Notícias Cadeia leiteira
“É obrigação nossa garantir que tenhamos um genoma brasileiro”, afirma João Brenner
Presidente da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa convoca o setor produtivo a manter engajamento constante no melhoramento da cadeia produtiva para que todos possam aceitar as críticas e serem parte da solução aos problemas a serem enfrentados.
A Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH) tem um novo presidente. João Guilherme Brenner. Ele assumiu o comando da entidade no lugar de Hans Jan Groenwold. Para marcar a sua posse, concedeu esta entrevista, na qual aponta o caminho de continuidade na estrada do desenvolvimento dos lácteos que deve percorrer junto à nova diretoria, associados e parceiros.
Confira a seguir como começou a história do novo presidente na associação, sua jornada como produtor até chegar à diretoria, sua visão em relação à cadeia leiteira e uma convocação ao setor para seguir na direção do melhoramento constante de todos os elos envolvidos na produção de leite.
Como começou a sua história com a APCBRH?
João Guilherme Brenner – O meu primeiro contato com a associação foi quando eu tinha 13 ou 14 anos. Na época, meu avô importou algumas vacas holandesas da Europa, então essas vacas foram registradas aqui no Brasil. Eu fiquei responsável por fazer esses registros. Na ocasião ainda era a Associação Brasileira (ABCBRH) que fazia o procedimento, então eu me lembro muito bem que a gente não tirava foto, havia no papel do registro o perfil dos animais e você tinha que desenhar as manchas dos animais. O primeiro contato com o gado e com a raça holandesa ocorreu dessa forma.
Na associação propriamente dita, como meu avô foi criador, com o falecimento dele, os negócios passaram primeiro para a minha avó, depois ao meu pai e posteriormente eu transferi o rebanho para o meu nome. Na associação, sou integrante desde os anos 1970, é bastante tempo. Mas como dirigente especificamente, estou há cerca de 20 anos. A sede nossa ainda era lá na Rua Carlos Cavalcanti, no centro de Curitiba. O Doutor Nélio Ribas Centa era presidente na ocasião e me convidou para fazer parte da diretoria. Depois que o Hans assumiu, passei a ocupar o cargo de vice-presidente e agora no desejo dele de passar o bastão, entendemos que era o momento de eu assumir a direção da entidade.
Como foi esse processo de tomada de decisão para o senhor se colocar à disposição de ocupar a presidência?
João Guilherme Brenner – Houve todo um processo de discussão para essa sucessão, foi uma solução que encontramos conjuntamente. Mantivemos uma parte da diretoria e também trazer pessoas novas, em uma mescla sucessória. A ideia é oxigenar o grupo para que tragam contribuições diferentes para a entidade. Nós somos uma organização delegada da ABCBRH, que é quem representa e é responsável perante o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em fazer os registros. E nós somos a designada aqui no Paraná. Por sermos uma entidade muito representativa, temos uma boa governança na associação. Temos o presidente, os diretores, o conselho técnico, o conselho fiscal, o superintendente, a equipe gestora e os colaboradores. Nossa entidade é muito bem organizada para atender nossos objetivos. E você não consegue fazer isso primeiro sem uma boa governança, com transparência, projetos, planejamento e senso de prioridade.
Considerando o trabalho das últimas décadas, com ênfase no cenário atual, quais os principais desafios que o setor lácteo deve enfrentar?
João Guilherme Brenner – O primeiro contexto parte do consumidor final, que é quem consome nossos produtos, seja ele leite in natura ou derivados, bem como outros produtores que adquirem nossa genética. A qualidade do leite é fundamental. Tudo que é ligado à qualidade, faz parte do nosso plano de trabalho, seja o laboratório, a visitação dos nossos técnicos aos produtores para que possam produzir melhor. Além disso, temos a questão da biosseguridade, que envolvem aspectos como bem-estar e saúde animal. Tudo isso integra o planejamento de ações para garantir qualidade de produto para quem são os clientes do nosso leite. Isso inclui diversas cooperativas, marcas, nosso leite está espalhado em várias marcas e subprodutos lácteos.
Outra prioridade que eu vejo está na parte de eficácia operacional da associação. Para isso, estamos sempre trabalhando e desenvolvendo estratégias. Para que possamos gerir melhor a nossa informação e tomar decisões com base nisso, investimos no nosso software, um projeto grande que envolveu um trabalho árduo nos últimos três anos. Também definimos isso como prioridade do ponto de vista interno.
Um ponto crucial para pensarmos também é que cuidamos de um patrimônio genético de valor inestimável do Paraná. Somos um grande vendedor de genética ao Brasil. A importância do registro dos animais, do controle leiteiro, de você poder ter dados e informações de produção, conformação dos animais e saber toda a árvore genealógica para que isso esteja documentado e bem rastreado e certificado para podermos promover o melhoramento genético é superimportante. Para que possamos ter as provas seja genética, seja ela genética clássica ou genômicas, são diretamente ligadas com pedigrees, controle leiteiro e classificação de tipo. É obrigação nossa garantir que tenhamos um genoma brasileiro. Grandes países têm, a gente ainda não tem e precisamos construir isso.
Para seguir o trabalho de destaque da associação, o senhor pretende contar com parcerias junto a outras entidades representativas?
João Guilherme Brenner – Sem dúvida, nós temos um histórico de mobilização com diversos parceiros. Contamos do nosso lado com instituições como Associação Brasileira da Raça (ABCBRH) e as outras Filiadas, Cooperativas Parceiras, Indústrias lácteas, o Sistema FAEP/SENAR-PR, Ministério da Agricultura, Seab, ADAPAR, Sindileite, Conseleite-PR a Fetaep, o IDR-PR, a Seab, os Parceiros Ouro, entre muitos outros. Temos que continuar com essa conexão que sempre nos trouxe parcerias produtivas e ideias novas. O Estado do Paraná nos últimos anos, graças ao empenho e união de entidades como essas, conseguiu um feito histórico, que foi o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação. Temos potencial grande para pensar em exportar derivados de leite, produtos a base de lácteos. O Paraná é um ambiente de negócio super propício, tanto como Estado legislador, tivemos sempre a sorte de ter bons secretários de agricultura; e também pelo modelo cooperativo, já que as cooperativas paranaenses são fortes e apoiam muito seus produtores.
O senhor gostaria de deixar uma mensagem à cadeia produtiva dos lácteos nesse início de trabalho?
João Guilherme Brenner – O setor como um todo está engajado em um melhoramento constante. Acredito que cabe às lideranças de cada elo do setor produtivo convocar suas bases para que sigamos no caminho de gerar dados cada vez melhores. É como um jogo de tênis, se não tiver um parceiro que devolve a bola, não há jogo. E quando falamos de informação, temos os Inputs e Outputs. Os Outputs são os insights que o registro, controle e as classificações geram. Mas temos também uma contrapartida de organizar essas informações, gerar dados cada vez mais completos e corretos que possibilitem irmos no detalhe, que possibilitam até mesmo irmos além da qualidade do leite. Deixo aqui meu convite para que todos nós, não só na produção, mas em cada etapa da cadeia do leite, precisamos ter isso em vista. Esse é um esforço que vai nos levar a mais um salto na associação, como outros que já tivemos, e que vamos conseguir com o envolvimento de todos os elos na melhoria contínua da nossa geração de informação. Só assim nós vamos ter capacidade de aceitar as críticas e ir além, para fazermos parte também da solução.
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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo
Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024
No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.
Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.
“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.
Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.
“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.
Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.
Mudanças estabelecidas
Prazos
Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.
O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.
Desburocratização da declaração
A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.
A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado
Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.
Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.
A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.
Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.
A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.
Ameaças sanitárias e os impactos para a economia
No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.
A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul
Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.
O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.
A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.
Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.
Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.
“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.
O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.
Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.
Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.
Veja aqui o vídeo do presidente.