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Do lixo ao luxo de gerar energia

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O agravamento da crise hídrica está instigando o mercado a buscar novas fontes para geração de energia e os olhares voltam-se cada vez mais para os resíduos de madeira. A expectativa de que, em abril de 2015, o leilão de fontes alternativas de energia negocie contratos de energia eólica e biomassa chama a atenção para a diversificação da matriz energética, com aproveitamento de insumos que anteriormente eram descartados.

Para ter uma ideia do potencial desta biomassa, lembre-se de que o Brasil registra mais de sete milhões de hectares de florestas plantadas de eucalipto e pinus, além de outras culturas florestais como acácia e mogno africano. O Panorama do Potencial de Biomassa no Brasil, produzido pelo Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio), aponta São Paulo e Paraná como os Estados com maior potencial de aproveitamento de resíduos de madeira, provenientes da silvicultura, na geração de energia elétrica. Bahia e Minas Gerais aparecem na sequência. De acordo com o estudo, na conjuntura atual, inclusive a remoção dos tocos tem se tornado lucrativa para queima em usinas térmicas.

O avanço da legislação também tem favorecido o aproveitamento dos resíduos de madeira, que até recentemente eram descartados indevidamente. Com a atual Política Nacional de Resíduos Sólidos, é proibido descartar os resíduos de árvores junto com o lixo domiciliar. A mudança afeta diretamente os resíduos de podas urbanas. O material que era deixado no campo ou descartado indevidamente nos aterros sanitários está se consolidando como alternativa para queima em caldeira e substrato para compostagem. A estimativa do Panorama é de que a biomassa tenha mais peso na geração mundial de eletricidade, produzindo cerca de 27 TWh até 2020.

A eficiência do processo está melhorando com novas tecnologias de conversão. Ainda que a combustão em fornos e caldeiras seja predominante, processos como gaseificação e pirólise despontam como alternativas mais eficientes. Segundo o Balanço Energético Nacional, a participação da biomassa na matriz energética brasileira é de 27%, a partir da utilização de lenha de carvão vegetal (11,9%), bagaço de cana-de-açúcar (12,6%) e outros (2,5%). O potencial autorizado para empreendimentos de geração de energia elétrica, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), é de 1.376,5 MW, quando se consideram apenas centrais geradoras que utilizam bagaço de cana-de-açúcar (1.198,2 MW), resíduos de madeira (41,2 MW), biogás ou gás de aterro (20 MW) e licor negro (117,1 MW). 

Além da conjuntura, outro fator que tem favorecido o aproveitamento desta biomassa é o desenvolvimento de tecnologias específicas para o manejo deste material. Fabricantes globais como a Vermeer estão instalados no Brasil trazendo soluções já consagradas em outras regiões como Estados Unidos e Europa, auxiliando o mercado local na superação das barreiras tecnológicas. A fabricante reforça seu posicionamento com a maior frota de equipamentos combinados e com uma filial no País para o pronto atendimento aos clientes.

O mercado é favorecido com tecnologias que viabilizam cavacos, microcavacos e pellets em granulometrias precisas. O leque de soluções disponíveis é amplo. A linha de trituradores, por exemplo, possui equipamentos horizontais e verticais. Estes últimos operando com gravidade, ou seja, eles não possuem uma mesa de alimentação e sim uma grande bacia com um tambor triturador. Alguns modelos possuem oito martelos e 16 cortadores, que podem ser substituídos em menos de uma hora. São trituradores versáteis, adequados para lidar com materiais volumosos como tocos, fardos e pellets.

Alternativa entre os modelos de trituradores horizontais são os autopropelidos. Opções móveis e eficientes para as operações de reciclagem de resíduos de madeiras, seja durante a limpeza de campo, ou para o processamento de compostagem, de desbastes florestais e para o processamento de resíduos da arborização urbana. Diferente dos modelos rebocáveis, que necessitam de equipamentos auxiliares como tratores para serem movimentados, essa alternativa permite ao operador total autonomia no deslocamento ao redor do campo de trabalho, otimizando a produção com a mesma eficiência de processamento de materiais. 

Outra solução bastante difundida é o picador florestal. Há modelos aptos a processar material de até 58 cm de diâmetro com garantia de eficiência por intermédio de sistemas de alimentação automático e rotores de corte de alta velocidade e embreagem a disco. O sistema de alimentação com a mesa de três metros de comprimento é mais uma vantagem do equipamento. O sistema de alimentação de alguns picadores aceita toras de madeira com comprimento muito superior ao da mesa, além de posicionar o material a ser picado em ângulo de corte mais eficiente. É preciso atenção ao design das máquinas para avaliar se a abertura de alimentação também minimiza gargalos de material, além de oferecer uma área de alimentação ampla, sem a presença de defletores laterais, o que aumenta a produtividade do operador da garra florestal durante o procedimento. Outro destaque do equipamento é o sistema de esmagamento automático, que pode ser programado para exercer entre 0 e 1,8 toneladas de pressão de esmagamento. Há opções em que o operador do equipamento ainda pode acionar um botão manual, para alcançar força de esmagamento maior, de até 2,1 toneladas.

As linhas de picadores de galhos também estão ampliando suas fatias de mercado, tornando as operações mais seguras e produtivas.  Entre as opções, figuram aquelas equipadas com sistema de controle, que monitora o desempenho do motor e reverte automaticamente o rolo de alimentação quando necessário, evitando sobrecarga do sistema.  Modelos com uma boca de alimentação de 30 cm de altura são capazes de picar galhos retorcidos e copas de árvores inteiras, sem a necessidade de pré cortá-los com motosserras. Recursos para desligamento da alimentação e a distância da mesa ao rolo são outros fatores importantes na escolha dos equipamentos. O operador não deve ficar próximo ao rolo, o que também reduz os riscos de acidentes.

Com as oportunidades para aproveitamento dos tocos, os destocadores começam a se tornar mais conhecidos no mercado. Nas áreas urbanas, quando as prefeituras combinam o uso do destocador em conjunto com o picador de galhos, a mão de obra intensiva, de até sete pessoas envolvidas no processo, cai para duas. A redução é ainda mais expressiva em termos de tempo: ao invés de dez viagens e caminhões para uma operação média de poda e destocamento, uma equipe que adota um picador e um destocador, por exemplo, pode executar a operação completa em até uma hora e demandar apenas uma viagem de caminhão para o descarte do material. Se deixados nas florestas, os tocos oferecem riscos aos equipamentos que transitam na área, além de prejudicar as rotações e plantios de cultura.

A combinação destas tecnologias, considerando peneiras rotativas, trituradores horizontais e verticais, picadores florestais, picadores de galhos e destocadores é capaz de garantir altos níveis de produtividade e confiabilidade na produção de cavaco, microcavaco e pellets de madeira. A Vermeer tem equipamentos em campo, contribuindo para o sucesso de diversas operações de geração e cogeração de energia. No Nordeste, por exemplo, os trituradores horizontais picam os resíduos de podas de cajueiros. No Centro-Oeste, Sudeste e Sul, os trituradores horizontais e picadores florestais operam na limpeza de laranjais, em florestas de eucalipto, palha de cana-de-açúcar entre outras. Com exceção do Sul, nestas regiões os produtores de grãos estão queimando os resíduos florestais para cogeração de energia e geração de calor nos silos. 

Apesar da produção ainda ser modesta, o segmento de pellets amplia as oportunidades de negócios. O Brasil tem grande potencial de aproveitamento da biomassa florestal na produção de pellets para atender às demandas nacional e internacional. A Europa concentra 52% das plantas indústrias e os EUA, 41%, segundo o European Pellet Centre, e mesmo assim eles têm potencial para importar pellets de outros mercados.

Por último, é importante alertar compradores e decisores em relação ao perfil do fabricante, considerando os resultados quando se combina equipamentos de uma mesma marca, presença no Brasil, suporte em todo o ciclo de vida do equipamento, oferecendo treinamentos, estoque de peças e equipe técnica qualificada. Juntos, esses aspectos proporcionam segurança ao cliente, que terá sua operação acompanhada de perto pela fabricante.

Flávio Leite – Gerente Geral da Vermeer Brasil

Fonte: Ass. de Imprensa Vermeer

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Brasil e Japão assinam memorando para fortalecimento da cooperação agrícola

Objetivo é ampliar as relações comerciais entre os países.

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Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro e Ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto - Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião bilateral realizada entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto, foi assinado o Memorando de Entendimento para fortalecimento da cooperação entre os dois países no âmbito da agricultura.

O objetivo é tratar da expansão das relações comerciais entre os países, bem como o suprimento estável de grãos do Brasil ao Japão e a promoção de sistemas agroalimentares sustentáveis.

O encontro aconteceu na tarde desta última sexta-feira (13), em Chapada dos Guimarães (MT), após o encerramento da Reunião Ministerial do Grupo de Trabalho de Agricultura do G20.

“Temos muito orgulho da relação Brasil Japão. Temos grandes oportunidade na cooperação e produção de alimentos e energias renováveis”, pontuou o ministro Carlos Fávaro na reunião.

O ministro japonês ressaltou a importância da assinatura do memorando, destacando que a medida atende a diversos aspectos da agropecuária para ambos os países.

Ele aproveitou a ocasião para parabenizar o Brasil pelo sucesso na organização do G20.

Além da assinatura do Memorando de Entendimento, a reunião tratou de temas como a transição energética. Em missão no Japão, Fávaro vistou a Toyota para tratar da fabricação de carros movidos a combustíveis renováveis no Brasil, fortalecendo a agroindústria brasileira e contribuindo como a sustentabilidade do planeta.

Fonte: Assessoria Mapa
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Brasil e Azerbaijão assinam memorando de entendimento para a pecuária e saúde animal

Acordo foi firmado na última sexta-feira (13) durante reunião bilateral no G20 Agro.

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Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov - Foto: Divulgação/Mapa

Os ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov, respectivamente, assinaram Memorando de Entendimento para a cooperação em pecuária e saúde animal nesta sexta-feira (13), durante uma reunião bilateral no G20 Agro.

A cooperação abrange o desenvolvimento da pecuária, saúde animal e matérias-primas; fomento à horticultura; e gestão sustentável do agronegócio e sustentável territorial, além de áreas como genética, biotecnologias de processamento e colheita, aprimoramento de maquinário agrícola e controle de pragas e doenças.

Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro destacou a importância do compartilhamento de ciência e tecnologia e afirmou que o acordo possibilitará avanços comerciais. “Vamos avançar na implementação dessas cooperações. Este é um momento muito oportuno para firmar novas oportunidades comerciais que sejam benéficas e equilibradas para ambos os países”, disse Fávaro.

 

Já o ministro Mammadov ressaltou a relevância da assinatura do memorando, destacando a importância da cooperação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele mencionou que, nesta sexta-feira, houve uma reunião com a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, na qual foram discutidas parcerias para pesquisa sobre mudanças climáticas. “Entendemos a importância da colaboração e da pesquisa nesse campo. No que diz respeito às relações diplomáticas e à cooperação agrícola, nosso compromisso é firme”, afirmou o ministro do Azerbaijão.

Neste ano, a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) acontecerá em novembro, na capital do Azerbaijão, Baku. O evento foi destacado pelos ministros como um marco importante, especialmente por anteceder a COP30, que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA).

Fonte: Assessoria Mapa
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No G20 Agro, Brasil e Portugal firmam memorando para produtos agroalimentares

Foco será garantir o cumprimento das normas de segurança e qualidade

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Reunião bilateral - Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro do Grupo de Trabalho da Agricultura do G20, no estado de Mato Grosso, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, aproveitou a oportunidade para realizar uma série de reuniões bilaterais estratégicas. Os encontros ocorreram nesta sexta-feira (13), no município de Chapada dos Guimarães (MT).

Os acordos visam fortalecer as relações bilaterais na agricultura e viabilizar projetos conjuntos de cooperação técnica para promover a evolução sustentável dos sistemas produtivos.

Em encontro com o ministro da Agricultura e Pescas de Portugal, José Manuel Fernandes, foi assinado um Memorando de Entendimento (MoU) entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério da Agricultura e Pescas de Portugal (MAGRIP). O documento regula o controle de segurança e qualidade dos produtos agroalimentares, promovendo a cooperação institucional e técnica entre os dois países.

“Esta assinatura demonstra o equilíbrio nas relações e reciprocidade entre Brasil e Portugal, além de abrir portas para novos diálogos e parcerias. Temos outros setores que também podemos explorar em conjunto”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

Na ocasião, também foram discutidos pontos de interesse mútuo. O Brasil solicitou o apoio de Portugal nas negociações sanitárias e fitossanitárias junto à União Europeia.

Cooperação Internacional

Índia

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro e o ministro da Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores da Índia, Ramnath Thakur, reforçaram o interesse e o compromisso de ambos os países em continuar o diálogo em prol dos produtores, por meio de cooperações técnicas. “O Brasil tem grande interesse em manter e ampliar as relações comerciais com a Índia. Nosso objetivo é desenvolver capacidades mútuas na área agropecuária, especialmente no setor de pulses e pecuária leiteira”, afirmou Fávaro.

O ministro indiano convidou Fávaro a conhecer os sistemas agrícolas da Índia, ressaltando que “com certeza o ministro ficará surpreso”.

Emirados Árabes Unidos

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro com a ministra das Mudanças Climáticas e Meio Ambiente dos Emirados Árabes, Amna Al Dahhak Al Shamsi, e sua delegação, o ministro Carlos Fávaro apresentou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Fávaro reafirmou o compromisso do Brasil com a sustentabilidade.”Estamos com um objetivo muito claro de zerar o desmatamento. Como? Por meio desse programa que criamos para a recuperação de pastagens degradadas”, disse Fávaro.

A ministra Shamsi destacou a importância da pesquisa para o desenvolvimento de práticas sustentáveis. “Temos avançado nas pesquisas em colaboração com universidades, o Ministério das Mudanças Climáticas e centros de pesquisa dos Emirados Árabes. É essencial para nós garantir que estamos desenvolvendo culturas climaticamente inteligentes que possam prosperar”, afirmou.

Itália

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em continuidade às reuniões bilaterais, o ministro Carlos Fávaro se encontrou com o ministro da Agricultura, Soberania Alimentar e Florestas da Itália, Francesco Lollobrigida, para debater cooperações técnicas e inovações tecnológicas entre os países.

“O G20 Agro foi um grande evento”, afirmou Lollobrigida. “Como presidente do G7, a Itália vê os temas abordados no G20 no Brasil como um ponto de convergência importante”.

Reino Unido

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião com Daniel Zeichner, ministro de Estado para o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) do Reino Unido, o ministro Fávaro reiterou a satisfação do Brasil em ter o Reino Unido como parceiro para alcançar o objetivo de erradicar a fome, promover a segurança alimentar e melhorar a nutrição global por meio de uma agricultura sustentável, com alta produtividade e resiliência às mudanças climáticas.

Fonte: Assessoria Mapa
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