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Dificuldade para obter dados sobre venda de antibióticos dificulta controle no Leste e Sudeste asiático

Entre os grandes desafios para controlar e racionalizar o uso de antibióticos na Ásia está a deficiência de identificar quanto do uso total está ligado às diversas espécies de animais domésticos.

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Professor doutor em Reprodução Animal na Universidade Sueca de Ciências Agrárias, na Suécia, Ulf Magnusson: "A competência veterinária entre os varejistas geralmente é baixa, de modo que o conselho sobre o uso ao produtor pode ser inadequado ou inexistente" - Fotos: Jaqueline Galvão/OP Rural

O uso sem controle ​​de agentes antimicrobianos como promotores de crescimento na suinocultura intensiva em larga escala tem causado uma ampla ocorrência de resistência antimicrobiana no Leste e Sudeste asiático. Essa afirmação foi feita pelo professor doutor em Reprodução Animal na Universidade Sueca de Ciências Agrárias, na província de Uppland, condado de Uppsala, na Suécia, Ulf Magnusson, durante o 26º Congresso Internacional da Sociedade Veterinária Suína (IPVS), realizado em junho na cidade do Rio de Janeiro, RJ. No evento, o sueco palestrou sobre “Uso de antimicrobianos e administração na produção de suínos no Leste e Sudeste da Ásia”.

Professor doutor em Reprodução Animal na Universidade Sueca de Ciências Agrárias, Ulf Magnusson: “Como os antibióticos são relativamente baratos e prontamente disponíveis se torna uma alternativa atraente às boas práticas de criação de suínos”

Embora tenham sido severamente afetadas nos últimos anos pela epizootia da Peste Suína Africana, as regiões Leste e Sudeste asiático concentram juntas o maior rebanho suínos do mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). De longe, a China abriga o maior contingente populacional de suínos, com notáveis 406 milhões de animais, seguido do Vietnã, com 22 milhões, e de Mianmar, com 19 milhões.

Nas últimas décadas, o setor de suínos se estruturou para expandir a atividade, migrando do sistema de criação baseado na agricultura familiar para granjas intensivas de grande escala. Contudo, ainda há predominância de pequenas produções familiares de suínos entre os países asiáticos.

Conforme Magnusson, entre os grandes desafios para controlar e racionalizar o uso de antibióticos na Ásia está a deficiência de obter dados sistematizados sobre a venda de medicamentos veterinários e de identificar quanto do uso total está ligado às diversas espécies de animais domésticos. “Em alguns países ou regiões do mundo existem dados de vendas sistematicamente coletados pela Vigilância Europeia do Consumo de Antimicrobianos Veterinários (Esvac) ou mesmo dados sobre o uso de antibióticos nas propriedades, principalmente para o gado. Ou seja, a maioria dos dados globais é baseada em estimativas geradas a partir de dados de vendas de países com registros reais”, relata o especialista sueco.

Estima-se que em 2017 os suínos tenham recebido 193 mg de antimicrobianos por unidade de correção populacional (PCU), em comparação com 68 e 42 mg/PCU para frango e gado, respectivamente (ver figura 1). “Como os antibióticos são relativamente baratos e prontamente disponíveis nas regiões Leste e Sudeste asiático, eles são uma alternativa atraente às boas práticas de criação de animais para prevenir doenças, por exemplo, no parto, amamentação e desmame. Porém, em vários casos, os antibióticos são usados ​​sem a devida orientação de veterinários, o que pode incorrer em risco de incompatibilidade entre patógeno e medicamento eficiente, bem como em uma dosagem inadequada”, expõe Magnusson.

Figura 1. Consumo estimado de antimicrobianos em suínos, frangos e bovinos por país entre 2017 e 2030. O tamanho dos círculos corresponde as quantidades de antimicrobianos utilizados. Os círculos vermelhos escuros refletem as quantidades utilizadas em 2017, e o anel azul externo corresponde ao aumento projetado do consumo em 2030. (Tiseo et al., 2020).

Dados com qualidade duvidosa 

O especialista sueco destacou que não há dados nacionais de monitoramento sobre resistência antimicrobiana disponíveis nos países da região Leste e Sudeste asiático, tendo assim que confiar em relatórios científicos dispersos e de qualidade variável. “Alguns desses estudos são sobre bactérias patogênicas, enquanto outros estão registrando resistência em Escherichia coli comensal de maneira semelhante aos programas de vigilância em outros lugares da Ásia”, pontua.

Administração antimicrobiana

Seguindo as orientações da Organização das Nações Unidas, há cerca de oito anos os países da região Leste e Sudeste asiático desenvolveram planos de ação nacionais sobre o uso de antimicrobianos, com ênfase na saúde humana, mas também incluindo diretrizes a serem seguidas visando o bem-estar animal. “Há uma variabilidade nas ambições entre os países, mas já vemos novos regulamentos e outras ações em vigor visando o setor pecuário. Esses, se implementados adequadamente, provavelmente terão efeitos tanto no uso de antimicrobianos quanto na resistência de suínos”, mencionou o professor doutor da Universidade Sueca de Ciências Agrárias.

Entretanto, o uso controverso de antimicrobianos como promotores de crescimento, utilizados como aditivos alimentares, aumentam o desenvolvimento de resistência antimicrobiana em 26% dos países membros da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), dos quais alguns deles são encontrados na Ásia.

Na China, desde 2016 está proibida o uso da colistina para promoção do crescimento, seguida de uma proibição total de medicamentos para rações em 2019. E na Tailândia, os antibióticos não podem ser usados ​​como promotores de crescimento desde 2015, já o Vietnã introduziu sua Lei de Pecuária em 2018, coibindo o uso de promotores de crescimento antimicrobianos em rações comerciais.

No entanto, Magnusson afirma que na maioria dos países da região Leste e Sudeste asiático os antimicrobianos estão disponíveis sem receita médica. “A competência veterinária entre os varejistas geralmente é baixa, de modo que o conselho sobre o uso ao produtor pode ser inadequado ou inexistente”, alerta o profissional, enfatizando que a Associação das Nações do Sudeste Asiático elaborou um Guia de Boas Práticas de Manejo Animal, visando melhorar a saúde animal, reduzindo assim a necessidade de antimicrobianos.

O rápido desenvolvimento econômico das regiões Leste e Sudeste asiático tem impulsionado o aumento da demanda por uma alimentação mais variada da população, incluindo alimentos de origem animal. Diante deste cenário, Magnusson cita que o setor suinícola anseia que a produção de suínos dobre de tamanho, no entanto, para suportar esse crescimento é necessário que se apliquem medidas que limitem o uso de antibióticos, tais como práticas de prevenção de doenças que sejam eficazes sem antibióticos, estruturas regulatórias aplicadas sobre uso e acesso a antimicrobianos, bem como incentivos econômicos para suinocultores e campanhas de conscientização entre produtores e consumidores.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola e da piscicultura acesse gratuitamente a edição digital Suínos e Peixes.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Suinocultura teve ano de recuperação, mas cenário é de cautela

Conjuntura foi apresentada ao longo de reunião da Comissão Técnica de Suinocultura da Faep. Encontro também abordou segurança do trabalho em granjas de suínos.

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Foto: Divulgação/Sistema Faep

Depois de dois anos difíceis, a suinocultura paranaense iniciou um período de recuperação em 2024. As perspectivas para o fim deste ano são positivas, mas os primeiros meses de 2025 vão exigir cautela dos produtores rurais, que devem ficar de olho em alguns pontos críticos. O cenário foi apresentado em reunião da Comissão Técnica (CT) de Suinocultura do Sistema Faep, realizada na última terça-feira (19). Os apontamentos foram feitos em palestra proferida por Rafael Ribeiro de Lima Filho, assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A mesma conjuntura consta do levantamento de custos de produção do Sistema Faep, que será publicado nos próximos dias.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

O setor começou a se recuperar já em janeiro deste ano, com a retomada dos preços. Até novembro, o preço do suíno vivo no Paraná acumulou aumento de 54,4%, com a valorização se acentuando a partir de março. No atacado, o preço da carcaça especial também seguiu esse movimento. A recomposição ajudou o produtor a se refazer de um período em que a atividade trabalhou no vermelho.

Por outro lado, a valorização da carne suína também serve de alerta. Com o aumento de preços, os produtos da suinocultura perdem competitividade, principalmente em relação à carne de frango, que teve alta bem menor ao longo ano: o preço subiu 7,7%, entre janeiro e novembro. Com isso, a tendência é que o frango possa ganhar a preferência do consumidor, em razão dos preços mais vantajosos.

“Temos que nos atentar com a competitividade da carne suína em relação a outras proteínas. Com seus preços subindo bem menos, o frango se tornou mais competitividade. Isso é um ponto de atenção para a suinocultura, neste cenário”, assinalou Lima Filho.

Exportações

Foto: Claudio Neves

Com 381,6 mil matrizes, o Paraná mantém 18% do rebanho brasileiro de suínos. A produção nacional está em estabilidade nos últimos três anos, mas houve uma mudança no portifólio de exportações paranaenses. Com a recomposição de seus rebanhos, a China reduziu as importações de suínos. O país asiático – que chegou a ser o destino de 40% das vendas externas paranaenses em 2019 – vai fechar 2024 com a aquisição de 17% das exportações de suínos do Paraná.

Em contrapartida, os embarques para as Filipinas aumentaram e já respondem por 18% das vendas externas de carne suína do Estado. Entre os destinos crescentes, também aparece o Chile, como destino de 9% das exportações de produtos da suinocultura paranaense. Nesse cenário, o Paraná deve fechar o ano com um aumento de 9% no volume exportado em relação a 2023, atingindo 978 mil toneladas. Os preços, em compensação, estão 2,3% menores. “Apesar disso, as margens de preço começaram a melhorar no segundo semestre”, observou Lima Filho.

Perspectivas

Diante deste cenário, as perspectivas são positivas para este final de ano. O assessor técnico da CNA destaca fatores positivos, como o recebimento do 13º salário pelos trabalhadores, o período de férias e as festas de final de ano. Segundo Lima Filho, tudo isso provoca o aquecimento da economia e tende a aumentar o consumo de carne suína. “A demanda interna aquecida e as exportações em bons volumes devem manter os preços do suíno vivo e da carne sustentados no final deste ano, mantendo um momento positivo para o produtor”, observou o palestrante.

Para 2025, se espera um tímido crescimento de 1,2% no rebanho de suínos, com produção aumentando em 1,6%. As exportações devem crescer 3%, segundo as projeções. Apesar disso, por questões sazonais, os produtores podem esperar uma redução de consumo nos dois primeiros meses de 2025. “É um período em que as pessoas tendem a ter mais contas para pagar, como alguns impostos. Além disso, a maior concorrência da carne de frango pode impactar a demanda doméstica”, disse Lima Filho.

Além disso, o aumento nos preços registrados neste ano pode estimular o alojamento de suínos em 2025. Com isso, pode haver uma futura pressão nos preços nas granjas e nas indústrias. Ou seja, o produtor deve ficar de olho no possível aumento dos custos de produção, puxado principalmente pelo preço do milho, da mão de obra e da energia elétrica. “O cenário continua positivo para a exportação, mas o cenário para o ano que vem é de cautela. O produtor deve se planejar e traçar suas estratégias para essa conjuntura”, apontou o assessor da CNA.

Segurança do trabalho

Além disso, a reunião da CT de Suinocultura da FAEP também contou com uma palestra sobre segurança do trabalho em granjas de suínos. O engenheiro e segurança do trabalho e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Sandro Andrioli Bittencourt, abordou as Normas Regulamentadoras (NRs) que visam prevenir acidentes de trabalho e garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores.

Entre as normativas detalhadas na apresentação estão a NR-31 (que estabelece as regras de segurança do trabalho no setor agropecuário), a NR-33 (que diz respeito aos espaços confinados, como silos, túneis e moegas) e a NR-35 (que versa sobre trabalho em altura). Em seu catálogo de cursos, o Sistema Faep dispõe de capacitações para cada uma dessas regulamentações.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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Cooperado da Coopavel vence Prêmio Orgulho da Terra na categoria suínos

Adriano e a esposa, Claudiane, administram um sítio de cinco hectares em Toledo. Na propriedade, duas granjas abrigam 1.620 cabeças de suínos.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

O cooperado Adriano Trenkel, da Coopavel, foi o grande vencedor na categoria Suinocultura do Prêmio Orgulho da Terra promovido pelo programa RIC Rural, da RIC TV no Paraná. A cerimônia de anúncio e entrega das premiações ocorreu no último dia 12 de novembro, durante uma prestigiada celebração do setor pecuário em Curitiba. A Coopavel foi destaque também na categoria Avicultura, com a vitória do cooperado Jacenir da Silva, de Três Barras do Paraná.

Cooperado da Coopavel, Adriano Trenkel

Adriano e a esposa, Claudiane, administram um sítio de cinco hectares em Toledo. Na propriedade, duas granjas abrigam 1.620 cabeças de suínos. A produção, realizada com foco na qualidade e bem-estar animal, inclui cuidados rigorosos com alimentação, sanidade, manejo, ventilação e ambiência. Adriano destaca que gostar do que faz e seguir as orientações dos técnicos da Coopavel são diferenciais para alcançar os resultados desejados. “Estamos muito felizes e orgulhosos com esse título”, afirma Adriano.

Willian Stein é o técnico da Coopavel que atende a propriedade dos Trenkel e enaltece o empenho do casal: “São produtores rurais exemplares, sempre presentes nos treinamentos oferecidos pela cooperativa e atentos às recomendações passadas. Essa dedicação reflete diretamente na qualidade dos suínos entregues no frigorífico e nos resultados do trabalho do casal”, afirma Willian.

Empenho coletivo

O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, parabeniza Adriano, Claudiane, suinocultores e técnicos da cooperativa pelos resultados no Orgulho da Terra. “A organização e o cuidado nas propriedades rurais refletem diretamente nos excelentes resultados obtidos, fortalecendo um movimento de grande sucesso em todo o mundo. A suinocultura da Coopavel é referência em eficiência e qualidade e estamos todos muito satisfeitos com isso”, declara Dilvo.
A pequena propriedade dos Trenkel vai além da suinocultura. O casal é adepto da diversificação de culturas, prática sustentável capaz de melhorar significativamente a renda gerada na atividade rural. Adriano investiu em uma usina de energia solar, adota práticas sustentáveis, como o uso de dejetos no pasto, eliminando quase totalmente a utilização de químicos, melhorando assim a alimentação do seu plantel de bovinos. A produção de feno também contribui para fortalecer a renda familiar.

VBP

A produção agropecuária e a cadeia do agronegócio fazem de Toledo o município com maior Valor Bruto de Produção do Paraná e um dos raros no País a contar com mais de 400 quilômetros de estradas rurais pavimentadas, facilitando assim o escoamento das riquezas do campo. O VBP de Toledo é de aproximadamente R$ 4,6 bilhões, consolidando o município como o maior produtor agropecuário do Estado. Toledo lidera especialmente na suinocultura, com um VBP de R$ 1,8 bilhão, e na avicultura, com cerca de R$ 1 bilhão.

Fonte: Assessoria Coopavel
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Práticas sustentáveis e eficiência energética guiam produção de suínos da Coopavel

Uma das principais iniciativas adotadas nas unidades de produção de suínos é o uso de sistemas de biodigestores para o tratamento dos dejetos.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Com desafios crescentes relacionados à eficiência no uso de recursos, à redução de emissões de gases de efeito estufa e ao manejo adequado de resíduos, a cadeia suinícola brasileira tem dado exemplo ao implementar práticas sustentáveis que, além de preservar o ambiente também melhora a imagem do produtor e atende às exigências de consumidores e mercados cada vez mais preocupados com a origem e o impacto dos alimentos que consomem.

Entre as maiores cooperativas agroindustriais do Brasil e uma das poucas que dominam todas as etapas da produção de suínos, a Coopavel é um belo exemplo de como a sustentabilidade na suinocultura é possível e rentável ao investir em soluções ao longo da cadeia produtiva que conciliam crescimento econômico e respeito ao meio ambiente.

Uma das principais iniciativas adotadas nas unidades de produção de suínos é o uso de sistemas de biodigestores para o tratamento dos dejetos. Esse processo resulta na geração de biogás, que é capturado e convertido em energia elétrica. “Essa energia oriunda do processo de tratamento dos dejetos é considerada limpa e renovável, o que contribui para reduzirmos de maneira significativa as emissões de GEE na atmosfera”, aponta o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Além da produção de energia, o sistema de biodigestores gera biofertilizantes, que são utilizados na fertilização do solo e na adubação de florestas de eucalipto, reaproveitamento que beneficia tanto a agricultura quanto o meio ambiente.

A Coopavel também foca na melhoria contínua da dieta dos suínos, o que contribui para reduzir a liberação de gases como amônia. “A eficiência alimentar diminui as concentrações de gases nocivos nos dejetos, colaborando para a mitigação dos impactos ambientais da atividade suinícola”, salienta Grolli, enfatizando que essa abordagem faz parte de um plano mais amplo da cooperativa, que inclui o uso de tecnologias avançadas nas unidades industriais para o tratamento de resíduos e efluentes, alinhando a produção com a missão de produzir alimentos sustentáveis.

Uso eficiente de energia

O uso eficiente de energia é outro pilar das ações sustentáveis da Coopavel. Nas unidades de produção e processamento de suínos, a geração de energia renovável e o reuso de água fazem parte da rotina. “Investimos na reutilização de parte do efluente tratado em algumas atividades específicas dentro da granja, como limpeza de pisos e canaletas, desta forma conseguimos reduzir a extração de água subterrânea”, afirma Grolli.

Práticas sustentáveis na UPL

Foto: Shutterstock

Para garantir a melhoria contínua, a Coopavel realiza o monitoramento regular das emissões de GEE em sua Unidade de Produção de Leitões (UPL), utilizando os dados para nortear ações de melhorias no processo produtivo. Somado a isso, está em andamento um projeto de expansão do sistema de tratamento de dejetos na UPL, que inclui a ampliação da capacidade de produção de biogás. “Nosso objetivo é sempre melhorar a qualidade do efluente final e ampliar a capacidade da usina para produção de biogás”, expõe o presidente.

Integração de boas práticas ambientais

Além de cumprir todas as exigências ambientais impostas pelos órgãos reguladores e atender aos mercados nacional e internacionais, a cooperativa busca continuamente aprimorar seus processos, trazendo práticas ainda mais sustentáveis. “O objetivo não é apenas garantir a conservação dos recursos naturais, mas também promover a geração de renda e riqueza para toda a cadeia produtiva”, salienta.

Grolli frisa que a Coopavel reconhece a necessidade crescente de aumentar a produção de alimentos para atender ao crescimento populacional global. No entanto, ressalta que esse aumento deve ser realizado de forma sustentável, uma vez que o planeta possui limites em sua capacidade de suporte e exploração de recursos naturais. Por essa razão, a adoção de práticas cada vez mais eficientes e sustentáveis precisa acompanhar, e até mesmo antecipar, o aumento da produção. “Esse equilíbrio é essencial para garantir que as demandas alimentares da população mundial sejam atendidas, ao mesmo tempo em que se preserva a qualidade de vida na Terra”, evidencia.

O acesso é gratuito e a edição Suínos pode ser lida na íntegra on-line clicando aqui. Tenha uma boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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