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Suínos / Peixes

Doutor em nutrição de suínos fala sobre estratégias para enfrentar desafios econômicos

Luan Souza Santos comenta sobre o manejo de alimentação e a relação com o desempenho adequado com menor custo.

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Foto: Arquivo/OP Rural

A suinocultura de precisão já é uma realidade viável aos produtores, essa é a abordagem do zootecnista, mestre e doutor em nutrição de suínos, Luan Souza Santos, que fala sobre como empregar estratégias econômicas a partir de cenários diferentes nos custos dos principais insumos utilizados na fabricação de rações, aplicando-se em qualquer sistema de produção. Ele palestrou sobre esse tema durante a Pork Expo 2022, realizada em outubro, na cidade de Foz do Iguaçu, PR.

Zootecnista, mestre e doutor em Nutrição de suínos, Luan Souza Santos: “Pela velocidade de crescimento dos suínos, as necessidades nutricionais também mudam de maneira constante, por isso algumas estratégias ainda precisarão ser atualizadas” – Foto: Arquivo pessoal

Além de falar sobre um manejo de previsão na nutrição animal, ele também chama a atenção sobre os impactos econômicos no contexto de gestão. “É interessante destacar que, com as estratégias apresentadas na palestra, haverá também uma menor excreção de nutrientes pelos animais, tornando a suinocultura mais sustentável”, expõe.

A situação atual e com certeza o futuro da suinocultura estão cada vez mais pautados em resultados, que são diretamente relacionados à qualidade de alimentação, que implica em insumos adequados e investimentos afins. Logo, encontrar e o equilíbrio entre nutrição concordante e custo é fundamental. Como ele explica, a nutrição adequada não necessariamente deveria elevar os custos de produção. “Por isso será apresentado um sistema de alimentação em que os animais vão receber apenas os nutrientes que necessitam, resultando em um desempenho adequado com menor custo”.

“Em função das margens cada vez mais reduzidas, haverá menor chance para erros. Tal fato exigirá da atividade mudanças importantes nos sistemas de alimentação e produção”, reforça ao comentar que algumas estratégias deverão ser otimizadas antes de sacrificar o potencial produtivo das granjas e que envolvem, principalmente, a utilização de novos subprodutos na fabricação de rações, ajustes nutricionais/tecnológicos visando redução de desperdícios e com melhora na conversão alimentar dos animais. “A nutrição é um conjunto de fatores que precisam ser utilizados em sintonia. A ração é apenas uma parte desse conjunto”, complementa Luan.

Informação é decisão

Ele reforça que “pela velocidade de crescimento dos suínos, as necessidades nutricionais também mudam de maneira constante, por isso algumas estratégias ainda precisarão ser atualizadas”. E sobre essa ótica de manejo personalizado e com viés de maximizar os resultados, o profissional comenta que, na sua perspectiva, no futuro o produtor e o técnico poderão tomar decisões em tempo real sobre a nutrição dos animais, corrigindo falhas e minimizando desperdícios nos lotes. “Na prática, uma simples coleta de informações de crescimento ou de consumo de ração dos animais poderá gerar tomadas de decisões para aumentar ou diminuir a concentração de nutrientes da dieta sem a necessidade de formular uma nova ração”, explica.

Manutenção nutricional e ações práticas que refletem diretamente no uso de insumos, como é a situação atual, na qual o mercado imprime altos valores e que alteram a dinâmica de todo mercado produtivo e de consumo de suínos. Sobre esse momento, Luan lembra que “os fatores que alteram os valores de insumos realmente preocupam e muito os suinocultores. Infelizmente prever os cenários de commodities é uma tarefa muito difícil, entretanto, estar preparado para cenários de altas ou baixas garante um pouco mais de tranquilidade aos produtores. Portanto, a melhor sugestão para cenários conturbados é sempre ter um estoque confortável, aliado com um bom planejamento nutricional. Isso garante que o produtor não tome decisões precipitadas e tenha maior possibilidade de comprar insumos em momentos de baixa de preço”.

E o profissional ainda traz um alento sobre a situação da suinocultura. “Apesar de todos os desafios que a atividade tem enfrentado, algumas boas notícias como o aumento do consumo médio de carne suína per capta pelo brasileiro tem dado ânimo para os produtores”, completa.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola e da piscicultura acesse gratuitamente a edição digital Suínos e Peixes.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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