Empresas
Doenças respiratórias: um desafio para a suinocultura
Pneumonia enzoótica, circovirose e pleuropeneumonia são responsáveis por perdas econômicas significativas na suinocultura mundial

As doenças respiratórias representam uma preocupação significativa na suinocultura, englobando patologias de origem multifatorial que geram redução no ganho de peso, piora na conversão alimentar, aumento nos custos e mortalidade nas mais diversas fases produtivas. No Brasil, destacam-se as infecções causadas pelos agentes, Mycoplasma hyopneumoniae, Circovírus suíno tipo 2 (PCV2) e Actinobacillus pleuropneumoniae (APP).
O Mycoplasma hyopneumoniae é o agente causador da pneumonia enzoótica, uma doença respiratória crônica. Este patógeno compromete o sistema respiratório dos suínos, resultando em lesões nos pulmões e bronquíolos. A infecção geralmente ocorre em animais jovens, afetando principalmente os suínos nas fases de crescimento e engorda. Estudos de prevalência demonstram que o agente está presente em mais de 65% das granjas examinadas (Andrade, 2018; Holst et al., 2015; Vangroenweghe et al., 2015)
O M. hyopneumoniae coloniza as vias respiratórias, desencadeando uma resposta inflamatória que causa tosse, dispneia e diminuição do ganho de peso. Além disso, a infecção por PE predispõe os suínos a infecções secundárias por agentes bacterianos, como Actinobacillus pleuropneumoniae e Pasteurella multocida, exacerbando os sintomas clínicos e os prejuízos econômicos.
Os impactos da pneumonia enzoótica na produtividade incluem o aumento da taxa de refugagem, menor conversão alimentar e atrasos no crescimento. Estudos demonstraram que a PE pode reduzir o ganho diário de peso em até 33% e aumentar o custo de produção em cerca de 10%.
“O acompanhamento clínico dos lotes é uma ferramenta importante para o diagnóstico proativo das doenças respiratórias. A identificação da pneumonia enzoótica em suínos pode ser realizada observando sinais como tosse persistente, dificuldade respiratória, letargia, perda de peso e lesões pulmonares visíveis. No entanto, para confirmar o diagnóstico e diferenciá-lo de outras enfermidades, é essencial realizar testes laboratoriais específicos, como a avaliação das lesões pulmonares que podem ser detectadas em suínos abatidos durante a inspeção post-mortem. Essas lesões geralmente incluem áreas de consolidação e inflamação nos pulmões”, esclarece Marcio Dahmer, médico-veterinário gerente de marketing da linha de suínos da Ceva Saúde Animal.
Como já citado, o Circovírus Suíno tipo 2 (PCV2) é outro desafio inerente das granjas. Responsável pela circovirose suína, o agente afeta suínos de todas as idades, resultando em uma variedade de manifestações clínicas, incluindo sintomas respiratórios, falhas reprodutivas e síndrome multissistêmica do definhamento suíno.
O PCV2 compromete o sistema imunológico dos suínos, aumentando sua susceptibilidade a infecções secundárias, incluindo infecções respiratórias bacterianas. Além disso, o PCV2 pode levar à falha reprodutiva em porcas gestantes, resultando em abortos, natimortos e leitões fracos.
O PCV2 é um dos patógenos mais importantes para os suínos, causa perdas econômicas devido a elevada mortalidade, atraso na produção ou pela ocorrência de infecções secundárias associadas ao vírus, que faz parte do complexo de doenças respiratórias dos suínos, agravando o quadro de pneumonias. A síndrome multissistêmica do definhamento suíno (SMD) é uma das manifestações clínicas mais prevalente e severa da infecção pelo PCV2. Os impactos econômicos da circovirose suína na suinocultura são significativos, incluindo perdas na produção de carne suína, aumento da mortalidade de leitões e custos adicionais com tratamento e controle da doença.
Já a pleuropneumonia suína é conhecida como uma das mais importantes doenças respiratórias dos suínos. A patologia caracteriza-se pelo desenvolvimento de broncopneumonia necrosante e hemorrágica, com exsudação de fibrina, causando pleurite. A apresentação severa e, muitas vezes, fatal determina prejuízos à indústria suinícola (MORES et al., 1984; FENWICK & HENRY, 1994; DESROSIERS, 1998).
A contaminação pela bactéria Actinobacillus pleuropneumoniae acontece por meio do contato direto com secreções respiratórias de animais infectados e pela dissipação de aerossóis a curta distância, pois o agente é capaz de permanecer alguns dias no ambiente se estiver protegido por muco ou outro material orgânico. A enfermidade acomete animais de todas as idades, mas os leitões são mais vulneráveis e severamente impactados. Em surtos ocasionados por uma cepa virulenta, a morbidade pode exceder a 50%, com índices de mortalidade variando entre 1 a 10% (FENWICK & HENRY, 1994).
Estudos mostram que os suínos afetados por doenças respiratórias podem experimentar uma redução significativa no ganho de peso. Por exemplo, em casos de pneumonia enzoótica, a diminuição no ganho diário de peso pode variar de 10% a 33%, dependendo da gravidade da infecção e no caso da pleuropneumonia suína estima-se que as perdas financeiras possam chegar a 38%.
“As doenças respiratórias representam desafios significativos para a suinocultura, afetando a saúde e a produtividade dos suínos. Essas patologias causam sintomas clínicos graves, reduzem o ganho de peso e aumentam os custos de produção. Portanto, é essencial implementar estratégias de manejo adequadas, como a implementação de medidas de biosseguridade, o uso de vacinas e o monitoramento constante da saúde dos animais. Com a implementação de um programa de sanidade adequado é possível reduzir a incidência e os prejuízos associados a essas enfermidades garantindo uma produção suína mais eficaz e sustentável”, afirma Marcio.
Ceva: Referência na prevenção das doenças respiratórias dos suínos
Em busca de tecnologias que agreguem à suinocultura, a Ceva é referência na prevenção das doenças respiratórias dos suínos. A companhia oferece ao mercado soluções robustas e eficazes, como a DUO® uma combinação das vacinas Hyogen® (Pneumonia Enzoótica) e Circovac® (Circovirose Suína), capaz de promover dupla proteção dos leitões com uma única aplicação. A combinação destes dois imunizantes potencializa a resposta imune e é capaz de conferir proteção por até 26 semanas de vida dos leitões.
Para proteger os suínos contra a pleuropneumonia suína, a Ceva conta com a Coglapix®, uma vacina inativada que protege contra os principais sorotipos da doença existentes no Brasil, estimulando a imunidade e evitando efeitos pirogênicos. A tecnologia empregada na vacina, estimula a imunidade dos leitões e fortalece seus pulmões, resultando em uma redução significativa dos custos de tratamento e da mortalidade dos suínos.
Outra iniciativa da empresa é o Ceva LUNG PROGRAM (CLP), um programa que permite o monitoramento do status sanitário da granja através de dados obtidos no momento do abate. Informações relevantes que auxiliam os suinocultores na adoção de programas de biosseguridade mais precisos para a granja e seus arredores.
“Muitas informações encontradas por meio da observação dos pulmões dos suínos abatidos, incluindo a diferenciação de lesões e suas localidades, são essenciais para melhorar o status das doenças respiratórias dos suínos no Brasil. Hoje temos tecnologias gratuitas, como o Ceva Lung Program (CLP), que é uma ferramenta de alto valor para o suinocultor com um banco de dados alimentado por granjas de todo o mundo e que, combinado com as informações da granja local traz sugestões específicas para aquela propriedade com abordagens mais específicas para as doenças respiratórias que acometem aquele plantel”, explica Marcio.
Ter uma visão 360º sobre a saúde pulmonar da granja orienta de forma precisa o que deve ser melhorado é essencial na suinocultura moderna. “Com as ferramentas certas e o conhecimento direcionado, é possível melhorar o status sanitário das granjas e garantir suínos mais saudáveis, reduzir as perdas com descarte de carcaças no frigorífico e fornecer ao consumidor uma proteína suína de maior qualidade”, finaliza.
Referencias bibliográficas com: Gisele Assis – gisele@assiscomunicacoes.com.br

Empresas
Aurora Coop inaugura indústria de frango griller em Tapejara
Unidade recebeu investimentos totais de R$ 210 milhões e vai destinar 85% da produção para exportação.

Foi oficialmente inaugurada na terça-feira (18) a ampliação e modernização do Frigorífico Aurora Coop Tapejara I (FATA I), localizado na Linha São Silvestre, município de Tapejara (RS). A unidade recebeu investimentos totais de R$ 210 milhões e vai destinar 85% da produção para exportação.
A modernização do FATA I representa um marco para a economia regional. A reforma ampliou a área construída para 18,5 mil metros quadrados e revitalizou 74% da estrutura, o frigorífico retorna praticamente como uma nova indústria. A capacidade de abate aumenta em 80%, chegando a 10 mil aves/hora, abastecidas por produtores rurais integrados da região, fortalecendo a cadeia produtiva local. A diversificação do mix, que prioriza frango Griller e cortes temperados, amplia oportunidades de mercado e valor agregado. Com certificação SIF e Halal, a unidade passa a exportar para o Oriente Médio e outros mercados, projetando faturamento anual de R$ 238 milhões.

A indústria recebeu investimentos totais da ordem de R$ 210 milhões e vai destinar 85% da produção para exportação – Fotos: Sara Bellaver/MB Comunicação
O impacto social é expressivo: a unidade inicia com 520 empregos diretos, podendo chegar a 980 com o segundo turno. Considerando os indiretos, serão mais de 1.500 novos postos de trabalho, todos com recrutamento regional. Os municípios do entorno também serão beneficiados com R$ 2,95 milhões anuais em ICMS, impulsionando serviços, comércio e renda.
Aurora Coop em crescimento
Em seu pronunciamento, o presidente Neivor Canton realçou que a Aurora Coop está presente no Rio Grande do Sul desde 2001, mantendo uma base produtiva, no campo, formada por 9.585 produtores rurais. Em relação a Tapejara declarou que “a Aurora Coop, cumprindo com o seu dever, após ter feito a aquisição das unidades industriais da empresa Agro Danielli, de imediato cuidou de fazer uma ampliação, recuperando em muito a capacidade produtiva da unidade de São Silvestre. Esta unidade passa a produzir o frango griller voltado mais especificamente para o mercado árabe de consumo, aos países do Oriente Médio, para o qual estamos completando o nosso portfólio de produto de preferência daquele consumidor”.
O diretor industrial Christian Klauck apresentou todas as informações sobre os investimentos realizados na unidade, destacou a aplicação

Em seu pronunciamento, o presidente Neivor Canton realçou que a Cooperativa Central está presente no Rio Grande do Sul desde 2001, mantendo uma base produtiva, no campo, formada por 9.585 produtores rurais
de R$ 60 milhões em sistemas ambientais que garante operação sustentável, com tecnologia avançada, eficiência energética e tratamento moderno de efluentes. A gerente do Frigorífico Aurora Tapejara I (FATA I) Keli Delazeri discorreu sobre o início da operação, a geração de empregos e as características do funcionamento da unidade.
Participaram da cerimônia a diretoria da Aurora Coop e os dirigentes das cooperativas filiadas. Também prestigiaram o ato o representante do governador Eduardo Leite, secretário do de trabalho e desenvolvimento profissional do Rio Grande do Sul, Gilmar Sossella; o senador Luis Carlos Heinze, o prefeito de Tapejara, Evanir Wolff e o vice-prefeito Rodinei Bruel, o presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Eduardo de Oliveira, a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) do Ministério da Agricultura Juliana Satie, o secretário de Turismo Ronaldo Santini e o Secretário de Agricultura Eduardo Bortolotto, entre outras autoridades.
O novo FATA I consolida Tapejara e o noroeste gaúcho como polos estratégicos da produção avícola, combinando desenvolvimento econômico, inovação industrial e responsabilidade ambiental.
Empresas
Aniversário de 36 anos da Credicoamo é marcado por lançamentos
Dia de celebrar uma história de cooperação, solidez e compromisso com o desenvolvimento financeiro dos associados.

Na manhã desta segunda-feira (17), as comemorações pelos 36 anos da Credicoamo movimentaram a Administração Central e as agências no Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Dia de celebrar uma história de cooperação, solidez e compromisso com o desenvolvimento financeiro dos associados. A Credicoamo nasceu do propósito de oferecer mais do que crédito, nasceu para formar uma cultura de prosperidade e gestão eficiente de recursos.
Gestão eficiente de recursos, inclusive, foi o tema abordado na palestra deste ano, que contou com o professor Reinaldo Domingos, referência nacional em educação financeira. “Esse ecossistema entre empresa do agronegócio e empresa-família precisa ter conexões suficientes para poder gerir recursos com sustentabilidade, resultados positivos e sonhos realizados”.
Antes da palestra, o presidente Executivo da Credicoamo, Alcir José Goldoni, deixou sua mensagem, evidenciando o dia de gratidão e emoção. Convidou os presentes a acompanharem um vídeo, que fez o público voltar ao ano de 1989, em que, o Diretor Administrativo-Financeiro da Coamo, Antonio Sérgio Gabriel, fazia a leitura da criação da Credicoamo. Goldoni aproveitou o momento festivo para reconhecer e homenagear o diretor pelo empenho e seriedade na constituição da cooperativa.
O idealizador e presidente do Conselho de Administração da Coamo e da Credicoamo, José Aroldo Gallassini, relembrou momentos da fundação da cooperativa de crédito, contando que ela surgiu para propiciar uma vida financeira segura e próspera aos associados.
Estiveram presentes no aniversário, em Campo Mourão (PR), associados, conselheiros, diretores e convidados.
Atos que constituíram o aniversário

Educação Financeira: Após a palestra, o diretor Financeiro e Riscos, Elton Alexandre Scramocin, lançou o Programa de Educação Financeira da Credicoamo, reforçando o propósito de formar uma cultura financeira sólida, consciente e sustentável entre os associados e suas famílias. O assunto já faz parte do dia a dia da cooperativa de crédito e agora ganha o reforço de uma plataforma (acesse aqui). “Contamos com o apoio e utilização da plataforma para desenvolvermos uma vida financeira sustentável”, destacou o diretor.
Divulgação da 3ª edição do Aniversário Automotivo: Feita pelo diretor de Negócios Dilmar Antônio Peri, o qual reforçou as condições especiais de financiamento de veículos, prazos ampliados e taxas diferenciadas, sendo uma oportunidade exclusiva aos associados.
Lançamento do consórcio: Dilmar falou do novo produto, que representa uma forma inteligente de conquistar patrimônio, sem custo financeiro adicional, fortalecendo o planejamento e o uso eficiente dos recursos. “Nós queremos realizar os sonhos dos associados, com condições muito especiais”, afirmou Dilmar.
Lançamento do programa de relacionamento Bônus de Seguro: Na renovação do seguro contratado em 2025, será conferido um bônus que será concedido no mês seguinte ao pagamento, como forma de valorização da parceria e confiança depositada na Credicoamo Seguros, explicou o presidente Executivo Alcir José Goldoni. “As boas notícias apresentadas nesta manhã cooperam por um mundo próspero, sendo gratificante poder divulgar produtos e serviços benéficos ao associado”, finalizou o presidente.
No canal do Youtube da Coamo, confira a palestra e mais detalhes do aniversário:
https://www.youtube.com/watch?v=HZo4slCC39M
Empresas
Vetanco Brasil anuncia a contratação de Ana Luiza Lora como Coordenadora Técnica de Biológicos
Com trajetória iniciada no setor de avicultura, ela assumiu a função em agosto e traz experiência adquirida em uma empresa do Paraná, reconhecida pela forte atuação na exportação de proteína de frango e por sua cadeia de produção integrada e controlada, do campo ao varejo.

A médica-veterinária Ana Luiza Lora é a nova Coordenadora Técnica de Biológicos da Vetanco do Brasil. Com trajetória iniciada no setor de avicultura, ela assumiu a função em agosto e traz experiência adquirida em uma empresa do Paraná, reconhecida pela forte atuação na exportação de proteína de frango e por sua cadeia de produção integrada e controlada, do campo ao varejo.
Ao longo de sua carreira, acumulou sólidos conhecimentos atuando como extensionista e sanitarista de frango de corte. Na Vetanco, seu foco será a plataforma Biotech Vac, uma das grandes inovações da companhia. Entre seus avanços mais recentes, destaca-se a Biotech Vac Salmonella, considerada a vacina mais inovadora do mercado no controle das salmonelas paratíficas.
Ana Lora é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e possui pós-graduação em Sanidade Avícola pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), formação que complementa sua experiência prática e reforça sua qualificação para atuar na linha de biológicos da empresa.
Com sua chegada, a Vetanco reafirma o compromisso de seguir inovando no desenvolvimento de soluções para a saúde animal, fortalecendo sua equipe técnica e ampliando sua atuação junto ao setor avícola brasileiro.



