fatores que aumentam a pressão sanitária.

Neste sentido, é evidente que uma nutrição adequada contribui para uma melhor saúde pública. Afinal, melhorando a digestibilidade e o aproveitamento dos alimentos pelos animais, ocorre um favorecimento da saúde intestinal. Isso é fundamental para reduzir pressões de infecção e, juntamente com a necessidade da melhora da ambiência e manejo, diminuir também o uso de antibióticos que hoje são utilizados na linha humana.

Em suma, as estratégias alternativas ao uso dos antibióticos promotores de crescimento são importantíssimas e fundamentais, já que permitem a manutenção do desempenho zootécnico com impacto controlado nos custos de produção. Além disso, atendem a legislação, sem perder a produtividade, somando o conceito de produção sustentável, ao proporcionar a produção de produtos de qualidade com respeito a saúde humana.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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