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Difusão de conhecimento marca o 13º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura
Evento alcançou mais de 1,8 mil participantes no Simpósio e na feira e foi acessado em mais de 40 países. As visualizações na página foram superiores a 88 mil

Considerado um dos principais fóruns de discussão do setor na América Latina, o 13º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS) foi marcado por difusão de conhecimento, interação virtual e debates atuais e importantes para a suinocultura. Promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), encerrou na quinta-feira (12) com números que demonstram o sucesso da iniciativa on-line.
O evento alcançou mais de 1,8 mil participantes, entre o Simpósio e a 12ª Brasil Sul Pig Fair, e foi acessado em mais de 40 países, entre eles Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Argentina, Reino Unido, Colômbia, México, Peru, Países Baixos, Finlândia, Chile, Irlanda, Áustria e Suécia. As visualizações na página foram superiores a 88 mil. No palco ao vivo, as visualizações foram superiores a 7,5 mil e na feira passaram de 10,6 mil. Nos eventos paralelos, foram superiores a 7,6 mil. Na área de networking, mais de 260 pessoas compartilharam conhecimentos e trocaram experiências.
Com a pandemia, o Nucleovet se reinventou na realização dos seus tradicionais simpósios. O SBSS e a 12ª Brasil Sul Pig Fair ocorreram de maneira totalmente on-line, com geração e transmissão a partir de Chapecó (SC). Os eventos reuniram especialistas que debateram tendências, inovações e o futuro da suinocultura. A edição on-line democratizou o acesso do público, que pode acompanhar as palestras e participar da feira virtual de qualquer parte do mundo.
O presidente do Nucleovet, Luiz Carlos Giongo, ressaltou que o Simpósio tem um propósito simples: entregar, aos participantes, riqueza em conhecimentos, informações privilegiadas e expertises através de profissionais mestres no que fazem. “Esses profissionais estão atuando espalhados no mundo todo e conhecem o dia a dia do setor. Buscam, diariamente, as melhores formas de anteceder processos prejudiciais, auxiliando na tomada de decisões cada vez mais assertivas, transformando toda a cadeia produtiva e auxiliando a torná-la cada vez mais saudável, desde a criação do suíno até o mercado final”.
Durante os três dias de evento, ocorreram 11 palestras que abordaram temas sobre o futuro do setor, biosseguridade, uso prudente de antimicrobianos, nutrição e sanidade. O presidente da Comissão Científica do SBSS, Paulo Bennemann, salientou o importante papel do Nucleovet em difundir conhecimento para quem atua na cadeia suinícola. “Nosso objetivo, ao eleger os temas e elaborar a programação, foi levar em consideração os anseios dos profissionais do setor e trazer informações com a melhor qualidade possível, com palestrantes renomados, para que esses profissionais multipliquem o que aprenderam e transformem isso em ações”.
O vice-presidente do Nucleovet, Lucas Piroca, realçou que muitas pessoas contribuíram para o sucesso do evento. “São pessoas que acreditaram na ideia: patrocinadores, apoiadores, comissão técnica, profissionais que atuam voluntariamente na diretoria do Nucleovet, parceiros e os mestres que compartilharam suas pesquisas e experiências. Também o público que participou, acreditando no potencial do evento em fornecer conhecimentos atuais e relevantes”.
Para 2022, o Nucleovet encara um novo desafio: lançar uma edição híbrida do evento. “A dificuldade que enfrentamos pela necessidade de distanciamento nos abriu uma nova possibilidade. Em abril realizamos o 21º Simpósio Brasil Sul de Avicultura e agora o Simpósio de Suinocultura. O sucesso dos dois eventos provou que podemos superar fronteiras. No próximo ano, se a segurança sanitária permitir, retomaremos o encontro presencial e, ao mesmo tempo, encurtaremos distâncias com a transmissão virtual”, projetou Giongo.
Como tradicionalmente faz em todos os Simpósios, o Nucleovet manteve a doação de parte do valor das inscrições. Nesta edição do SBSS, a comissão organizadora ainda definirá quais entidades receberão os valores em dinheiro.
Eventos paralelos
Participaram da 12ª Brasil Sul Pig Fair 49 estantes/lounges de tecnologia, sanidade, nutrição, genética, aditivos e equipamentos para suinocultura. A feira foi um espaço onde as empresas geradoras de tecnologias apresentaram suas novidades e seus produtos, permitiram a construção de networking e o aprimoramento técnico dos congressistas.
Foi disponibilizada uma inovadora área de networking para os inscritos tanto no Simpósio quanto na Pig Fair. Cada estande disponibilizou conteúdos, como direcionamento para redes sociais e site da empresa, materiais técnicos e comerciais para download e contato pelo WhattsApp. Além disso, os participantes puderam deixar depoimentos sobre suas experiências ao visitar a feira e os estandes.
Também ocorreram cinco eventos paralelos durante os três dias do Simpósio, promovidos pelas empresas Adisseo, Boehringer Ingelheim, Ceva, MSD e Vetanco. Além disso, um pré-evento foi organizado pela Farmabase Saúde Animal.
Apoio
O 13º SBSS teve apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV/SC), da Embrapa, da Prefeitura de Chapecó, da Unochapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

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Brasil reforça parceria com a OCDE em agenda agrícola sustentável na COP30
Reunião de Carlos Fávaro com Marion Jansen fortalece a atuação brasileira na organização e debate avanços em comércio, inovação e políticas agroambientais.

Na quinta-feira (20), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, realizou uma reunião bilateral com a diretora de Comércio e Agricultura da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Marion Jansen, na AgriZone, a casa da agricultura sustentável na COP30, em Belém (PA). O encontro reforçou o compromisso do Brasil em ampliar sua participação na organização e avançar em temas estratégicos da agenda agrícola internacional.
Durante a reunião, foram discutidos indicadores agroambientais e os trabalhos conduzidos pelos grupos da OCDE dedicados à agricultura, comércio, meio ambiente e políticas agrícolas. Um dos pontos de destaque foi o realinhamento da participação brasileira no Programa de Cooperação e Pesquisa (CRP), considerado fundamental para fomentar estudos, inovação e intercâmbio técnico entre países. Fávaro ressaltou a importância de que métricas globais reflitam de maneira mais precisa as realidades produtivas tropicais.
“Estamos trabalhando para que a voz do Brasil esteja cada vez mais presente nos fóruns internacionais. Nossa produção sustentável, aliada à inovação, nos coloca em posição de apoiar agendas globais e garantir que decisões sobre agricultura e comércio levem em conta a realidade de quem produz alimentos com responsabilidade”, destacou o ministro.
A bilateral marcou também a apresentação da nova adida brasileira junto à OCDE, Bárbara Cordeiro, que assumirá o posto em janeiro de 2026. O diálogo abriu novas perspectivas de cooperação e consolidou o interesse mútuo em fortalecer a atuação técnica do Brasil na organização.
Após a reunião, a OCDE promoveu o painel “O desafio do comércio agrícola sustentável: um diálogo de alto nível”, na AgriZone. Participaram do debate Marion Jansen, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, e o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua.
O painel reuniu especialistas, representantes internacionais e formuladores de políticas para discutir caminhos para um comércio agrícola sustentável em um cenário global de desafios ambientais e crescente demanda por alimentos. Os participantes abordaram a harmonização de indicadores, estratégias de mitigação e adaptação climática e políticas que considerem a diversidade das realidades produtivas ao redor do mundo.
Durante o debate, o secretário Luís Rua destacou o papel estratégico do Brasil. “O Brasil tem excelência na agenda da sustentabilidade e na preservação ambiental, mas também se destaca pela produção de alimentos. O país pode liderar pelo exemplo, com atividades produtivas sustentáveis e responsabilidade ambiental, aliadas à inovação e à tecnologia. Esses elementos permitem que o Brasil se consolide cada vez mais como um player estratégico na produção de alimentos, garantindo a segurança alimentar global e conciliando preservação ambiental e desenvolvimento do setor produtivo”, afirmou.
O painel reforçou, ainda, o protagonismo brasileiro no desenvolvimento de tecnologias e políticas públicas voltadas à sustentabilidade, contribuindo para que o comércio internacional avance com equilíbrio, competitividade e compromisso ambiental.
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Agricultura regenerativa ganha destaque na COP30 como caminho para um agro mais sustentável
Painel do Mapa no Pavilhão Brasil debate práticas que reduzem emissões, recuperam solos e fortalecem a competitividade da agricultura de baixo carbono no país.

Representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participaram, neste penúltimo dia da COP30, de um painel dedicado à agricultura regenerativa como caminho para um agronegócio mais sustentável e resiliente. O encontro ocorreu no Pavilhão Brasil, na Blue Zone, reunindo especialistas e autoridades para discutir soluções que integrem produção e preservação.
O painel teve como foco mostrar como práticas regenerativas podem reduzir emissões de carbono, restaurar a capacidade produtiva dos solos e ampliar a eficiência das cadeias agropecuárias. Os participantes também discutiram os desafios e as oportunidades para expandir essas técnicas no campo brasileiro, sobretudo diante das mudanças climáticas e da necessidade de fortalecer a segurança alimentar.
O auditor fiscal federal agropecuário do Mapa, Luís Rangel, destacou que o Programa Caminho Verde Brasil será um dos principais motores da transformação sustentável no país. A iniciativa prevê a recuperação de áreas atualmente degradadas, devolvendo-as à produção por meio de ciência, tecnologia e inovação, fortalecendo a agricultura de baixo carbono e ampliando a competitividade do Brasil no cenário global.
Rangel também reforçou que o governo vem ampliando os instrumentos de incentivo para que mais produtores adotem práticas sustentáveis. Entre eles, está o desconto de 0,5% no Plano Safra para quem investe em sistemas produtivos sustentáveis e tecnologias de baixa emissão. Para ele, “a transição verde já é uma realidade no campo brasileiro, e programas como o Caminho Verde mostram que é possível produzir mais, conservando os recursos naturais”.
Além disso, o debate ressaltou que a agricultura regenerativa está alinhada às metas nacionais de sustentabilidade, contribuindo para o uso eficiente do solo, o aumento da biodiversidade e a redução de impactos ambientais, sem comprometer a produtividade de pequenos, médios e grandes produtores.
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Mobilização do setor rural retira de pauta PL que aumentaria custos extrajudiciais no Paraná
Pressão do Sistema Faep, sindicatos e produtores garante suspensão do projeto que poderia elevar em até 532% taxas essenciais para atividades rurais e impactar o preço dos alimentos no estado.

O Projeto de Lei (PL) 1016/2025, referente ao aumento dos valores de referência aos atos extrajudiciais no Paraná, foi retirado da pauta de votação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A ação é resultado da mobilização do Sistema Faep, com apoio dos sindicatos e produtores rurais, que também envolveu o G7 (grupo que reúne sete entidades representativas do setor produtivo paranaense), os deputados estaduais e o governo estadual. O projeto de lei havia sido protocolado na Alep pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR).
Caso o PL 1016/2025 fosse aprovado, o impacto financeiro seria significativo na agropecuária estadual. Isso porque os produtores rurais teriam que pagar, por exemplo, até 532% a mais para averbação sem valor econômico, 351% para emissão de certidões e 82% para pedidos de escrituras com valor acima de R$ 750 mil. Com o aumento dos custos dentro da porteira, o valor dos alimentos para a sociedade paranaense sofreria reajuste.
“A retirada de tramitação do projeto é uma vitória do setor rural e também da sociedade paranaense, já que teria impacto para todos os cidadãos. O momento em que vivemos, principalmente no meio rural, é delicado, com altos custos de produção, margens apertadas e problemas extras, como as intempéries climáticas. Essa vitória é coletiva, resultado da mobilização de diversos elos da cadeia produtiva rural”, destaca o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette. “O Sistema Faep, nossos sindicatos e produtores rurais agradecem a sensibilidade dos deputados estaduais, principalmente do presidente da Alep, Alexandre Curi, e do governador, Carlos Massa Ratinho Junior”, complementa.
A retirada do PL da pauta da Alep evita que os produtores rurais tenham que pagar a mais em operações de registro, averbação, retificação de área, georreferenciamento, regularização ambiental e ratificação de área em faixa de fronteira. Esses documentos são necessários para o financiamento, regularização fundiária, crédito rural, registro de propriedades, regularização ambiental e, até mesmo, a obtenção de financiamentos bancários.



