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Duas décadas que transformaram a inserção internacional do agro brasileiro
Com 499 novos mercados abertos desde 2023, a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais marca 20 anos como peça-chave da diplomacia e competitividade do setor.

A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) celebrou, na última sexta-feira (28), 20 anos de atuação dedicados à ampliação da presença do agronegócio brasileiro no mercado global. Criada em 2005, a secretaria consolidou-se como um dos principais motores da diplomacia agrícola do país, conduzindo negociações sanitárias e fitossanitárias, articulando ações com parceiros internacionais, apoiando debates tarifários e coordenando iniciativas de inteligência e promoção comercial.

Secretário da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua: “A SCRI nasceu para conectar o agro brasileiro ao mundo, mas nesses 20 anos ela fez muito mais do que isso: ajudou a transformar oportunidades lá fora em renda, trabalho e dignidade para milhões de brasileiros” – Fotos: Divulgação/SCRI
Ao longo dessas duas décadas, a SCRI estruturou ferramentas estratégicas, ampliou a rede de adidâncias agrícolas e fortaleceu a integração entre governo e setor produtivo. Somente na atual gestão, 499 novos mercados foram abertos e mais de 200 ampliados, em articulação com a Secretaria de Defesa Agropecuária, o Ministério das Relações Exteriores, a ApexBrasil, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e representantes do setor privado. Os resultados já somam mais de US$ 3 bilhões em exportações, com potencial adicional estimado em US$ 33 bilhões nos próximos anos.
Para o secretário Luís Rua, a trajetória da SCRI transformou o papel do Brasil no comércio internacional do agro. “A SCRI nasceu para conectar o agro brasileiro ao mundo, mas nesses 20 anos ela fez muito mais do que isso: ajudou a transformar oportunidades lá fora em renda, trabalho e dignidade para milhões de brasileiros”, afirmou, acrescentando: “Celebrar essas duas décadas é olhar para trás com gratidão e para frente com a certeza de que seguiremos ampliando a presença do Brasil nas prateleiras do mundo.”
Celebração
A cerimônia comemorativa, realizada na sede do Mapa, em Brasília, reuniu autoridades, ex-secretários, servidores, representantes do setor privado e da imprensa. Durante o evento, foi inaugurada a galeria de ex-secretários da SCRI, reconhecendo o papel de cada gestão na consolidação da política de inserção internacional do agro brasileiro. Também foram prestadas homenagens e exibidas mensagens do ministro Carlos Fávaro e do ex-ministro Roberto Rodrigues, idealizador da secretaria.

Ex-secretários foram homenageados durante evento de 20 anos de atuação da SCRI
Integraram a lista de ex-secretários homenageados Elisabete Torres Serodio (2005–2006), Célio Brovino Porto (2006–2013), Marcelo Junqueira Ferraz (2013–2015), Tatiana Lipovetskaia Palermo (2015–2016), Odilson Luiz Ribeiro e Silva (2016–2019), Orlando Leite Ribeiro (2019–2022), Jean Marcel Fernandes (2022), Roberto Serroni Perosa (2023–2024) e Luís Renato de Alcântara Rua (2024–atual). O evento também marcou a apresentação do painel da linha do tempo da SCRI, destacando marcos e conquistas desde sua criação.
Expansão das adidâncias agrícolas impulsiona agro brasileiro
Criadas em 2008, as adidâncias agrícolas tornaram-se um elemento central da diplomacia técnica brasileira. Os adidos acompanham negociações, solucionam demandas sanitárias e fitossanitárias, promovem produtos nacionais e identificam oportunidades de mercado. Desde os oito postos iniciais, a rede cresceu para 40 adidâncias em 2024, com presença em mercados estratégicos como China, Estados Unidos, União Europeia, Japão, Arábia Saudita, Índia e Vietnã.
Para o setor, essa expansão representa um divisor de águas: um mundo pré e pós-adidos agrícolas, dada a capacidade de resposta e influência técnica que esses profissionais passaram a garantir.
Resultados sustentam protagonismo nas exportações
Em 2024, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram quase US$ 165 bilhões, mantendo o país entre os principais fornecedores globais de alimentos, fibras e bioenergia. Mesmo diante de um cenário internacional desafiador, as vendas externas do setor cresceram 1,4% até outubro de 2025.
A SCRI também tem ampliado a oferta de ferramentas de inteligência e promoção comercial. Entre as iniciativas lançadas em 2025 estão:
- AgroInsight – análises e mapeamentos elaborados pelos adidos agrícolas;
- Passaporte Agro – relatório com orientações práticas para exportadores sobre mercados recém-abertos;
- Caravana do Agro Exportador – programa itinerante de capacitação em diferentes regiões do país.
Além dessas ações, a secretaria atua em temas regulatórios, negociações tarifárias, sustentabilidade e interlocução com organismos multilaterais como OMC, FAO e OCDE.
Compromisso renovado
Ao completar 20 anos, a SCRI reafirma seu compromisso com a abertura, diversificação e expansão dos mercados internacionais. A meta é seguir fortalecendo o papel do Brasil como fornecedor seguro, estável e confiável de alimentos, fibras e energia, mantendo o agronegócio brasileiro competitivo e presente nas principais cadeias globais.

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Acordo histórico destrava futuro da Ferroeste após duas décadas de litígio
Indenização e posse definitiva de material rodante eliminam risco de paralisação e fortalecem a infraestrutura logística que leva grãos ao Porto de Paranaguá.

O Governo do Paraná resolveu nesta semana uma questão judicial de duas décadas envolvendo a Ferroeste, empresa que administra o ramal ferroviário entre Cascavel e Guarapuava e é fundamental para o escoamento do agronegócio e do setor industrial. Um acordo no Sistema de Conciliação da Justiça Federal da 4ª Região (SISTCON) colocou fim a um impasse que se arrasta desde 2007, quando a empresa passou a usar o chamado material rodante (locomotivas e vagões) de outras empresas.

Fotos: Divulgação/PGE
Tudo começou quando a Ferroeste, que tem a autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para operar o trecho, fez uma subconcessão para a Ferropar no final do século passado. No entanto, com o passar dos anos a empresa deixou de honrar seus compromissos com o Estado e decretou falência em 2006. Para não interromper a operação, a gestão estadual da época optou por usar o material rodante de duas empresas, a Transferro e a Ferrovia Tereza Cristina. Logo em seguida essa requisição foi judicializada e a questão se arrasta desde então.
O acordo foi encerrado com o compromisso do Estado em indenizar as empresas. O material rodante requisitado na época (15 locomotivas e 62 vagões) ficará com a Ferroeste de maneira definitiva. A empresa hoje opera com cerca de 250 vagões.
A acordo foi intermediado pela Procuradoria-Geral do Estado do Paraná. A conciliação é fruto de extensas negociações e análises técnicas ao longo das últimas décadas e soluciona o litígio de forma definitiva. O acordo também afasta o cenário de insegurança jurídica quanto à eventual devolução do material rodante, o que prejudicaria as exportações e importações do Estado. “É um resultado que alia a proteção do erário com a eficiência na solução de litígios e a segurança jurídica essencial para o desenvolvimento do Estado, seguindo nessa linha de acordos que beneficiam ambos os lados, e, sobretudo, desembaraçam um passivo judicial de quase 20 anos que ameaçava a própria viabilidade do futuro da infraestrutura ferroviária”, afirmou o procurador-geral do Estado, Luciano Borges.
Cláudio Moreira Philomeno, procurador-chefe de Execuções, Precatórios e Cálculos, disse que o trabalho extenso contou com um grupo de

trabalho dedicado na PGE. “Foram muitos procuradores e contadores que dedicaram seu tempo e expertise a esta negociação, a concretização deste acordo simboliza a atuação da advocacia pública moderna. Em uma única solução consensual, foi possível garantir a posse definitiva de bens estratégicos para o Estado do Paraná e assim afastar o risco de paralisação de um serviço vital para o escoamento de safras”, disse.
Além de proteger a operação atual, o acordo é uma peça-chave para o futuro da infraestrutura ferroviária porque remove um entrave da futura desestatização da Ferroeste. Os estudos sobre esse processo estão em andamento. “O Governo do Paraná, o Ministério Público Federal, a Justiça Federal e as empresas assinaram um acordo colocando um final a todo um passivo que herdamos de administrações anteriores. Há muitos anos a Ferroeste carregava isso e agora podemos dar um novo encaminhamento para a empresa poder avançar no modal ferroviário. Quem ganhou com isso foram os paranaenses”, afirmou o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.
“A manutenção definitiva do material rodante é vital para a economia do Estado, uma vez que a Ferroeste desempenha papel central no

escoamento de grãos como soja, milho e trigo em direção ao Porto de Paranaguá, e também abastece o interior com insumos agrícolas, adubos, cimento e combustíveis. Estamos crescendo nos últimos anos, somos uma empresa sólida e agora resolvemos esse passivo histórico. O Estado quer atender o setor produtivo de maneira estratégica nesse modal e agora teremos mais possibilidades”, afirmou o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves.
O acordo foi homologado perante o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscon) da Justiça Federal do Paraná, com a participação do desembargador Federal Coordenador do SISTCON, Altair Antônio Gregório, e dos juízes federais Anne Karina Stipp Amador Costa e Friedmann Wendpap. Pelo Estado também participaram os procuradores Julio da Costa Rostirola Aveiro e Roberto Altheim.
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Paraná lidera exportações nacionais em diversos segmentos
Em cinco setores ocupa o topo do ranking nacional, incluindo tanto matérias-primas quanto artigos com maior valor agregado: fertilizantes, carnes, produtos da indústria de moagem, seda e chapéus.

O Estado do Paraná chega ao final do ano como um dos protagonistas do Brasil em exportações. Em cinco setores, por exemplo, ocupa o topo do ranking nacional, incluindo tanto matérias-primas quanto artigos com maior valor agregado: fertilizantes, carnes, produtos da indústria de moagem, seda e chapéus. As informações são do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com dados levantados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), entre janeiro e outubro de 2025.

Fotos: Claudio Neves/Portos do Paraná
A seda é um grande exemplo do bom desempenho paranaense em artigos com maior valor agregado. O Estado é responsável por uma imensa fatia das exportações do País nesse item, com 86% das vendas. O produto vai especialmente para a França, onde é absorvido pelas grandes marcas internacionais de artigos de luxo. O faturamento com o comércio da mercadoria alcançou US$ 10 milhões no acumulado de janeiro a outubro, deixando para trás os valores movimentados por São Paulo (US$ 4 milhões) e Rio de Janeiro (US$ 39 mil).
Em novembro o Paraná inclusive mandou duas produtoras para o país europeu. Elas venceram o Concurso Seda Paraná e representaram o Estado no Silk in Lyon, um dos principais festivais de seda do mundo.
Os chapéus são o outro segmento de manufatura em que o Paraná observa os concorrentes pelo retrovisor. Para alcançar a liderança das exportações brasileiras na área, as vendas do Estado alcançaram US$ 3,7 milhões nos primeiros dez meses do ano. São Paulo (US$ 2,5 milhões) e Rio Grande do Sul (2,3 milhões) completam o pódio. Os maiores exportadores municipais de chapéus são Guaíra, Siqueira Campos, Foz do Iguaçu e Apucarana.
A carne é outro case de sucesso no Paraná. Levando em consideração todos os tipos do produto – bovino, suíno, de frango, entre outras , as

Foto: Ari Dias/AEN-PR
vendas do Estado chegaram a US$ 3,6 bilhões nos dez primeiros meses do atual exercício. Santa Catarina (US$ 3,443 bilhões) e Mato Grosso (US$ 3,440 bilhões) vêm na sequência. O Porto de Paranaguá inclusive é o maior exportador de carne congelada do Brasil. O Estado também é o maior produtor de frango e o segundo maior de suínos do País.
Em relação aos produtos da indústria de moagem, segmento em que predominam os amidos e féculas, as exportações do Paraná totalizaram US$ 34 milhões, superando São Paulo (US$ 19 milhões) e Mato Grosso do Sul (US$ 11 milhões). Um dos principais subprodutos é a fécula de mandioca, cuja produção é grande na região Noroeste.
Em termos de números brutos, o comércio de fertilizantes com o mercado internacional vem tendo um impacto bastante sólido, com US$ 108 milhões de faturamento para empresas paranaenses. O montante representa 44% do total nacional, muito à frente do Rio Grande do Sul (US$ 85 milhões) e de São Paulo (US$ 33 milhões). O Paraná também é um grande importador de fertilizantes para utilização na agricultura.
Esse desempenho dominante em setores tão diferentes é ressaltado pelo secretário do Planejamento do Paraná, Ulisses Maia. “Não somos referência apenas na produção do agronegócio, mas também em outros segmentos. É isso que demonstram os dados do comércio exterior”, afirmou.

Para Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, é o fruto de um Estado que investe no desenvolvimento da economia, seja pelo financiamentos acessíveis, pelas capacitações ou pelo estímulo ao empreendedorismo. “Artigos de altíssima qualidade, como gravatas e lenços, são fabricados na França tendo como insumo a seda paranaense, o que evidencia a competência dos produtores locais”, disse.
Balança comercial
De maneira geral as exportações paranaenses totalizaram US$ 2 bilhões no mês de outubro de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o que representou aumento de 3,53% em relação ao mesmo período de 2024, quando as vendas externas do Estado somaram US$ 1,94 bilhão. De janeiro a outubro, o Paraná chegou a US$ 19,7 bilhões exportados, com liderança para soja em grãos (US$ 4 bilhões), carne de frango in natura (US$ 2,9 bilhões) e farelo de soja (US$ 1 bilhão).
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Drones chegam às escolas agrícolas do Paraná e transformam ensino técnico
Alunos aprendem operação e pilotagem de drones, se preparando para o mercado de agricultura de precisão. Só em 2025, foram comprados sete drones de pulverização para os colégios agrícolas, com investimento superior a R$ 850 mil. Além disso, desde 2023, todas as 29 escolas da rede estadual já utilizam drones para filmagem e mapeamento de áreas.

Ensinar com drones é uma realidade na rede estadual de educação do Paraná. Ao todo, 39 drones estão em operação nos colégios agrícolas do Paraná, onde alunos aprendem, diariamente, sobre o funcionamento, a operação e a pilotagem dos equipamentos que se tornaram protagonistas do setor agropecuário.

Fotos: Lucas Fermin/SEED
Dez drones específicos para pulverização estão distribuídos entre os colégios agrícolas de Arapoti, Castro, Clevelândia, Foz do Iguaçu, Goioerê, Guarapuava, Palmeira, Ponta Grossa, Santa Mariana e Umuarama. Desses, sete foram adquiridos pela Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) em 2025, com investimento superior a R$ 850 mil. “Investir em tecnologia significa alinhar as práticas pedagógicas dos colégios agrícolas às novas demandas do agronegócio e à realidade do campo de hoje. Com os investimentos realizados em 2025, o Governo do Estado assegura uma formação técnica com ainda mais excelência aos alunos dos colégios agrícolas”, destaca o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.
Conforme regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os drones de pulverização só podem ser pilotados por professores ou estudantes maiores de idade que tenham realizado curso preparatório. Ainda assim, todos os alunos aprendem sobre o manejo e a operação com os equipamentos em demonstrações teóricas e práticas nas lavouras das Unidades Didático-Produtivas (UDP) das escolas.
Além disso, desde 2023, todos os 29 colégios agrícolas do Paraná contam com drones de filmagem, que podem ser operados por todos os professores e estudantes. Voltados ao mapeamento de áreas produtivas, os dispositivos foram obtidos por meio de parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Conforme o coordenador de Colégios Agrícolas da Seed-PR, Renato Hey Gondin, todos os 7,5 mil alunos de colégios agrícolas do Paraná

são diretamente beneficiados pelo uso dos drones. “São equipamentos que os alunos costumam ver só pela internet ou pela TV, e, nos colégios agrícolas, têm a oportunidade de conhecer e operar. Hoje, não tem como um estudante se formar dentro de um colégio agrícola sem ter algum contato com um drone de imagem, um drone de pulverização ou ambos, porque isso está na ementa do curso”, afirma.
O contato direto com os drones ocorre nos componentes curriculares de Agricultura de Precisão e Produção Vegetal, que integram a grade curricular dos cursos técnicos em Agropecuária e Agricultura. Além disso, os equipamentos são usados na prática no cultivo das lavouras das UDPs, onde professores e estudantes mantêm produções agropecuárias diversificadas.
Ensino aplicado
O Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Assis Brasil, em Clevelândia, no Sudoeste do Estado, é referência no trabalho com drones no campo. Hoje, 100% da pulverização na lavoura da fazenda-escola é realizada com o drone adquirido pelo Governo do Estado. Em meio aos pés de soja ou milho, já não se vê folhas amassadas e rastros de trator. “O diferencial da utilização de drones é não ocasionar amassamento na lavoura, além de permitir maior uniformidade na aplicação de defensivos agrícolas. Assim, temos uma aplicação mais eficiente e de qualidade”, explica Raphael Stedille Pontes, diretor-auxiliar da UDP do colégio.

Além dos benefícios para a lavoura, a tecnologia também traz impactos positivos para a formação dos quase 300 estudantes do CEEP Assis Brasil, que cursam o Técnico em Agropecuária integrado ao Ensino Médio. Nas aulas práticas sobre pulverização, os drones são abastecidos com água para simular a dispersão dos defensivos agrícolas. “O trabalho com drones promove uma aprendizagem interdisciplinar, envolvendo Matemática, Física e Geografia, por exemplo. Ele desenvolve habilidades digitais e de programação, além de estimular a criatividade e a resolução de problemas, aumentar o engajamento e aproximar a escola das tecnologias usadas no mercado de trabalho. Por fim, favorece a responsabilidade ao exigir o cumprimento de normas de segurança e ética no uso da tecnologia”, acrescenta Pontes.
Mateus Alves Brasil, de 19 anos, é um dos estudantes beneficiados pelo uso dos drones. Prestes a concluir o Ensino Médio Técnico, o jovem pretende atuar profissionalmente com a agricultura de precisão. “Os drones contribuíram para abrir uma nova visão sobre o trabalho no campo. Penso em continuar nessa área, entrando em uma empresa que presta serviços de pulverização com drones ou até abrir uma, seguindo nas áreas de Agronomia ou Zootecnia”, projetou o estudante da 3ª série do Ensino Médio.
Ainda conforme o aluno, o ensino prático e o contato com as tecnologias usadas no mundo do trabalho são diferenciais da Educação

Profissional. “Os colégios agrícolas fazem uma diferença imensa. Aqui, com aulas e trabalhos práticos, os alunos aprendem com mais facilidade e maior aproveitamento”, opinou.
Colégios agrícolas
Atualmente, o Governo do Estado, por meio da Seed-PR, mantém 29 colégios agrícolas, que atendem cerca de 7,5 mil estudantes em diversas regiões do Paraná. As instituições integram a rede estadual de ensino e oferecem formação técnica aliada à educação básica, com cursos que abrangem agricultura, agropecuária, meio ambiente, saúde e tecnologia.



