Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

Diferença entre preços de ovos brancos e vermelhos no Espírito Santo é recorde

Esse cenário é reflexo da valorização mais significativa do vermelho a partir de fevereiro deste ano, quando as cotações foram alavancadas pela demanda interna.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Levantamento do Cepea aponta que, em maio, a diferença média entre os preços dos ovos tipo extra brancos e vermelhos comercializados em Santa Maria de Jetibá (ES) foi de R$ 36,61 por caixa de 30 dúzias, a maior da série histórica do Cepea, iniciada em 2019 para esta praça.

Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário é reflexo da valorização mais significativa do vermelho a partir de fevereiro deste ano, quando as cotações foram alavancadas pela demanda interna (devido à retomada das aulas escolares e ao início da Quaresma).

Na semana passada, os valores médios dos ovos caíram com força, por conta do típico enfraquecimento da procura em final do mês.

De acordo com agentes consultados pelo Cepea, a expectativa é que o clima mais frio e a virada do mês contribuam para impulsionar a demanda nos próximos dias.

Quanto à oferta, está controlada, ainda conforme pesquisas do Cepea.

 

Fonte: Assessoria Cepea

Notícias

Presidente do Sistema OCB prevê agronegócio brasileiro para próxima década com atuação cada vez mais cooperativista

O cooperativismo tem uma meta clara, desenhada por planejamentos estratégicos robustos e que guiam as cooperativas em cenários de meses, anos e décadas, para que, considerando todos os ramos do movimento, em 2027, se alcance R$ 1 trilhão em movimentação financeira e 30 milhões de cooperados nos quadros sociais das cooperativas por todo o Brasil, dos quais. Essas metas não demonstram apenas a continuidade da representatividade do movimento cooperativista, mas também os caminhos que o cooperativismo vai ter que enfrentar para alcançar estes patamares

Publicado em

em

Fotos: Shutterstock

Em um Brasil que se destaca como potência agroalimentar, as cooperativas agropecuárias assumem papel fundamental. Responsáveis por mais da metade da safra nacional de grãos e com faturamento superior a R$ 430 bilhões em 2022, o movimento cooperativista demonstra pujança e contribui de forma significativa para a competitividade do agronegócio brasileiro.

Presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas: “Com números expressivos, perspectivas promissoras e um sistema de apoio sólido, o futuro do cooperativismo é de crescimento, inovação e ainda mais sucesso” – Foto: Divulgação/Sistema OCB

Para tratar do panorama do cooperativismo agropecuário no país, desde seus números expressivos até os desafios e perspectivas para o futuro, o Jornal O Presente Rural entrevistou o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. “O cooperativismo agropecuário brasileiro é sinônimo de eficiência, entrega e resultado”, afirma Freitas, enfatizando: “São mais de um milhão de produtores rurais, reunidos em cerca de 1.185 cooperativas espalhadas por todo o país, que geram empregos, renda e prosperidade”.

No entanto, apesar do sucesso, o cooperativismo agropecuário brasileiro enfrenta desafios como a manutenção da atividade no campo e a adaptação às mudanças climáticas. A fim de mitigar os efeitos das mudanças climáticas, as cooperativas investem em pesquisa, desenvolvimento de novas tecnologias e adoção de práticas sustentáveis. “O futuro do cooperativismo agropecuário brasileiro é promissor. Com a crescente demanda por alimentos no mundo, a expectativa é de que o setor continue crescendo nas próximas décadas. Para acompanhar esse ritmo, as cooperativas precisarão se fortalecer ainda mais, investindo em tecnologia, inovação e profissionalização da gestão”, ressalta Freitas.

O Presente Rural – Quais são os dados do cooperativismo agropecuário brasileiro?

Márcio Lopes de Freitas – O cooperativismo agropecuário brasileiro é sinônimo de eficiência, entrega e resultado, características marcantes que se materializam nos números sociais e econômicos destes negócios coletivos espalhados por todo o território nacional. Principalmente no que diz respeito a um movimento que contempla mais de um milhão de produtores rurais, distribuídos em cerca de 1.185 cooperativas por todo o país, gerando empregos, renda e prosperidade.

Em relação aos aspectos sociais, o movimento vem se expandindo, em especial sob o prisma do foco principal das cooperativas, as pessoas. Para se ter uma ideia, entre 2019 e 2022, os fluxos de cooperados do ramo agropecuário apresentou crescimento de cerca de 19 mil novos agricultores. A evolução dos quadros sociais das cooperativas, que tem destaque nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, mostram o potencial de expansão do movimento, assim como a utilização das cooperativas como um modelo de negócios que promove organização e inclusão dos agricultores nas cadeias produtivas.

Quanto os aspectos econômicos, as cooperativas agropecuárias também vão muito bem, totalizando mais de R$ 430 bilhões em ingressos em 2022, e um crescimento de 20% em relação à 2021.

Esse aumento de receitas foi alicerçado em trabalho duro e conjunto dos cooperados, cooperativas e seus colaboradores, de forma organizada e promovendo geração de novos empregos, que totalizaram cerca de 42,4 mil entre 2019 e 2022, número que representa 16,9% das cerca de 249.584 mil vagas ocupadas no movimento.

É imprescindível citar ainda que o cooperativismo agropecuário, representa mais de 50% da safra nacional de grãos, em especial na cafeicultura, fruticultura, fibras, hortaliças e bioenergia. Ele é, assim, parte vital da receita de sucesso do agronegócio, que, segundo dados do Cepea/Esalq-USP, cresceu cerca de R$ 1,6 trilhão na última década (2013-2023), assim como avançou em sua representatividade em relação ao PIB Nacional, que saiu de 18,69% em 2013 e chegou em 24,14% em 2023.

O Presente Rural – Como o senhor avalia o desempenho da produção agropecuária brasileira nos últimos anos e quais foram os principais fatores que contribuíram para esse crescimento?

Márcio Lopes de Freitas – A cadeia agropecuária como um todo é um sucesso no Brasil, gera renda, emprego, desenvolvimento regional e prosperidade nacional, sendo um dos atributos de potência da economia brasileira. Dito isso, o crescimento da produção agropecuária brasileira foi exponencial, tanto em volume das produções, tais como as de grãos que passaram de 300 milhões de toneladas produzidas, quanto se avaliarmos o extraordinário crescimento econômico dentro da porteira na participação do PIB do agronegócio. Essa participação de 2,6 pontos percentuais em quase duas décadas representa cerca de R$ 677 bilhões de aumento no PIB do setor.

Boa parte dessa evolução e sucesso se deve aos incrementos de eficiência relacionados aos índices de Produtividade Total dos Fatores (PTF), pautados no aumento da produtividade da mão de obra, redução ou baixo crescimento da área plantada, devido aos ganhos de produtividade da terra; e aumento do uso de capital, tendência que deve se manter na próxima década.
Para finalizar essa questão, não podemos deixar de comentar que as cooperativas agropecuárias funcionam como ferramenta para potencializar os fatores apontados como determinantes para o crescimento da agropecuária nacional nos últimos anos, principalmente pela promoção da pesquisa, assistência técnica, produtos e serviços que geram aumento de eficiência no uso dos fatores de produção do segmento.

O Presente Rural – Na sua opinião, quais os maiores desafios enfrentados pelos produtores agropecuários atualmente?

Márcio Lopes de Freitas – Nos dias atuais, o principal desafio dos produtores rurais é a manutenção da atividade no campo e a organização da cadeia produtiva, principalmente quando falamos da necessidade de remunerar o capital imobilizado em terras para produção agrícola e pecuária, frente a competição com outras atividades econômicas. E também quando falamos na organização para que a inclusão produtiva do agricultor ocorra de forma adequada e sustentável para que sua atuação possa ser perene e ocorrer de forma harmônica com todos os elos do agronegócio nacional, dentre eles fornecedores, compradores e prestadores de serviços.

O Presente Rural – Como as mudanças climáticas têm impactado a produção agropecuária no Brasil e quais medidas têm sido adotadas para mitigar esses efeitos? Como a OCB tem agido para auxiliar as cooperativas?

Márcio Lopes de Freitas – O clima é a variável número um quando se trata de agricultura e pecuária tropical e temperada. E foi por meio das normas climáticas que a agricultura e pecuária nacional se zonearam ao longo do país, frente às necessidades e aptidões hídricas e físicas dos ambientes de produção. Dito isso, processos de curto, médio e longo prazo, principalmente os oriundos de ação humana e que provocam alterações do clima, impactam diretamente os riscos de produção e rentabilidade, principalmente por tornarem regiões atualmente adequadas à produção agropecuária, inadequadas.

É preciso parabenizar a pesquisa agropecuária nacional que, antevendo as consequências das mudanças climáticas, tem trabalhado para criar boas práticas de produção, sistemas produtivos e cultivares adequados para ambientes e climas adversos e extremos.

No Sistema OCB somos apoiadores de iniciativas como essas e promovemos capacitações para os departamentos técnicos das cooperativas agropecuárias de todo o país junto com as unidades da Embrapa. São mais de 500 técnicos que atuam na disseminação das melhores práticas e inovações geradas pela pesquisa agropecuária brasileira, inclusive para boas práticas ambientais e adaptação às mudanças climáticas globais. Não podemos deixar de citar, também, o programa ESGCoop, iniciativa do Sistema OCB para diagnosticar, monitorar e apoiar o cooperativismo no que diz respeito à adequação as diretrizes ESG.

O Presente Rural – Qual o papel da tecnologia e da inovação no aumento da produtividade agropecuária? Cite alguns exemplos de tecnologias que têm sido adotadas pelos produtores e como as cooperativas e a própria OCB têm apoiado a adoção de novas tecnologias entre os seus associados.

Márcio Lopes de Freitas – Tecnologia e inovação são pilares centrais para o aumento de produtividade da agropecuária nacional. É por meio das inovações e tecnologias bem aplicadas que se aumenta eficiência e se utiliza melhor os recursos disponíveis para produção, assim como se criam novos mercados e disrupções setoriais que promovem desenvolvimento econômico e prosperidade local e ampla.

Nesse sentido, destaco as iniciativas das cooperativas, que além de possuírem um modelo de negócios inovador e atual por natureza, promovem e estão buscando fortalecer a cultura de inovação em seus quadros sociais. Cenário que se mostra presente nas feiras agropecuárias promovidas pelo cooperativismo agropecuário e que buscam trazer aos produtores rurais cooperados, as tecnologias e inovações mais recentes para serem utilizadas em seus negócios, promovendo resultados positivos no campo e na renda.

Dentre esses produtos e serviços apresentados e difundidos aos agricultores, que vão de drones até o ‘arroz e feijão’ da agricultura e pecuária, que é o bom uso do solo e das sementes, se destacam também as iniciativas de inovação e tecnologia que são geradas dentro das cooperativas e expostas para além delas, contribuindo desta forma para o segmento como um todo.

O Presente Rural – Quais iniciativas têm sido implementadas para garantir a sustentabilidade da produção agropecuária no Brasil?

Márcio Lopes de Freitas – Antes de tudo, é preciso ressaltar que é essência da agricultura e da pecuária brasileira é a boa utilização dos fatores de produção e dos recursos naturais disponíveis. Assim, o setor agropecuário brasileiro tem perseguido de maneira consistente a utilização de boas práticas agrícolas, o uso eficiente dos sistemas de produção e a sustentabilidade sob todos os prismas.

O que se tem visto são ações para sustentabilidade tanto no âmbito privado quanto no público. Em relação ao privado, a sustentabilidade tem sido sinônimo de rentabilidade, eficiência e renda no campo, aspectos que fizeram com que barreiras fossem rompidas para os produtores rurais, que buscam cada vez mais avançar em aspectos sustentáveis entendendo que essa mudança de processos e projetos internos gera no final das contas resultado.

Inseridas neste contexto estão as cooperativas, que não somente são referências no uso de certificações de sustentabilidade e comércio justo, mas também têm incentivado nos seus quadros sociais o avanço em práticas sustentáveis e uso eficiente dos recursos, por meio de uma rede técnica de mais de 9 mil profissionais que disseminam técnicas produtivas adequadas, sustentáveis e que promovem perenidade no campo.

O Presente Rural – Como as políticas públicas têm influenciado a produção agropecuária no Brasil? Há áreas em que o senhor acredita que o governo poderia atuar de forma mais efetiva?

Márcio Lopes de Freitas – As políticas públicas têm um papel fundamental para criação de um ambiente favorável para a agropecuária brasileira, pois é por meio delas que as condições tributárias, comerciais e produtivas entram em harmonia, permitindo que o setor privado possa ter segurança de seguir produzindo, investindo e gerando resultados para o Brasil. Nesse sentido, destaco a indispensável presença de uma política agrícola forte e atenta as demandas do setor, principalmente a partir de seus principais instrumentos, tais como o Plano Safra, Seguro Rural e a Política de Garantia de Preços Mínimos.

Acredito que todos esses instrumentos precisam ser reforçados, não somente por sua relevância para a garantia da atividade agropecuária para pequenos, médios e grandes produtores, mas também para balizar e mostrar a presença do estado ao lado do setor produtivo em momentos de adversidade. Um cenário assim dá segurança para que o cooperativismo e seus cooperados continuem sua atividade de produzirem alimentos.

Enquanto representantes do cooperativismo brasileiro, o foco mais recente de atuação do Sistema OCB é voltado para o Plano Safra 2024/25, em que solicitamos, com base no documento Propostas do Sistema Cooperativista ao Plano Safra 2024/25, cerca de R$ 558 bilhões em recursos, com taxas reduzidas, limites ampliados, além da manutenção da arquitetura do crédito rural e reforço aos mecanismos de gestão de riscos agropecuários, tais como Seguro Rural, Proagro, Pep e Pepro.

O Presente Rural – Qual é o papel das cooperativas na produção agropecuária brasileira e como elas contribuem para a competitividade do setor?

Márcio Lopes de Freitas – O cooperativismo e a agropecuária brasileira estão entrelaçados. E as cooperativas agropecuárias são vanguarda na organização e inclusão de pequenos, médios e grandes produtores na cadeia produtiva de alimentos, fibras, biocombustíveis e energia. Além disso, esses negócios coletivos originam mais de 50% da safra nacional de grãos e representam, em relação à produção brasileira, 75% do trigo, 55% do café, 53% do milho, 52% da soja, 50% dos suínos, 48% do algodão, 46% do leite e 43% do feijão, segundo dados do Censo Agropecuário realizado pelo IBGE. Também contribuem de maneira significativa nas safras da fruticultura, horticultura, proteínas animais, fibras e setor sucroenergético.

A atuação desta estrutura societária única, não se limita ao espaço delimitado dentro da porteira. As cooperativas também estão presentes na distribuição de insumos, na assistência técnica, na conservação e guarda de alimentos, na agregação de valor, por meio das agroindústrias e no poder de comercialização do mercado. E toda essa presença e representatividade se resume em competitividade para os cooperados e para o agronegócio como um todo.

O Presente Rural – Como o Sistema OCB tem trabalhado para fortalecer as cooperativas e apoiar os produtores rurais?

Márcio Lopes de Freitas – O Sistema OCB existe para o cooperativismo e atua para o movimento em suas três casas: OCB, Sescoop e CNCoop. Essa atuação é voltada para representação institucional e comunicação (OCB), monitoramento, diagnóstico, capacitação e apoio ao desenvolvimento do cooperativismo (Sescoop) e representação sindical (CNCoop).

Especificamente para o ramo agropecuário, além de temas transversais para o movimento como um todo, como a Reforma Tributária, por exemplo, são prioridade da representação institucional: crédito rural, defesa agropecuária, questões ambientais, inserção internacional, garantia de renda ao produtor, conectividade rural, fortalecimento da agricultura familiar e representação sindical. Destaco ainda as diversas ações de diagnóstico, monitoramento, capacitação e suporte aos negócios cooperativistas de todo o Brasil realizadas pelo Sescoop.

O Presente Rural – Quais são as expectativas do Sistema OCB para a produção agropecuária brasileira nos próximos anos visto que o clima tem impactado

cada vez mais o setor?

Márcio Lopes de Freitas – O exercício de antever cenários futuros é sempre um grande desafio, porém ação essencial para que os negócios das cooperativas e as estratégias estejam bem definidas nos horizontes de curto, médio e longo prazo. Desta forma, o que se tem de projeções oficiais do governo e de centro de pesquisas nacionais e internacionais é de um agronegócio brasileiro crescente para a próxima década, com tendência de aumento da demanda pelos produtos agropecuários globais, intensificação do uso dos fatores de produção, necessidade de investimentos e atuação cada vez mais cooperativista.

No que diz respeito especificamente as questões climáticas, elas continuarão sendo variável determinante para o setor, e nesse sentido o segmento converge para se adaptar e amenizar seus impactos para avançar em ambientes produtivos adversos, como era o Cerrado décadas atrás e que, com tecnologia, pesquisa e muito esforço, se tornou o celeiro de grãos do país.

O Presente Rural – Quais tendências o senhor acredita que irão moldar o futuro do cooperativismo agropecuário no Brasil?

Márcio Lopes de Freitas – O cooperativismo tem uma meta clara, desenhada por planejamentos estratégicos robustos e que guiam as cooperativas em cenários de meses, anos e décadas, para que, considerando todos os ramos do movimento, em 2027, se alcance R$ 1 trilhão em movimentação financeira e 30 milhões de cooperados nos quadros sociais das cooperativas por todo o Brasil, dos quais.

Essas metas não demonstram apenas a continuidade da representatividade do movimento cooperativista, mas também os caminhos que o cooperativismo vai ter que enfrentar para alcançar estes patamares, tais como o fortalecimento da intercooperação e das relações com o mercado, assim como avanços em aspectos de gestão e governança, para serem ainda mais profissionais e responsivas às necessidades globais. Também não podemos esquecer de citar da valorização das pessoas, que são o foco do movimento e a diferença para que as cooperativas reforcem seu papel de instrumento para tornar o mundo melhor e mais próspero.

O acesso é gratuito e a edição Especial de Cooperativismo pode ser lida na íntegra on-line clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Notícias

O poder do cooperativismo na revolução da proteína animal do Brasil

O sucesso não é obra do acaso. É fruto de uma gestão visionária e estratégica, que entendeu a necessidade de agregar valor à produção primária

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

Há uma força poderosa e eficiente que impulsiona a produção de proteína animal no Brasil, catapultando o país para a vanguarda global desse setor estratégico. Essa força reside nas cooperativas agropecuárias, entidades que, através da união e colaboração, transformam pequenas e médias propriedades rurais em potências produtivas.

Nas últimas décadas, o Brasil testemunhou uma verdadeira revolução na produção de proteínas animais, impulsionada pela alta produtividade nas culturas de milho e soja. Estes grãos, fundamentais para a alimentação de aves, suínos e bovinos, são uma base sólida sobre a qualidade das cooperativas que constroem um futuro de prosperidade e inovação.

O sucesso não é obra do acaso. É fruto de uma gestão visionária e estratégica, que entendeu a necessidade de agregar valor à produção primária e de investir continuamente em tecnologia e capacitação. As cooperativas, com sua estrutura organizada e foco no desenvolvimento sustentável, são os pilares dessa transformação.

O modelo cooperativista brasileiro é um exemplo brilhante de como a colaboração pode superar desafios individuais. As cooperativas têm sido fundamentais para fornecer acesso a tecnologias de ponta, mercados internacionais e financiamento adequado, promovendo a inclusão e a sustentabilidade no campo. Este modelo permite que pequenos agricultores se tornem competitivos e eficientes, transformando suas propriedades em verdadeiras joias produtivas.

A diversificação das atividades e a industrialização são elementos-chave dessa estratégia. Ao transformar grãos em ração de alta qualidade, e esta ração em proteína animal, as cooperativas criam uma cadeia produtiva integrada e eficiente, que maximiza o valor agregado e garante produtos de excelência tanto para o mercado interno quanto externo.

A inovação é o coração pulsante das cooperativas. Investir em pesquisa e desenvolvimento, adotar tecnologias de precisão e práticas sustentáveis ​​são ações que refletem um compromisso com a modernização do setor agropecuário. As cooperativas não apenas acompanham as tendências globais, mas muitas vezes lideram, implementando soluções que melhoram a produtividade e reduzem o impacto ambiental.

Essas organizações também são guardiãs da sustentabilidade. Entendem que o futuro da produção de proteína animal depende de práticas que respeitem o meio ambiente e garantam o bem-estar animal.

O impacto das cooperativas agropecuárias brasileiras transcende as fronteiras do país. A qualidade e sustentabilidade da produção nacional de proteína animal conquistaram mercados exigentes ao redor do mundo. As cooperativas garantem que os produtos brasileiros atendam aos mais rigorosos padrões internacionais, solidificando a confiança do país como um fornecedor confiável e de alta qualidade.

A história de sucesso das cooperativas agropecuárias é também uma história de inovação contínua e adaptação às mudanças do mercado. A visão de longo prazo das lideranças cooperativistas garante que o setor não apenas responda às demandas atuais, mas também se prepare para os desafios futuros. A aposta em biotecnologia, agricultura digital e gestão eficiente promete manter o Brasil na liderança global na produção de proteína animal.

O cooperativismo no Brasil é uma força motriz que impulsiona o desenvolvimento do agronegócio, promovendo inclusão, sustentabilidade e inovação. As cooperativas agropecuárias transformaram o panorama rural, criando uma base sólida para o crescimento e a competitividade internacional. Este modelo de sucesso continuará a ser fundamental para enfrentar os desafios do futuro e garantir que o Brasil permaneça no topo da produção mundial de proteína animal.

O acesso é gratuito e a edição Especial de Cooperativismo pode ser lida na íntegra on-line clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: Por Giuliano De Luca, jornalista e editor-chefe do Jornal O Presente Rural.
Continue Lendo

Notícias

Cinco coisas que o cooperativismo faz por um futuro melhor

Há 180 anos, o cooperativismo está comprometido com um futuro melhor, mais justo, solidário, colaborativo e pujante. Nesse período, cheio de crises, guerras e revoluções tecnológicas, o cooperativismo manteve sua essência de desenvolvimento econômico e social coletivo, estabelecendo alicerces do que hoje é a economia colaborativa.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

Para construir um futuro melhor para todos, a palavra-chave é uma só: cooperação. Há 180 anos, o cooperativismo está comprometido com um futuro melhor, mais justo, solidário, colaborativo e pujante.

Nesse período, cheio de crises, guerras e revoluções tecnológicas, o cooperativismo manteve sua essência de desenvolvimento econômico e social coletivo, estabelecendo alicerces do que hoje é a economia colaborativa.

Essa essência persiste, tanto é que o 15° Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), realizado este ano, teve como tema: “Projetando um futuro mais coop”. O evento evidenciou como o modelo de negócio cooperativista está olhando para o horizonte e se mantém atento às novas tendências, demandas e desafios do mundo moderno.

Veja, então, o que o cooperativismo brasileiro está fazendo para construir um mundo melhor!

1. Lidera a produção agropecuária sustentável e a inovação no campo
As cooperativas agropecuárias brasileiras colocam comida na mesa dos brasileiros e ainda impulsionam a economia brasileira com as exportações. Para continuar produzindo com qualidade e respeitando o planeta, o setor aposta na agropecuária sustentável e com muita inovação.

A cooperativa Frimesa, por exemplo, tem uma bela jornada a fim de tornar sua matriz energética renovável e limpa. Limpar a matriz energética é um dos grandes desafios no campo e a Frimesa está liderando uma transição em prol do uso de energias renováveis com a implementação de usinas fotovoltaicas, uso de biomassa lenhosa e instalação de biodigestores para produzir biogás. Fontes limpas já são responsáveis por mais de 98% de todo o consumo energético da Frimesa!

A cooperativa mineira Cooxupé, especializada na produção de café, é mais uma que alia inovação e sustentabilidade. Com seu projeto de agricultura regenerativa, a Cooxupé mapeia a saúde do solo nas fazendas de seus cooperados, oferecendo análises ricas do terreno para que a lavoura seja mais produtiva e preserve as características originais da terra.

O cooperativismo também atua na preservação da Amazônia. A Cooperacre, líder na produção de castanhas-do-Brasil no país, une uma produção industrial moderna à proteção do meio-ambiente. Colocando o respeito à floresta em primeiro lugar, a Cooperacre está ampliando seu portfólio e gerando riqueza para as comunidades amazônicas.

2. Financia projetos de impacto ambiental e social
Muitos projetos capazes de fazer a diferença para as comunidades e a natureza acabam sofrendo para obter financiamento. É aí que entram as cooperativas de crédito, que disponibilizam recursos para iniciativas com grandes impactos para a sociedade.

Com mais de 7 milhões de cooperados, o sistema Sicredi emitiu a primeira Letra Financeira Pública Sustentável do Brasil. A iniciativa captou R$ 780 bilhões que foram convertidos em crédito para financiar projetos alinhados à sustentabilidade voltados à energia renovável, apoio a pequenos negócios de impacto local e a pequenas e médias empresas lideradas por mulheres.

A atuação do Ramo também acontece na base. O Sicoob Aracoop, que atua nos estados de Minas Gerais e Pará, investiu mais de R$ 3 milhões na construção da Usina de Energia Fotovoltaica da Associação dos Usuários do Projeto Pirapora (AUPPI), a fim de impulsionar o desenvolvimento local sem abrir mão da sustentabilidade.

A proximidade que as cooperativas têm com os ecossistemas locais faz toda a diferença. O Sicoob Credip, por exemplo, se uniu com os produtores de Rondônia para enfrentar o declínio da cafeicultura local. O projeto científico, financiado pela cooperativa e que teve apoio da Embrapa, deu origem aos aos cafés especiais Robustas Amazônicos, já premiados por sua qualidade.

3. Protagoniza a logística reversa e a economia circular
A escassez de recursos naturais é uma grande preocupação para o futuro do planeta. Dessa forma, é importante pensar na economia circular, que reusa e recicla matérias-primas, devolvendo diversos materiais para o ciclo produtivo.

A logística reversa é essencial para que a economia circular seja possível. No Brasil, as cooperativas são as grandes protagonistas dos processos de coleta, separação e destinação de resíduos sólidos, com geração de trabalho, renda e inclusão para cooperados em todo o país. Um exemplo é a Centcoop, uma central que congrega 21 cooperativas de reciclagem no Distrito Federal.

O Anuário da Reciclagem 2023 revela que o país conta com 2.941 organizações de catadores em todo o território nacional, entre cooperativas e associações, somando mais de 86 mil trabalhadores. Juntos, eles foram responsáveis pela recuperação de 1,7 milhão de toneladas de resíduos no ano passado.

4. Democratiza o trabalho nas plataformas digitais
A era digital deu origem à economia de plataforma, em que muitos serviços, como delivery de comidas, compras e serviços de transporte, passaram a ser prestados a partir de plataformas digitais. Acontece que esse mercado tem um grande efeito colateral: a precarização dos trabalhadores nessas plataformas.

O caminho para lidar com esse problema e proporcionar melhores condições para os trabalhadores plataformizados está no cooperativismo de plataforma. Nelas, os trabalhadores são os donos do serviço, têm mais autonomia e melhores condições profissionais.

O conceito, proposto pelo professor Trebor Scholz, da universidade americana The New School, já tem alguns cases de sucesso mundo afora, como a The Driver’s Cooperative, em Nova York, e a federação europeia CoopCycle. Existe até mesmo uma espécie de Spotify cooperativista, a Resonate! Já no Brasil, a Liga Coop reúne diversas cooperativas de motoristas de plataforma pelo Brasil.

5. Impulsiona a inclusão financeira e distribuição de renda
O futuro passa por uma sociedade mais inclusiva, economicamente participativa e com distribuição de renda. Essas bases já estão postas no cooperativismo – que, aliás, é um dos principais motivos que o modelo de negócio cooperativista não para de crescer.

Nesse sentido, as cooperativas de crédito estão passando por um crescimento sem precedentes justamente porque marcam presença nas comunidades e, com isso, promovem a inclusão financeira. No Brasil, 332 municípios só têm acesso a serviços financeiros presenciais graças às cooperativas de crédito.

Além disso, o modelo de negócio cooperativista tem a distribuição de renda em sua essência. Uma vez que não visam ao lucro, as cooperativas distribuem os seus ganhos operacionais – chamados de sobras – entre os cooperados. Isso mantém o dinheiro circulando nas comunidades e impulsionando o desenvolvimento econômico regional.

CoopsDay está chegando

Para comemorar todo esse impacto positivo do cooperativismo, o Dia Internacional do Cooperativismo – ou CoopsDay – é comemorado este ano no dia 6 de julho. Em 2024, a data conta com o tema “Cooperativas constroem um futuro melhor para todos”, definido pela Aliança Cooperativa Internacional.Com isso, o movimento cooperativista do mundo todo reafirma a participação das cooperativas na construção de um amanhã mais sustentável, assim como o compromisso em alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.

O Sistema OCB, representante do cooperativismo brasileiro, atua para apoiar as cooperativas no cumprimento do objetivo de construir um futuro melhor por meio de um portfólio de soluções que atendem diversos aspectos do modelo de negócios cooperativista. Com competitividade, impacto social e desenvolvimento econômico, o cooperativismo brasileiro trabalha em prol de um futuro cada vez melhor.

Fonte: Assessoria Sistema Ocergs
Continue Lendo
AJINOMOTO SUÍNOS – 2024

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.