Empresas
DSM e Evonik anunciaram a intenção de estabelecer uma joint venture para a produção de ácido graxo ômega-3
As empresas Royal DSM e Evonik anunciaram a intenção de estabelecer uma joint venture para a produção de ácido graxo ômega-3 de algas marinhas naturais para nutrição animal.
Esse avanço inovador permitirá, pela primeira vez, a produção de ácidos graxos ômega-3 para nutrição animal sem utilizar óleo de peixe originários da pesca extrativista, um recurso finito. A fonte alternativa de ômega-3 das empresas DSM e Evonik é a primeira a oferecer tanto o EPA quanto o DHA, e será destinada, inicialmente, para aplicação na indústria aquícola do salmão, bem como na produção de alimentos para animais de estimação. Juntas, as empresas irão construir uma unidade de produção de escala comercial nos Estados Unidos.
A DSM Nutritional Products e a Evonik Nutrition & Care participam da joint venture com 50% cada e serão coproprietárias da fábrica a ser construída em um dos complexos da Evonik, que deve entrar em produção em 2019. A joint venture planeja investir cerca de US$ 200 milhões nas instalações (US$ 100 milhões de cada parte), ao longo de 2 anos. A capacidade da produção anual inicial será de aproximadamente 15% do total da demanda anual por EPA e DHA da indústria aquícola do salmão. A consolidação da joint venture, que se chamará Veramaris e ficará sediada na Holanda, será finalizada após o recebimento das aprovações regulatórias e o esclarecimento de outras condições pertinentes a esse tipo de acordo.
O óleo de algas altamente concentrado da Evonik e DSM é uma fonte pura e de alto valor que permitirá que a indústria de nutrição animal acompanhe a crescente demanda por esses dois ácidos graxos essenciais de ômega 3, sem comprometer os estoques de peixes nativos, contribuindo para uma nutrição animal saudável, bem como para o equilíbrio ecológico e a biodiversidade dos oceanos.
Desenvolvimento conjunto entre DSM e Evonik
A joint venture é o resultado do acordo de desenvolvimento conjunto assinado em julho de 2015. Nos termos desse acordo, as empresas trabalharam juntas no desenvolvimento de produtos, no processo de fabricação e análise de oportunidades de comercialização. As empresas obtiveram resultados positivos no desenvolvimento do produto, trabalhando com afinco em toda a cadeia de valor, incluindo os produtores de alimentos para peixes, piscicultores e varejistas.
Segundo o acordo de desenvolvimento conjunto, DSM e Evonik produziram com sucesso quantidades, em escala piloto, o óleo de algas na fábrica da DSM em Kingstree, Carolina do Sul (EUA). Os clientes poderão receber amostras em quantidades consideráveis do produto para fins de desenvolvimento de mercado enquanto a construção da nova unidade de produção está em andamento.
O sucesso do desenvolvimento do produto e do processo só foi possível graças às competências complementares que a Evonik e a DSM trouxeram para a colaboração: a DSM possui expertise no cultivo de organismos marinhos, incluindo algas e também experiência no desenvolvimento e operações das capacidades biotecnológicas, enquanto o foco da Evonik se concentra no desenvolvimento de processos industriais de biotecnologia e na operação competitiva de locais de produção de aminoácidos fermentativos em larga escala.
Um avanço inovador em aquicultura, alimentação de animais de estimação e muito mais
O óleo de algas das empresas DSM e Evonik confirma que a visão de uma produção aquícola de salmão sem o uso de recursos à base de peixes está se tornando – pela primeira vez – algo realista. A substituição do óleo de peixe na alimentação de salmões por essa alternativa rica em EPA e DHA pode reduzir significativamente a razão fish-in-fish-out. Essa opção permitirá que a indústria aquícola continue crescendo de forma sustentável.
A produção mundial de óleo de peixe é de aproximadamente um milhão de toneladas por ano. A maior parte desse óleo é usado na aquicultura, principalmente na criação de espécies de peixes ricos em gordura, como o salmão. O limitado estoque de peixes selvagens restringe a quantidade de óleo de peixe disponível e, consequentemente, o crescimento da indústria aquícola.
Atualmente, a indústria utiliza cerca de 75% da produção anual de óleo de peixe. O óleo de alga da Evonik e da DSM oferece uma alternativa sustentável que não depende do peixe.
Assim como os seres humanos, os animais também precisam de ácidos graxos poli-insaturados essenciais de cadeia longa em sua alimentação diária, a fim de assegurar um crescimento saudável.
Até agora, esses ácidos graxos utilizados na aquicultura e nos alimentos para animais de estimação tinham origem quase que exclusivamente de fontes marinhas, como o óleo e a farinha de peixe. Uma vez que o novo óleo de algas pode ser aplicado na produção de alimentos para animais do mesmo modo que o óleo de peixe, ele pode ser introduzido facilmente pelos produtores de rações e alimentos para animais de estimação.
A DSM e a Evonik também estão estudando a aplicação do seu óleo de algas para outras espécies animais aquáticas e terrestres.
Ácidos graxos EPA e DHA de ômega-3
Os ácidos graxos ômega-3 são uma família de gorduras poli-insaturadas, incluindo o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o docosahexanóico (DHA). Como não são produzidos naturalmente pelo corpo, o ômega-3 deve ser obtido por meio da alimentação regular ou pela ingestão de suplementos. Evidências abrangentes e crescentes mostram que níveis suficientes de EPA e DHA de ômega-3 contribuem para a saúde do cérebro, dos olhos e do coração em múltiplas espécies, incluindo a humana.
Pesquisas sugerem que o EPA e o DHA de ômega-3 podem reduzir os níveis de triglicérides (lipídios) no sangue e podem exercer efeito positivo sobre a função arterial. Um grande número de autoridades em saúde recomenda a ingestão de frutos do mar duas vezes por semana. Em um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), que avaliou os riscos e benefícios da ingestão de peixe, os pesquisadores descobriram que 1-2 porções de peixe por semana, especialmente os ricos em EPA e DHA de ômega-3, reduzem em 17% o risco de morte e em 36% o risco de morte por doença coronária.
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Fonte: Ass. de Imprensa

Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
Empresas
Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos
A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.
A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.
“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.
A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.
Empresas
Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor
Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.
Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.
Manutenção e ventilação: aliados da produtividade
A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.
Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.
Alta nas temperaturas exige preparação antecipada
De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.
Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

